Em coluna na Folha de São Paulo do dia 30 de outubro de 2018, a jornalista Claudia Collucci discutiu o plano de governo para a saúde do presidente eleito Jair Bolsonaro, destacando os principais equívocos da proposta.
Segundo a jornalista, Bolsonaro aponta que a saúde não precisa de mais verba, senão de maior eficiência e combate à corrupção. Questão rebatível porque o Brasil tem um gasto per capita em saúde menor do que os países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Sobre o Programa Mais Médicos (PMM) Bolsonaro promete expulsar os profissionais que não passaram o Revalida (exame exigido a formados no exterior para exercer a medicina no país), desconhecendo a importância do programa no Brasil. A OMS destacou o PMM como um caso de sucesso aprovado por 95% dos seus usuários, atende 63 milhões de pessoas, aumentou o número de consultas médicas, a cobertura da Atenção Primaria e diminuiu as iniquidades especialmente nas regiões Norte e Nordeste levando médicos aos locais mais vulneráveis e afastados.
Em relação ao prontuário eletrônico interligado, é uma proposta útil mas de difícil implantação porque precisa do funcionamento desse tipo de sistemas inicialmente no nível municipal e estadual para posteriormente alcançar o nível federal.
Ainda que, Bolsonaro insiste em melhorar a gestão e combater a corrupção na saúde as propostas para alcançar esses objetivos não estão sendo evidenciadas. Collucci destacou que, para começar seria necessária a não interferência política dos partidos na indicação do Ministro e dos cargos de importância na área, acabar com a troca de favores políticos por cargos e exigir a profissionalização de gestores.
Convidamos à leitura da coluna na integra no link a seguir:
Por Diana Ruiz e Valentina Martufi – doutorandas que contribuem para a REDE APS