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Arquivo Mensal janeiro 2022

Conasems e Conass manifestam total discordância com a Nota Técnica publicada pela SCTIE/MS e solicitam revogação de portarias

O Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) e o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) entregaram nesta quinta-feira (27/01), durante Reunião da Comissão Intergestores Tripartite (CIT),  um ofício conjunto para o ministro da saúde, Marcelo Queiroga

Manifestamos total discordância com a Nota Técnica nº 2/2022-SCTIE/MS, republicada por meio na Nota Técnica nº 3/2022-SCTIE/MS pela Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde do Ministério da Saúde, que fundamenta a decisão de não aprovar as Diretrizes Terapêuticas para o tratamento farmacológico da Covid-19 (hospitalar e ambulatorial) no âmbito do SUS.

Enquanto representantes da gestão estadual e municipal no Sistema Único de Saúde (SUS), envidamos nossos esforços quotidianamente no enfrentamento da pandemia de COVID-19 ancorados em bases técnicos-científicas e pautados nas melhores práticas profissionais.

Nesse contexto, reconhecemos o processo ágil, técnico e transparente praticado pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS – Conitec, que possibilita ao nosso País prover acesso sustentável e seguro a novos tratamentos em saúde, analisando com clareza as consequências sociais da implementação de novas tecnologias no SUS.

Diante do exposto, solicitamos a revogação imediata das Portarias SCTIE/MS nº 05, 06, 07 e 08, de 25 de janeiro de 2022, e a tempestiva publicação das Diretrizes Brasileiras que versam sobre o tratamento hospitalar e ambulatorial do Paciente com Covid-19, elaboradas pelo grupo representativo de especialistas convocados pelo Ministério da Saúde e aprovadas pela Conitec.

As Diretrizes Brasileiras para Tratamento do Paciente com Covid-19 (hospitalar e ambulatorial) precisam ser adotadas com urgência pelo Ministério da Saúde, e empregadas pelos gestores do SUS para orientar seus profissionais e organizar os serviços de acordo com as melhores práticas e tratamentos, com base no melhor conhecimento científico em benefício da saúde da população brasileira.

Confira o ofício na íntegra

 

Entrevista: Ligia Giovanella fala sobre atraso no acesso à vacinação de crianças contra a Covid-19 no Brasil

Confira partes da importante entrevista da pesquisadora Ligia Giovanella dada ao Leonardo Couto do Brasil de Fato sobre a vacinação de crianças no Brasil, publicada no dia 19 de janeiro de 2022.

Para Ligia Giovanella, pesquisadora da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca da Fundação Oswaldo Cruz (ENSP/Fiocruz) e integrante da Rede de Pesquisa em Atenção Primária à Saúde da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), a atuação do governo federal foi “criminosa” ao atrasar o acesso à vacinação de crianças contra a covid-19 no Brasil.

Agora é necessário “pressionar o Ministério da Saúde para a compra de vacinas de número suficiente para proteger todas as nossas crianças”.

Para completar o esquema vacinal de todas as crianças brasileiras, com duas doses, são necessárias 40 milhões de doses. Até o momento, o Ministério da Saúde encomendou 20 milhões. O primeiro lote, com 1,2 milhão de doses chegou na última quinta-feira (13). A pasta espera receber todas as doses até março. 

De acordo com Giovanella, a vacinação infantil é extremamente importante, pois “protege principalmente contra casos graves e mortos de crianças. Mas a vacinação também ajuda no controle da pandemia, uma vez que a infecção de crianças contribui pra circulação do vírus”. 

Para a pesquisadora, “as escolas, os professores e as professoras podem e devem auxiliar no processo de vacinação em cooperação com as unidades básicas de saúde em todo o país, com comunicação clara e incentivando os pais a levarem suas crianças para vacinar. Milhares de equipes de saúde da família participam do programa de saúde nas escolas e podem fazer essa articulação”. 

Giovanella acredita que, além da vacinação das crianças, é necessário reforçar a vigilância epidemiológica nas escolas para o início do ano letivo. Isso inclui, em sua visão, “principalmente acesso a testes rápidos de antígeno, pois permitem a identificação oportuna dos casos e evitam, assim, os surtos nas escolas”. 

“Em diversos países europeus, desde o retorno das aulas presenciais, são disponibilizados testes rápidos para os alunos. Na Alemanha, por exemplo, desde o início do ano passado são disponibilizados gratuitamente testes rápidos de antígeno para os alunos das escolas. Hoje, no Brasil, o ideal seria disponibilizar gratuitamente autotestes nas escolas”, afirma. 

Na noite desta quinta-feira (13), o Ministério da Saúde enviou à Anvisa um documento com informações para a aprovação do autoteste para detecção da covid-19 no Brasil. Até o momento, a indicação é que o teste, no entanto, não será distribuído gratuitamente para a população.

Nas palavras do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, “o Brasil é um país muito heterogêneo, de muitos contrastes”.

“A locação desse recurso para aquisição de autotestes para distribuir à população em geral pode não ter o resultado da política pública que nós esperamos”, afirmou. 

 

Clique no link para acessar a matéria completa.

Frente pela Vida denuncia Ministério da Saúde por atividade contra a Saúde Pública

No dia 21 de janeiro de 2022 o Ministério da Saúde, especificamente o Secretário de Ciência e Tecnologia, emitiu Nota Técnica na qual atesta a eficácia da hidroxicloroquina para tratamento de Covid-19, e ineficácia das vacinas na prevenção da doença. Este documento contraria frontalmente parecer da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias ao SUS – Conitec, que em dezembro de 2020 se manifestou contrária à incorporação ao SUS de cloroquina, hidroxicloroquina, contra Covid-19, por não apresentarem eficácia comprovada, e causarem efeitos colaterais graves.

Esclarecemos que qualquer medicamento, vacina para circular no país deve estar autorizada pela Anvisa, conforme competência legal. A Conitec, após a autorização ou registro da Anvisa, tem competência para analisar a sua incorporação no SUS, não lhe cabendo refutar o registro da Anvisa por somente poder proceder a essa análise, após o seu registro.

O Ministério da Saúde afronta a Anvisa, que não autorizou o uso off label de hidroxicloroquina para tratamento de Covid-19, e o mundo, considerando que a Organização Mundial de Saúde apoiada em estudos científicos, através do seu diretor-executivo, Michael Ryan, no dia 20 de maio de 2020, declarou não recomendar que este medicamento seja usado no tratamento de Covid-19[1], pois não há evidência de eficácia, e causa efeitos colaterais graves. Da mesma forma as Agências internacionais que regulam o uso de medicamentos como FDA norte-americana[2], a MHRA[3] do Reino Unido entre outras, não recomendam seu o uso para este fim, e advertem quanto aos seus graves efeitos colaterais. Estudo randomizado norte-americano e canadense também mostrou que “a hidroxicloroquina não preveniu doença compatível com Covid-19 ou infecção confirmada quando usada como profilaxia pós-exposição dentro de 4 dias após a exposição”[4].

Afronta ainda os dados de quase uma centena de estudos que demonstraram que as mais de 20 vacinas aprovadas para uso em humanos demostraram eficácia e segurança. Em janeiro de 2022, duzentos países já aplicaram quase 10 bilhões de doses[5], e no Brasil, quatro vacinas estão sendo utilizadas e foram aprovadas pela Anvisa, órgão competente para tal, que atestou sua eficácia e segurança. Corrobora com esta análise o informe da Fiocruz, publicado em 9/12/2021 que apresenta análises das vacinas administradas no Brasil, de janeiro a outubro de 2021, e aponta que todas conferem grande redução do risco de infecção, internações e óbito por Covid-19. Considerando os desfechos graves (internação ou óbito) em indivíduos com idade entre 20 e 80 anos, a proteção variou entre 83% e 99% para todos os imunizantes. Comprovadamente, as vacinas têm salvado a vida de milhões de pessoas no Brasil, como demonstram os atuais indicadores de monitoramento da pandemia.

Considerando que a Nota Técnica do Ministério da Saúde divulga informações falsas, mentirosas, que confundem a população, desorientam as pessoas quanto à sua proteção contra a Covid-19.

Considerando que não há autorização da Anvisa para uso off label dos medicamentos citados, o que agrava a manifestação do MS sobre esta questão.

Considerando que é dever do Ministério da Saúde prevenir, orientar, cuidar, e defender a vida das pessoas, ao falsear informações de forma deliberada atenta contra a saúde e a vida das pessoas.

Considerando que neste momento o Brasil vive mais uma gravíssima onda de Covid-19, causada pela variante Ômicron de alta transmissibilidade, o que caracteriza agravante na ação dolosa do Ministério da Saúde através de inverdades publicadas em Nota Técnica.

Considerando que as recomendações da OMS e o assertivo posicionamento da Anvisa, baseada em estudos próprios corroborados pela comunidade científica nacional e internacional, são provas robustas de que a ação do MS é deliberadamente dolosa.

A Frente pela Vida denuncia mais este atentado contra a saúde pública que resulta em grave ameaça à vida, além de desrespeitar os mais de 620 mil mortos, milhões de infectados, uma legião de órfãos sofrendo a perda de seus entes, por todo o país. Manifestações do MS que mentem e manipulam evidências científicas, criando risco de morte para a população tornaram-se intoleráveis e têm que ser impedidas. Ao mesmo tempo exige retratação imediata do Ministério da Saúde, e cobra das autoridades competentes a apuração das responsabilidades e providências enérgicas contra os responsáveis por este crime contra a população brasileira.  

+ Acesse a nota em PDF

Rio de Janeiro, 23 de janeiro de 2022

Frente Pela Vida

Associação Brasileira de Economia da Saúde – ABRES
Associação Brasileira de Enfermagem – ABEn
Associação Brasileira de Saúde Coletiva – ABRASCO
Centro Brasileiro de Estudos da Saúde – Cebes
Conselho Nacional de Saúde – CNS

Federação Nacional dos Farmacêuticos – FENAFAR
Rede Unida

Rede de Pesquisa em APS
Sociedade Brasileira de Bioética – SBB

Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade – SBMFC

 

[1] WHO’s Michael Ryan Warns Against Using Hydroxychloroquine Outside of Clinical Trials – 20May2020 – https://www.youtube.com/watch?v=nJZcofyuPRo.

[2] FDA cautions against use of hydroxychloroquine or chloroquine for COVID-19 outside of the hospital setting or a clinical trial due to risk of heart rhythm problems 15 July 2020 – https://www.fda.gov/drugs/drug-safety-and-availability/fda-cautions-against-use-hydroxychloroquine-or-chloroquine-covid-19-outside-hospital-setting-or.

[3] MHRA instructs all UK hydroxychloroquine COVID-19 clinical trials to suspend recruitment 16 Junho2020 (Os resultados do estudo “Avaliação aleatória da terapia com COVID-19” mostraram que a hidroxicloroquina não tem efeito benéfico para pacientes hospitalizados com COVID-19).

[4] Boulware D et al. A Randomized Trial of Hydroxychloroquine as Postexposure Prophylaxis for Covid-19 – N Engl J Med 383;6 August 6, 2020.

Em defesa da Atenção Primária à Saúde: resistência aos governos neoliberais e de extrema-direita

O Movimento pela Saúde dos Povos (MSP) – Brasil convida a todos para a próxima roda de conversa com a temática “Em defesa da Atenção Primária à Saúde: resistências aos governos neoliberais e de extrema-direita” que acontecerá na quarta-feira (19/01) das 19h às 20h30min no canal do YouTube.

Participação:

Román Rafael Vega-Romero (Coordenador Global do MSP e Professor Investigador Sênior – Colômbia)

Ligia Giovanella (Pesquisadora Sênior Fiocruz, Comitê-gestor da Rede APS/ABRASCO e Integrante do MSP)

Denis Axelrud Saffer (Superintendente de Atenção Primária à Saúde de Cabo Frio/RJ e Integrante do MSP)

Resumindo…

Quando? quarta-feira, dia 19/01, das 19h às 20h30

Onde? No canal do YouTube do Movimento pela Saúde dos Povos (MSP)

Link do canal: https://www.youtube.com/watch?v=XI6zocHnAk8

Frente pela Vida reafirma a defesa do fortalecimento da Estratégia Saúde da Família

A Frente pela Vida e as entidades abaixo signatárias manifestam sua preocupação o lançamento do Programa Cuida Mais Brasil, apresentado em vídeo do Ministério da Saúde, no dia 6 de janeiro de 2022.

Não se identificam nas falas dos representantes do Ministério da Saúde justificativas cientificamente embasadas para mudança de rumos na Estratégia Saúde da Família – ESF, modelo comprovadamente exitoso de Atenção Primária em nosso país e que tem demonstrado melhorias fundamentais em relação aos indicadores de saúde, inclusive àqueles relacionados à saúde das crianças e adolescentes, como também à saúde da mulher e da gestação, como pode ser exemplificado em diversos estudos de relevância nacional e internacional.(1,2,3,4,5,6,7,8, 9,10)

O sucesso da Estratégia Saúde da Família está baseado em um modelo que guarda referência aos atributos da Atenção Primária à Saúde de qualidade. As ações de cuidado da ESF são desenvolvidas por uma equipe com médicas/os, enfermeiras/os, técnicos de enfermagem, agentes comunitários de saúde. São pautadas no conhecimento e cuidado longitudinal do território, das famílias e pessoas que habitam no mesmo, numa perspectiva de atenção integral.

Neste sentido, a participação de outros especialistas, ou outras profissões da saúde, na ESF pode e deve ser realizada nas equipes dos Núcleos Ampliados de Saúde da Família – NASF, que são conformadas de acordo com o perfil epidemiológico da população adscrita. Uma equipe de NASF pode apoiar o trabalho de equipes de SF, em uma proporção idealmente de 4 a 6 equipes de SF para uma de NASF. Isto permitiria a incorporação de cerca de 7.000 Pediatras e Ginecoobstetras, no cenário atual.

Enquanto o Governo Federal tenta explicar sua proposta, ignora o acúmulo de evidências, mais pronunciadamente desde a década de 1960, que apontam que médicas e médicos especialistas em APS – os/as Médicos/as de Família e Comunidade – obtêm melhores resultados de saúde do que vários especialistas atendendo uma mesma pessoa. Deixam de observar a evolução da saúde no Brasil com a instalação, aperfeiçoamento e expansão da Estratégia Saúde da Família, da lógica de Redes de Atenção à Saúde e com o aprimoramento da gestão da educação em saúde. Com base nas melhores evidências mundiais, o estado brasileiro tem investido nas últimas décadas na qualidade para formação de Médicas e Médicos de Família e Comunidade com a expansão de programas de residência médica e investimento na Atenção Primária à Saúde, mesmo ainda bem abaixo das metas desejadas, enfrentando grandes desafios como a disputa por recursos no orçamento, a implantação de limites de investimento na saúde (EC 95) e o pensamento retrógrado que sempre se apresenta, de várias formas, tentando resgatar a fragmentação da assistência, modelos com menor eficiência e eficácia.

Médicas e Médicos de Família e Comunidade qualificados, com trabalho em equipe, com o apoio da SBMFC e de políticas abrangentes de investimento na qualidade da Atenção Primária à Saúde no Brasil conseguiram nos últimos anos reduzir a mortalidade infantil, reduzir o número de internações hospitalares e ampliar a cobertura do acesso à saúde, inclusive nas partes mais distantes dos grandes centros, mais carentes de recursos em geral. Estes resultados são observados também em estados e grandes cidades que investiram na Estratégia Saúde da Família e na formação e fixação de médicas e médicos de família e comunidade. A comparação com o modelo anterior, muito parecido com o proposto pelo programa apresentado hoje pelo MS, mostra a superioridade da Estratégia Saúde da Família com especialistas em APS bem formados.

Ao invés de reavivar políticas e modelos ultrapassados, é preciso reafirmar o modelo Estratégia Saúde da Família como sendo mais custo-efetivo, de eficácia demonstrada, com maior impacto inclusive na redução de internações hospitalares por condições sensíveis à atenção primária, conforme descrito em extensa literatura científica.

É importante ressaltar que não nos opomos a presença das especialidades médicas em questão em arranjos em que apoiam as equipes de saúde da família no cuidado às pessoas, na lógica de matriciamento em saúde ou cuidado compartilhado. Já era possível a presença de Gineco-obstetras e Pediatras nas equipes dos NASF, sendo que o Governo Federal justamente extinguiu o financiamento específico para estes Núcleos em 2019.

Entendemos que o fortalecimento e a qualificação progressiva da ESF e do NASF (ao contrário do desmonte que tem sido apontado nos últimos anos) é a melhor forma de expandir a APS, sem fragmentação do cuidado.

Consideramos um grande equívoco que, mais uma vez, políticas do Governo Federal tendem a reforçar o paradigma biomédico no âmbito da APS, desconsiderando a sua complexidade do cuidado, não respondendo às demandas apresentadas em um cenário onde cada vez mais pessoas estão em situação de vulnerabilidade. Devemos construir políticas públicas que também sejam direcionadas pela determinação social do processo saúde-doença e pelo enfrentamento ao racismo, LGBTfobia, à desigualdade de gênero e a tantas violências que estão presentes na realidade da nossa população.

Fortalecer e investir na Estratégia Saúde da Família é o caminho certo para dar continuidade à reforma do sistema de saúde brasileiro, como já fartamente evidenciado, garantindo o Sistema Único de Saúde universal e do tamanho que a população do Brasil precisa.

Acesse a nota em PDF

Rio de Janeiro, 7 de janeiro de 2022

Frente pela Vida
Associação Brasileira de Economia da Saúde – ABRES
Associação Brasileira de Enfermagem – ABEn
Associação Brasileira de Saúde Coletiva – ABRASCO
Centro Brasileiro de Estudos da Saúde – Cebes

Federação Nacional dos Farmacêuticos – FENAFAR
Rede Unida

Rede de Pesquisa em APS
Sociedade Brasileira de Bioética – SBB

Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade – SBMFC

Referências:
1) Macinko, J. – ATENÇĀO PRIMARIA À SAÚDE: ESTRATÉGIA CHAVE PARA A SUSTENTABILIDADE DO SUS BRASIL –
http://isags-unasur.org/wp-content/uploads/2018/05/aps2018macinko-1.pdf
2) Russo LX, Scott A, Sivey P, Dias J. Primary care physicians and infant mortality: Evidence from Brazil. PLoS One.
2019;14(5):e0217614. Published 2019 May 31. doi:10.1371/journal.pone.0217614
3) Bastos ML, Menzies D, Hone T, Dehghani K, Trajman A. The impact of the Brazilian family health strategy on
selected primary care sensitive conditions: A systematic review. PLoS One. 2017 Aug 7;12(8):e0182336. doi:
10.1371/journal.pone.0182336. Erratum in: PLoS One. 2017 Dec 7;12 (12 ):e0189557. PMID: 28786997; PMCID:
PMC5546674
4) Hone T, Rasella D, Barreto ML, Majeed A, Millett C. Association between expansion of primary healthcare and
racial inequalities in mortality amenable to primary care in Brazil: A national longitudinal analysis. PLoS Med. 2017
May 30;14(5):e1002306. doi: 10.1371/journal.pmed.1002306. PMID: 28557989; PMCID: PMC5448733
5) Monteiro, Carlos Augusto et al. Causas do declínio da desnutrição infantil no Brasil, 1996-2007. Revista de Saúde
Pública [online]. 2009, v. 43, n. 1 [Acessado 6 Janeiro 2022] , pp. 35-43. Disponível em:
https://doi.org/10.1590/S0034-89102009000100005. Epub 06 Ago 2010. ISSN 1518-8787.
https://doi.org/10.1590/S0034-89102009000100005.
6) Macinko J, Guanais FC, de Fátima M, de Souza M. Evaluation of the impact of the Family Health Program on infant
mortality in Brazil, 1990-2002. J Epidemiol Community Health. 2006;60(1):13-19. doi:10.1136/jech.2005.038323
7) Rasella D, Harhay MO, Pamponet ML, Aquino R, Barreto ML. Impact of primary health care on mortality from heart
and cerebrovascular diseases in Brazil: a nationwide analysis of longitudinal data. BMJ. 2014 Jul 3;349:g4014. doi:
10.1136/bmj.g4014. PMID: 24994807; PMCID: PMC4080829.
8) Cabral NL, Franco S, Longo A, et al. The Brazilian Family Health Program and secondary stroke and myocardial
infarction prevention: a 6-year cohort study. Am J Public Health. 2012;102(12):e90-e95.
doi:10.2105/AJPH.2012.301024
9) Alfradique, Maria Elmira et al. Internações por condições sensíveis à atenção primária: a construção da lista
brasileira como ferramenta para medir o desempenho do sistema de saúde (Projeto ICSAP – Brasil). Cadernos de
Saúde Pública [online]. 2009, v. 25, n. 6 [Acessado 6 Janeiro 2022] , pp. 1337-1349. Disponível em:
https://doi.org/10.1590/S0102-311X2009000600016. Epub 02 Jun 2009. ISSN 1678-4464.
https://doi.org/10.1590/S0102-311X2009000600016.
10) Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde da família
no Brasil : uma análise de indicadores selecionados : 1998-2005/2006 / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção
à Saúde, Departamento de Atenção Básica – Brasília : Ministério da Saúde, 2008. 200 p. : il. – (Série C. Projetos,
Programas e Relatórios)