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Arquivo Mensal julho 2015

Rede APS discute cenários internacionais da Atenção Primária e lançará Plataforma de pesquisas do Programa Mais Médicos no Abrascão 2015

Proporcionar a comunicação e a articulação entre pesquisadores, profissionais e gestores da APS e promover a utilização dos resultados de pesquisa buscando qualificar a gestão e potencializar o conhecimento são os principais objetivos da Rede de Pesquisa em Atenção Primária à Saúde – Rede APS, gerenciada pela Abrasco. Com mais de cinco mil cadastrados e cinco anos de atividades a Rede programou diversas atividades durante o 11º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva, o Abrascão 2015.

Na quinta-feira, dia 29 de julho, a Rede de Pesquisa APS irá debater perspectivas e tendências da Atenção Primária à Saúde em países europeus e sul-americanos. Com o título Perspectiva Comparada da APS em Países da Europa e América do Sul, a mesa redonda contará com Sara Willems, do Departamento de Prática Geral e Atenção Primária da Ghent University, sediada na Bélgica. A pesquisadora apresentará resultados da pesquisa Qualidade e Custos dos Cuidados Primários na Europa – QUALICOPC, publicados em outubro de 2011 na BioMed Central – Family Practice. O estudo teve como objetivo analisar e comparar a APS em 35 países da Europa na perspectiva de investigar a associação dos cuidados primários com os resultados do desempenho dos sistemas de saúde em quesitos como qualidade, acesso, equidade e eficiência. O estudo desenvolveu diferentes questionários e entrevistou cerca de sete mil unidades de saúde (GP) e mais de 65 mil usuários.

Participarão também da mesa as pesquisadoras Ligia Giovanella, do Departamento de Administração em Saúde da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (DASP/ENSP/Fiocruz), que apresentará resultados de estudo comparativo da APS realizado pelo ISAGS/Unasul em 12 países da América do Sul, que resultou na publicação Atención Primaria de Salud em Sudamérica, e professora Maria Fátima de Sousa, diretora da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade de Brasília (FCS/UnB) e integrante do Núcleo de Estudos em Saúde Pública (NESP/UnB), que debaterá tendências da abordagens e da organização da APS em alguns países selecionados.A coordenação será de Luiz Augusto Facchini.

Facchini, que é o coordenador geral da Rede APS, além de membro do Conselho da Abrasco e professor do Programa de Epidemiologia da Universidade Federal de Pelotas (PPGE/UfPel), será um dos expositores da mesa redonda Avaliação da Atenção Básica no SUS: balanço do PMAQ-AB.Lançado em 2001 com o objetivo promover a melhoria do acesso e da qualidade da Atenção à Saúde, o Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB) é fruto da parceria do Departamento de Atenção Básica do Ministério da Saúde (DAB/SAS/MS) com um conjunto de universidades e centros de pesquisa organizados pela Rede APS.

A proposta da mesa é realizar um balanço do programa, partindo da apresentação dos dados coletados nos dois primeiros ciclos do PMAQ, e avaliar benefícios gerados no atendimento aos usuários e no trabalho de gestão nas unidades de saúde, bem como identificar desafios ainda não alcançados. Também irão compor a mesa a pesquisadora Maria Guadalupe Medina da UFBA, Márcia Fausto da ENSP/FIOCRUZ . A condução do debate será feita pelo coordenador geral de acompanhamento e Avaliação do DAB/MS, Allan Nuno Alves de Sousa.

Lançamento da Plataforma de Pesquisas PMM: Um espaço para a concentração de pesquisas relacionadas ao Programa Mais Médicos (PMM) é a mais nova ferramenta que está será ancorada no site da Rede APS. A Plataforma é uma iniciativa da Rede APS e da Abrasco com o apoio da Organização Pan-americana de Saúde (OPAS/OMS) e do Ministério da Saúde, e será lançada durante o Abrascão.

A Plataforma foi criada para compartilhar os conhecimentos acumulados no processo de implementação do programa como parte de uma estratégia para tornar transparente os resultados, fortalecer as ações e práticas e facilitar o intercâmbio de experiências, sempre à disposição da comunidade de pesquisadores, de gestores e de todos os atores interessados em promover o fortalecimento da Atenção Primária brasileira e o desenvolvimento do nosso Sistema Único de Saúde – SUS.

O lançamento, com a apresentação do projeto e distribuição de material informativo, será realizada em 30 de julho, no espaço Saúde & Letras. Haverá ainda uma reunião do comitê coordenador, que discutirá a preparação de um seminário com os pesquisadores dedicados ao PMM, previsto para novembro, na sede da OPAS/OMS, em Brasília, e a produção de uma publicação específica .

Desde já, convidamos todos os pesquisadores que participam ou coordenam uma ou mais pesquisas sobre o Programa Mais Médicos a cadastrarem seus trabalhos, preenchendo o formulário online disponível no site da Rede de Pesquisas sobre Atenção Primária. Conheça aqui a plataforma.

Atividades da Rede APS durante o 11º Abrascão

Quarta-feira, 29/07 – Das 14h às 16h – Mesa Redonda
M96-APS: Perspectiva Comparada em Países da Europa e América do Sul 
Expositor: Sara Willems – Department of General Practice and Primary Health Care – Ghent University
Expositor: Ligia Giovanella – ENSP/Fiocruz
Expositor: Maria Fátima de Sousa – NESP/UnB
Coordenador: Luiz Augusto Facchini – UFPEL

Quarta-feira, 29/07 – das 16h30 às 18h30 

Reunião do Comitê Coordenador da Rede APS e Pesquisadores PMM

Quinta-feira, 30/07 – às 11h – Espaço Saúde & Letras

Lançamento da Plataforma de Conhecimentos do Mais Médicos

Quinta-feira, 30/07- Das 14h às 16h – Mesa Redonda

M97-Avaliação da Atenção Básica no SUS: Balanço do Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade na Atenção Básica (PMAQ-AB)
Expositor: Maria Guadalupe Medina – ISC/UFBA
Expositor: Márcia Cristina Rodrigues Fausto – ENSP/Fiocruz
Expositor: Luiz Augusto Facchini – UFPEL
Coordenador: Allan Nuno Alves de Sousa – CGAA/DAB/MS

Pesquisadores em APS apontam para maior sinergia de ações

Em rodas de conversa, docentes levantaram informações, trocaram experiências e mapearam espaços para interação

Dar passos consistentes para fazer da Rede de Pesquisas em Atenção Primária em Saúde – Rede APS – mais do que um espaço de apresentação de estudos e de repositório de pesquisas, mas sim um dinamizador para intercâmbio de projetos, de dados e mola propulsora para novas produções foi um dos objetivos da 3ª Reunião Anual do grupo, realizada em abril, na sede de Organização Panamericana de Saúde (OPAS/OMS). Parte desse trabalho foi desenvolvido nas rodas de conversa, que reuniram representantes de mais de 30 grupos de pesquisa hoje em atividade no país.

Os docentes dividiram-se em três eixos: Pesquisa Clínica e Prática Profissional, Pesquisa Avaliativa e Pesquisa em Recursos Humanos – nos quais puderam falar com maior tempo de seus estudos, localizar sinergias e pensar em desdobramentos e perspectivas para a continuidade e potencialização da Rede. Claunara Schilling Mendonça foi uma das coordenadoras da atividade e falou de suas percepções desta etapa. “A Rede foi pensada para fazer isso, mas não é um processo fácil, o que acontece muito por conta do próprio funcionamento da Academia. Ela é um sucesso no aspecto em que conformamos esse encontro dos grupos de pesquisa e percebemos que temos produtos, os frutos de nossas pesquisas. O desafio agora é pensar outras modalidades e formas de organização”, explicou Claunara, professora do Departamento de Medicina Social da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (DMS/FM/UFRGS).

+ Leia sobre a abertura da 3ª Reunião Anual da Rede APS

http://www.abrasco.org.br/site/2015/04/os-desafios-da-atencao-primaria-em-debate-em-brasilia/

Comunga do mesmo pensamento o professor Fúlvio Borges Nedel, do Departamento de Saúde Pública do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal de Santa Catarina (DSP/CCS/UFSC). “A Rede APS hoje agrega grupos formados que dificilmente se articulariam se ela não existesse. E isso é bom, pois dá visibilidade a diferentes estudos e ajuda na identificação de  grupos que só pesquisadores do tema conheciam”.

Para Aluísio Gomes da Silva Junior, professor do Departamento de Planejamento em Saúde e diretor do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal Fluminense (DPS/ISC/UFF), além de compartilhar experiências de uma diversidade de grupos de pesquisa, com identidades e abordagens próprias, a Rede APS precica proporcionar mais movimento. “É preciso romper essas barreiras da Academia e ampliar a perspectiva colaborativa, buscando o fortalecimento político de nossa temática para produzir movimento. Não adianta realizar pesquisas e não dar condições de acesso dessas informações à gestão. Precisamos desenvolver formas de divulgação e ampliar a interlocução com os gestores e com a sociedade. É necessário também fazer isso numa linguagem útil, pois se não tivermos como mostrar as vantagens da organização do sistema de saúde pela Atenção Primária, a sociedade não será capaz de comprar essa ideia.”

Cenários em APS: Cada um dos três docentes coordenou uma roda de conversa organizadas nas duas tardes do evento. No eixo dedicado à Pesquisa Clínica e Atividade Profissional, foi identificado peso maior dos estudos que abordam instrumentos e ferramentas para melhores resultados nas ações em APS nas áreas de saúde mental; doenças crônicas; práticas integrativas complementares, e em trabalhos que discutem a relação das equipes e o valor preditivo de sintomas e a evolução dos diagnósticos. “Discutimos também a importância de pesquisas clínicas que busquem entender a atenção dada às multimorbidades e, como proposta futura, queremos pensar arranjos para temas específicos, cruzando pessoas das equipes de saúde, da academia e da gestão”, explicou Claunara, citando pesquisas e grupos estrangeiros alinhados a essa metodologia e que têm alcançado bons resultados.

No eixo dos Recursos Humanos, Aluísio Gomes ressaltou a variedade de temas abraçados pelo eixo, com estudos que focam desde a força de trabalho das redes de atenção, passando por levantamentos salarais, sobre os tipos de vínculos empregatícios até a discussão de formação continuada e a acomodação e distribuição dos profissionais dentro das instituições. “Alguns

grupos tradicionais concentram um grande volume de dados, principalmente a respeito da força de trabalho, nos Observatórios de Recursos Humanos em Saúde de algumas universidades. Os demais estudos estão mais dispersos, mas têm crescido em termos de volume. Há uma potência de que esses levantamentos sejam reforçados à medida que se discutem os efeitos de programas como o Mais Médicos e o Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB)”.

+ Saiba como foi o debate sobre o Programa Mais Médicos

http://www.abrasco.org.br/site/2015/04/mais-medicos-a-servico-do-sus-e-para-alem/

Temática estudada a mais tempo e com maior número de pesquisadores a ela dedicados, a Pesquisa Avaliativa centrou os debates na perspectiva histórica do próprio segmento. “Fizemos um levantamento e descobrimos que a primeira publicação voltada para o assunto é de 1979, com uma grande concentração de estudos nos primeiros 31 anos desse trajeto e a outra metade acontece nos últimos cinco. Percebe-se como políticas como o Projeto de Expansão e Consolidação Saúde da Família (PROESF) e agora o PMAQ têm fomentado as avaliações”, explicou Fúlvio Nedel, destacando também a integração maior com os serviços e a utilização de diferentes métodos e abordagens para além das ferramentas como o PCA Tools e outras para aferição dos indicadores e desenvolvimento de novas pesquisas com os dados já coletados.

Texto produzido pelo jornalista Bruno C. Dias – ABRASCO

Abaixo um relato de cada Roda de Conversa

Roda de ConversaPesquisaClinica

Roda de ConversaAVALIATIVA

Roda de Conversa RH-2015_ REDE APS

Publicada portaria com a lista final de certificação das equipes do 2º ciclo do PMAQ

Foi publicada, no Diário Oficial da União dessa segunda-feira (29), a Portaria GM/MS nº 836, referente à certificação final das equipes participantes do 2º ciclo do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB).

A Portaria, que já está em vigor, define o repasse do incentivo financeiro do PMAQ-AB, denominado como Componente de Qualidade do Piso de Atenção Básica Variável, e lista os valores que serão repassados aos municípios de acordo com a certificação das equipes participantes.

Acesse a Portaria 836/20015
Fonte site DAB/MS  – http://dab.saude.gov.br/portaldab/