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Arquivo Mensal fevereiro 2021

Auxílio Sim, Desmonte Não! Orçamentos da Saúde e Educação são conquistas do povo brasileiro e não podem ser mexidos

Nesta quarta-feira, 24 de fevereiro, mais de cinquenta entidades das áreas de saúde e educação se reuniram para discutir os aspectos desastrosos da PEC 186, conhecida como PEC Emergencial, que propõe a desvinculação dos recursos obrigatórios para saúde e educação. O direito à saúde e à educação são assegurados em nossa Constituição Federal e foram conquistados a partir de muita luta da sociedade brasileira. Ambos os direitos têm caráter prestacional e dependem de recursos para a sua efetividade. Sem a garantia de recursos suficientes à sua manutenção, o País viverá um grande retrocesso e um desmonte da rede escolar e do SUS.

Há normas pétreas na Constituição Federal que não podem ser abolidas por emenda constitucional, como as que garantem direitos e garantias individuais, incluídos os direitos sociais considerados fundamentais pelo Supremo Tribunal Federal. Assim, saúde e educação são direitos pétreos que não podem ser abolidos sob nenhum pretexto.

O relatório da PEC 186, apresentado pelo senador Márcio Bittar, mostra que, além de aprofundar medidas de austeridade fiscal no meio da pandemia, ao desvincular o aporte para a saúde e educação do orçamento geral da União, a PEC retira da União a obrigação de prover recursos mínimos para saúde e educação para a população brasileira. Não há cálculos dos impactos negativos de tal decisão permanente no financiamento de importantes políticas sociais.

Neste momento em que o País enfrenta tão grave crise sanitária, o SUS teve um papel fundamental e os efeitos devastadores da pandemia seriam ainda mais profundos se não existisse este sistema público de Saúde.  Além disso, a tentativa de condicionar a aprovação desta PEC ao retorno do auxílio emergencial, medida tão necessária para proteger milhões de brasileiros desempregados ou sobrevivendo no mercado informal, é indevida e absurda, pois a ausência de garantia de recursos para a saúde e educação lhes rouba o futuro. A PEC 186 não é socialmente aceitável e esconde a falta de vontade política de buscar outras saídas, inclusive a taxação das grandes fortunas, caminho trilhado por outros países.

Por isso, solicitamos ao Senado Federal que a proposta seja retirada imediatamente de pauta, que seu conteúdo seja submetido a ampla discussão com a sociedade e que os direitos sociais inscritos na nossa Carta Magna jamais sejam afetados. Mais abaixo as instituições que assinaram o manifesto.

http://idisa.org.br/domingueira/domingueira-n-05-fevereiro-2021http://idisa.org.br/domingueira/domingueira-n-05-fevereiro-2021

 

Assinaram o manifesto as seguintes entidades:
Associação Brasileira de Águas Subterrâneas (ABAS)
Associação Brasileira de Alfabetização (ABALF)
Associação Brasileira de Ciência Ecológica e Conservação (ABECO)
Associação Brasileira de Cristalografia (ABCr)
Associação Brasileira de Editores Científicos (ABEC Brasil)
Associação Brasileira de Educação Médica (Abem)
Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn Nacional)
Associação Brasileira de Ensino de Biologia (SBenBio)
Associação Brasileira de Etnomusicologia (ABET)
Associação Brasileira de Limnologia (ABLimno)
Associação Brasileira de Linguística (Abralin)
Associação Brasileira de Literatura Comparada (ABRALIC)
Associação Brasileira de Mutagênese e Genômica Ambiental (MutaGen-Brasil)
Associação Brasileira de Pesquisa e Pós-Graduação em Artes Cênicas (ABRACE)~
Associação Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo (SBPJor)
Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco)
Associação Brasileira dos Terapeutas Ocupacionais (Abrato)
Associação Brasileira Rede Unida (Rede Unida)
Associação de docentes da Universidade Federal de São Carlos (ADUFSCar)
Associação de Mães, Pais e Responsáveis de Estudantes da Educação Municipal de Belo Horizonte (Amparem)
Associação dos Pós-Graduandos da Universidade Federal de Minas Gerais (APG-UFMG)
Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Psicologia (Anpepp)
Associação Nacional de Política e Administração da Educação (ANPAE)
Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais (Anpocs)
Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (ANPED)
Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Geografia (ANPEGE)
Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Planejamento Urbano e Regional ( ANPUR)
Associação Nacional de Pós-graduação em Filosofia (Anpof)
Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG)
Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes)
Associação Nacional pela Formação dos Profissionais da Educação (Anpofe)
Campanha Nacional pelo Direito à Educação
Centro Brasileiro De Estudos De Saúde (Cebes)
Centro de Estudos de Direito Econômico e Social (CEdeS)
Centro de Estudos e Pesquisas em Educação Cultura e Ação Comunitária (Cenpec)
Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE)
Conselho Estratégico Universidade-Sociedade (CEUS-Unifesp)
Conselho Nacional das Fundações de Apoio às Instituições de Ensino Superior e de Pesquisa Científica e Tecnológica (Confies)
Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif)
Conselho Nacional de Saúde (CNS)
Diretório Central dos Estudantes UFMG (DCE-UFMG)
Escola da Cidadania “José de Sousa Candido”, Diocese Mogi das Cruzes
Escola Municipal da prefeitura de Belo Horizonte
Federação Brasileira das Associações Científicas e Acadêmicas de Comunicação (SOCICOM)
Federação de Sindicatos de Professores e Professoras de Instituição Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico Técnico e Tecnológico (PROIFES)
Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (FASUBRA Sindical)
Federação Nacional dos Farmacêuticos (Fenafar)
Fórum das Ciências Humanas, Sociais, Sociais Aplicadas, Letras, Linguística e Artes  (FCHSSALLA)
Fórum Nacional de Gestores de Inovação e Transferência de Tecnologia (FORTEC)
Fórum Nacional Popular de Educação (FNPE)
Fundação Coordenação de Projetos, Pesquisas e Estudos Tecnológicos (COPPETEC)
Fundação Oswaldo Cruz Minas Gerais
Iniciativa para a Ciência e Tecnologia no Parlamento (ICTP.br)
Instituto de Direito Sanitário Aplicado (IDISA)
Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de Minas Gerais (IFMG)
Instituto Federal de São Paulo (IFSP)
Instituto Unibanco
Inteligência Coletiva MG
Internacional da Educação para a América Latina (IEAL)
Movimento Correnteza e UP. BH – MG
Mulheres em Rede pela Maternidade Ativa
Pensar a Educação Pensar o Brasil – 1822/2022
Seção Sindical dos Docentes da Universidade Federal de Viçosa (ASPUV)
Sindicato dos Professores de universidades federais de Belo Horizonte, Montes Claros e Ouro Branco (APUBH-UFMG)
Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais (Sinpro Minas)
Sindicato dos Trabalhadores da Fiocruz – Regional Minas Gerais (Asfoc Minas)
Sindicato dos Trabalhadores nas Universidades Federais de Pernambuco
Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN)
Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica – Seção Sindical IFMG  (Sinasefe IFMG)
Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Fiocruz (Asfoc-SN)
Sociedade Astronômica Brasileira (SAB)
Sociedade Brasileira de Automática (SBA)
Sociedade Brasileira de Bioética (SBB)
Sociedade Brasileira de Biofísica (SBBf)
Sociedade Brasileira de Biologia Celular (SBBC)
Sociedade Brasileira de Computação (SBC)
Sociedade Brasileira de Economia Ecológica (SBEE)
Sociedade Brasileira de Eletromagnetismo (SBMAG)
Sociedade Brasileira de Ensino de Química (SBEnQ)
Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos (SBEC)
Sociedade Brasileira de Etnobiologia e Etnoecologia (SBEE)
Sociedade Brasileira de Física (SBF)
Sociedade Brasileira de Genética (SBG)
Sociedade Brasileira de História da Ciência (SBHC)
Sociedade Brasileira de História da Educação (SBHE)
Sociedade Brasileira de Matemática (SBM)
Sociedade Brasileira de Matemática Aplicada e Computacional (SBMAC)
Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC)
Sociedade Brasileira de Microbiologia (SBMicro)
Sociedade Brasileira de Micro-ondas e Optoeletrônica (SBMO)
Sociedade Brasileira de Ornitologia (SBO)
Sociedade Brasileira de Paleontologia (SBP)
Sociedade Brasileira de Pesquisa em Materiais (SBPMAT)
Sociedade Brasileira de Química (SBQ)
Sociedade Brasileira de Telecomunicações (SBrT)
Sociedade Brasileira de Virologia (SBV)
Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC)
União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES)
União Latina de Economia Política da Informação, da Comunicação e da Cultura (ULEPICC-Br)
União Nacional dos Estudantes (UNE)

Assinaturas atualizadas às 17h20 de 25/02/2021

 

Transmissão por SARS-CoV-2 por aerossóis respiratórios exige ênfase na ventilação e uso por tod@s de máscaras bem adaptadas

No início da pandemia causada pelo SARS-CoV-2 eram reconhecidos como mecanismos de transmissão do vírus: o contato direto ou próximo com uma pessoa infectada (a menos de um ou dois metros), e o contato com superfícies. No entanto, a evidencia científica disponível atualmente indica que a transmissão através de superfícies não é tão importante quanto as gotículas exaladas quando se tosse, espirra, fala, respira, e a inalação de aerossóis respiratórios (Morawska L, Cao J. 2020- Tang S, Mao Y, Jones RM, et al. 2020). Conforme essas novas evidências é necessário adaptar os protocolos de biossegurança já desenhados.

Estudos de laboratório publicados em março de 2020 mostraram que o vírus SARS-CoV-2 pode permanecer em materiais plásticos ou de aço inoxidável durante vários dias. Com base nesses resultados concluiu-se que o SARS-CoV-2 poderia ser transmitido através de superfícies inanimadas. Isso ocasionou que a OMS e as autoridades sanitárias dos diferentes países recomendassem a desinfecção de superfícies que tocamos com frequência e alimentos. No entanto, Goldman, um microbiólogo da Faculdade de Medicina de Rutgers New Jersey em Newark analisou os estudos e concluiu que existia pouca evidência que indicasse que o SARS-CoV-2 poderia ser transmitido para outras pessoas através do contato com superfícies contaminadas. O pesquisador indicou que as condições em que estudos anteriores haviam sido desenvolvidos em laboratório, utilizando cargas virais muito altas, não correspondiam com o que acontecia na vida real. Num comentário enviado à Revista The Lancet em julho de 2020, Goldman apontou que risco de transmissão a través de superfícies inanimadas é pequeno, podendo acontecer somente nos casos em que uma pessoa infectada tosse ou espirra na superfície e outra pessoa toca essa superfície pouco tempo depois (1-2h) (Goldman, 2020), como pode ocorrer em um serviço de saúde. Outros pesquisadores chegaram a conclusões similares, a transmissão através de superfícies inanimadas é possível, mas parece ser uma forma pouco comum de contágio (Lewis D. 2020). Isso também poderia explicar por que numa comparação global, durante os primeiros meses da pandemia, a limpeza e desinfecção de superfícies foi uma das intervenções de menor sucesso para o controle da disseminação do vírus (Haug, N. et al., 2020).

Por outro lado, Tang S, Mao Y, Jones RM, et al. (2020) revisaram a evidência disponível de pesquisas empíricas e de laboratório (até 30 de julho de 2020) e encontraram que vários estudos respaldam que a transmissão por aerossóis do SARS-CoV-2 é plausível. Durante a exalação, a fala ou a tosse são produzidas microgotas respiratórias (aerossóis), nas quais o vírus pode sobreviver durante um tempo relativamente amplo em condições favoráveis. Esses aerossóis podem potencialmente viajar no ar e transportar o vírus dezenas de metros mais longe do que as gotas maiores (que alcançam no máximo dois metros) (Morawska L, Cao J. 2020; Tang S, Mao Y, Jones RM, et al. 2020)

 

Fonte: Morawska L, Cao J. 2020

Alguns estudos analisaram casos de surtos do vírus SARS-CoV-2 (em um restaurante em Guangzhou (China), em um coro em Mount Vernon EE. UU, entre outros) e concluíram que a alta taxa de infecção somente pode ter sido possível considerando como principal via de contágio a inalação de microgotas contaminadas no ar (aerossóis) (Miller SL, Nazaroff WW, Jimenez JL, et al, 2020; Buonanno G, Morawska L, Stabile L, 2020).

As pesquisas também apontam que o contágio por inalação de aerossóis respiratórios depende das condições do meio ambiente, como ventilação, lotação e tempo de exposição (Miller SL, Nazaroff WW, Jimenez JL, et al, 2020; Buonanno G, Morawska L, Stabile L, 2020; Tang S, Mao Y, Jones RM, et al. 2020; Morawska L, Milton DK. 2020).

Atualmente pesquisadores concordam que a transmissão por inalação de aerossóis respiratórios é muito importante e que o risco de contágio através de superfícies e fômites é baixo. Portanto, pesquisadoras como Lewis D. (2020) têm sugerido que o tempo e recursos investidos na desinfecção excessiva de superfícies e alimentos, podem ser melhor investidos melhorando a ventilação e limpando o ar contaminado.

Conforme essas novas evidências, para diminuir eficazmente a transmissão do SARS-CoV-2 é necessário além das medidas já implementadas (higiene de mãos, uso de máscaras, distanciamento e isolamento social, evitar aglomerações) fazer investimentos para garantir uma adequada e suficiente ventilação dos locais. Os pesquisadores sugerem que para melhorar a ventilação em interiores podem ser implementados mecanismos naturais (aberturas para ventilação, abrir portas e janelas) ou mecânicos (uso de sistemas de filtração do ar exterior, modificação de sistemas de ventilação criando salas de isolamento com pressão negativa, evitar a recirculação de ar em sistemas de ventilação, uso de irradiação germicida ultravioleta em locais onde não é possível evitar a recirculação do ar, limpadores de ar portátil). (Morawska L, Tang JW, Bahnfleth W, et al. 2020).

Fonte: Morawska L, Tang JW, Bahnfleth W, et al. 2020

É preciso que as autoridades nacionais dos diferentes países, Ministério da Saúde e os gestores reconheçam a importância desse mecanismo de transmissão do vírus e implementem intervenções para diminuir o contágio por esta via. A implementação de intervenções para melhorar a ventilação, como as mencionadas, é muito importante em unidades de Atenção Primária, hospitais, escolas, restaurantes, locais de trabalho, supermercados, transporte público e outros locais fechados.

Para a APS, este conhecimento deve orientar estratégias de comunicação e de ação comunitária para promover a redução do risco de contágio e incentivar cotidianamente o uso de máscaras de forma correta, bem ajustadas ao rosto, cobrindo nariz, boca e queixo, para conter o contágio por aerossóis.

O reconhecimento da transmissão respiratória como principal forma de contágio além da necessidade de promover a ventilação dos ambientes, exige intensificar a promoção do uso de máscaras por todos e todas.

Usar uma máscara –  qualquer máscara – reduz o risco de infecção com o coronavírus, mas usar uma máscara cirúrgica bem ajustada ou colocar uma máscara de pano em cima de uma máscara cirúrgica pode aumentar muito a proteção para o usuário e os outros, relata estudo dos Centros de Controle de Doenças e Prevenção (CDC) dos EUA. Uma nova pesquisa da agência mostra que a transmissão do vírus pode ser reduzida em até 96,5% se um indivíduo infectado e um indivíduo não infectado usarem máscaras cirúrgicas bem ajustadas ou uma combinação de pano e máscara cirúrgica. Consulte as recomendações do CDC/ US DHHS em https://www.cdc.gov/mmwr/volumes/70/wr/pdfs/mm7007e1-H.pdf

Por: Diana Ruiz, doutoranda que contribui com a Rede APS

Maiores informações podem ser acessadas nos artigos científicos consultados para construir este boletim, disponíveis também na biblioteca do Site da Rede APS:

Buonanno G, Morawska L, Stabile L. Quantitative assessment of the risk of airborne transmission of SARS-CoV-2 infection: perspective and retrospective applications. medRxiv 2020; Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0160412020320675.  Acesso 10 jan 2021.

Goldman, E. Exaggerated risk of transmission of COVID-19 by fomites Lancet Infect. Dis. 20 , 892–893 (2020). Disponível em: https://www.thelancet.com/journals/laninf/article/PIIS1473-3099(20)30561-2/fulltext. Acesso 10 jan 2021

Haug, N. et al. Ranking the effectiveness of worldwide COVID-19 government interventions Nature Human Behav. 4, 1303–1312 (2020). Disponível em: https://www.nature.com/articles/s41562-020-01009-0 Acesso 10 jan 2021

Lewis D. 2021. COVID-19 rarely spreads through surfaces. So why are we still deep cleaning? Nature 590, 26–28 https://doi.org/10.1038/d41586-021-00251-4

Miller SL, Nazaroff WW, Jimenez JL, et al.  Transmission of SARS-CoV-2 by inhalation of respiratory aerosol in the Skagit Valley Chorale superspreading event. medRxiv 2020;Disonível em:  https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2020.06.15.20132027v2 Acesso 12 jan 2021.

Morawska L, Cao J. 2020. Airborne transmission of SARS-CoV-2: The world should face the reality. Environment International 139:105730. https://doi.org/https://doi.org/10.1016/j.envint.2020.105730 Acesso 12 jan 2021

Morawska L, Milton DK. 2020. It Is Time to Address Airborne Transmission of Coronavirus Disease 2019 (COVID-19). Clinical infectious diseases : an official publication of the Infectious Diseases Society of America 71:2311–2313. https://doi.org/10.1093/cid/ciaa939 Acesso 11 jan 2021

Morawska L, Tang JW, Bahnfleth W, et al. 2020. How can airborne transmission of COVID-19 indoors be minimised? Environment International 142:105832. https://doi.org/https://doi.org/10.1016/j.envint.2020.105832 Acesso 11 jan 2021

Tang S, Mao Y, Jones RM, et al. 2020. Aerosol transmission of SARS-CoV-2? Evidence, prevention and control. Environment International 144:. https://doi.org/10.1016/j.envint.2020.106039 Acesso 11 jan 2021

Brooks, Beezhold, Noti, et al. Maximizing Fit for Cloth and Medical Procedure Masks to Improve Performance and Reduce SARS-CoV-2 Transmission and Exposure, 2021. Center for Disease Control and Prevention. 10 fev 2021 https://www.cdc.gov/mmwr/volumes/70/wr/pdfs/mm7007e1-H.pdf  Acesso 11 jan 2021

 

Aerosol transmission of SARS-CoV-2? Evidence, prevention and control

As public health teams respond to the pandemic of coronavirus disease 2019 (COVID-19), containment and understanding of the modes of severe acute respiratory syndrome coronavirus 2 (SARS-CoV-2) transmission is of utmost importance for policy making. During this time, governmental agencies have been instructing the community on handwashing and physical distancing measures. However, there is no agreement on the role of aerosol transmission for SARS-CoV-2. To this end, we aimed to review the evidence of aerosol transmission of SARS-CoV-2. Several studies support that aerosol transmission of SARS-CoV-2 is plausible, and the plausibility score (weight of combined evidence) is 8 out of 9. Precautionary control strategies should consider aerosol transmission for effective mitigation of SARS-CoV-2.

Article – Tang, Mao, Jones, 2020. Aerosol transmission of SARS-CoV-2 Evidence, prevention and control

How can airborne transmission of COVID-19 indoors be minimised?

During the rapid rise in COVID-19 illnesses and deaths globally, and notwithstanding recommended precautions, questions are voiced about routes of transmission for this pandemic disease. Inhaling small airborne droplets is probable as a third route of infection, in addition to more widely recognized transmission via larger respiratory droplets and direct contact with infected people or contaminated surfaces. While uncertainties remain regarding the relative contributions of the different transmission pathways, we argue that existing evidence is sufficiently strong to warrant engineering controls targeting airborne transmission as part of an overall strategy to limit infection risk indoors. Appropriate building engineering controls include sufficient and effective ventilation, possibly enhanced by particle filtration and air disinfection, avoiding air recirculation and avoiding overcrowding. Often, such measures can be easily implemented and without much cost, but if only they are recognised as significant in contributing to infection control goals. We believe that the use of engineering controls in public buildings, including hospitals, shops, offices, schools, kindergartens, libraries, restaurants, cruise ships, elevators, conference rooms or public transport, in parallel with effective application of other controls (including isolation and quarantine, social dis- tancing and hand hygiene), would be an additional important measure globally to reduce the likelihood of trans- mission and thereby protect healthcare workers, patients and the general public.

Article – Morawska, Tang Bahnfleth 2020 How can airborne transmission of COVID-19 indoors be minimised

Airborne transmission of SARS-CoV-2: The world should face the reality

Hand washing and maintaining social distance are the main measures recommended by the World Health Organization (WHO) to avoid contracting COVID-19. Unfortunately, these measured do not prevent infection by inhalation of small droplets exhaled by an infected person that can travel distance of meters or tens of meters in the air and carry their viral content. Science explains the mechanisms of such transport and there is evidence that this is a significant route of infection in indoor environments. Despite this, no countries or authorities consider airborne spread of COVID-19 in their regulations to prevent infections transmission indoors. It is therefore extremely important, that the national authorities acknowledge the reality that the virus spreads through air, and recommend that adequate control measures be implemented to prevent further spread of the SARS-CoV-2 virus, in particularly removal of the virus-laden droplets from indoor air by ventilation.

Article – Morawska, Cao. 2020 Airborne transmission of SARS-CoV-2 The world should face the reality

Transmission of SARS-CoV-2 by inhalation of respiratory aerosol in the Skagit Valley Chorale superspreading event

During the 2020 COVID-19 pandemic, an outbreak occurred following attendance of a symptomatic index case at a regular weekly rehearsal on 10 March of the Skagit Valley Chorale (SVC). After that rehearsal, 53 members of the SVC among 61 in attendance were confirmed or strongly suspected to have contracted COVID-19 and two died. Transmission by the airborne route is likely. It is vital to identify features of cases such as this so as to better understand the factors that promote superspreading events. Based on a conditional assumption that transmission during this outbreak was by inhalation of respiratory aerosol, we use the available evidence to infer the emission rate of airborne infectious quanta from the primary source. We also explore how the risk of infection would vary with several influential factors: the rates of removal of respiratory aerosol by ventilation; deposition onto surfaces; and viral decay. The results indicate an emission rate of the order of a thousand quanta per hour (mean [interquartile range] for this event = 970 [680-1190] quanta per hour) and demonstrate that the risk of infection is modulated by ventilation conditions, occupant density, and duration of shared presence with an infectious individual.

Keywords: aerosol transmission, infectious disease, ventilation, virus, pandemic, risk.

Article – Miller, Nazaroff, Jimenez et al. 2020 Transmission of SARS-CoV-2 by inhalation of respiratory aerosol in the Skagit Valley Chorale superspreading even

Ranking the effectiveness of worldwide COVID-19 government interventions

Assessing the effectiveness of non-pharmaceutical interventions (NPIs) to mitigate the spread of SARS-CoV-2 is critical to inform future preparedness response plans. Here we quantify the impact of 6,068 hierarchically coded NPIs implemented in 79 territories on the effective reproduction number, Rt, of COVID-19. We propose a modelling approach that combines four com- putational techniques merging statistical, inference and artificial intelligence tools. We validate our findings with two exter- nal datasets recording 42,151 additional NPIs from 226 countries. Our results indicate that a suitable combination of NPIs is necessary to curb the spread of the virus. Less disruptive and costly NPIs can be as effective as more intrusive, drastic, ones (for example, a national lockdown). Using country-specific ‘what-if’ scenarios, we assess how the effectiveness of NPIs depends on the local context such as timing of their adoption, opening the way for forecasting the effectiveness of future interventions.

Article – Haug et al Ranking the effectiveness of worldwide COVID-19 government interventions Nature Human 2020

Exaggerated risk of transmission of COVID-19 by fomites

Availability of diagnostics and antifungals, and training in their use, will reduce deaths from advanced HIV disease (by up to 30%).2 Mistaken diagnoses of pulmonary tuberculosis when actually the problem is a fungal lung infection will be averted. Implementation of these priorities will strengthen public health systems, support antimicrobial stewardship,9 develop clinician skills, and appropriately diversify differential diagnosis. New approaches have to be explored, such as the implementation of artificial intelligence, to address the shortage of health-care workers in the Latin American and Caribbean region, Africa, and southeast Asia. We anticipate that the enhancement, innovation, and increased integration of fungal disease diagnosis and management within the health system will benefit not only those with fungal disease, but also improve the effectiveness, efficiency, and quality of the entire health- care system.

Article – Goldman, 2020 Exaggerated risk of transmission of COVID-19 by fomites