Foi analisada a apreensão das mães/responsáveis por lactentes suplementados com sulfato ferroso, sobre a anemia e suas consequências, por grau de adesão à suplementação. Pesquisa populacional, prospectiva e quanti-qualitativa. Selecionou-se crianças não anêmicas e que não estivessem recebendo suplementação. As mães/responsáveis foram orientadas a administrarem a suplementação profilática de ferro por seis meses e a adesão foi avaliada após o período. Dentre as 133 crianças elegíveis inicialmente para a pesquisa, foi possível reavaliar 90 pares crianças/responsáveis e realizaram-se entrevistas semiestruturadas com os responsáveis. Das crianças avaliadas, 56,7% apresentaram alta adesão e 43,3% baixa, sendo que 23,3% destas tinham interrompido a suplementação, sendo os motivos mais frequentes a ausência de orientação e apoio do serviço de saúde. Dentre as mães/responsáveis, um baixo percentual reconheceu o sulfato ferroso como forma de prevenção da anemia, e ambos os grupos demonstraram pouco conhecimento acerca da anemia, suas formas de prevenção e consequências à saúde da criança. Há necessidade de mais informação através de atividades de promoção e educação em saúde incluindo estratégias participativas, acompanhamento dos profissionais de saúde e avaliação da percepção dos indivíduos envolvidos na suplementação.
Autores:
Catarina Machado AzeredoI; Rosângela Minardi Mitre CottaII; Luciana Saraiva da SilvaIII; Sylvia do Carmo Castro FranceschiniII; Luciana Ferreira da Rocha Sant’AnaII; Joel Alves LamounierIV
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Artigo publicado na Revista de Ciência & Saúde Coletiva [online]. 2013, vol.18, n.3, pp. 817-826. ISSN 1413-8123. http://www.cienciaesaudecoletiva.com.br