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Arquivo Mensal julho 2015

Cerimônia de Abertura do Abrascão 2015 reúne cinco mil pessoas

Com a diversidade brasileira projetada nos telões do Centro de Cultura e Eventos da Universidade Federal de Goiás, um auditório com 5 mil cadeiras ocupadas, cantou o hino nacional para dar início oficialmente à edição de número 11 do Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva – o Abrascão 2015 de Goiânia.

A Mesa parecia pequena e ao mesmo tempo imponente por albergar tanta representatividade: 19 autoridades prestigiaram o início do congresso. As boas vindas foram dadas pelo presidente do congresso, professor Elias Rassi. Num discurso que trazia pausas de respiros emocionados, Rassi falou por quase quinze minutos, sobre o momento que a saúde enfrenta – “No Brasil, os estímulos dados ao setor de planos de saúde, via renúncias fiscais, ou a abertura do setor ao capital estrangeiro, reforçam essa cruel divisão na assistência à saúde e à doença e trazem nuvens negras sobre nossas cabeças…”

Elias resgatou ainda o papel histórico indispensável do Movimento da Reforma Sanitária – “Na luta pela democracia, o Movimento capitaneou milhares de manifestações populares durante a década de 1970, elas foram decisivas na reconquista do direito de escolha dos brasileiros, sejam as eleições para as prefeituras de capitais, sejam para governadores e presidentes. É forçoso reconhecer que isso não bastou e não basta. Mais de vinte anos de ditadura foram capazes, dentre tantos malefícios, também de desorganizarem por um longo período nossa capacidade administrativo-gerencial como também as nossas representações políticas. Não por acaso, a “Reforma Política” em discussão no Congresso Nacional não passa de um amontoado de propostas voltadas a alterações cosméticas, onde muda-se para não mudar” destacou Rassi.

O presidente da Associação Brasileira de Saúde Coletiva, Luis Eugenio de Souza, relembrou que, antes da criação do Sistema Único de Saúde (SUS), quem tinha emprego formal pagava a Previdência e tinha direito à assistência pelo Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (Inamps). “Quem não tinha trabalho formal usava o sistema filantrópico, outras alternativas. O SUS acabou com isso.” Luis Eugenio contextualizou  a Abrasco na história da Reforma Sanitária – “As décadas anteriores nos incitaram, a nós sanitaristas, a querer mais. Mas infelizmente depois das eleições de 2015, assistimos a uma reorientação radical de nossas políticas públicas: o sus se restringe aos pobres, lembro Oswaldo Cruz ‘não vamos esmorecer para não desmerecer’ é preciso barrar os ataques ao SUS! Vamos resistir à lógica privatista! Fim dos subsídios aos planos privados! Que os inimigos do povo não ousem tocar nos nossos direitos!”, conclamou o presidente da Abrasco.

Joaquim Molina (Representante da Organização Pan-americana – Opas e da Organização Mundial da Saúde no Brasil) comentou que sempre fica bastante impressionado com o poder da Abrasco em reunir tantos ‘trabalhadores’ pela Saúde Coletiva – “A Abrasco para mim é forte, dinâmica e poderosa”. Molina contou ainda que, embora receba material informativo sobre a saúde brasileira, através da Opas “O melhor material que eu poderia conseguir está todos aqui, nos debates, nas atividades, na troca de experiências” e finalizou com um convite importante “Para a defesa do SUS Universal: contem com a Opas”.

Ministérios

O Ministro da Saúde atrasou em quase uma hora a cerimônia de abertura do Abrascão 2015, começou pedindo desculpas, seguiu para as saudações e avançou – “É chegada a hora de travarmos a discussão do financiamento e, principalmente, da relação público/privado colocando o dedo na ferida na questão dos serviços públicos e das operadoras de planos privados. A Abrasco tem histórico e tradição para fazer esse debate”, afirmou Chioro.  Colocando-se  à vontade em mais um Abrascão, Chioro se uniu ao grupo dos cinco mil congressistas: é a minha entidade, sou um sanitarista, nós, abrasquianos, temos um compromisso histórico pelo direito à saúde. Saúdo o novo time da Abrasco, do meu mestre Gastão Wágner. Quero ouvir a Associação para a construção do novo programa Mais Especialidades e quero discutir a fundo a promoção da saúde”, ressaltou.

O ministro Chioro disse que o governo vai se esforçar ao máximo para derrubar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 451. Segundo ele, o texto favorece interesses econômicos contrários aos da maioria da sociedade brasileira. A PEC, que obriga empregadores a pagar planos de saúde a todos os empregados, é de autoria do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e está na Comissão de Constituição e Justiça.“Nós lutaremos com toda força para que a PEC 451, que faz um verdadeiro retrocesso em relação às conquistas que nós tivemos, ao afirmar que a saúde é um direito de todos e dever do Estado, acabando com a figura do indigente na área da saúde, não passe [no Congresso Nacional]”, Chioro ressaltou que o governo vai mobilizar todas as forças para que a proposta não passe na Câmara.

O outro ministro presente na abertura, Aldo Rebelo de Ciência, Tecnologia e Inovação, avaliou a cooperação do Brasil nas ações de cura e prevenção – “Não podemos subestimar o cenário internacional, devemos continuar investindo em pesquisas e políticas públicas em prol da sua independência científica. Celebro a mobilização que as senhoras e os senhores presentes fazem em favor da política de saúde e para o bem da sociedade e do povo brasileiro”, disse Aldo Rebelo, em sua fala no Centro de Convenções em Goiânia.

15ª Conferência Nacional de Saúde

Bastante aplaudida, a presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS) Maria do Socorro de Souza abriu sua fala destacando que em 2015 três grandes espaços de discussão da saúde estão abertos, sendo eles o 11º Abrascão, o congresso do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) e a 15ª Conferência Nacional de Saúde. “É preciso reconhecer a legitimidade desses espaços e dos sujeitos políticos que ali estão, são pessoas que pensam, propõem, avaliam e monitoram a saúde brasileira. O tema desse Abrascão articula uma agenda estratégica para a saúde.” A presidenta do CNS enfatizou também que é preciso repensar os processos produtivos no país sem sacrificar a classe trabalhadora.

Segundo ela, a saúde no Brasil ainda é encarada como gasto, apesar de ser uma política social com uma imensa e importante dimensão. “Temos a necessidade de enfrentar a democracia como uma nova reforma política”. Socorro reforçou também que a reforma tributária não pode sair da pauta dos governos, que é preciso democratizar os meios de comunicação no país, além de discutir a desregulamentação dos agrotóxicos e as pesquisas com seres humanos. “Ainda temos muitos problemas e desafios pela frente, mas temos que concentrar todos os esforços em nossos avanços para seguir em frente na luta para uma saúde universal e equânime”.

Autoridades de Goiás

Na visão do Reitor da Universidade Federal de Goiás, Orlando Afonso Valle do Amaral, o Sistema Único de Saúde é um dos maiores sistemas públicos de saúde, se não o maior, e que precisa ser fortalecido – “Daí a importância de eventos como o 11º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva, que a UFG, orgulhosamente, sedia. Saúde, assim como educação, são ingredientes indispensáveis para a construção da nação”, disse Orlando.

Durante a cerimônia, o prefeito de Goiânia Paulo Garcia aproveitou para agradecer publicamente ao governo federal, o investimento no valor de 1 bilhão de reais em obras, incluindo a área da saúde – “Este investimento contribui com a democratização do acesso à saúde, que na capital atende cerca de 4,5 milhões de pessoas por mês”. Garcia também ressaltou a necessidade da regionalização, para que a população possa ser atendida com qualidade e prioridade em todos os municípios, interior e capital, para que o acesso à procedimentos básicos e preventivos de saúde sejam garantidos.

A cerimônia de abertura do 11º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva contou ainda com a participação do Secretário de Saúde em exercício, Halin Girade; o deputado federal Rubens Otoni; a primeira-dama do município, Teresa Beiler; a Secretária de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde Lumena Furtado; o diretor presidente da Anvisa Jarbas Barbosa; o presidente da Fundação Oswaldo Cruz, Paulo Gadelha; o diretor executivo da Aliança Global da Força de Trabalho em Saúde, James Campbell; a conselheira do conselho federal de enfermagem, Mirna Albuquerque Frota; o presidente do Conselho nacional de Secretarias Municipais da Saúde, Fernando Monti; a deputada estadual Isaura Lemos e o secretário municipal de saúde, Fernando Machado.

Nota publicada site ABRASCO – http://www.abrasco.org.br/site/

Lançada a plataforma de conhecimento do Programa Mais Médicos

No dia 30 de julho, às 11h , durante o ABRASCÃO a Rede APS/ABRASCO e a OPAS lançaram a plataforma de conhecimento do Programa Mais Médicos. O encontro aconteceu no espaço Saúde e& Letras e foi conduzido pela integrante do comitê coordenador da Rede Ligia Giovanella e pelo diretor do PMM-OPAS Renato Tasca.

O encontro contou com a presença do representante da OPAS/OMS  Dr.Joaquín Molina, consultores da instituição e participantes do evento.

 

Estratégia de Saúde da Família do Brasil: Atenção Básica em um Sistema de Saúde Universal

Este artigo da prestigiada revista norteamericana New England Journal of Medicine  enaltece os rápidos progressos obtidos pelo Brasil na direção de uma cobertura universal da sua população através do seu sistema nacional de saúde, o SUS. Os feitos são especialmente notáveis ao se considerar o país como detendo a quinta maior população do mundo e a sétima maior economia, tendo investido substancialmente na expansão do acesso aos cuidados de saúde para todos os seus cidadãos, de acordo com o que explicita a Constituição Nacional de 1988. O SUS, que dispõe de instituições de saúde públicas e privadas, é financiado principalmente através de impostos com contribuições dos três níveis federativos e governo.

Destaca-se que a gestão de cuidados de saúde é descentralizada, sendo os municípios responsáveis ​​pela maioria dos serviços de cuidados primários, além de arte dos hospitais e outras instalações mais complexas. No Brasil, destaca ainda o artigo em foco, todos os serviços de saúde são financiados com recursos públicos, chamando ainda a atenção para o fato de que os medicamentos mais comuns são acessíveis e gratuitos para todos os cidadãos, incluindo os 26% da população que paga os planos de saúde privados.

Assim, se considera que uma inovação importante e real no sistema brasileiro de saúde tem sido o desenvolvimento, adaptação e rápida intensificação de uma abordagem baseada na comunidade para prestação de cuidados de saúde primários. O Programa (ou Estratégia) de Saúde da Família evoluiu para uma abordagem considerada bastante sólida, capaz de oferecer cuidados primários para populações adscritas por equipes interdisciplinares de saúde, cujo núcleo inclui um médico, um enfermeiro, um auxiliar de enfermagem, além de quatro a seis agentes comunitários de saúde, todos em tempo integral. Tais equipes são organizadas geograficamente, abrangendo populações de até 1.000 famílias cada, sem sobreposição das áreas atendidas. Cada um de seus membros tem papéis definidos e responsabilidades, definidas em uma estrutura de base nacional, incluindo diretrizes  para respostas para a maioria dos problemas de saúde.

Chama-se atenção, ainda, para o ritmo notável de crescimento da ESF, com duas mil equipes e 60 mil agentes comunitários de saúde, prestando serviços para 7 milhões de pessoas (4% da população brasileira) em 1998, para cerca de 40 mil equipes, com mais de 265 mil agentes comunitários de saúde, além de 30 mil equipes de saúde bucal,  servindo a 120 milhões de pessoas (62% da população) em 2014.

AUTORES: James Macinko, Ph.D., and Matthew J. Harris, M.B., B.S., D.Phil.

REFERÊNCIA: The New England Journal of Medicine International – Health Care Systems – Perspective, June 4, 2015

IDIOMA: Inglês

Leia artigo – Brasil-NEJM-2015-1

Alguém lembrará do SUS na Olimpíada de 2016? artigo de Claudia Colucci

Florianópolis tornou-se a primeira capital com 100% de cobertura de atenção primária com a Estratégia de Saúde da Família. Rio de Janeiro e Curitiba também estão no mesmo caminho. As experiências exitosas, apresentadas no 13º Congresso Brasileiro de Medicina de Família e Comunidade, mostram que é possível colocar em prática um modelo de assistência à saúde que, na vasta maioria dos municípios brasileiros, só existe no papel.

Em Floripa, todo usuário do SUS precisa entrar na rede por meio do seu médico de família e comunidade para depois ter acesso aos outros níveis do sistema. O centro de saúde é a porta de entrada do atendimento, como deveria ser desde que o SUS foi criado. Só a partir dali é que o paciente tem uma consulta marcada com um especialista, por exemplo.

Uma das ferramentas que ajudaram no sucesso de Florianópolis é o prontuário eletrônico, integrado a todas as equipes, tanto na atenção básica como nas policlínicas e unidades de pronto atendimento. Isso faz com que todo o histórico do paciente não seja perdido.

O Rio de Janeiro também passa por uma grande reforma na atenção primária, depois vivenciar a falência do seu sistema municipal de saúde em 2008, com a maior epidemia de dengue da história. Os médicos de família também são os pilares desse novo sistema. Os profissionais têm uma lista de pacientes da qual são responsáveis, e o paciente sabe quem é a equipe responsável pelo seu cuidado. Sempre é a mesma equipe que cuida da mesma família.

Em Curitiba, o foco é a busca por uma atenção primária à saúde acessível e resolutiva para que as unidades de pronto-atendimento não fiquem sobrecarregadas. Todos esses municípios estão atentos a modelos internacionais, como o inglês e o canadense. O Canadá, por exemplo, tem residência médica em medicina de família e comunidade desde 1954.

“O médico de família e comunidade é verdadeiramente valorizado pelos pacientes e pelos fundadores do nosso sistema de saúde”, disse o médico canadense Jamie Meuser, que esteve no congresso de medicina de família, que terminou domingo (12) em Natal (RN).

Esse é o ponto. O Brasil precisa, verdadeiramente, valorizar o médico de família e comunidade para conseguir melhorias no seu modelo de assistência à saúde. Foi assim nos países que possuem sistemas universais de saúde. É assim que se consegue uma atenção básica mais resolutiva e um paciente sendo tratado da forma e no tempo que precisa e protegido de intervenções desnecessárias.

Em 2012, na abertura da Olimpíada de Londres, o logotipo do sistema de saúde inglês foi hasteado como um dos símbolos nacionais. E o nosso SUS? Será que alguém vai se lembrar dele com orgulho na Olimpíada de 2016?

(Artigo publicado originalmente no jornal Folha de São Paulo, em 14 de julho de 2015)

TelessaúdeRS/UFRGS desenvolve aplicativos gratuitos para profissionais da Atenção Primária à Saúde

TelessaúdeRS/UFRGS desenvolveu cinco aplicativos para auxiliar o trabalho de médicos e outros profissionais que trabalham na Atenção Primária à Saúde/Atenção Básica (APS/AB). Os aplicativos são públicos e gratuitos, tratam sobre temas como alcoolismo, gestação, risco cardiovascular, nutrição e taxa de filtração glomerular. Estão disponíveis para download para o sistema Android. Em breve, serão disponibilizados também para iOS. Aplicativos sobre  outros temas clínicos estão em desenvolvimento, (Asma, Depressão…).

O aplicativo “Álcool” fornece um questionário que permite detectar os níveis de uso prejudicial do alcoól e recomendações ao paciente. A “Calculadora Gestacional” permite ao usuário calcular o tempo de gestação e a provável data de parto de uma paciente. Na “Calculadora de Risco Cardiovascular” é possível estimar o risco de uma pessoa vir a falecer por doenças cardiovasculares em dez anos, assim como recomendações de condutas.

O aplicativo “Dieta Dash” auxilia na manutenção de uma dieta saudável e na melhor escolha de alimentos para prevenir e controlar a hipertensão. A “Taxa de Filtração Glomerular” avalia a função renal. O desenvolvimento destes aplicativos é fruto do apoio e financiamento do Departamento de Atenção Básica do Ministério da Saúde

Leia mais detalhes dos Aplicativos TelessaúdeRS/UFRGS aqui.

Acesse os Aplicativos na Google Play e baixe gratuitamente clicando aqui.

Veja abaixo informações mais detalhadas de cada um dos aplicativos:

Álcool – O Alcohol Use Disordrs Identification Test (AUDIT) é um questionário desenvolvido pela Organização Mundial de Saúde (OMS), validado em português, para detecção de indivíduos com consumo de risco de álcool. Consiste em dez perguntas sobre três domínios diferentes relacionados ao uso de álcool: avaliação do uso problemático, de sintomas de dependência e de padrões de uso nocivo. As recomendações para o paciente são baseadas no Manual de Intervenção Breve para Uso Nocivo de Álcool para Atenção Primária, da OMS.

Calculadora Gestacional – Permite calcular a idade gestacional e a data provável do parto a partir da data da última menstruação ou da idade gestacional obtida por ecografia obstétrica.

Calculadora de Risco Cardiovascular – Aplicativo que estima o risco cardiovascular por meio do escore de Framingham. O escore estratifica o risco de desenvolver morte por doença coronariana, infarto não fatal, doença coronariana ou angina, acidente vascular cerebral isquêmico ou hemorrágico fatal ou não fatal, ataque isquêmico transitório, claudicação intermitente e insuficiência cardíaca em dez anos. Além de estimar o risco, sugere condutas clínicas a serem adotadas pelo médico.

Dieta Dash – Fornece informações qualitativas sobre a melhor escolha de alimentos para prevenção e controle da hipertensão arterial sistêmica. As informações foram baseadas nas publicações do Dietary Approaches to Stop Hypertension (DASH) do DASH Collaborative Research Group, a melhor orientação nutricional para apoiar o controle da pressão arterial.

Taxa de Filtração Glomerular – Avalia a função renal utilizando a equação Chronic Kidney Disease Epidemiology Collaboration (CKD-EPI). A equação CKD-EPI estima a TFG a partir dos dados de creatinina sérica, idade, sexo e cor da pele.

Fonte –http://www.ufrgs.br/telessauders

Nova ferramenta no site da Rede APS

Proporcionar a comunicação e articulação entre pesquisadores, profissionais e gestores da APS e promover a utilização dos resultados de pesquisa buscando qualificar a gestão e potencializar o conhecimento são os principais objetivos da Rede de Pesquisa em APS.  Com mais de cinco mil cadastrados e cinco anos de atividades a rede encontra-se em plena atividade.

Com o objetivo de fazer um levantamento das pesquisas realizadas na atenção primária foi criado uma aba no site da rede http://www.rededepesquisaaps.org.br/pesquisas-em-aps/ onde poderão ser incluídos artigos, pesquisas que estão em cursos, relatórios, teses, dissertações, TCCs e outros materiais produzidos pelos profissionais.

Pedimos a gentileza que inscreva sua produção para podermos documentar o que está sendo produzido no Brasil.

Certos de contarmos com sua ajuda, agradecemos.

 

 

Mais Médicos abre 276 novas vagas para profissionais brasileiros

Médicos brasileiros ou com diplomas revalidados têm à disposição 276 novas oportunidades para integrar o Programa Mais Médicos. As vagas foram abertas desde o último chamamento, realizado em janeiro deste ano. O número divulgado nesta quarta-feira (15) é resultado da adesão de 200 municípios, que confirmaram o interesse em manter os postos abertos a partir de desistências ou desligamentos. Os médicos brasileiros interessados em participar desta etapa poderão se inscrever até o dia 19 de julho, por meio da página do programa.

Confira a lista das cidades e vagas solicitadas

“Essa nova etapa do Mais Médicos dá uma nova oportunidade a esses municípios que, por algum motivo, precisavam repor o número de profissionais. O Mais Médicos tem papel fundamental no fortalecimento e consolidação da Atenção Básica e se complementa com a qualificação da formação médica e obras de melhorias na infraestrutura. Por meio do Programa, conseguimos levar profissionais onde vivem as pessoas com maior vulnerabilidade, no interior e periferias das grandes cidades, onde os brasileiros mais precisam de médicos”, destacou o secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Hêider Pinto, que é responsável pela iniciativa.

No momento do cadastro, os candidatos deverão escolher entre a pontuação adicional de 10% nas provas de residência, atuando na unidade básica por, no mínimo, 12 meses, ou permanecer no município por até três anos e obter benefícios como auxílios moradia e alimentação pagos pelas prefeituras. Nos dias 20 e 21 de julho, os profissionais inscritos deverão indicar até quatro cidades de diferentes perfis onde desejam atuar conforme a sua prioridade. Os candidatos concorrerão somente com aqueles que optarem pelos mesmos municípios e, quem não conseguir alocação, terá acesso às vagas remanescentes em outra oportunidade (em agosto). O cronograma completo também está disponível no site maismedicos.saude.gov.br.

Para a classificação na concorrência das vagas foram estabelecidas as mesmas regras adotadas no edital lançado em janeiro deste ano: ter título de Especialista em Medicina de Família e Comunidade; experiência comprovada na Estratégia Saúde da Família; ter participado do Programa de Educação pelo Trabalho – PET (Vigilância, Saúde, Saúde da Família e Saúde Indígena); do VER-SUS; do ProUni ou do FIES. Como critérios de desempate serão considerados a maior proximidade entre o município desejado e o de nascimento e ter maior idade.

Não podem ingressar neste edital candidatos que participaram das chamadas anteriores do Mais Médicos e que tenham sido desligados por descumprimento de normas ou das regras do Programa. Caso as vagas não sejam preenchidas, o edital será aberto aos brasileiros que se formaram no exterior e, em seguida, aos profissionais estrangeiros. A previsão é que os primeiros profissionais brasileiros selecionados nesta etapa iniciem as atividades em agosto. Os próximos editais estão marcados para meses de outubro deste ano e janeiro de 2016.

MUNICÍPIOS – Das 337 oportunidades em 236 localidades disponíveis nesta etapa, os gestores municipais confirmaram o interesse 276 vagas abertas pela desistência de profissionais em 200 municípios. Os postos em aberto, mas que não foram solicitadas pelas prefeituras neste momento ou que estão suspensas temporariamente pela coordenação do Programa, estarão à disposição para as próximas seleções.

No total, o Nordeste foi a região com o maior número de vagas, com abertura de 124 oportunidades em 86 cidades. O Sudeste solicitou 72 médicos em 54 municípios, seguido do Centro-Oeste (28 em 14), Norte (27 em 23) e Sul (25 em 23).

No primeiro chamamento de 2015, os médicos formados no Brasil ou com diploma revalidado e os brasileiros graduados no exterior preencheram todas as 4.139 vagas ofertadas em 1.289 municípios e 12 distritos indígenas. Com a inclusão dos novos municípios, o programa contará com 18.240 médicos em 4.058 municípios e 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI), levando assistência para cerca de 63 milhões de pessoas.

Nota publicada no site do MS –http://portalsaude.saude.gov.br/

I Colóquio Internacional de Educação e Trabalho Interprofissional em Saúde

Entre os dias 12 e 13 de julho será realizado no Imirá Plaza Hotel – Via Costeira  em Natal/RN o I Colóquio Internacional de Educação e Trabalho Interprofissional em Saúde.

A educação dos profissionais de saúde enfrenta o
desafio de formar sujeitos implicados com as
complexas e dinâmicas necessidades sociais e de saúde
do mundo contemporâneo. O contexto da produção
do cuidado exige o trabalho em equipe colaborativa
no fortalecimento do Sistema Único de Saúde. Nesse
processo, a educação e o trabalho interprofissional se
apresentam como propostas de ensino e
aprendizagem e práticas de atenção à saúde que
buscam valorizar o fazer compartilhado, em grupo,
com responsabilidade e reflexão crítica. Este evento
articula-se de maneira fecunda com a Política Nacional
de Educação Permanente em Saúde, o Pró-Ensino na
Saúde, o Pet-Saúde, a expansão e interiorização das
IFES e de IES no tocante ao diálogo proposto entre
produção de conhecimento, trabalho e formação na
saúde comprometidos com a emancipação dos sujeitos
e com as transformações da sociedade. O Colóquio é,
assim, um convite à construção de redes colaborativas
para avançarmos na perspectiva da educação e
trabalho interprofissional.

Comissão Organizadora
George Dantas de Azevedo – UFRN/Medicina Multicampi
Marcelo Viana da Costa – UERN
Antonio Pithon Cyrino – UNESP
Eliana Goldfarb Cyrino – SGTES/ Ministério da Saúde
Marina Peduzzi – USP
Sylvia Helena Silva Batista – UNIFESP/ Baixada Santista
Alexandre Medeiros de Figueiredo – SGTES/ Ministério da Saúde
Ana Maria Chagas Sette Câmara – UFMG

Inscrições e contato – 

educa.interprofissio.coloquio@gmail.com

Confira a programação do evento Folder Colóquio 07062015 E

 

Integrante do comitê coordenador da Rede APS é homenageada no 13º Congresso de MFC

A pesquisadora Claunara Mendonça foi homenageada durante o 13º Congresso Brasileiro de Medicina de Família e Comunidade que acontece entre os dias 8 a 12 de julho, em Natal/RN. Ela foi agraciada como Pesquisadora de Destaque na Área da APS/MFC Prêmio Bárbara Starfield que a Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC) oferece a profissionais que destacam-se pelo trabalho desenvolvido.

Claunara é Médica de Família e Comunidade, com título de Especialista pela SBMFC, Mestra em Epidemiologia pelo PPG/UFRGS e  doutorada em epidemiologia no PPGEPI/UFRGS. É  Professora Assistente de Medicina de Família no Departamento de Medicina Social da UFRGS . Foi Médica de Família e Comunidade  da Prefeitura Municipal de Porto Alegre e do Serviço de Saúde Comunitária (SSC) do Grupo Hospitalar Conceição e por 4 anos coordenou a Saúde da Família desse município.

Entre 2011 a 2014 foi diretora do Departamento de Atenção Básica do Ministério da Saúde entre 2008 e 2010. Atualmente trabalha no Grupo Hospitalar Conceição e como professora assistente da UFRGS.

 

 

No Seminário Internacional de Pesquisas em MFC Lígia Giovanella fala sobre a Rede APS

No Seminário Internacional de Pesquisa em MFC-APS que acontece durante o  13º Congresso Brasileiro de MFC, Lígia Giovanella, da ENSP/Fiocruz e integrante do Comitê Coordenador da Rede APS participou da mesa Estado da arte: o que se tem feito de pesquisa por MFC-APS no Brasil? Como incrementar?

Ligia presentou os cinco anos de atividades da Rede reforçando , dentre outras ações, a troca de saberes entre os pesquisadores e a cooperação com gestores na participação da avaliação externa do PMAQ que qualificou e deu legitimidade ao processo de avaliação.

 

Veja o material apresentado – Giovanella Rede de Pesquisa em APS – Cópia

 

E confira a programação do Seminário:

Coordenadores: Sandro Rogério Rodrigues Batista (GO), Marcelo Marcos Piva Demarzo (SP), Thiago Gomes da Trindade (RN) e Claunara Schilling Mendonça (RS)

08h00 / 09h00 – Boas-vindas e introdução

Coordenadores: Thiago Gomes da Trindade (RN) e Sandro Rogério Rodrigues Batista (GO)

09h00 / 10h30 – Rede IBIMEFA e a pesquisa na Iberoamérica

Coordenador: Sandro Rogério Rodrigues Batista (GO)

Palestrantes: Maria Myrna Jacqueline Ponzo Gomez (Uruguay), Fernando Enrique Coppolillo (Argentina) e María Sofia Cuba Fuentes (Peru)

10h30 / 11h00 – Grupos de pesquisa APS na Espanha

Coordenador: Sandro Rogério Rodrigues Batista (GO)

Palestrante: Sergio Minué Lorenzo (Espanha)

11h00 / 12h00 – The QUALICOPC Project (Quality and Costs of Primary Care in Europe)

Coordenador: Marcelo Marcos Piva Demarzo (SP)

Palestrante: Sara Willens (Bélgica)

12h00 / 13h30 – Intervalo para almoço

13h30 / 14h30 – Programa de liderança em pesquisa na APS – Universidade de Oxford: possibilidades e desafios

Coordenador: Sandro Rogério Rodrigues Batista (GO)

Conferencista: Marcelo Marcos Piva Demarzo (SP)

14h30 / 17h30 – Estado da arte: o que se tem feito de pesquisa por MFC-APS no Brasil? Como incrementar?

Coordenadora: Claunara Schilling Mendonça (RS)

Rede APS Brasil

Palestrante: Ligia Giovanella (ENSP-FIOCRUZ)

Rede Brasileira de Avaliação de Tecnologias em Saúde (REBRATS)

Palestrantes: Airton Tetelbom Stein (RS) e Sérgio Antônio Sirena (RS)

Pesquisa clínica em APS

Palestrante: Otavio Berwanger (SP)

Primary Care Assesment Tool (PCATool)

Palestrante: Erno Harzheim (RS)

Prioridade e incentivos do governo federal (DECIT)

Palestrante: Tazio Vanni (DF)

17h30 / 18h30 – Encerramento

site do congresso  – http://www.cbmfc2015.com.br/