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ENSP auxilia na revitalização da APS em Angola

A Escola Nacional de Saúde Pública de Saúde Pública (ENSP) vem atuando intensamente no âmbito da cooperação técnica internacional. Entre os projetos desenvolvidos, está o Proforsa, fruto da cooperação tripartite entre Brasil, Angola e Japão para fortalecer o sistema de saúde angolano, por meio do desenvolvimento de recursos humanos, e revitalizar a atenção primária à saúde (APS) no país. O Proforsa está inserido na política de cooperação internacional da Fiocruz com os países africanos de língua portuguesa e envolve o Centro de Saúde Escola Germano Sinval Faria (CSEGSF), a Educação a Distância (EAD), ambos da ENSP, além da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, que atuam na capacitação de gestores de quatro centros de saúde de referência situados em Luanda, capital de Angola.
Celina Boga, médica do CSEGSF, explica que o Centro participa do projeto por meio de um curso, cujo objetivo é capacitar e formar gestores no âmbito da atenção primária à saúde. “Como unidade de cuidados primários em saúde acreditada nacional e internacionalmente, em 2012, pelo Consórcio Brasileiro de Acreditação (CBA) e pela Joint Commission International (JCI), o Centro tem muito a colaborar no desenvolvimento de mudanças estruturantes no sistema de saúde angolano. Finalizamos a missão de julho com uma proposta de prontuário individual, denominado por eles como processo clínico, com base no modelo utilizado no Centro”, explicou.
A última missão realizada possuiu o caráter propositivo e foi antecedida de capacitações, que, entre outros temas, possibilitaram aos alunos: desenhar e executar uma análise de contexto de cada centro de saúde de referência e seu território; apreender a metodologia de planejamento estratégico situacional e elaborar planos de ação para enfrentamento de dois problemas críticos e prioritários; compreender e discutir indicadores gerenciais e epidemiológicos; e construir uma proposta de setorização para os centros de saúde de referência baseada na possibilidade de introduzir práticas de vigilância e promoção da saúde.
Segundo a médica, a metodologia utilizada no projeto opta pelo desenvolvimento de um conhecimento compartilhado e reconhece as potencialidades e limites da realidade local. O Proforsa, iniciado em 2012, deverá finalizar em 2014. Para Celina Boga, as precárias condições de vida e a consequente frágil situação de saúde de parte da população de Angola não serão resolvidas por meio de atividades temporárias. No entanto, projetos que tenham como princípio o fortalecimento das capacidades locais e das ações estruturantes podem contribuir para a implantação de processos de trabalho em prol da melhoria da qualidade de vida da população angolana.

Sobre a cooperação tripartite e o Proforsa
A cooperação tripartite entre Brasil, Angola e Japão envolve a Agência Brasileira de Cooperação (ABC), o Ministério da Saúde, por meio da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica) e o Ministério da Saúde de Angola (Minsa).
O projeto Proforsa enfatiza o esforço brasileiro, como diretriz do governo, de investimento na cooperação Sul-Sul, especialmente com os países africanos de língua portuguesa, que aportam financiamento por meio de programas de cooperação solidária reforçando as políticas locais. Trata-se de um esforço em contribuir com o desenvolvimento da capacidade técnica de saúde em Angola, visando utilizar, com eficiência e eficácia, o orçamento destinado à área da saúde.

Fonte – www.ensp.fiocruz.br

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