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Arquivo Mensal outubro 2012

Departamento de Atenção Básica realizará oficinas no ABRASCÃO 2012

O Departamento de Atenção Básica (DAB) do Ministério da Saúde realizará diversas  Oficinas de Trabalho durante o 10º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva – ABRASCO, de 14 a 18 de novembro de 2012, em Porto Alegre – RS. As Oficinas acontecerão no dia 15 de novembro de 2012, conforme programação abaixo. O 10º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva será um encontro diversificado e criativo entre a academia e os serviços de saúde. O evento será realizado em ambiente universitário (UFRGS e UFCSPA), propiciando a interação entre os participantes no debate sobre os desafios e as perspectivas da saúde coletiva em nosso país. Também facilitará a convivência com o cotidiano, a cultura e o lazer da capital gaúcha.

Sob o tema central “Saúde é Desenvolvimento: Ciência para a Cidadania”, o 10º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva reunirá docentes, pesquisadores, gestores, profissionais de saúde, movimentos sociais, lideranças da Saúde Coletiva e todos aqueles interessados no debate, reflexão e enfrentamento dos desafios teóricos e práticos do campo.

Informações com:  Rosangela Maciel (61) 3315-5905 – e-mail: rosangela.maciel@saude.gov.br

 

OFICINAS DEPARTAMENTOS DE ATENÇÃO BÁSICA/SAS/MS

15 DE NOVEMBRO DE 2012.

OFICINA MELHORIA DO ACESSO E DA QUALIDADE NA ATENÇÃO BÁSICA

 Objetivo:

Apresentar os principais resultados do primeiro ciclo do Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade, analisando os desdobramentos possíveis, bem como, estratégia para desenvolvimento do próximo ciclo PMAQ (nova etapa de contratualização).

Palestrantes:

Allan Nuno (Coordenador Geral de Acompanhamento e Avaliação DAB/SAS/MS)

Alcindo Ferla (Professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul)

Debatedores:

Representantes do CONASS e CONASEMS

Publico Alvo:

Gestores convidados (CONASS e CONASEMS), SBMFC, ABEN, Rede de APS, BID e OPAS.

 

 OFICINA ATENÇÃO BÁSICA QUE TEMOS E A QUEREMOS: CONSTRUINDO UMA IMAGEM-OBJETIVO PARA 2022

 

Palestrante:

Helvecio Magalhaes (Secretario de Atenção a Saúde/MS)

Luiz Augusto Facchini (Presidente da ABRASCO)

 

Debatedores:

Gestores e Pesquisadores Convidados

 

 Objetivo:

Dialogar sobre os principais avanços da Atenção Básica na ultima década, visando delinear diretrizes e processos estruturantes para o formulação e desenvolvimento de Politicas/Projeto/Programa até o 2022 para o fortalecimento, qualificação e ampliação da Atenção Básica no Brasil.

 

Publico Alvo:

Rede de APS, OPAS, ABRASCO, SBMFC, ABEN, CONASS, CONASEMS, CNS e Gestores e pesquisadores convidados.

 

 

 

Edital para pesquisador – Justiça Global -RJ – 4/11/2012

Justiça Global seleciona dois pesquisadores(as) para início imediato no Rio de Janeiro

EDITAL DE SELEÇÃO – JUSTIÇA GLOBAL
PROCESSO SELETIVO – PESQUISADOR (A) NA ÁREA DE CIÊNCIAS HUMANAS
E/OU CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS

Posição: Pesquisador (a) na área de ciências humanas e/ou ciências sociais aplicadas
Número de Vagas: 2 (duas)
Local: Rio de Janeiro, Capital
Prazo final para envio de CV: 04 de novembro
Início das atividades: Imediato
Carga horária: 40 horas/semana

1. Apresentação Institucional
A Justiça Global é uma organização não governamental de direitos humanos que, desde 1999, trabalha com a proteção e promoção dos direitos humanos e o fortalecimento da sociedade civil e da democracia. Nesse sentido, nossas ações visam denunciar as violações de direitos humanos, incidir nos processos de formulação de políticas públicas baseadas nos direitos fundamentais, impulsionar o fortalecimento das instituições democráticas, e exigir a garantia de direitos para os excluídos e vítimas de violações de Direitos Humanos.
A Justiça Global desenvolve trabalho nas seguintes áreas: I) Defensores de Direitos Humanos; II) Violência Institucional e Segurança Pública; III) Acesso à Justiça; IV) Direitos Econômicos Culturais e Sociais (DESC)
A presente seleção visa à contratação de dois profissionais da área de ciências humanas e sociais aplicadas que tenham experiência e perfil para o trabalho sobre os temas prioritários de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais. Principais Temas: Direito à Terra e ao Território, Comunidades Quilombolas, Pescadores, Trabalhadores Rurais, Atingidos por Barragens, Comunidades Indígenas, Políticas de Titulação de Terras e de Reforma Agrária, Violações cometidas por Empresas, Impactos Sociais e Ambientais de Grandes Empreendimentos.
2. Resumo das Funções do Pesquisador (a) na área de ciências humanas e/ou ciências sociais aplicadas
• Documentação de violações de Direitos Humanos;
• Elaboração de pesquisas e relatórios;
• Análise de dados;
• Redação de documentos;
• Articular trabalho em rede;
• Encaminhamento de denúncias aos mecanismos nacionais e internacionais de proteção dos direitos humanos;
• Realização de trabalho de campo (missões in loco);
• Interlocução com autoridades e com poder público;
• Interlocução com movimentos sociais, populares e organizações não governamentais;
• Acompanhamento de políticas públicas na área de Direitos Humanos.
3. Requisitos para a Função
• Experiência profissional na área;
• Morar no Rio de Janeiro;
• Disponibilidade para viagem nacional e internacional;
• Interesse na área de promoção e proteção dos direitos humanos;
• Interesse em trabalhar com movimentos sociais e organizações não governamentais;
• Capacidade para trabalhar em equipe;
• Fluência escrita e oral na língua portuguesa;
• Preferencial o domínio de outro idioma (inglês, espanhol);
• Capacidade para organizar e ministrar oficinas de formação;
• Capacidade para organizar seminários e reuniões nacionais e internacionais;
• Disponibilidade imediata;
• Disponibilidade em executar tarefas mais amplas do que as descritas acima quando necessário.
4. Inscrições
As candidaturas devem ser encaminhadas até o dia 04 de novembro de 2012, através do E-MAIL: contato@global.org.br, ASSUNTO: “Processo Seleção Pesquisador”, a documentação a seguir especificada:
a) currículo
b) carta de apresentação de uma a duas laudas, demonstrando sua condição para assumir a posição
c) apresentação de duas referências para serem contatadas pela equipe de seleção, caso necessário
5. Seleção
• 05 a 09 de novembro: Análise de Currículo/ Carta de Apresentação
• 13 e 14 de novembro: Entrevista
6. Resultado final
• 21 de Novembro de 2012
7. Remuneração
• Compatível com a função

 

Política de saúde com foco na atenção básica, como praticada no Brasil (Saúde da Família), tem efeito favorável comprovado em termos de equidade.

 
Trata-se de um interessante estudo, de autores com origem binacional, que analisa dados de utilização de serviços de saúde no Brasil na década entre 1998 e 2008, correspondendo a um período de grandes transformações econômicas e sociais no país. Os dados analisados provêm das PNAD de 1998, 2003 e 2008. O conceito de (in)equidade horizontal parte do princípio de que as pessoas com iguais necessidades em atenção à saúde deveriam ter acesso aos serviços de forma correspondente, sendo estimada como a diferença entre a utilização prevista em função das necessidades e a utilização real observada. A análise teve como foco as prováveis visitas a serviços de saúde, médicos, odontológicos, ambulatoriais e hospitalares durante os últimos doze meses, bem como a qualquer serviços de saúde nas duas semanas anteriores, desde que em locais habituais de prestação de serviços. A situação socioeconômica foi avaliada em função dos dados de renda familiar mensal. As necessidades de saúde foram estipuladas em termos de idade, gênero, autoavaliação de saúde e presença de condições crônicas. Outros fatores analisados, não necessariamente ligados a necessidades de saúde, foram: renda, educação, localização dos domicílios, filiação a planos de saúde e cobertura pelo PSF.

Em termos de conclusões do estudo em foco, destacam-se as seguintes: (1) a probabilidade de se ter pelo menos uma visita ao médico no último ano manteve-se de forma equitativa ao longo do período, com uma pequena ascensão favorável ao polo mais rico no último ano analisado; (2) as hospitalizações mostraram-se como tendência favorável aos mais pobres, embora de forma menos acentuada em 2008; (3) no campo da saúde bucal, a tendência foi de redução absoluta da iniquidade no período, embora esta tenha sido, também, uma tendência invertida no último ano; (4) a utilização recente de serviços de saúde (15 dias anteriores) mostrou redução da iniquidade até 2003, embora sem mudanças significativas entre este ano e o último da séria analisada (2008). Além disso, a disponibilidade de serviços habituais em saúde tornou-se menos tendencialmente pró ricos ao longo do tempo, finalizando o período com relativa neutralidade em relação ao fator renda. Os fatores mais associados com a iniquidade em saúde foram: renda, posse de plano de saúde privado e a localização geográfica do domicílio. Ao contrário, a maior equidade esteve associada com a necessidade efetiva em saúde, escolaridade e acesso ao PSF.

Em síntese, segundo os autores, a utilização de serviços de saúde no Brasil parece ter sido tendencialmente mais equitativa nos anos considerados, embora isso possa não ter correspondência direta com os resultados qualitativos possibilitados por tal incremento do acesso. Esse ganho na equidade parece decorrer, efetivamente, do tipo de política de saúde com foco na APS implantado no Brasil ao longo dos últimos anos*.

artigo

 

Autores/ Instituições: James Macinko e Maria Fernanda Lima-Costa (Department of Nutrition, Food Studies & Public Health, New York University; Centro de Pesquisas René Rachou, Fundação Oswaldo Cruz / Faculdade de Medicina da UFMG – Belo Horizonte)

 

Referência: International Journal for Equity in Health 2012 (disponível on line em http://bit.ly/Olep*

Nota produzida por Flávio Goulart para o Portal da Inovação na Gestão www.apsredes.org

MS repassa recursos para vigilância alimentar

O Ministério da Saúde autorizou novos repasses para a estruturação da Vigilância Alimentar e Nutricional em 969 municípios de 26 estados brasileiros. Serão investidos R$ 11 milhões na aquisição de equipamentos antropométricos que são utilizados no acompanhamento do estado de saúde dos usuários de Unidades Básicas de Saúde (UBS). Serão contempladas as unidades com equipes inscritas no Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ).

Os equipamentos a serem adquiridos vão ser definidos de acordo com a necessidade específica de cada UBS. Os recursos, em sua maioria, são para aquisição de balanças convencionais, pediátricas, portáteis e instrumentos para aferição de medidas corporais. O incentivo também pode ser destinado para a compra de balanças, com capacidade de até 200 quilos, que são adequadas às pessoas obesas. O investimento tem como objetivo melhorar a infraestrutura das UBS, ação prevista no Programa de Requalificação das Unidades Básicas de Saúde.

“Com os novos equipamentos, os municípios poderão fazer um diagnóstico mais preciso da situação nutricional de seus indivíduos, o que vai permitir um planejamento adequado à realidade de cada região”, explica a coordenadora de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde, Patrícia Jaime. Ela explica que o peso tem influencia significativa na evolução clínica de doenças crônicas não transmissíveis, como hipertensão e diabetes. “Por isso, é essencial o monitoramento de peso, para o enfrentamento dessas doenças”, completa.

A verificação de peso e altura e a classificação do estado nutricional dos brasileiros são medidas já realizadas nas Unidades Básicas. Os equipamentos ajudarão na coleta desses dados e no acompanhamento dos usuários do Sistema Único de Saúde. Essas informações são inseridas no Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan) e contribuem para o desenvolvimento de políticas públicas mais efetivas. O investimento está previsto na portaria 2.392, publicada no Diário Oficial da União. Os primeiros beneficiados serão os municípios com índices mais vulneráveis, de acordo com as avaliações realizadas pelo programa.

Fonte – site MS www.saude.gov.br

 

Aumenta assistência odontológica no SUS

Com o Brasil Sorridente, quantidade de atendimentos salta de 10 milhões para 150 milhões de pessoas. Cobertura populacional do programa cresce 400%. Avanços são apresentados no Dia Nacional da Saúde Bucal e do Cirurgião Dentista   No Dia Nacional da Saúde Bucal e do Cirurgião Dentista, celebrado nesta quinta-feira (25), o país tem motivos para comemorar a data. Instituído em 2004, o Brasil Sorridente, coordenado pelo Ministério da Saúde, já é o maior programa de assistência odontológica pública e gratuita do mundo. Desde que foi criada, a estratégia aumentou em 15 vezes a quantidade de atendimentos à população: saltou de 10 milhões para 150 milhões de consultas por ano. A cobertura populacional do programa também cresceu substancialmente (400%): passou de 18,2 milhões de brasileiros assistidos antes do Brasil Sorridente para 92 milhões de pessoas beneficiadas atualmente.   Inserido na Política de Saúde Bucal do Sistema Único de Saúde, o Brasil Sorridente inovou com medidas de promoção, prevenção e recuperação da saúde bucal dos brasileiros. Hoje, oito anos após seu lançamento, o programa já está presente em cerca de 90% dos municípios. Atualmente, 1.304 cidades contam com Laboratórios Regionais de Próteses Dentárias (LRPDs) e, em todo o país, já são 915 Centros de Especialidades Odontológicas (CEOs) em pleno funcionamento – estruturas que não existiam até a criação do Brasil Sorridente. “Passamos a ser referência internacional até para os países considerados desenvolvidos. Isso é motivo de orgulho para os brasileiros e para os profissionais de saúde”, analisa o coordenador-geral de Saúde Bucal do Ministério da Saúde, Gilberto Pucca.       Nos CEOs são oferecidos tratamentos endodônticos (canal), atendimento a pacientes com necessidades especiais, cirurgia oral menor, periodontia e exames para detectar câncer bucal, entre outros serviços. Nos LRPDs foram produzidos, até o último mês de agosto, 256.336 próteses dentárias. Até o final do ano, a meta é chegar a 400 mil unidades – quantidade 12,5 vezes maior que a produção de próteses, no país, antes da criação do Brasil Sorridente.

INVESTIMENTOS – Até 2014, o Ministério da Saúde investirá R$ 3,6 bilhões no Brasil Sorridente. Os recursos são destinados à melhoria da tecnologia, estrutura e contratação de profissionais para o programa, com o objetivo de se ampliar ainda mais o acesso dos brasileiros às ações de saúde bucal no SUS.       “Muito mais que a questão estética, a ausência de dentes interfere diretamente na vida social da pessoa, causando problemas emocionais e fisiológicos, prejudicando o funcionamento de todo o corpo”, observa Gilberto Pucca. “Por isso, a recuperação da mastigação reflete diretamente na saúde, na auto-estima e na qualidade de vida do paciente”, completa o coordenador.

UNIDADES MÓVEIS – Populações que vivem em locais de difícil acesso aos serviços convencionais de saúde, como assentamentos rurais ou quilombolas, não foram esquecidas pelo plano de ampliação da rede de assistência odontológica no SUS. Para eles, foram criadas as Unidades Odontológicas Móveis (UOMs), que funciona como um consultório odontológico itinerante para a realização de serviços por Equipes de Saúde Bucal que atuam na Estratégia Saúde da Família.       Cada unidade conta um consultório equipado com cadeira odontológica, kit de pontas (motor), cadeira do dentista (mocho), refletor, amalgamador e fotopolimerizador (equipamentos que fazem o preparo dos produtos utilizados nas restaurações dos dentes), aparelho de raios-X e autoclave (para esterilização dos instrumentais). As UOMs contam com ar-condicionado, lavatório, reservatórios de água, armários para armazenagem de material e gerador de energia. Atualmente, 180 unidades estão funcionando no país e, até 2014, serão entregues à população mais mil novos veículos.       CIRURGIÕES-DENTISTAS – Quase 30% do total de cirurgiões-dentistas do país – mais de 64 mil profissionais – atuam no Brasil Sorridente. O programa também conta com outros 25 mil trabalhadores, entre técnicos e auxiliares em saúde bucal e de próteses dentárias.      O cirurgião-dentista foi a categoria de nível superior que mais cresceu no SUS, em quantidade de profissionais, nos últimos dez anos. Só no período de 2003 a 2012, a quantidade cirurgiões aumentou 60%, o que revela a importância deles para o SUS. De acordo com Gilberto Pucca, atualmente, o “grande empregador da Odontologia é o Sistema Único de Saúde”.       “Isso é bom para todos; principalmente, para a população, que tem muito mais acesso à assistência odontológica. Desde o lançamento do Brasil Sorridente, a saúde bucal passou a ser, de fato, uma prioridade na saúde pública e não apenas algo para quem tinha dinheiro e podia pagar pelos serviços”, destaca Pucca.

Fonte site MS www.saude.gov.br

Pesquisa sobre saúde do brasileiro contribuirá na elaboração de políticas para o enfrentamento das DCNT

O Ministério da Saúde realizará no primeiro semestre de 2013 a mais completa pesquisa sobre a saúde dos brasileiros. A Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), abrangerá 80 mil domicílios, em 1.600 municípios. Parte desse público, cerca de 16 mil pessoas, deverão ser submetidas a exames de coleta de sangue e urina.
“A única vez que foi coletado sangue em uma pesquisa foi em 1986, com uma amostra em 12 capitais. Agora teremos a oportunidade de fazermos uma pesquisa ampla, para sabermos como vai a saúde dos brasileiros. Vamos saber os níveis de glicemia (hemoglobina glicada), colesterol, creatinina, sal na urina, faremos a sorologia de dengue, enfim, teremos um perfil quanto à situação de saúde, comportamentos de risco e proteção, acesso aos cuidados de saúde”, explica a diretora do Departamento de Vigilância de Doenças e Agravos não Transmissíveis e Promoção da Saúde do Ministério da Saúde, Deborah Malta, em entrevista ao Portal da Inovação.

A pesquisa faz parte do Plano de Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), que prevê até 2022 metas para o controle e prevenção dessas doenças, responsáveis por 72% dos óbitos no Brasil. O plano enfoca quatro fatores de risco (tabagismo, álcool, inatividade física e alimentação não saudável) e quatro doenças (cardiovasculares, câncer, diabetes e doença respiratória crônica). A Secretaria de Vigilância em Saúde lidera as discussões dos dois primeiros eixos e a Secretaria da Atenção à Saúde (SAS), a do cuidado integral, com as linhas de cuidado.

Deborah Malta também faz um balanço das ações do Programa Academia da Saúde, uma análise dos resultados de seis anos do Vigitel e as negociações na Organização Mundial da Saúde para o estabelecimento de metas globais de enfrentamento das doenças crônicas.

1 – O Plano Brasileiro de Enfrentamento das Doenças Crônicas tem três eixos: da vigilância, monitoramento e prevenção; da promoção da saúde e do cuidado integral. No eixo da Vigilância, o Ministério da Saúde prepara desde 2013 uma grande pesquisa para saber como está a saúde dos brasileiros. Como será a pesquisa?

A partir de fevereiro, realizaremos o piloto da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), em parceria com o IBGE, onde ajustaremos os últimos detalhes para a grande coleta de informações sobre a saúde do brasileiro, a partir de maio, em 80 mil domicílios, em 1.600 municípios brasileiros. Além dos questionários que tem duração de mais de uma hora, também faremos a coleta de sangue e urina, aferição de medidas antropométricas e medição da pressão arterial. Vamos saber os níveis de colesterol, creatinina, dosagem de sal na urina, faremos a sorologia de dengue. Queremos saber a cobertura de exames preventivos de câncer de colo de útero e mama, faremos um perfil lipídico da população, queremos saber como está o acesso ao diagnóstico de alguns agravos crônicos, enfim, teremos um perfil do brasileiro quanto à situação de saúde, a comportamentos de risco e proteção e ao acesso aos cuidados de saúde. Também faremos uma soroteca no Instituto Evandro Chagas (IEC) com o sangue colhido para que no futuro tenhamos amostras para pesquisar novas doenças. A única pesquisa que dosou glicemia no sangue (prevalência de diabetes), foi em 1986, mas em apenas 12 capitais. Agora teremos a inclusão de outros exames no sangue e urina e a possibilidade de medir outros problemas de saúde. Muitas pessoas provavelmente saberão que estão com alguma doença crônica por meio da pesquisa.

2 – O Vigitel chegou a sua sexta edição. Quais tendências se confirmaram sobre os hábitos e comportamentos dos brasileiros?

Com relação ao Vigitel, apos seis anos já conseguimos analisar tendências. Pode-se verificar por exemplo o acerto de algumas políticas, como a do tabagismo, que apontou A redução da proporção de fumantes. Verificamos tambem a redução da inatividade física e o aumento do excesso de peso e obesidade, no período. O Vigitel registra a redução da prevalência de fumantes de 16,3% para 14.8% nesse período. Mostra um fato preocupante que as mulheres estabilizaram em 12% a prevalência de fumantes, não tendo alteração nos últimos seis anos. Tivemos um incremento da prevalência sobre o excesso de peso, onde a proporção de pessoas acima do peso no Brasil avançou de 42,7%, em 2006, para 48,5%, em 2011. A obesidade também segue a mesmo incremento, passou de 11.4% para 15,8%. A inatividade física teve um recuo de 16% para 14% na população geral. O Vigitel também mostra que cresceu o diagnostico médico de diabetes, cuja leitura é o aumento na captação de doentes pela melhoria do acesso na Atenção Básica, além de aumentar a realização de mamografia de 71% para 73%. As doenças crônicas apresentam o grande desafio das ações intersetoriais.

3 – A redução do tabaco é um exemplo de ação intersetorial. Como estão as articulações intersetoriais para a redução do consumo de álcool abusivo, cuja tendência não apresenta mudança nos últimos seis anos?

A redução do tabaco conta com apoio da população em relação as medidas regulatórias como a proibição da propaganda, a proibição de fumar em recintos coletivos, o aumento na taxação dos cigarros de 64% para 84%. Essas são as melhores evidências para controlar o tabagismo. A proposição inicial da Lei 12.546 foi do Ministério do Planejamento, levando ao aumento na taxação, a Saúde propôs então a ampliação do escopo das medidas legislativas. Sobre o tema do álcool, também temos que avançar na regulação, especialmente na legislação das cervejas, que hoje não são consideradas bebidas alcóolicas por possuir um índice de álcool menor que 13%. A tentativa é avançar ganhando consenso com a comunidade. A mesma situação ocorre com a propaganda infantil de alimentos. A sociedade tem que apoiar para então o Congresso aprovar a Lei. No caso da proibição da propaganda infantil de alimentos, nós tivemos em 2010 uma Resolução da Anvisa que hoje tem 11 liminares na Justiça de efeitos. A discussão do álcool é semelhante à discussão da propaganda de alimentos para o publico infantil. Consegue-se implementar medidas regulatórias, na medida em que tivermos o apoio e consenso da sociedade. Agora no caso da obesidade a gente tem muito a caminhar, são muitos os desafios.

4 – Em relação ao eixo da promoção da saúde, qual o balanço das ações?

A principal medida é o programa Academia da Saúde com definição de construção de quatro mil novas unidades até 2014. O Ministério da Saúde já liberou recursos este ano, ao todo repassou quase R$ 300 milhões para a construção de mais de 2.700 polos. Em funcionamento, temos 155 academias similares e todas com recurso para custeio. Nós também financiamos os projetos que vieram da antiga Rede de Promoção da Saúde onde participavam mais de 1.500 municípios. A Secretaria de vigilância analisou os municípios participantes dessa Rede, manteve o financiamento daqueles projetos voltados para a prevenção de violências, e para os da promoção da saúde, continuamos financiando aqueles projetos aprovados para estrutura física do programa Academia da Saúde. Então, de custeio nós financiamento hoje as 155 academias padronizadas e mais quase 455 projetos que eram da Rede de Promoção. São R$ 21 milhões da SVS e R$ 5 milhões da SAS. Os municípios recebem R$ 36 mil por ano para custear o projeto. Temos três plantas definidas da Academia da Saúde e a partir do ano que vem vamos ofertar cursos de Ead sobre promoção da saúde e atividade física. Outro programa que vem se destacando é sobre cantinas saudáveis nas escolas privadas, realizado em parceria com a Federação Nacional de Escolas Particulares por meio do manual das cantinas saudáveis. Outro avanço foi o acordo voluntário com a indústria para a redução do sal em biscoitos, massas, batata fritas e outros alimentos, ambos liderados pela Secretaria de Assistência à Saúde.

5 – Quais as novidades no eixo da assistência?

Em relação à assistência a novidade é que a Secretaria de Atenção à Saúde está colocando em consulta pública várias portarias sobre linhas de cuidados de doenças crônicas priorizadas no Plano. Vale consultar o site do Departamento de Atenção Básica.

6 – A reunião de Alto Nível das Organizações das Nações Unidas (ONU) sobre Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT), no ano passado, pautou o tema em esfera global. Quais são as metas questão sendo discutidas entre os países?

A ONU até hoje só pautou o tema saúde em duas oportunidades, e, em 2011, sobre as Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), quando a presidente Dilma Rousseff participou da abertura do encontro. A reunião de alto nível da ONU gerou uma mobilização global. Entrou para agenda dos países com muita força, pautando não só na perspectiva da assistência, mas também da atuação de promoção da saúde e prevenção de doenças, e para isso precisa ter toda uma articulação do setor saúde com outros parceiros. A intersetorialidade se coloca como algo fundamental para que possamos obter sucesso nessa agenda.
A reunião da ONU mobilizou os países para uma definição de priorização de metas. O Ministério da Saúde está participando essa discussão global. O tema também já foi discutido na última reunião da Organização Mundial da Saúde (OMS), e os países assumiram um compromisso formal quanto a elaboração de um plano de enfrentamento das DCNT, e discutir no futuro apoio a metas globais. Já foi assumida a meta, na reunião da OMS realizada em maio, de redução de 25% das DCNT até o ano de 2025. Também nessa oportunidade, se discutiu um conjunto de indicadores mais ligados à promoção da saúde, como a redução do consumo de álcool abusivo, da inatividade física, da alimentação inadequada e da redução do tabaco. Esse grupo de trabalho se reunirá agora nos dias 5, 6 e 7 de novembro de 2012, para discutir um documento com metas, para ser levado para a próxima Assembleia da OMS em 2013. A proposta que estamos discutindo é a redução de 25% na mortalidade prematura por DCNT, redução da pressão arterial em 25%, redução do tabaco em 30%, redução de 30% do consumo de sal, 10% da redução da inatividade física, manutenção do índice da obesidade, redução do consumo de gorduras, redução do consumo nocivo de álcool, redução do colesterol em 20% e em relação ao tratamento das doenças crônicas é tratar 80% dessa população, priorizando a melhoria do acesso ao tratamento das doenças cardiovasculares.

7 – O Brasil apoia quais metas globais para as DCNT?

O Brasil tem uma posição de consenso em quatro metas. Concordamos com as metas do tabaco, do sal, do álcool e uma de doença cardiovascular. Apoiamos a meta de redução do sedentarismo, pela importância na redução de DCNT e em função desta evidencia criamos o Academia da Saúde.
O que é interessante ressaltar é que as metas do Plano Brasileiro de Enfrentamento das Doenças Crônicas estão totalmente alinhadas com a proposta das metas globais. O Brasil se antecipou a esse debate colocando como meta a redução da mortalidade prematura por DCNT em 2% ao ano; a redução do consumo de sal de 12g para 5g, uma meta mais ousada do que o da OMS; sobre a obesidade, o Brasil se propõe a reduzir a prevalência da obesidade em crianças e adolescentes, a OMS não fala sobre esse público; a redução da prevalência do álcool; aumentar a prevalência da atividade física no lazer; e reduzir a prevalência do tabagismo. Iremos ainda incluir metas de tratamento de doença crônica. O Brasil tem ações concretas e garante o acesso as drogas como aspirina, estatina, anti-hipertensivos.

Publicado no site APSREDES www.apsredes.org

 

Ministério da Saúde investe mais de R$ 50 milhões em reformas de UBS

O repasse dos recursos da segunda parcela de reformas do Requalifica e os recursos retroativos de todas as equipes certificadas pelo PMAQ-AB já tem data prevista

Dia 10 de novembro é a data prevista para o pagamento da segunda parcela de reformas do Programa de Requalificação de Unidade Básica de Saúde (UBS). No valor de R$ 51.744.686,18, as 655 propostas analisadas pelo Ministério da Saúde serão contempladas, com o intuito de melhorar a infraestrutura das UBS e o atendimento das equipes de atenção básica.

O Programa, instituído pela Portaria nº 2.206 de 14 de setembro de 2011, tem como meta a estruturação e o fortalecimento da atenção básica e visa contribuir para a mudança do modelo de atenção à saúde no País, por meio da melhoria da estrutura física das UBS.

PMAQ-AB

Para a mesma data, 10/11, também está previsto o pagamento dos recursos retroativos (meses de abril a agosto) referentes a todas as equipes certificadas pelo Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB), além das novas Equipes certificadas no mês de outubro.

O Programa que tem por objetivo criar um ciclo contínuo de crescimento do acesso às ações e serviços de saúde pelos usuários quer alcançar um padrão de qualidade comparável nacional, regional e localmente. O PMAQ-AB vai envolver cada equipe, gestores municipais, estaduais e federais em compromissos interfederativos, além dos usuários. Periodicamente, todas as equipes e gestões municipais serão objeto de acompanhamento do Ministério da Saúde, por meio da avaliação externa, que é realizada por especialistas de universidades federais. Os usuários também foram escutados durante a pesquisada de satisfação, a fim de que se tenham subsídios para a qualificação do cuidado e o aperfeiçoamento da Política Nacional de Atenção Básica.

 Fonte site DAB/MS www.saude.gov.br/dab

 

Ministério aumenta em 129% a oferta de bolsas em um ano

O Ministério da Saúde financiará mais 1.623 bolsas de residência médica em 19 especialidades prioritárias e com carência de profissionais, o que representa aumento 129% em um ano. A meta do Ministério da Saúde é financiar 4.000 até 2014. Atualmente, são ofertadas 1.258 vagas. A iniciativa faz parte do Pró-Residência – Programa Nacional de Apoio à Formação de Médicos Especialistas em Áreas Estratégicas e do Pró-Residência Multiprofissional, do Ministério da Saúde, que alinha a formação de especialistas com as necessidades do Sistema Único de Saúde (SUS). Também foram anunciadas nesta terça-feira, dia 23, mais 1.270 bolsas de residência multiprofissional.

Confira a apresentação da coletiva.

Serão aplicados R$ 82,7 milhões em 2013, sendo R$ 46,4 milhões para bolsas de residência médica e R$ 36,3 milhões para a multiprofissional. O valor que o Ministério da Saúde pagará ao hospital que emprega o residente é de R$ 2.861,79 por mês. Desse total, cerca de R$ 2.350,00 serão repassados ao bolsista. A iniciativa será complementada com a capacitação de supervisores (preceptores) e com a disponibilização de R$ 80 milhões para serem investidos na infraestrutura dos hospitais e das Unidades Básicas de Saúde que expandirem seu quadro de residentes.

“Com o financiamento das bolsas, formaremos especialistas nas áreas mais importantes para o SUS. Mas isso não é possível sem uma estrutura física e uma equipe de profissionais supervisores que permitam o bom funcionamento do programa de residência. Combinando essas ações, estamos promovendo e ampliando a formação de especialistas no país”, afirma o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

A meta do Ministério da Saúde é abrir, até 2014, quatro mil vagas de residência médica e 3,2 mil vagas de residência multiprofissional. Atualmente, o país conta com 10.434 profissionais na fase inicial da residência.

ADESÃO – As instituições interessadas em ampliar seus programas de residência médica se inscreveram no Pró-Residência, conforme o Edital N° 18/2011, até o dia 30 de setembro. Já as unidades interessadas em expandir seus programas de residência multiprofissional aderiram pelo Edital N° 17/2011. As especialidades médicas mais demandadas foram Clínica Médica (343 residentes), Cirurgia Geral (245), Pediatria (211), Obstetrícia e Ginecologia (124) e Medicina de Família e Comunidade (116). Já as áreas de residência multiprofissional mais demandada foram Atenção Básica (328) e Saúde Mental (157).

“Não se garante atendimento de qualidade sem médicos bem formados e qualificados. Com essa expansão das bolsas de residência, inédita até hoje, o Ministério da Saúde aumenta seu protagonismo na formação de especialistas”, enfatizou o Secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério, Mozart Sales.

INFRAESTRUTURA – Ação será reforçada com investimento de R$ 80 milhões em infraestrutura e custeio dos serviços de saúde que expandirem vagas de residência. Desses, R$ 20 milhões serão destinados em investimentos de infraestrutura. Os recursos devem ser utilizados na reforma e na estruturação de espaços como bibliotecas, salas de estudo e laboratórios, e também para a aquisição de material permanente.

Os hospitais receberão ainda recursos mensais, ao longo de 2013, para a manutenção dos programas de residência e o desenvolvimento da preceptoria. O investimento previsto é de R$ 60 milhões por parte do Ministério da Saúde.

As equipes de Atenção Básica também serão estimuladas a inserirem médicos residentes. O gestor municipal poderá cadastrar o profissional residente e a equipe no sistema do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), e, dessa forma, receber o recurso referente ao Piso da Atenção Básica Variável (PAB Variável) e participar do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ), iniciativa do Ministério da Saúde que concede incentivo financeiro a equipes que cumprirem metas de qualidade determinadas. Além disso, o município terá preferência no Requalifica-SUS, programa destinado a melhorar a infraestrutura das Unidades Básicas de Saúde.

RECURSOS HUMANOS –Para complementar as ações de fortalecimento das residências profissionais no país, o Ministério da Saúde estimula a formação de supervisores, por meio de parcerias com as instituições de excelência (hospitais Sírio-Libanês e Alemão Oswaldo Cruz) e com a Associação Brasileira de Educação Médica (ABEM). As três entidades devem capacitar aproximadamente quatro mil supervisores até 2014.

O Ministério vai investir, ainda, na formação de docentes para cursos de graduação em saúde. Até 2014, a previsão é que sejam investidos R$ 18,4 milhões e formados 1.111 novos professores.

 Fonte site MS – www.saude.gov.br