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Serviço Andaluz de saúde: uma experiência de APS com Enfermeiros gestores de casos em pacientes crônicos complexos

O Portal da Inovação na Gestão do SUS apresentou uma matéria sobre a experiência de organização dos serviços de saúde em Andaluzia orientada pela Atenção Primária em Saúde e onde os enfermeiros gestores de caso se tornam bastante relevantes. A seguir apresentamos algumas das principais ideias apresentadas nessa matéria.

A Atenção Primária em Saúde tem uma posição de destaque no serviço Andaluz de saúde. Não é somente a porta de entrada, é o eixo ordenador de todo o sistema.  Esse serviço funciona dentro do marco do Sistema Nacional de Saúde da Espanha o qual foi desenhado para ser público, universal, gratuito. O custo per capita do sistema é de 1,5 mil euros/ano, com um investimento de 9% do PIB do país.

Devido à organização político-administrativa descentralizada da Espanha, o Ministério da Saúde ordena as diretrizes gerais e as comunidades têm autonomia sobre a gestão e provisão dos serviços. Em Andaluzia o território foi organizado em Distritos Sanitários que estão divididos em Zonas Básicas de Saúde, cada uma com um Centro de Saúde e nos casos de população dispersa, consultórios satélites.  

A saúde da família e da comunidade são os focos do cuidado integrado nessa organização dos serviços. Geralmente um médico de família e um enfermeiro compartilham a gestão clínica e o cuidado de um determinado grupo de pessoas, se responsabilizando por este. Ademais, são quem encaminham os usuários da atenção primária a outros níveis de atenção, se for necessário. 

Os enfermeiros são atores fundamentais para o funcionamento integrado do sistema e acompanham os usuários dentro do mesmo. Para tanto, estes profissionais têm desenvolvidos novas habilidades e têm ampliado suas competências na APS.

A Escola Andaluza de Saúde Pública tem contribuído nesse processo através da oferta de formação continuada às equipes. Um dos projetos que surgiram a partir da colaboração da Escola foi a Gestão de Casos pelos Enfermeiros. Essa iniciativa nasceu de uma necessidade da sociedade, evidenciada  por meio de uma pesquisa. As pessoas manifestavam que gostariam de ser atendidas nas suas casas mediante um atendimento personalizado e também estavam preocupadas com a saúde dos seus familiares cuidadores.

O projeto de Gestão de Casos na APS surgiu em 2002 dentro das Estratégias de Melhora da Atenção Domiciliar e depois foi  também implementado na área hospitalar. O enfermeiro, gestor de casos, realiza o acompanhamento dos pacientes considerados mais complexos (ex. pacientes crônicos) no seu trânsito pelos diferentes níveis de atenção cuidando da continuidade no cuidado. Também identificam os problemas sociais, individuais, do contexto familiar e encaminham para outros profissionais. Além disso, os manuais sobre o projeto apresentam como competências do enfermeiro gestor de casos a proteção dos direitos dos pacientes.

Algumas pesquisas já apresentam resultados dessa ampliação de competências dos enfermeiros. Apontam-se melhorias no acesso aos serviços, continuidade no atendimento, redução do tempo de espera, maior adesão ao tratamento, menor quantidade de visitas dos cuidadores aos centros de saúde e maior satisfação dos usuários. 

Convidamos à leitura da matéria na integra e a assistir a reportagem no link a seguir:

https://apsredes.org/pratica-avancada-enfermeiros-em-andaluzia-sao-gestores-de-casos-em-pacientes-cronicos-complexos/

Por Diana Ruiz e Valentina Martufi – doutorandas que contribuem para a REDE APS

Rede APS

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