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Arquivo Mensal janeiro 2015

Revista Saúde em Debate sobre Atenção Primária

Publicada anualmente, a edição especial da Revista Saúde em Debate esse ano aborda a Atenção Básica no Brasil e seus processos avaliativos. Os trabalhos foram realizados no Brasil, com análises de base nacional, regional e municipal.

Entre os temas em destaque da edição (vol 38), o importante processo de expansão da Atenção Primária à Saúde (APS) no Brasil. Mesmo sem sistematização e monitoramento ao longo de todo o período, a expansão foi acompanhada por diversas iniciativas esparsas de avaliação e de processos de indução da institucionalização da avaliação da Atenção Básica no SUS.

Vale ressaltar a iniciativa do Ministério da Saúde, de 2011, que propôs mudanças nas diretrizes da Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) e, como estratégia indutora de um processo permanente e progressivo de ampliação do acesso e de qualificação das práticas de gestão, cuidado e participação na Atenção Básica, implementou o Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB), a partir de 2012.

O PMAQ-AB está em seu segundo ciclo de avaliação e já foi ampliado para equipes de Saúde Bucal e equipes dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF).

Na autoria dos artigos, pequisadores participantes do processo de Avaliação Externa (uma das fases do ciclo do PMAQ-AB), que analisaram dados do banco do Programa, bem como resultados de pesquisas a partir de diferentes modelos adotados na avaliação (tais como Primary Care Assessment Tools — PCATool).

Leia revista – RSD_AB_WEB_031114

 

Chamada Pública para número temático sobre “Pesquisas Sobre o Programa Mais Médicos: Análises e Perspectivas”.

Abertura: 1º de dezembro de 2015

Encerramento: 15 de março de 2016

Após dois anos de implantação do Programa Mais Médicos (PMM), o Comitê Gestor da Rede de Pesquisa em Atenção Primária à Saúde da ABRASCO, em parceria com a OPAS, propõe a publicação de um número temático na C&SC abordando “Pesquisas sobre o Programa Mais Médicos: análises e perspectivas”.

A publicação de resultados de pesquisas sobre o PMM, presente atualmente em 4.058 municípios e 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas, com um contingente de cerca de 18.240 médicos, propiciará a comunicação e articulação entre pesquisadores, profissionais, usuários e gestores da APS, cumprindo assim os objetivos da Rede.

O PMM também está orientado à universalização da residência médica, ampliação de vagas e mudanças nas diretrizes curriculares dos cursos de medicina, iniciativas importantes para a consolidação do SUS. Portanto, além de agregar medidas emergenciais de provisão de médicos, o PMM modifica, em longo prazo, a estrutura de formação de médicos no Brasil.

Neste sentido, consideramos relevante à submissão de artigos originais, com ênfase em resultados de pesquisas que retratem as relações do PMM com as seguintes temáticas:
– ampliação de cobertura, acesso e resolubilidade na rede de atenção básica à saúde e em outros níveis do sistema de saúde;
– organização dos sistemas locais de saúde;
– redução de desigualdades e iniquidades em saúde;
– experiências e satisfação de usuários do SUS;
– experiências e satisfação dos médicos do programa;
– experiências institucionais na formação profissional de médicos e mudanças curriculares em cursos de graduação e residência;
– especialização, educação permanente e supervisão presencial de médicos do programa e,
– fontes de informação sobre o PMM e prioridades na avaliação.

A proposta de data limite para submissão é 15 de março de 2016 e na preparação dos artigos os autores seguem as instruções disponíveis no endereço eletrônico da C&SC. Os

artigos serão submetidos para o seguinte endereço eletrônico artigosmaismedicos@gmail.com

Os editores convidados são os professores Aluísio Gomes da Silva Jr (UFF), Sandro Rodrigues Batista (UFG) e Luiz Augusto Facchini (UFPel).

Revista Ciência & Saúde Coletiva da Associação Brasileira  em Saúde Coletiva –

Av. Brasil, 4036, sala 700 – Manguinhos – 21040-361 – Rio de Janeiro – RJ
(21) 388-29153 e (21) 2290-4893 –http://www.cienciaesaudecoletiva.com.br/index_interno.php#

Esgotamento entre profissionais da Atenção Primária à Saúde.

O esgotamento profissional (EP) caracteriza-se por exaustão emocional, despersonalização, e baixa realização profissional, podendo ocorrer entre profissionais da saúde. Este artigo avalia o EP entre trabalhadores da Atenção Primária à Saúde (APS) em três municípios de pequeno porte da Zona da Mata Mineira. O estudo
analisa a associação por regressão logística entre EP, aspectos socioeconômicos, demográficos e aspectos do trabalho. Um total de 149 profissionais foi selecionado, destes, 107 responderam a todos os questionários. Para mensurar o EP, foi utilizado o Maslach Burnout Inventory (MBI) e, para a caracterização dos profissionais, foi utilizado outro questionário segundo três diferentes questões: aspectos individuais, sociodemográficos e área de cobertura da equipe. Foram classificados 101 profissionais com indicação positiva para EP. As variáveis presentes no modelo de regressão logística backward stepwise, associadas positivamente com indicativo de esgotamento profissional foram: possuir idade inferior à mediana da população (> 29,5 anos) e fazer uso de medicamentos “calmantes, tranquilizantes e remédios para dormir”.
Os resultados contribuem para identificar fatores associados com o esgotamento profissional e apontam, neste sentido, para a necessidade de investigações mais detalhadas.

Autores:

Leonardo Fernandes Martins 1
Tamires Jordão Laport 1
Vinicius de Paula Menezes 1
Priscila Bonfante Medeiros 1
Telmo Mota Ronzani 1

 

PDF Artigo artigo12_01_2015

Artigo publicado na Revista Ciência & Saúde coletiva vol.19 no.12 -Dez 2014 – http://www.abrasco.org.br/site/revistas/revista-ciencia-saude-coletiva/

Três mil médicos terão 10% de bônus na prova de residência na AB

Atuar na atenção básica de municípios com carência de médicos, de forma supervisionada e com bonificação na prova de residência. Com essa proposta, o Programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica (Provab) conseguiu atrair neste ano 3.305 profissionais. Destes, 3.094 foram aprovados na segunda avaliação e estão aptos a utilizar pontuação adicional de 10% nos exames de residência.

Para garantir a utilização do benefício, os profissionais devem concluir os dozes meses de atuação nas unidades básicas de saúde. A próxima avaliação dos médicos será em janeiro de 2015, e em fevereiro será verificado o cumprimento da carga horária total do programa: 1.920 horas de atividades práticas na unidade de saúde e especialização em atenção básica, incluindo o desenvolvimento do projeto de conclusão do curso de especialização.

“Com o Provab, melhoramos a distribuição dos médicos levando-os a locais onde há maior necessidade. Para atraí-los, há estímulos educacionais: é oferecida especialização em saúde da família e 10% de pontuação a mais em programas de residência médica”, explica o secretário de Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde do Ministério da Saúde, Hêider Pinto.

Antes de participar do programa, a maioria dos profissionais (1.725) estava nas capitais. Deste grupo, 72% foram deslocados para atuar em municípios mais carentes e no interior do país. Dos 3.305 participantes, 656 (20%) estão em cidades com 20% ou mais da população em situação de extrema pobreza, 378 (11%) entre os municípios que possuem mais de 80 mil habitantes com os mais baixos níveis de renda per capita. Os demais profissionais estão em localidades como periferias das capitais e regiões metropolitanas.

No total, os médicos estão alocados em 1.065 municípios, sendo que todas as regiões e estados receberam médicos do Provab. A maior parte está no Nordeste. São 1.412 (43%) profissionais alocados nos estados nordestinos, com destaque para Ceará (442) e Bahia (245). No Sudeste, onde 988 (30%) estão atuando, Minas Gerais (397) foi o estado que mais recebeu médicos. As regiões Sul, Centro-Oeste e Norte contam com 466, 292 e 147 profissionais, respectivamente. O atendimento realizado por estes profissionais leva assistência para mais de 11,4 milhões de brasileiros.

PROVAB – O programa oferece estrutura de trabalho e qualificação dos médicos por meio de atividades práticas supervisionadas em unidades básicas de saúde e especialização em atenção básica. Além disso, leva profissionais de saúde para regiões mais afastadas dos grandes centros, beneficiando comunidades mais carentes onde há falta de médicos.

Todos os profissionais recebem bolsa federal mensal no valor de R$ 10 mil e devem cumprir 32 horas semanais de atividades práticas nas unidades de saúde e 8 horas de atividades acadêmicas no curso de especialização em Atenção Básica, oferecido pela Universidade Aberta do Sistema Único de Saúde (UnA-SUS). “O médico tem a oportunidade de atuar na atenção básica, que é a porta de entrada do SUS e onde 80% dos problemas de saúde podem ser resolvidos. Uma experiência valiosa para a carreira”, enfatizou o Secretário da SGTES.

Durante os doze meses do programa, o médico é acompanhado mensalmente pelo supervisor e passa por três avaliações. A composição da nota leva em conta a avaliação do supervisor – que equivale a 50% da nota; do gestor e equipe em que atua – 30% da nota, e a autoavaliação do médico – 20% da nota. Somente os profissionais que cumprirem as atividades estabelecidas pelo programa e receberem nota mínima de sete terão benefício da pontuação adicional de 10% nas provas de residência em todo país.

Dos 3.040 profissionais que concluíram o Provab 2013, 1.612 entraram na residência médica em 2014. Além disso, 555 profissionais continuaram a atuar na atenção básica, mas optaram em migrar para o Programa Mais Médicos. Em 2012, primeira edição do programa, somente 350 médicos participaram.

Fonte site MS – www.http://portalsaude.saude.gov.br/

 

População de todo o Estado do RS tem acesso ao telediagnóstico gratuito em espirometria pelo RespiraNet

O RespiraNet, primeiro serviço de telediagnóstico em espirometria criado no Brasil, teve sua primeira implantação na cidade de Santa Rosa em agosto de 2013 e em dezembro passou a abranger todo o estado.” O projeto criado pelo TelessaúdeRS/UFRGS já realizou mais de 1600 exames, solicitadas diretamente na Atenção Primária à Saúde/Atenção Básica (APS/AB) sem necessidade de encaminhar o paciente para especialista, o que poderia atrasar em meses o diagnóstico. O período entre solicitação do exame e resultado através do RespiraNet leva cerca de 10 dias.

A espirometria é um exame que facilita o manejo e diagnóstico de doenças respiratórias crônicas, como asma, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), bronquite, enfisema e fibrose. Através do RespiraNet foram distribuídos sete espirômetros, um para cada macrorregião de saúde no RS, possibilitando que os pacientes pudessem realizar o exame em cidades mais próximas, reduzindo o deslocamento e tempo de espera. O projeto abrange todos os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) do estado desde 5 de dezembro, são 11 milhões de pessoas beneficiadas.

Para solicitar a espirometria os médicos que atuam na Atenção Básica/Atenção Primária à Saúde do RS devem acessar o site do TelessaúdeRS/UFRGS – www.ufrgs.br/telessauders e preencher o formulário de solicitação.

Após o preenchimento do formulário, a equipe do RespiraNet telefona para agendar a espirometria. Após a realização do exame, ele é interpretado por médicos do serviço de pneumologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre e retorna ao médico que solicitou via e-mail. O usuário também recebe o resultado via e-mail ou correio. Todo o processo até o resultado dura cerca de 10 dias.

Para o TelessaúdeRS/UFRGS esta é mais uma ação que está contribuindo para o nosso objetivo, a qualificação do SUS. Em menos de um ano e meio após o lançamento, o RespiraNet passou a possibilitar o diagnóstico em espirometria rápido e facilitado para todo o RS, o que significa que 11 milhões de pessoas têm acesso à espirometria gratuita pelo projeto.

http://www.ufrgs.br/telessauders

Projeto de Cuidado Farmacêutico na Atenção Básica

Depois de um período conturbado com a perda do pai e de um filho, o coração de Cláudio Daniel Lemos de 53 anos, morador da região metropolitana de Curitiba (PR) pediu socorro. Além da cirurgia de ponte de safena, o pedreiro passou a ingerir diariamente 13 comprimidos, aliados no tratamento da depressão, colesterol e problemas cardíacos.

Administrar tantos medicamentos se tornou um desafio. Analfabeto, Cláudio começou a confundir os remédios e os horários para cada medicação. Contrariando a prescrição médica, parou de tomar os comprimidos. Quem identificou o problema durante uma consulta foi a farmacêutica da rede municipal de saúde de Curitiba, Linda Tieko. A solução que ela achou para resolver a questão foi simples: separar os medicamentos em envelopes com desenhos de um sol e uma lua que ajudaram seu Cláudio a saber quais os medicamentos deviam ser tomados pela manhã, na hora do almoço ou à noite.

Em Curitiba, os moradores que utilizam os serviços das unidades básicas de saúde e que tomam mais de que cinco medicamentos ao dia passaram a ter um atendimento diferenciado. O Ministério da Saúde queria começar a aplicar no SUS o conceito de clínica farmacêutica e achou na rede municipal de saúde de Curitiba um parceiro ideal para a criação de um projeto piloto que, uma vez aprimorado, poderia ser aplicado em qualquer cidade do país. Acostumados a frequentarem apenas as consultas com médicos, os moradores poli medicados foram convidados a se consultarem também com farmacêuticos. Uma mudança significativa na rotina dos usuários do SUS e dos próprios farmacêuticos.

O Projeto de Cuidado Farmacêutico na Atenção Básica faz parte do Programa de Qualificação dos Serviços Farmacêuticos (QualifarSUS), do governo federal e recebeu investimento de R$ 600 mil. O trabalho foi financiado por meio do projeto Qualisus Rede –  cooperação entre o Banco Mundial e o Mistério da Saúde que tem como proposta de intervenção apoiar a organização de redes de atenção à saúde no Brasil.

Desde a implantação em abril de 2014, já foram realizadas mais de 2.500 consultas em 54 unidades de saúde. O é número quase três vezes maior que as 868 realizadas em 2013, e seis vezes superior as 439 consultas realizadas em 2012. A parceira entre o Ministério da Saúde e a Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba permitiu que 45 profissionais fossem capacitados e deixassem de ser apenas uma peça importante na logística de medicamentos nas unidades de saúde e passassem a lidar diretamente com os pacientes.

“O máximo que a gente fazia era orientar o paciente sobre como conseguir algum remédio que não estava disponível na unidade. Eu lidava mais com as caixinhas de medicamentos, porque o paciente era um dado numa tabela”, relembra a farmacêutica Linda Tieko.

Nas consultas individuais que duram em média uma hora, os farmacêuticos conversam com os pacientes, em sua maioria mulheres com idade média de 66 anos identificam problemas relacionados à prescrição, manipulação, intoxicação e qualidade dos medicamentos, orientam sobre o uso correto e avaliam a necessidade real desses medicamentos para a pessoa.

Para o Secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Carlos Gadelha, a experiência traz um novo enfoque em que o usuário do SUS, e não o medicamento é o foco principal do governo federal nesta área. “Esse projeto é um marco porque integra o médico e o farmacêutico numa atividade fundamental onde o ensino e o conhecimento são colocados para ajudar o nosso bem mais precioso que é o cidadão. O Ministério da Saúde vai continuar garantindo o acesso a medicamentos, mas queremos mostrar que além de fornecedores nós também somos cuidadores”, explica.

Nos três primeiros meses do projeto, foi possível identificar que dos 548 pacientes atendidos, 54% deles omitiam doses dos medicamentos indicados, 34% desistiam do tratamento após alguma melhora, 33% não respeitavam o horário da medicação e 21% faziam adição de doses que não estavam prescritas.

Já as principais doenças foram a hipertensão, diabetes, dislipidemia, obesidade, hipotireoidismo e depressão. Cada um dos pacientes ingeriam em média sete medicamentos diferentes ao dia, sendo os mais utilizados ácido acetilsalicílico, sinvastatina, metforminam, enalapril e omeprazol.

O especialista em Saúde do Bando Mundial, Esaú Costa, que esteve em algumas das unidades de saúde em Curitiba para ver de perto como funciona a clínica farmacêutica, se mostrou entusiasmado com a possibilidade de expansão do projeto. “O que nós precisamos discutir e avançar são os as consequências dessa intervenção para o sistema de saúde pública no que se refere à manipulação dos dados decorrentes do atendimento, como isso  impacta as questões da gestão. Mas é fato que através do Banco Mundial nós temo espaço ara ampliar esta experiência com outros estados e até com outros países”.

Toda a experiência da implantação do projeto em Curitiba está relatada em detalhes na série de cadernos temáticos intitulados “Cuidado Farmacêutico na Atenção Básica”. As publicações orientam a implantação do serviço em qualquer município que trata dos serviços farmacêuticos na atenção básica à saúde. Os cadernos estão disponíveis para download na biblioteca virtual do Ministério da Saúde: Caderno 1. http://bit.ly/1DQdEvZ; Caderno 2: http://bit.ly/1C2iR22 e Caderno 3: http://bit.ly/1v2W66w

Para Seu Cláudio, que já está na sua quarta consulta farmacêutica, o serviço está aprovado.  “A gente se sente realmente cuidado. Sou ouvido, orientado, não tenho mais medo de tomar os meus remédios.”

 

Fonte: Assessoria de Comunicação CONASS – http://www.conass.org.br/

Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos Ministério da Saúde

 

Município de Volta Redonda vai produzir fitoterápicos com auxílio do MS

Parceiro da RedeFito Mata Atlântica Rio de Janeiro, Volta Redonda foi um dos 19 beneficiados pelo edital SCTIE/MS nº 1/2014, do Ministério da Saúde (MS). O município recebeu o valor de R$ 460.779,40 para desenvolver projeto com vistas à produção de fitoterápicos a partir das espécies medicinais Mikania glomerata Spreng (guaco) e Cymbopogon citratus Stapf(capim limão).

De acordo com informações do Núcleo de Gestão em Biodiversidade e Saúde (NGBS) do Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz), o programa será gerido pela Secretaria Municipal de Saúde de Volta Redonda (SMS/VR). O projeto prevê a realização de estudo e diagnóstico do cultivo para produção orgânica integrada em larga escala, considerando o manejo adequado de plantio e colheita de guaco e capim limão.

Segundo a representante da SMS/VR, Fabiola Martins, para a definição das espécies foram considerados vários fatores: o fato das espécies serem aclimatadas na região; as áreas com histórico de cultivo e possibilidade de desenvolvimento socioeconômico; a prevalência de enfermidades passíveis de intervenção com o uso de drogas vegetais e medicamentos fitoterápicos, no caso doenças do aparelho respiratório. Em saúde mental foram relevantes os transtornos de ansiedade e a possibilidade de diminuição das principais causas de morbidade hospitalar.

A dispensação atenderá a Política Municipal de Assistência Farmacêutica, por meio da Farmácia Municipal e dos dispensários existentes nas Unidades Básicas de Saúde da Família. Os diversos atores que participam nas diferentes etapas do projeto serão capacitados em uso racional de plantas medicinais e fitoterápicos (PMF), com ênfase nas espécies definidas.

De acordo com Fabíola, a manutenção das parcerias acontecerá através de articulação, interação e cooperação entre os agentes de toda cadeia de PMF, numa rede de esforços para a melhoria da atenção à saúde e à integralidade do cuidado, ao fortalecimento da agricultura familiar, à geração de emprego e renda e à inclusão social.

Fonte site da Fiocruz – http://www.agencia.fiocruz.br/

Abertas as inscrições de propostas para novos cursos de medicina

 

Estão abertas as inscrições de propostas para a criação de cursos de medicina nos 39 municípios selecionados pelo governo federal. As mantenedoras de Instituições de Ensino Superior têm até o dia 23 de janeiro para participar da chamada pública. A iniciativa faz parte da estratégia do Programa Mais Médicos de expansão da formação destes profissionais no país, com foco nas regiões que mais precisam.

Todas as cidades selecionadas para receber cursos de medicina têm 70 mil habitantes ou mais, e não contam com graduação para a formação de médicos. Elas estão localizadas em 11 estados de quatro regiões, no interior e regiões metropolitanas, sendo que nenhuma delas é capital. Na seleção, o Ministério da Educação levou em conta a necessidade social do curso, a estrutura da rede de saúde para realização das atividades práticas e a capacidade para abertura de programa de residência médica.

“Uma das ações do Mais Médicos é ampliar as vagas de Medicina e, assim, formar mais médicos. O governo federal, por meio de um trabalho conjunto do Ministério da Educação e da Saúde, está expandindo as vagas de forma planejada e garantindo a qualidade da formação profissional”, destacou o secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Heider Pinto.

As instituições de ensino superior que assumirem a responsabilidade de abrir os cursos, devem realizar investimentos na rede de saúde – os valores aplicados são, inclusive, critério para a seleção das IES –, além de implantar programa de residência médica de modo a garantir a especialização dos profissionais após o término da graduação. Serão também critérios de avaliação a saúde financeira da instituição, uma boa nota junto ao MEC nos cursos que já estejam em funcionamento e ainda o volume adesão ao FIES e Prouni, medidas essenciais para fazer que o curso seja acessível aos estudantes de baixa renda.

O Brasil conta com 21.674 vagas autorizadas para cursos de medicina. Deste total, 11.269 estão no interior e 10.045 em capitais. Essa distribuição já é resultado do processo de interiorização do ensino superior adotado pelo governo federal. Até 2012, predominava a oferta de vagas nas capitais, que tinham 8.911, enquanto no interior havia 8.772 vagas disponíveis.

INSCRIÇÃO – Nesse primeiro momento, as IES ou mantenedoras realizam o cadastro e enviam a documentação necessária. Depois haverá visitas do Ministério da Educação para verificar se a instituição tem condições de abrir o curso de medicina. Só podem apresentar propostas as mantenedoras legalmente constituídas no país que tenham, pelo menos, uma instituição de ensino credenciada, integrante do sistema federal.

Antes da publicação do edital no Diário oficial da União, foi aberto amplo espaço para debate com a sociedade, em audiências e em consulta pública. A elaboração do documento contou com contribuições da comunidade acadêmica, instituições de educação superior, associações e sindicatos vinculados à área do ensino de medicina. Os critérios de seleção previstos são indicadores de qualidade, sustentabilidade financeira e propostas de curso.

Mais Médicos – A abertura de novas vagas de cursos de medicina é parte do Programa Mais Médicos para o Brasil. Além do provimento de médicos, a iniciativa prevê a reestruturação da formação desses profissionais. A meta é criar, até 2018, 11,5 mil novas vagas de graduação em medicina e 12,4 mil de residência médica, com o foco nas áreas prioritárias para o SUS.

Já foram autorizadas 4.393 novas vagas de graduação, sendo 1.426 em instituições públicas e 2.967 em instituições privadas, além da seleção de 39 municípios para criação de novos cursos. Em relação à formação de especialistas, foram criadas 2.579 novas vagas de residências médicas, totalizando 5.125 bolsas-formação ofertadas pelo Ministério da Saúde.

Instituído em 2013, o Programa Mais Médicos ampliou à assistência na Atenção Básica fixando médicos nas regiões onde não tinha esse profissional. Por meio da iniciativa, 14 mil médicos passaram a atender a população de 3,7 mil municípios, cobrindo 68% do total de municípios do país e os 34 Distritos Sanitários Indígenas (DSEIs). Cerca de 50 milhões de brasileiros estão sendo beneficiados.


Chamada pública:

Cadastramento das mantenedoras no SIMEC (Sistema Integrado de Monitoramento Execução e Controle)

29/12/2014 a 23/01/2015

Envio da documentação à SERES/MEC por via

postal expressa

29/12/2014 a 06/02/2015

Divulgação da classificação da 1ª fase

 

08/04/2015

Divulgação do resultado preliminar

 

22/05/2015

Interposição de recursos

25/05/2015 a 05/06/2015

Divulgação do resultado final

 

24/06/2015

 

 

Relação dos 39 municípios contemplados:


UF

MUNICÍPIO

BA

Guanambi

BA

Juazeiro

MG

Contagem

SP

Limeira

BA

Alagoinhas

BA

Eunápolis

BA

Itabuna

BA

Jacobina

ES

Cachoeiro de Itapemirim

MG

Passos

MG

Poços de Caldas

MG

Sete Lagoas

PA

Tucuruí

PE

Jaboatão dos Guararapes

PR

Campo Mourão

PR

Guarapuava

PR

Pato Branco

PR

Umuarama

RJ

Angra dos Reis

RJ

Três Rios

RO

Vilhena

RS

Erechim

RS

Ijuí

RS

Novo Hamburgo

RS

São Leopoldo

SC

Jaraguá do Sul

SP

Araçatuba

SP

Araras

SP

Bauru

SP

Cubatão

SP

Guarujá

SP

Guarulhos

SP

Jaú

SP

Mauá

SP

Osasco

SP

Piracicaba

SP

Rio Claro

SP

São Bernardo do Campo

SP

São José dos Campos

 

Fonte – site MS – http://portalsaude.saude.gov.br/

Insegurança alimentar no Nordeste e Sul do Brasil: magnitude, fatores associados e padrões de renda per capita para redução das iniquidades

O artigo analisa a insegurança alimentar em domicílios urbanos com crianças menores de sete anos de idade. Por meio de estudo transversal localizou-se, nas áreas de abrangência de unidades básicas de saúde, 5.419 domicílios na Região Nordeste e 5.081 na Região Sul do Brasil.A insegurança alimentar foi avaliada usando-se a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar.A prevalência de insegurança alimentar moderada ou grave foi 22,9% no Nordeste e 7,5% no Sul. Em ambas as regiões, na análise ajustada, a maior probabilidade de insegurança alimentar moderada e grave foi identificada em domicílios chefiados por mulheres, com cor da pele materna preta e parda/mestiça, com menor escolaridade materna, menor renda familiar per capita e beneficiários do Bolsa Família. A insegurançaalimentar moderada ou grave seria reduzida em 59,5% no Nordeste e em 45,4% no Sul, com umarenda familiar per capita mínima de R$ 175,00 ao mês. O aumento da renda familiar dos mais pobres e a melhor focalização do Bolsa Família são essenciais para a diminuição da insegurança alimentar no país.

Autores:  Luiz Augusto Facchini 1 Bruno Pereira Nunes 1 Janaína Vieira dos Santos Motta 1Elaine Tomasi 1 Suele Manjourany Silva 1  Elaine Thumé 2  Denise Silva da Silveira 3 Fernando Vinholes Siqueira 4  Alitéia Santiago Dilélio 1,5  Mirelle de Oliveira Saes 3,6  Vanessa Iribarrem Avena Miranda 1  Pâmela Moraes Volz 3Alessander Osório 3  Anaclaudia Gastal Fassa 3

Artigo –artigo_2015

Human Resource Management in Health and Performance of Work Process in the Primary Health Care—An Efficiency Analysis in a Brazilian Municipality

Abstract
The objective of this study was to analyze how management practices of human resources in health can be associated with efficiency in fulfilling the work process of family health teams in primary health care (PHC) strategy adopted in a Brazilian municipality. To do so, were analyzed indicators of human resources vis-à-vis an efficiency score obtained from data envelopment analysis (DEA). The analysis
model used was based on the dimensions of structure, process as sources of information about the quality of care delivery actions, considering Donabedian’s model of evaluation of health services. The results indicate that investment in training of professionals and fixation of doctors can contribute significantly to improve the efficiency indices obtained by the teams of the city. Despite the advances made in
terms of human resource management (HRM) in health, still weigh several challenges for this strategy to be consolidated as a tool to make the Family Health Strategy (FHS) more effectively.

Thiago Augusto Hernandes Rocha
Núbia Cristina da Silva
Allan Claudius Queiroz Barbosa
Júnia Marçal Rodrigues

ArticleJournal of Health

Article Journal of Health Management