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Arquivo Diário 10 de novembro de 2014

Brasil e Austrália assinam acordo de cooperação Internacional na área das PIC

Realizadas nos dias 3 e 4 de novembro na  Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (FCM/Unicamp), duas atividades promovidas pelo Grupo Temático Racionalidades Médicas e Práticas Complementares Integrativas (GT RM-PIC/Abrasco) relacionadas às Práticas Integrativas Complementares (PIC) mostraram a força que esse tema ganha dentro da Saúde Coletiva.

O workshop Práticas Integrativas e Complementares na “Australásia”: pesquisa, ensino e extensão contou com os especialistas David Sibbritt e Jon Adams, do Australian Research Centre in Complementary and Integrative Medicine (ARCCIM), ligado à Associação Australiana de Saúde Pública (PHAA, em inglês). A vinda dos pesquisadores culminou na assinatura do memorando de cooperação internacional em pesquisas na área de PICs entre o Laboratório de Práticas Alternativas e Complementares em Saúde (Lapacis/FCM/Unicamp) e a Universidade de Sydney. No dia seguinte, o cenário de implementação da política nacional e regional da PIC foi debatido por mais de 50 participantes, com a participação de Rosana Onocko-Campos, conselheira da Associação.

Confira abaixo o texto na íntegra do jornalista Edimilson Montalti ou leia aqui, diretamente no site da FCM/Unicamp:

“Realizamos um censo nas 250 unidades de Atenção Básica de Saúde dos 20 municípios da macrorregião de Campinas que oferecem Práticas Integrativas Complementares (PICs) como yoga, meditação, massagem, acupuntura, uso de fitoterápicos entre outros. Agora, vamos investigar qual a formação dos profissionais que atuam nessas unidades e acompanhar grupos de pacientes com diabetes e hipertensão que fazem e não fazem uso de PICs, além de mostrar o custo-efetividade para o tratamento. A ideia é regionalizar os dados e fortalecer os municípios que adotam as PICs, integrando-os. Essa é uma pequena revolução que poderá ser extendida a outras regiões do país”, disse Nelson Filice de Barros, coordenador do Laboratório de Práticas Alternativas e Complementares em Saúde (Lapacis) da FCM da Unicamp durante lançamento da “Comunidade de Práticas Integrativas e Complementares na Região Metropolitana de Campinas” ocorrido na tarde de terça-feira (4) na FCM.

Participaram do evento representantes da coordenação nacional da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares, da Secretaria Estadual de Saúde, da Câmara de Saúde da região metropolitana de Campinas, do Grupo Temático de Racionalidades Médicas e Práticas Integrativas e Complementares da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) e do Centro Australiano de Pesquisa em Medicina Complementar e Integrativa, além de representantes da FCM, do Governo Federal e das Secretarias de Saúde da região metropolitana de Campinas.

De acordo com Luciana Alves Pereira, coordenadora geral de Áreas Técnicas do Departamento de Atenção Básica do Ministério da Saúde, as PICs representam um outro olhar possível para o cuidado integral do paciente, um dos princípios do Sistema Único de Saúde (SUS). “Essas práticas têm o reconhecimento do governo federal como política nacional de saúde e vieram para ficar. Temos que melhorar o apoio à pesquisa e ampliar os serviços para outros municípios”, disse Luciana.

Na opinião da coordenadora da pós-graduação da FCM e representante da Abrasco Rosana Tereza Onocko Campos, a temática das práticas integrativas melhora a assistência e propicia a integração da diversidade cultural e crenças da população. “As pessoas estão buscando uma medicina mais holística que represente um sentido de vida”, disse Rosana. O diretor associado da FCM Roberto Teixeira Mendes disse que a Universidade é o lugar onde se estabelece o diálogo do conjunto de saberes e que, depois, é apropriado pela sociedade. “Essa temática é difícil de ser tratada numa faculdade que tem como linha mestra a medicina científica-instrumental, mas vamos apoiar iniciativas que melhorem a saúde pública e coletiva”, disse Teixeira.

Todas as informações e contatos para integrar a “Comunidade de Práticas Integrativas e Complementares na Região Metropolitana de Campinas” estará disponível em no site do Lapacis.

Pesquisas entre Brasil e Austrália em PICs: Jon Adams e David Sibbritt, pesquisadores em Medicina Alternativa Complementar (MAC) da Universidade de Sidney, realizam um workshop na Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp na segunda-feira (3) sobre as Práticas Integrativas e Complementares na Australásia. “Nós temos experiências únicas em Práticas Alternativas Complementares e eles também. Vamos ver o que da experiência deles pode ser útil para a nossa realidade. É uma transferência de tecnologia. Isso pode tornar o nosso grupo pesquisa mais forte. Outro ponto é identificar projetos conjuntos entre as duas instituições”, disse o sociólogo Nelson Filice de Barros, responsável pelo Lapacis, durante a abertura do evento que contou com a participação de representantes de Natal, Piauí, Jundiaí, Campinas e Espanha.

“Não por acaso, a sociologia e a antropologia são ciências que se interessam mais pelas Práticas Integrativas Complementares – yoga, homeopatia, massagem, farmácias populares – por serem práticas colocadas à margem da sociedade, mas elas ocupam lugares políticos específicos tanto no Brasil como na Austrália. As PICs têm resultados muito práticos para cuidadores, gestores e pacientes. A metodologia e os resultados de diversas fontes são importantes para quem pesquisa as PICs”, disse Jon.

Na tarde de terça-feira, Nelson Filice de Barros e Jon Adams assinaram um memorando de cooperação internacional em pesquisas na área de PICs. A cerimônia de assinatura contou com a participação de Luis Augusto Barbosa Cortez, vice-reitor executivo de Relações Internacionais da Unicamp e Luciana Alves Pereira, coordenadora geral de Áreas Técnicas do Departamento de Atenção Básica do Ministério da Saúde.”

Fonte ABRASCO – http://www.abrasco.org.br/site/

Avaliação da APS no Brasil -ENPS

Estão disponíveis em vídeo as apresentações do Centro de Estudos da ENSP realizado em 29 de outubro. Com o tema Avaliação da APS no Brasil, a atividade contou com as exposições das pesquisadoras da Escola Lígia Giovanella e Marcia Fausto, além da presidente do Centro Brasileiro de Estudos em Saúde (Cebes), Ana Costa.  As apresentações estão disponíveis no Canal da ENSP do Youtube.

Leia mais sobre o debate AQUI.

 

Ceensp: Avaliação da APS no Brasil – Ligia Giovanella (29/10)

Ceensp: Avaliação da APS no Brasil – Marcia Fausto (29/10)

Ceensp: Avaliação da APS no Brasil – Ana Costa (29/10)

Intersetorialidade e Estratégia Saúde da Família: tudo ou quase nada a ver?

Autores:Maria do Socorro de Araújo Dias, José Reginaldo Feijão Parente, Maristela Inês Osawa e Fernando Antônio Cavalcante

Neste estudo, analisou-se a compreensão da intersetorialidade com a Estratégia Saúde da Família (ESF), a partir das percepções de sujeitos sociais implicados com o contexto da atenção básica no município de Sobral (CE). Estudo analítico, de natureza qualitativa. Elegeu-se o grupo focal como técnica de coleta de dados, com 11 participantes, escolhidos a partir de funções chaves que exercem na interface direta com a ESF, realizado no mês de maio de 2014. As informações foram analisadas pela técnica do Discurso do Sujeito Coletivo de Lefevre e Lefevre (2003). Utilizou-se também a técnica “nuvem de palavras”, criadas a partir do software WordleTM, uma forma gráfica de visualização de dados linguísticos. Foram produzidos 5 discursos sobre intersetorialidade: o entendimento do grupo; sua importância no contexto da ESF; ações realizadas na ESF; facilitadores e dificultadores da intersetorialidade na ESF; sugestões para fortalecimento da intersetorialidade na ESF. As respostas evidenciaram a complexidade desta questão no contexto da ESF, a qual demanda dos gestores e profissionais de saúde a necessidade de superarem o modelo reducionista, que tem a ver com a perspectiva biologicista em saúde, do caráter polissêmico que o termo apresenta e de reconhecerem que se trata de uma proposta em construção.

Leia artigo completo  – artigo10_11_2014

Artigo publicado na Revista Ciência & Saúde Coletiva – vol.19 ed. novembro 2014

http://www.cienciaesaudecoletiva.com.br/index_interno.php