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Arquivo Diário 4 de dezembro de 2018

Programa Mais Médicos: como avaliar o impacto de uma abordagem inovadora para superação de iniquidades em recursos humanos

Apesar de decorridos 40 anos da divulgação dos princípios de Alma-Ata, ainda persistem desafios para a consolidação da atenção primária à saúde (APS) como eixo norteador dos sistemas de saúde ao redor do globo. Dentre os desafios ainda presentes, merecem destaque as questões associadas à iniquidade na distribuição de recursos humanos em saúde. A experiência do Programa Mais Médicos (PMM) no Brasil é um exemplo de proposta voltada para a abordagem dessa agenda inconclusa de Alma-Ata. Ao modificar aspectos centrais da formação, provimento e alocação de profissionais médicos, o PMM mostrou-se uma saída viável para minimizar os desafios de escassez de profissionais. As avaliações do PMM, embora incipientes, produziram evidências positivas quanto a ampliação do acesso e melhoria da qualidade da APS no Brasil, um país de médio desenvolvimento econômico. Apesar disso, é premente a geração de evidências mais sólidas a respeito do impacto do PMM sobre indicadores de desempenho da APS. O debate apresentado ao longo deste trabalho discute a necessidade de se viabilizar estudos quase-experimentais capazes de mensurar o impacto do PMM junto à saúde da população. O artigo propõe, então, um conjunto de diretrizes que pode se configurar como um modelo aplicável para abordar desafios associados à escassez de profissionais em países de médio e baixo desenvolvimento econômico.

Autores: Allan Claudius Queiroz Barbosa, Pedro Vasconcelos Amaral, Gabriel Vivas Francesconi ,Carlos Rosales, Elisandréa Sguario Kemper, Núbia Cristina da Silva, Juliana Goulart Nascimento Soares, Joaquín Molina, Thiago Augusto Hernandes Rocha

Leia artigo completo em https://www.scielosp.org/article/rpsp/2018.v42/e185/pt/

Jornalista Claudia Collucci discutiu o plano de governo para a saúde do presidente eleito Jair Bolsonaro em coluna na Folha de São Paulo

Em coluna na Folha de São Paulo do dia 30 de outubro de 2018, a jornalista Claudia Collucci discutiu o plano de governo para a saúde do presidente eleito Jair Bolsonaro, destacando os principais equívocos da proposta.

Segundo a jornalista, Bolsonaro aponta que a saúde não precisa de mais verba, senão de maior eficiência e combate à corrupção. Questão rebatível porque o Brasil tem um gasto per capita em saúde menor do que os países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Sobre o Programa Mais Médicos (PMM) Bolsonaro promete expulsar os profissionais que não passaram o Revalida (exame exigido a formados no exterior para exercer a medicina no país), desconhecendo a importância do programa no Brasil. A OMS destacou o PMM como um caso de sucesso aprovado por 95% dos seus usuários, atende 63 milhões de pessoas, aumentou o número de consultas médicas, a cobertura da Atenção Primaria e diminuiu as iniquidades especialmente nas regiões Norte e Nordeste levando médicos aos locais mais vulneráveis e afastados.

Em relação ao prontuário eletrônico interligado, é uma proposta útil mas de difícil implantação porque precisa do funcionamento desse tipo de sistemas inicialmente no nível municipal e estadual para posteriormente alcançar o nível federal.

Ainda que, Bolsonaro insiste em melhorar a gestão e combater a corrupção na saúde as propostas para alcançar esses objetivos não estão sendo evidenciadas. Collucci destacou que, para começar seria necessária a não interferência política dos partidos na indicação do Ministro e dos cargos de importância na área, acabar com a troca de favores políticos por cargos e exigir a profissionalização de gestores.

Convidamos à leitura da coluna na integra no link a seguir:

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/claudiacollucci/2018/10/acabar-com-balcao-de-negocios-e-condicao-para-tornar-saude-menos-corrupta.shtml?utm_source=whatsapp&utm_medium=social&utm_campaign=compwa

 

Por Diana Ruiz e Valentina Martufi – doutorandas que contribuem para a REDE APS