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Arquivo Mensal julho 2010

Dr. Luis Fernando Rolim Sampaio

Luis Fernando Rolim Sampaio é medico, formado na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), especialista em gestão hospitalar pela Escola Nacional de Saúde Pública do Rio de Janeiro e mestre em Saúde Coletiva pelo Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia. No período de 2005 a 2008 foi coordenador do Departamento de Atenção Básica (DAB) do Ministério da Saúde (MS) e atualmente trabalha como consultor em atenção primária e serviços de saúde para diversas instituições internacionais – como a Organização Panamericana da Saúde (OPAS), Banco Mundial e na Universidade de Toronto.

Como surgiu a ideia de criar uma rede de pesquisa em atenção primária à saúde (APS)?
A ideia da rede de pesquisa em APS surgiu do interesse comum de alguns atores individuais e institucionais, que trabalhando no cenário nacional e internacional para o fortalecimento da APS decidiram dar os primeiros passos nesse sentido.
A primeira proposta foi discutida em uma reunião, em Belo Horizonte, em 2007, organizada pela OPAS e pelo Ministério da Saúde do Brasil, e com a participação do Ministério da Saúde do Canadá, algumas instituições europeias e pesquisadores convidados. Frente ao diagnóstico apresentado pela professora Barbara Starfield da necessidade de ampliar a pesquisa em APS internacionalmente, trabalhou-se a ideia de construir a rede americana de excelência em APS, onde serviços e academia que já estivessem desenvolvendo atividades de prestação de serviços e pesquisa conjuntamente pudessem servir de exemplos para os países latino-americanos.
O Brasil, como um dos líderes do processo, com uma extensa rede de universidade e instituições de pesquisa, e com a experiência mundialmente reconhecida, decidiu mobilizar sua própria rede nacional de pesquisa em APS. Os pesquisadores brasileiros presentes acordaram com a direção do DAB que paralelamente a rede americana de pesquisa em APS mobilizará pesquisadores e construirá uma rede brasileira.

Qual foi o principal motivador da construção dessa “teia” de profissionais ou simpatizantes da causa?
Dentro do rol de estratégias prioritárias que traçamos para a direção do DAB quando estávamos à frente do departamento estava a valorização social e política da APS. Nesse sentido, precisávamos nos esforçar para ampliar nossos vínculos com centros de excelência em ensino e pesquisa reconhecidos no país. Nas discussões, nesse evento de Belo Horizonte, foi discutida a necessidade de fortalecer a APS por meio de produção de evidências de seu impacto, não só no Brasil, mas em todo o mundo. Para isso, precisávamos de estudos e pesquisa de cunho nacional e internacional, metodologicamente bem embasadas e que pudessem apoiar a tomada de decisão, respondendo questões da gestão, seja no fortalecimento do caminho tomado, seja na correção dos rumos quando necessário. Então tivemos um bom casamento: de um lado o DAB empenhava-se na expansão da a discussão da APS e da saúde da família em espaços acadêmicos e de pesquisa como um dos caminhos para o reconhecimento e valorização da APS e da saúde da família nas universidades. De outro, pesquisadores e estudiosos interessavam-se em enfrentar o desafio.

Para você qual seria o principal objetivo e o grande desafio da rede?
Creio que o principal objetivo da rede sempre foi o de fortalecer a APS e a saúde da família no Brasil. Produzir evidências de alta qualidade técnica, discutir APS nos espaços acadêmicos, atrair novos pesquisadores, alunos e professores. Construir capacidade de pesquisa nesse campo é uma necessidade absoluta para o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS). Sabemos hoje que se conseguirmos universalizar o acesso aos serviços de saúde no Brasil isso se deve, em grande parte, à saúde da família. Precisamos avançar na construção das redes e dos territórios integrados de atenção a saúde – TEIAS. Nesse sentido a rede poderá ajudar a catalisar o processo desenvolvendo novas abordagens teórico-metodológicas a partir das inovações em curso.
Os desafios da rede são vários, mas talvez um dos mais importantes, nesse momento, seja a sua sustentabilidade. Redes nascem e morrem com muita frequência nos setores sociais. Redes necessitam animadores. Talvez utilizar o conceito de comunidade de práticas seja prudente para avançarmos na consolidação desse movimento. A responsabilidade não pode ser somente da direção do DAB ou da Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (ABRASCO) de manter vivo o movimento. É claro que sem esse apoio as coisas ficariam muito mais difíceis. Entretanto, tanto a ABRASCO como o DAB/MS são instituições dirigidas por atores políticos. Dessa forma, o compromisso desse atores torna-se crucial para a sustentabilidade da rede. Também não podemos negar que no caso da pesquisa, os recursos alocados são um motivador essencial, sejam eles os pesquisadores líderes, sejam suas equipes, seus alunos de mestrado doutorado ou mesmo os alunos da graduação envolvidos. A possibilidade de apoio do DAB nesse sentido é essencial.

A rede já conta com mais de 900 cadastrados, superando as expectativas iniciais do comitê gestor. A que você atribui esse bom início de projeto?
Atribuo o sucesso à capilaridade que a APS tem hoje no Brasil e ao dinamismo e motivação dos profissionais envolvidos com a saúde da família no Brasil. São milhares deles, e toda vez que é feita uma chamada para discutir o tema, seja no campo acadêmico ou da gestão, a resposta é excelente. Um exemplo foi a última mostra nacional de saúde da família. Foram mais de sete mil participantes e milhares de trabalhos inscritos. Entretanto, mesmo com um grande potencial, esse movimento precisa de lideranças. Por isso, considero que o DAB e a ABRASCO são essenciais nesse processo.

Sendo um profissional que conhece muitos profissionais da área e participou de eventos pelo mundo, como definiria a posição da atenção primária hoje no Brasil e no mundo? Quais os principais pontos fortes e fracos?
No cenário internacional o Brasil tem se destacado sobremaneira pela experiência da saúde da família. Assim, temos sido uma referência mundial na discussão da APS, em especial para países de renda média. Tive a oportunidade, recentemente, de discutir a saúde da família com o governo de dois desses países: Índia e África do Sul. Todos reconhecem os avanços do Brasil e tentam entender como chegamos onde estamos. Creio que a rede também possa ajudar nessa análise histórica, no resgate dos passos que foram realmente chaves para os avanços que conquistamos. Discutindo APS e saúde da família trataremos o sistema de saúde brasileiro e reforçando o SUS. Alguns estudos já foram publicados sobre isso, mas precisamos aprofundar essa discussão pela relevância não só para o Brasil, mas para todo o mundo.
Entre os pontos fortes da APS no Brasil e da saúde da família no Brasil eu destacaria a sua abrangência e capilaridade, sua capacidade de mobilização e inovação, e o seu dinamismo e juventude. Além disso, destacaria que a APS como o contato preferencial do usuário com o sistema de saúde é um espaço privilegiado para a discussão e implementação de ações sobre os determinantes sociais da saúde, a promoção da saúde, a intersetorialidade. Veja as equipes de saúde da família trabalhando com os pontos de cultura, com a Saúde na Escola, com os Territórios de Cidadania, com o Bolsa Família. São iniciativas em todos os cantos do país.
Como pontos fracos eu citaria a pouca inserção na classe média e nos setores acadêmicos formadores de opinião e seu subfinanciamento que, ao longo do tempo, tem gerado uma perda importante de profissionais capacitados e um desestímulo da entrada de novos profissionais, em especial médicos.

Em ano eleitoral você vislumbra alguma preocupação para a política nacional de APS com os candidatos? Acredita que possa haver um reordenamento do sistema de saúde?
A transição política no Brasil sempre é motivo de temor. Infelizmente nossas instituições de saúde ainda não são suficientemente fortes para suportar as transições sem abalos importantes, especialmente quando se tornam transições de forte cunho político partidário. Ainda vemos projetos e políticas de saúde municipais, estaduais e mesmo federais serem paralisadas a cada transição de governo. Felizmente a saúde da família conquistou um espaço social e político importante, o que nos dá certo grau de tranquilidade nas esferas federal e estaduais.
Algumas discussões sempre são preocupantes, entre elas cito a questão do financiamento. Entendo que proteger recursos de áreas que não são hegemônicas é uma necessidade que demonstra prioridade política, mas nem todos compartilham desse entendimento. O que seria da vigilância se não tivesse recursos carimbados? E da saúde da família? Elas possivelmente não existiriam ou, no mínimo, seriam bem menos importantes que são hoje no SUS. Precisamos discutir e avaliar com tranquilidade, e sem pressa, os prós e contras desse tipo de mudança, em especial porque se existe um consenso de subfinanciamento da APS e da SF o que precisamos é de trazer recursos de outras áreas do sistema e não permitir que se gaste o que está “carimbado” fora do escopo da APS.

Para finalizar a entrevista gostaríamos que deixasse a todos os participantes da rede uma dica, ideia que seja o principal diferencial de quem “veste a camisa” da APS.
Acho que hoje no Brasil quem “veste a camisa” da APS seja quem esteja em busca mudanças, de um novo paradigma que questiona o limite da assistência biomédica e os próprios limites do sistema de saúde, sem negar a sua importância. A saúde da família tem sido um espaço de criação e inovação, pois os profissionais lidam com esse dilema cotidianamente e, a partir disso, criam soluções.
Temos que estar atentos, para manter esse espaço criativo vivo para não nos prendermos nas armadilhas dos círculos da resiliência. A realidade é muito dura e a possibilidade de ser criativo é um importante fator de motivação para esses profissionais. O momento agora é dos NASF. Novas categorias profissionais chegando, novas interações, novos desenhos. Enquanto mantivermos nossa capacidade de inovar conseguiremos avançar. Se estagnarmos, ainda sem hegemonia, rapidamente seremos engolidos pelo velho sistema.

Seminário Caminhos e Descaminhos da Política de Atenção Primária à Saúde no Brasil – Informativo – 22/07/2010

Seminário Caminhos e Descaminhos da Política de Atenção Primária à Saúde no Brasil

No dia 26 de agosto durante o I Congresso Brasileiro de Política, Gestão e Planejamento em Saúde, será realizado o seminário Caminhos e descaminhos da política de atenção primária à saúde no Brasil . O evento vai ocorrer de 16 às 18 horas, na Sala Xangô 2 do Centro de Convenções em Salvador – BA. [ acesse mais informações aqui ]

O seminário tem por objetivos discutir aspectos cruciais da política de atenção primária à saúde brasileira e sintetizar o estado da arte da pesquisa em atenção primária. Pretende-se identificar lacunas do conhecimento e prospectar os desafios para a pesquisa e para as políticas de atenção primária à saúde no país frente às importantes mudanças demográficas e sociais ocorridas nestes mais de vinte anos de implantação do SUS, com uma população mais concentrada nas metrópoles, envelhecimento populacional progressivo, e o surgimento de uma nova classe média, com 90 milhões de brasileiros que ascenderam na pirâmide social, com novas demandas e valores pouco definidos. Tudo isto, em um contexto mundial em que mercados se fundem e novas alianças políticas sul-sul se delineiam com modalidades de integração regional entre países renovadas também no campo da saúde. Pretende-se orientar os debates no seminário por várias questões, dentre elas citamos:

Como estas mudanças políticas, demográficas e sociais impactam a atenção primária e o SUS?
Qual o papel da atenção primária na efetivação do SUS como sistema universal equitativo?
Qual o estado da arte em pesquisa em políticas, gestão e serviços de saúde em atenção primária no país? Quais as principais lacunas no conhecimento?

A dinâmica do seminário incluirá apresentações seguidas de debate por pesquisadores convidados. Para subsidiar o debate, prevêem-se quatro apresentações curtas abordando, por um lado, o estado da arte em pesquisas em políticas de APS e lacunas de conhecimento e, por outro, alguns dos principais desafios da política de APS brasileira: sistemas públicos universais e renovação da APS na América Latina; integração da ESF à rede assistencial (modelos competitivos, continuidade assistencial, regulação assistencial); abordagem territorial/espacial e inclusão de novos segmentos sociais (excluídos, nova classe média, classe média); formação e gestão de recursos humanos para a APS. As apresentações das questões mais gerais da política de APS brasileira deverão indicar as lacunas de conhecimento, que devem ser objeto de pesquisas.

Convidamos a todos a participar do seminário e debater os desafios e rumos para a APS brasileira.

[ acesse mais informações aqui ]

Estudos sobre o papel da Estratégia Saúde da Família na Promoção da Eqüidade no SUS – Informativo – 21/07/2010

Estudos sobre o papel da Estratégia Saúde da Família na
Promoção da Eqüidade no SUS

Nos últimos anos, muitos estudos têm apontado os efeitos da Estratégia Saúde da Família (ESF) para a promoção da eqüidade em saúde no Brasil, tanto em termos de acesso, como na melhoria mais significativa de indicadores de saúde nos municípios com menor nível de desenvolvimento social.

– Macinko (2009), analisando os dados da Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher (PNDS, 2007), concluiu que a ESF privilegia os mais pobres: as maiores coberturas são de municípios com piores resultados em termos de renda, nível educacional, cobertura de planos privados de saúde e acesso a água e saneamento.

– Barros, Victora et al (2005) apontaram que a Estratégia Saúde da Família (ESF) “desempenha papel essencial na provisão de cuidados de saúde aos mais pobres”, tendo apresentado melhores resultados, em termos de promoção da eqüidade, do que o Programa Nacional de Imunização e o Programa Nacional de Atenção Pré-natal.

– Goldbaum et al (2005) também verificou que, no município de São Paulo, a renda e a escolaridade não diferenciavam o perfil da demanda e a utilização dos serviços de saúde nas áreas cobertas pela ESF, enquanto nas áreas não cobertas, foi observada uma maior utilização pelas camadas mais privilegiadas.

– Harzheim et al (2006) também verificou que, em Porto Alegre, crianças negras apresentaram maiores chances de receber cuidados adequados e similares às brancas nas unidades da ESF do que as equipes tradicionais.

– Aquino et al (2008) evidenciou o impacto da Saúde da Família sobre a mortalidade infantil, apontando que esse efeito foi mais forte nos municípios com mais baixos índices de desenvolvimento humano e maior cobertura da ESF.

– Rocha e Soares (2009), analisando dados secundários disponíveis no Datasus e na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), encontraram evidências da alta custo-efetividade da Estratégia Saúde da Família, particularmente nas regiões Norte e Nordeste do Brasil e também nos municípios com alta proporção de população rural e baixa cobertura de infra-estrutura de saúde pública (acesso a água tratada e sistema de saneamento). Além de efeitos sobre a mortalidade, foram evidenciados efeitos da melhoria da condição de saúde sobre as condições de vida da população.

– A análise de indicadores de saúde (Brasil, 2008) tem evidenciado uma expansão da ESF significativamente maior nos municípios com menor renda per capita familiar. A ampliação da cobertura vacinal e a redução da mortalidade infantil e da desnutrição proteico-calórica, tem sido particularmente melhores nos estratos de maior cobertura dessa estratégia e nos municípios de baixo IDH. O controle de doenças crônicas não transmissíveis também tem mostrado maior efeito nesse grupo de municípios, por meio de uma redução mais significativa das hospitalizações por insuficiência cardíaca congestiva (ICC) e o acidente vascular cerebral (AVC) nas áreas com maior implantaçãoda ESF e menor IDH.

Bibliografia

AQUINO, R, OLIVEIRA, N F; BARRETO, M L. Impact of the Family Health Program on Infant Mortality in Brazilian Municipalities. American Journal of Public Health: Nov. 13, 2008.

BARROS A J D; VICTORA C G; ALMEIDA C J; NEUMANN, N A; BERTOLDI Andréa Damaso. “Brazil: are health and nutrition programs reaching the neediest?” In: Davidson R Gwatkin; Adam Wagstaff; Abdo S Yazbeck. (Org.). Reaching the Poor: with Health, Nutrition, and Population Services. Washington: The World Bank, 2005, p. 281-306.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde da Família no Brasil: uma análise de indicadores selecionados: 1998-2005/2006 Brasília: Ministério da Saúde, 2008. 200 p (Série C. Projetos, Programas e Relatórios).

GOLDBAUM, M; GIANINI, R J; NOVAES, H M D; CESAR, C L G. Utilização de serviços de saúde em áreas cobertas pelo programa saúde da família (Qualis) no Município de São Paulo. Rev. Saúde Pública [online]. 2005, vol.39, n.1. pp 90-99

HARZHEIM, E; DUNCAN, B B; STEIN, A T; CUNHA, C RH; GONCALVES, M R; TRINDADE, T G; OLIVEIRA, M M C; PINTO, M E B. “Quality and effectiveness of different approaches to primary care delivery in Brazil”. BMC Health Serv. Res. 2006; 6: 156.

MACINKO, J. Analysis of the Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher (PNDS 2007). Draft Text. New York University. 2009.

ROCHA, R; SOARES, R R. “Evaluating the Impact of Community Based Health Interventions: Evidence from Brazil’s Family Health Program”. Forschungsinstitut zur Zukunft der Arbeit Institute for the Study of Labor IZA Discussion Paper No. 4119. April 2009.

Bridging the gaps between research, policy and practice in low- and middle-income countries: a survey of researchers – Informativo – 15/07/2010

Artigos Internacionais
Bridging the gaps between research, policy and practice in low- and middle-income countries:
a survey of researchers

John N. Lavis, G. Emmanuel Guindon, David Cameron, Boungnong Boupha, Masoumeh Dejman, Eric J.A. Osei, Ritu Sadana
Research to Policy and Practice Study Team
CMAJ . June 15, 2010; 182 (9). doi:10.1503/cmaj.081165 Canadian Medical Association

Available online at: http://bit.ly/aSyDcH

“…Many international statements have urged researchers, policy-makers and health care providers to collaborate in efforts to bridge the gaps between research, policy and practice in low- and middle-income countries. We surveyed researchers in 10 countries about their involvement in such efforts.

.. We surveyed 308 researchers who conducted research on one of four clinical areas relevant to the Millennium Development Goals (prevention of malaria, care of women seeking contraception, care of children with diarrhea and care of patients with tuberculosis) in each of 10 low- and middle-income countries (China, Ghana, India, Iran, Kazakhstan, Laos, Mexico, Pakistan, Senegal and Tanzania). We focused on their engagement in three promising bridging activities and examined system-level, organizational and individual correlates of these activities…”.

Bridging the gaps between research, policy and practice in low- and middle-income countries:
a survey of health care providers

G. Emmanuel Guindon, John N. Lavis, Francisco Becerra-Posada, Hossein Malek-Afzali, Guang Shi, C. Ashok K. Yesudian, Steven J. Hoffman for the
Research to Policy and Practice Study Team
From the Centre for Health Economics and Policy Analysis (Guindon, Lavis), the Department of Clinical Epidemiology and Biostatistics (Guindon, Lavis), the McMaster Health Forum (Lavis, Hoffman), McMaster University, Hamilton, Ont.; the Council on Health Research for Development (Becerra-Posada), Mexico City, Mexico; the Health Research Institute (Malek-Afzali), Tehran University of Medical Sciences, Tehran, Iran; the Ministry of Health (Shi), Beijing, China; the Tata Institute of Social Sciences (Yesudian), Mumbai, India; and the Faculty of Law, the Department of Political Science and the Munk Centre for International Studies (Hoffman), University of Toronto, Toronto, Ont.
CMAJ . June 15, 2010; 182 (9).; doi:10.1503/cmaj.081165 Canadian Medical Association

Available online at: http://bit.ly/cbiyG7

“…..Gaps continue to exist between research-based evidence and clinical practice. We surveyed health care providers in 10 low- and middle-income countries about their use of research-based evidence and examined factors that may facilitate or impede such use.

…..We surveyed 1499 health care providers practising in one of four areas relevant to the Millennium Development Goals (prevention of malaria, care of women seeking contraception, care of children with diarrhea and care of patients with tuberculosis) in each of China, Ghana, India, Iran, Kazakhstan, Laos, Mexico, Pakistan, Senegal and Tanzania…”

Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde – PET-SAÚDE Informativo – 08/07/2010

Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde – PET-SAÚDE

O Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde) é regulamentado, dentre outras normatizações, pela Portaria Interministerial nº 421, de 03 de março de 2010, disponibilizando bolsas para tutores acadêmicos, preceptores (profissionais dos serviços) e estudantes de graduação da área da saúde.

Como uma das estratégias do Programa Nacional de Reorientação da Formação Profissional em Saúde (PRÓ-SAÚDE), o PET-Saúde iniciou suas atividades no país em 2009, com 306 grupos aprovados, tendo como pressuposto a integração ensino-serviço-comunidade e o fortalecimento da atenção básica em saúde, a partir da formação de grupos de aprendizagem tutorial no âmbito da Estratégia Saúde da Família, considerando suas equipes básicas, equipes de saúde bucal e os Núcleos de Apoio à Saúde da Família.

Quem pode participar?

Instituições de Educação Superior públicas ou privadas sem fins lucrativos, que tenham firmado parceria com Secretarias Municipais e/ou Estaduais de Saúde de todas as regiões do país, selecionadas por meio de Editais publicados pelo Ministério da Saúde.

Em janeiro de 2010 foram selecionados 111 projetos de 84 IES e 96 Secretarias de Saúde, os quais envolvem 461 Grupos PET-Saúde/Saúde da Família (PET-Saúde/SF). Cada grupo é formado por um tutor acadêmico, 30 estudantes e seis preceptores:

Nos projetos PET-Saúde/SF 2010 participam 543 cursos de graduação da área da saúde

Distribuição dos cursos selecionados no PET-Saúde/SF 2010/2011

Pesquisas para Qualificação da Atenção Básica em Saúde

Além de atividades periódicas nos cenários de práticas do SUS, todos os 111 projetos PET-Saúde/SF desenvolvem Pesquisas para Qualificação da Atenção Básica em Saúde. O gráfico a seguir apresenta um levantamento dos temas de pesquisa propostos pelos projetos selecionados pelo Ministério da Saúde para participação no Programa:

Em maio de 2010 foram selecionados outros 70 projetos, possibilitando a formação de mais 122 grupos PET-Saúde, objetivando o desenvolvimento de pesquisas na área específica da Vigilância em Saúde.

Parcerias
As parcerias estabelecidas na formulação, implementação, monitoramento e avaliação do PET-Saúde envolvem o Departamento de Gestão da Educação na Saúde/SGTES/MS; o Departamento de Atenção Básica/SAS/MS; o Departamento de Vigilância Epidemiológica/SVS/MS; o Fundo Nacional de Saúde/SE/MS; o DATASUS/SE/MS; o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS); o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS), e os Departamentos de Desenvolvimento da Rede de Instituições Federais de Ensino Superior e de Hospitais Universitários e Residências de Saúde, da Secretaria de Educação Superior (SESU)/MEC.

Bolsas
As bolsas PET-Saúde têm como referência valores pagos pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Atualmente, o valor para as bolsas de tutores acadêmicos e de preceptores é de R$ 1.045,89 (um mil e quarenta e cinco reais e oitenta e nove centavos) e o da bolsa incentivo para os estudantes é R$ 360, 00 (trezentos e sessenta reais), correspondente ao valor da bolsa de iniciação científica.
O gerenciamento ocorre por meio do Sistema de Informações Gerenciais do PET-Saúde – SIG PET-Saúde. Os repasses financeiros são operacionalizados pelo Fundo Nacional de Saúde, por meio de depósitos efetuados diretamente nas contas beneficiários.

PET-Saúde e o MAIS SAÚDE
O PET-Saúde está previsto no Programa MAIS SAÚDE – Direito de Todos – 2008-2011, Eixo 4 – Força de Trabalho em Saúde, que tem como diretriz ampliar e qualificar os profissionais da saúde, como um investimento essencial para a perspectiva de evolução do SUS. A iniciativa do MAIS SAÚDE permite o acompanhamento das ações/medidas previstas, com fins gerenciais e de informação à sociedade.

Monitoramento e Avaliação
Em conformidade com a legislação vigente do Programa, o monitoramento e a avaliação dos grupos PET-Saúde são fundamentados em indicadores/diretrizes como relatório técnico semestral e final das atividades dos grupos PET-Saúde; participação dos alunos dos grupos em atividades, projetos e programas de ensino, pesquisa e extensão, no âmbito do PET-Saúde; alinhamento das atividades dos grupos PET-Saúde a políticas públicas e de desenvolvimento na sua área de atuação (PRÓ-SAÚDE, Política Nacional de Educação Permanente em Saúde, Programa Telessaúde Brasil, UnA-SUS, entre outras); produção de conhecimento relevante nas áreas da atenção básica e vigilância em saúde; interdisciplinaridade e atuação multiprofissional; publicações e participações em eventos acadêmicos de professores tutores, preceptores e estudantes.

Maiores Informações:
Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde
Departamento de Gestão da Educação na Saúde
Esplanada dos Ministérios, Edifício Sede, Bloco G, 7º andar, sala 725
CEP: 70058-900 – Brasília – DF

Página eletrônica: www.saude.gov.br/sgtes/petsaude
Correio eletrônico: petsaude@saude.gov.br