O artigo analisa a insegurança alimentar em domicílios urbanos com crianças menores de sete anos de idade. Por meio de estudo transversal localizou-se, nas áreas de abrangência de unidades básicas de saúde, 5.419 domicílios na Região Nordeste e 5.081 na Região Sul do Brasil.A insegurança alimentar foi avaliada usando-se a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar.A prevalência de insegurança alimentar moderada ou grave foi 22,9% no Nordeste e 7,5% no Sul. Em ambas as regiões, na análise ajustada, a maior probabilidade de insegurança alimentar moderada e grave foi identificada em domicílios chefiados por mulheres, com cor da pele materna preta e parda/mestiça, com menor escolaridade materna, menor renda familiar per capita e beneficiários do Bolsa Família. A insegurançaalimentar moderada ou grave seria reduzida em 59,5% no Nordeste e em 45,4% no Sul, com umarenda familiar per capita mínima de R$ 175,00 ao mês. O aumento da renda familiar dos mais pobres e a melhor focalização do Bolsa Família são essenciais para a diminuição da insegurança alimentar no país.
Autores: Luiz Augusto Facchini 1 Bruno Pereira Nunes 1 Janaína Vieira dos Santos Motta 1Elaine Tomasi 1 Suele Manjourany Silva 1 Elaine Thumé 2 Denise Silva da Silveira 3 Fernando Vinholes Siqueira 4 Alitéia Santiago Dilélio 1,5 Mirelle de Oliveira Saes 3,6 Vanessa Iribarrem Avena Miranda 1 Pâmela Moraes Volz 3Alessander Osório 3 Anaclaudia Gastal Fassa 3
Artigo –artigo_2015