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Arquivo Diário 5 de janeiro de 2015

Abertas as inscrições de propostas para novos cursos de medicina

 

Estão abertas as inscrições de propostas para a criação de cursos de medicina nos 39 municípios selecionados pelo governo federal. As mantenedoras de Instituições de Ensino Superior têm até o dia 23 de janeiro para participar da chamada pública. A iniciativa faz parte da estratégia do Programa Mais Médicos de expansão da formação destes profissionais no país, com foco nas regiões que mais precisam.

Todas as cidades selecionadas para receber cursos de medicina têm 70 mil habitantes ou mais, e não contam com graduação para a formação de médicos. Elas estão localizadas em 11 estados de quatro regiões, no interior e regiões metropolitanas, sendo que nenhuma delas é capital. Na seleção, o Ministério da Educação levou em conta a necessidade social do curso, a estrutura da rede de saúde para realização das atividades práticas e a capacidade para abertura de programa de residência médica.

“Uma das ações do Mais Médicos é ampliar as vagas de Medicina e, assim, formar mais médicos. O governo federal, por meio de um trabalho conjunto do Ministério da Educação e da Saúde, está expandindo as vagas de forma planejada e garantindo a qualidade da formação profissional”, destacou o secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Heider Pinto.

As instituições de ensino superior que assumirem a responsabilidade de abrir os cursos, devem realizar investimentos na rede de saúde – os valores aplicados são, inclusive, critério para a seleção das IES –, além de implantar programa de residência médica de modo a garantir a especialização dos profissionais após o término da graduação. Serão também critérios de avaliação a saúde financeira da instituição, uma boa nota junto ao MEC nos cursos que já estejam em funcionamento e ainda o volume adesão ao FIES e Prouni, medidas essenciais para fazer que o curso seja acessível aos estudantes de baixa renda.

O Brasil conta com 21.674 vagas autorizadas para cursos de medicina. Deste total, 11.269 estão no interior e 10.045 em capitais. Essa distribuição já é resultado do processo de interiorização do ensino superior adotado pelo governo federal. Até 2012, predominava a oferta de vagas nas capitais, que tinham 8.911, enquanto no interior havia 8.772 vagas disponíveis.

INSCRIÇÃO – Nesse primeiro momento, as IES ou mantenedoras realizam o cadastro e enviam a documentação necessária. Depois haverá visitas do Ministério da Educação para verificar se a instituição tem condições de abrir o curso de medicina. Só podem apresentar propostas as mantenedoras legalmente constituídas no país que tenham, pelo menos, uma instituição de ensino credenciada, integrante do sistema federal.

Antes da publicação do edital no Diário oficial da União, foi aberto amplo espaço para debate com a sociedade, em audiências e em consulta pública. A elaboração do documento contou com contribuições da comunidade acadêmica, instituições de educação superior, associações e sindicatos vinculados à área do ensino de medicina. Os critérios de seleção previstos são indicadores de qualidade, sustentabilidade financeira e propostas de curso.

Mais Médicos – A abertura de novas vagas de cursos de medicina é parte do Programa Mais Médicos para o Brasil. Além do provimento de médicos, a iniciativa prevê a reestruturação da formação desses profissionais. A meta é criar, até 2018, 11,5 mil novas vagas de graduação em medicina e 12,4 mil de residência médica, com o foco nas áreas prioritárias para o SUS.

Já foram autorizadas 4.393 novas vagas de graduação, sendo 1.426 em instituições públicas e 2.967 em instituições privadas, além da seleção de 39 municípios para criação de novos cursos. Em relação à formação de especialistas, foram criadas 2.579 novas vagas de residências médicas, totalizando 5.125 bolsas-formação ofertadas pelo Ministério da Saúde.

Instituído em 2013, o Programa Mais Médicos ampliou à assistência na Atenção Básica fixando médicos nas regiões onde não tinha esse profissional. Por meio da iniciativa, 14 mil médicos passaram a atender a população de 3,7 mil municípios, cobrindo 68% do total de municípios do país e os 34 Distritos Sanitários Indígenas (DSEIs). Cerca de 50 milhões de brasileiros estão sendo beneficiados.


Chamada pública:

Cadastramento das mantenedoras no SIMEC (Sistema Integrado de Monitoramento Execução e Controle)

29/12/2014 a 23/01/2015

Envio da documentação à SERES/MEC por via

postal expressa

29/12/2014 a 06/02/2015

Divulgação da classificação da 1ª fase

 

08/04/2015

Divulgação do resultado preliminar

 

22/05/2015

Interposição de recursos

25/05/2015 a 05/06/2015

Divulgação do resultado final

 

24/06/2015

 

 

Relação dos 39 municípios contemplados:


UF

MUNICÍPIO

BA

Guanambi

BA

Juazeiro

MG

Contagem

SP

Limeira

BA

Alagoinhas

BA

Eunápolis

BA

Itabuna

BA

Jacobina

ES

Cachoeiro de Itapemirim

MG

Passos

MG

Poços de Caldas

MG

Sete Lagoas

PA

Tucuruí

PE

Jaboatão dos Guararapes

PR

Campo Mourão

PR

Guarapuava

PR

Pato Branco

PR

Umuarama

RJ

Angra dos Reis

RJ

Três Rios

RO

Vilhena

RS

Erechim

RS

Ijuí

RS

Novo Hamburgo

RS

São Leopoldo

SC

Jaraguá do Sul

SP

Araçatuba

SP

Araras

SP

Bauru

SP

Cubatão

SP

Guarujá

SP

Guarulhos

SP

Jaú

SP

Mauá

SP

Osasco

SP

Piracicaba

SP

Rio Claro

SP

São Bernardo do Campo

SP

São José dos Campos

 

Fonte – site MS – http://portalsaude.saude.gov.br/

Insegurança alimentar no Nordeste e Sul do Brasil: magnitude, fatores associados e padrões de renda per capita para redução das iniquidades

O artigo analisa a insegurança alimentar em domicílios urbanos com crianças menores de sete anos de idade. Por meio de estudo transversal localizou-se, nas áreas de abrangência de unidades básicas de saúde, 5.419 domicílios na Região Nordeste e 5.081 na Região Sul do Brasil.A insegurança alimentar foi avaliada usando-se a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar.A prevalência de insegurança alimentar moderada ou grave foi 22,9% no Nordeste e 7,5% no Sul. Em ambas as regiões, na análise ajustada, a maior probabilidade de insegurança alimentar moderada e grave foi identificada em domicílios chefiados por mulheres, com cor da pele materna preta e parda/mestiça, com menor escolaridade materna, menor renda familiar per capita e beneficiários do Bolsa Família. A insegurançaalimentar moderada ou grave seria reduzida em 59,5% no Nordeste e em 45,4% no Sul, com umarenda familiar per capita mínima de R$ 175,00 ao mês. O aumento da renda familiar dos mais pobres e a melhor focalização do Bolsa Família são essenciais para a diminuição da insegurança alimentar no país.

Autores:  Luiz Augusto Facchini 1 Bruno Pereira Nunes 1 Janaína Vieira dos Santos Motta 1Elaine Tomasi 1 Suele Manjourany Silva 1  Elaine Thumé 2  Denise Silva da Silveira 3 Fernando Vinholes Siqueira 4  Alitéia Santiago Dilélio 1,5  Mirelle de Oliveira Saes 3,6  Vanessa Iribarrem Avena Miranda 1  Pâmela Moraes Volz 3Alessander Osório 3  Anaclaudia Gastal Fassa 3

Artigo –artigo_2015

Human Resource Management in Health and Performance of Work Process in the Primary Health Care—An Efficiency Analysis in a Brazilian Municipality

Abstract
The objective of this study was to analyze how management practices of human resources in health can be associated with efficiency in fulfilling the work process of family health teams in primary health care (PHC) strategy adopted in a Brazilian municipality. To do so, were analyzed indicators of human resources vis-à-vis an efficiency score obtained from data envelopment analysis (DEA). The analysis
model used was based on the dimensions of structure, process as sources of information about the quality of care delivery actions, considering Donabedian’s model of evaluation of health services. The results indicate that investment in training of professionals and fixation of doctors can contribute significantly to improve the efficiency indices obtained by the teams of the city. Despite the advances made in
terms of human resource management (HRM) in health, still weigh several challenges for this strategy to be consolidated as a tool to make the Family Health Strategy (FHS) more effectively.

Thiago Augusto Hernandes Rocha
Núbia Cristina da Silva
Allan Claudius Queiroz Barbosa
Júnia Marçal Rodrigues

ArticleJournal of Health

Article Journal of Health Management