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Arquivo Diário 4 de novembro de 2019

Prorrogadas as inscrições no PROFSAÚDE 2020 – Até 6/12

O PROFSAUDE é um programa de pós- graduação stricto sensu em Saúde da Família, apresentado à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) pela Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) e aprovado em 2016. O mestrado é oferecido por uma rede nacional constituída  de 22 instituições públicas de ensino superior lideradas pela Fiocruz. Com o interesse em maximizar a oferta de formação para docência e preceptoria na área, a Coordenação Acadêmica Nacional do PROFSAÚDE prorrogou a data das inscrições para até 6 de dezembro.Veja abaixo o novo cronograma:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Acesse o edital 2020 –

 

O programa conta com a retaguarda do Sistema Universidade Aberta do Sistema Único de Saúde (UNA-SUS). O Ministério da Saúde e o Ministério da Educação são instituições demandantes e financiadoras deste projeto. O Mestrado Profissional em Saúde da Família é uma estratégia de formação que visa atender a expansão da graduação e pós-graduação no país, bem como a educação permanente de profissionais de saúde com base na consolidação de conhecimentos relacionados à Atenção Primária em Saúde, à Gestão em Saúde e à Educação.

Público Alvo

Profissionais de saúde, em especial aqueles ligados à Atenção Primária e Saúde da Família, com atuação e/ou interesse em docência/preceptoria

Modalidade

O PROFSAUDE é oferecido na modalidade semipresencial, abrangendo encontros presenciais e atividades desenvolvidas à distância no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA).

Objetivos

  • Formar profissionais de saúde para exercerem atividades de atenção à saúde, docência e preceptoria, produção de conhecimento e gestão em Saúde da Família;
  • Fortalecer as atividades educacionais de atenção à saúde, produção do conhecimento e de gestão em Saúde da Famíliá nas diversas regiões do país;
  • Articular elementos da educação, atenção, gestão e investigação no aprimoramento da Estratégia de Saúde da Família;
  • Estabelecer uma relação integradora entre o serviço, os trabalhadores, os estudantes da área de saúde e os usuários.

Concepção Pedagógica

O PROFSAUDE é centrado no aluno como sujeito de aprendizagem, respeitando sua autonomia e acolhendo a importante bagagem de conhecimentos e experiências que traz de sua vivência profissional. A organização curricular baseia-se nos referenciais da educação por competências. Seu desenho curricular contempla três eixos pedagógicos: AtençãoEducação Gestão 

Coordenação Nacional

  • Pró-reitor: Luiz Augusto Facchini – ABRASCO
  • Coordenador Acadêmico Nacional: Cristina Guilam – FIOCRUZ
  • Coordenador Executivo Nacional – Carla Pacheco Teixeira – FIOCRUZ
  • Equipe de Coordenação executiva- Danielle Alves (assessoria), Flavia Sanchez e Ana Paula (secretaria executiva)          

“Uma xícara de saúde e uma colher de cuidado”:Oficina de Plantas Medicinais para Profissionais da APS no RN

O Congresso Brasileiro de Ciências Sociais e Humanas em Saúde (CBCSH), realizado no mês passado na Universidade Federal da Paraíba (UFPB), proporcionou uma oportunidade para debater e pensar como enfrentar a conjuntura atual, mas também,  em seu papel principal, para compartilhar experiências de pesquisa em saúde.

Entre as apresentações de pesquisas dos grupos integrantes da Rede APS houve a da Professora Cristiane Spadacio, docente do Programa de Residência Multiprofissional em Atenção Básica e Materno-Infantil da Escola Multicampi de Ciências Médicas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (EMCM/UFRN), quem apresentou a experiência de um projeto de extensão e pesquisa no Seridó do Rio Grande do Norte (RN).

A proposta foi de uma oficina de educação permanente para profissionais das Equipes de Saúde da Família (ESF) sobre plantas medicinais típicas do sertão da região do Seridó. Sendo uma ação de integração ensino-serviço-comunidade (IESC), esta iniciativa teve o propósito de contribuir para uma apreensão mais abrangente das necessidades de saúde dos sujeitos e das coletividades em seus territórios. “O atual contexto de formação em saúde no Brasil tem se constituído com forte orientação para educação no trabalho. Há um esforço conjunto dos sistemas de saúde e de educação efetivarem a formação ‘nos serviços’ e ‘para os serviços’ de saúde, em especial no contexto do Sistema Único de Saúde (SUS)”, explica a Profa. Spadacio. A mesma defende que a IESC como ação pedagógica mobiliza os atributos essenciais e derivados da APS – integralidade, longitudinalidade, orientação comunitária e competência cultural -, e promove a capacitação tanto de profissionais já formados quanto de futuros profissionais, como no caso dos residentes do Programa de Residência em Atenção Básica da EMCM/UFRN, e dos alunos do primeiro e segundo anos de Medicina da EMCM/UFRN que também foram integrados à Oficina, como parte de seus estágios na Atenção Primária à Saúde (APS). “A Oficina “Uma xícara de saúde e uma colher de cuidado” é um exemplo de como, a partir das necessidades de saúde das comunidades, é possível mobilizar formação e assistência”, conclui.

A ideia de desenvolver a oficina como ponte entre a sabedoria tradicional e a científica surgiu através das observações dos profissionais das ESF de três Unidades Básicas de Saúde (UBS Castelo Branco, UBS Walfredo Gurgel e UBS Boa Passagem), nas práticas cotidianas com a população. As experiências dos residentes do programa no campo reforçaram a necessidade de desenvolver esta iniciativa, tendo constatado uma falta de conhecimento dos profissionais de saúde a respeito dessa PIC, e subsequente incapacidade de atender as demandas e necessidades de saúde da população relacionadas a ela. A oficina foi desenvolvida com o objetivo de prover educação permanente e capacitação sobre plantas medicinais para profissionais de saúde, a partir do conhecimento de raizeras dos territórios de abrangência das três unidades. Em representação da comunidade e do saber popular, elas foram convidadas para, junto com os residentes, ministrarem e compartilharem os conteúdos das plantas medicinais com os profissionais, de forma dialógica.

Segundo a Profa. Spadacio a oficina foi um duplo sucesso: além de contribuir para a formação de profissionais, presentes e futuros, impactou positivamente na lógica de funcionamento dos serviços de saúde, tanto assim que os residentes que conduziram a oficina foram convidados a repetir a experiência em outros municípios da região do Seridó. Além disso, será desenvolvida uma linha de pesquisa para sistematizar cientificamente os dados sobre os impactos gerados pela ação.

“Averiguou-se, durante a realização das Oficinas, uma integração dos trabalhadores e profissionais de saúde das unidades, com compartilhamento de experiências pessoais e diversos questionamentos a partir da prática profissional, com demandas de usuários sobre Plantas Medicinais. As raizeiras que participam das oficinas tornam-se figuras legitimadas pelos profissionais, com as quais se pode contar em caso de dúvida ou condução de algum caso”, relata a Profa. Spadacio.

Por Diana Ruiz e Valentina Martufi – doutorandas que contribuem para a REDE APS