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Arquivo Mensal novembro 2021

O Valor do SUS – último encontro – O usuário como sujeito e não objeto do sistema de saúde

A temporada #2 de “O valor do SUS” chega ao fim na próxima segunda, 29/11, com uma conferência especial do Prof. Nelson Ibañez (Butantan e Santa Casa de SP) com o tema “O usuário como sujeito e não objeto do sistema de saúde”. A plataforma Região e Redes conclui a série de conversas sobre limites e possibilidades do sistema de saúde brasileiro.

Data: 29 de novembro, segunda, às 14h

Conferencista: Dr. Nelson Ibañez (Butantan e Santa Casa de SP)

Coordenação: Dra. Lígia Giovanella (Fiocruz e RedeAPS)

Link para participar: https://www.youtube.com/watch?v=LbvOE3VxXGc

Apoio: Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass)

“Há um propósito do governo de privatizar. No entanto, as portarias [lançadas em outubro deste ano que regulamentam a Agência Para o Desenvolvimento da Atenção Primária à Saúde] vão além e falam de um método e de um modelo compatível e alinhado a esse propósito de privatização”, destrinchou Liane Righi, docente da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), logo na sua primeira fala no painel: ADAPS: caminho para a privatização da APS no SUS?, realizado em 16/11 na programação da Ágora Abrasco.

Ao reler tanto a lei 13.958, que estabelece o programa Médicos Pelo Brasil e cita pela primeira vez a Agência, e todo o conjunto das resoluções recentemente lançadas, a docente vê uma clara estratégia de redução de política pública, ao basicamente não haver citações a temas centrais no atual modelo, como região, território e equipe e um grande centramento na vulnerabilidade, uma clara indicação de uma política seletiva.

Tal leitura também constou na análise de Lígia Giovanella. “Avança-se no processo de neoseletividade da APS caracterizado pela oferta de ações de saúde com financiamento público aos estratos populacionais extremamente pobres, por prestadores de serviço públicos ou privados, apartada de uma perspectiva de redes e de regiões de saúde”, definiu a coordenadora da Rede de Pesquisa APS

Sonia Acioli, presidente da Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn), ressaltou que não houve participação popular nem debate no interior das categorias profissionais de saúde sobre mudanças de tamanha envergadura. Para ela, o modelo proposto não traz espaços de escuta social e limita-se a um Conselho eminentemente de entidades médicase da gestão, composto por Conass, Conasems, CFM, Fenam e AMB, com uma única vaga para o CNS.

Integrante do Conselho da Adaps por indicação da Associação Médica Brasileira (AMB), Zeliete Zambon, também presidente da Sociedade Brasileira de Medicina da Família e Comunidade (SBMFC) fez questão de apresentar o debate interno no seio da direção da Sociedade. “Ficamos com a reflexão de se estar dentro [do Conselho da Adaps] significa assinar embaixo do que está acontecendo, ou se seria uma perda de oportunidade de ser um ator em prol da redução de danos. Por isso, achamos melhor acompanhar os passos e saber de fato o que está acontecendo”, disse ela, afirmando o compromisso de diálogo com as entidades da Saúde Coletiva e com a defesa do SUS e de uma Saúde Pública de qualidade e de acesso, não limitada a carteiras de serviço.

DMS e Grupo AQUARES lançam livro sobre o PMAQ-AB

O Departamento de Medicina Social da Universidade Federal de Pelotas (DMS-UFPel) e o Grupo de Pesquisa AQUARES – Acesso e Qualidade na Rede de Saúde – apresentam o livro Acesso e Qualidade na Atenção Básica Brasileira: Análise comparativa dos três ciclos da Avaliação Externa do PMAQ-AB/2012-2018Acesse a obra gratuitamente, em formato PDF, clicando aqui.

O lançamento ocorrerá nesta quinta-feira, dia 25/11, às 13:00h, na sala https://us02web.zoom.us/j/87874401281

 

Membros do consórcio da UFPel em reunião de monitoramento do trabalho de campo em Brasília.

Fruto de intenso trabalho, o livro organizado pelos professores da UFPel Luiz Augusto Facchini, Elaine Tomasi e Elaine Thumé proporciona um perfil abrangente da Atenção Básica à Saúde, ao comparar os resultados da avaliação externa realizada entre 2012 e 2018, durante os três ciclos do PMAQ-AB. Também detalha as atividades da avaliação externa sob coordenação do DMS-UFPel e do Grupo AQUARES.

 

 

O texto apresenta padrões de indicadores de acesso e qualidade na atenção de gestantes, puérperas, recém-nascidos, crianças pequenas, adultos e idosos, em uma análise das equipes da Estratégia Saúde da Família. Além disso, destaca as mudanças ocorridas nos padrões ao longo do tempo, com foco no alcance dos princípios constitucionais do Sistema Único de Saúde de universalidade, integralidade e equidade. Convém frisar, enfim, que a obra é disponibilizada em um momento de máximo desafio para o Sistema Único de Saúde e a Estratégia Saúde da Família face à pandemia de covid-19 e às ameaças políticas neoliberais.

 

3° Seminário 2021 Rede APS – acesso as Notas Técnicas, vídeos das atividades e apresentação de grupos de pesquisas

Programação

 

9h/9h30 – Abertura: Rosana Onocko Campos (presidente da Abrasco), Fernando Z. Pigatto (presidente do CNS), Jurandi Frutuoso Silva (secretário executivo  Conass) e Luiz A. Facchini (coordenador da Rede APS).

9h30/10h – Avanços e ameaças à APS e ao SUS – Eugênio Vilaça Mendes (Consultor Conass) e Luiz Augusto Facchini (coordenador Rede APS)

Apresentação Eugênio Vilaça Mendes –  APS AVANÇOS E DESAFIOS ABRASCO 2

Assista pelo YOUTUBEhttps://www.youtube.com/watch?v=TcyKkd1kuOA

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10h – 13h-  Uma agenda política estratégica para a APS no SUS  – Apresentação das Notas Técnicas em 4 salas

 

Sala 1 – Efetividade e eficiência da APS  – Coordenador: Allan C Q Barbosa (UFMG) e Fúlvio Nedel (UFSC)  – Debatedor: Rudi Rocha (FGV)

 

 

Assista no link abaixo a Sala 1 

 

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Sala 2 – Processos de trabalho na APS/ESF –  Coordenadores: Carlos Leonardo F Cunha (UFPA) e Diana Ruiz (UFBA) – Debatedora: Isabela Cardoso Pinto (ISC-UFBA)

 

 

 

Assista no link abaixo a Sala 2

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Sala 3- Saúde, educação e território na APS/ESF – Coordenadores: Cristiane Spadacio (Rede APS) e Eduardo Lucas (FM/UFRJ – Debatedor: Luciano Bezerra (UFPB)

 

 

Assista no link abaixo a Sala 3

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Sala 4 – APS/ESF e inovação nas redes de atenção –  Coordenador: Geraldo Cunha Cury (UFMG) e Rosana Aquino (UFBA) – Debatedora: Ana Estela Haddad (USP)

 

 

 

Assista no link abaixo a Sala 4

12h30-14h – Intervalo almoço

14h-16h – Uma agenda estratégica de Pesquisa em APS  – Apresentação de grupos de pesquisas  

Sala 2 – Tarde

 

Sala 3 – Tarde

 

 

Sala 4 – Tarde

 

Apresentação de grupos de pesquisas  

Saúde Coletiva e Ensino na Saúde – Unuversidade Federal de Viçosa – 2021-GRUPO PESQUISA CNPQ- UFV SEMINARIO APS-ABRASCO 05-11-2021

Gemas – Gênero, Maternidade e Saúde -FSP/USP –apresentacao GEMAS no Seminario APS

Grupo de estudo de pesquisa em Saúde Coletiva na Amazônia – GEPESCA/UFPA – Apresentação GEPESCA UFPA _ Seminário Rede APS

Desenvolvimento de Tecnologia em Atenção Primária à Saúde – UNESP/Botucatu – Desenvolvimentode Tecnologia_Botucatu

Grupo de Estudo em Epidemiologia e Saúde Comunitária  – GEEeSC – GEEEeSC_Fúlvio

Grupo de Estudo e Pesquisa em Cuidado Paliativo – GEPCP/Dihs – ENSP/Fiocruz – GEPCP

Pesquisa em APS – Fiocruz – Giovanella Mendonca grupopesquisa APS Ensp Fiocruz

Centro de Estudos, Pesquisa e Prática em APS e Redes – A. Einstein –  Seminário ABRASCO_CEPPAR

Núcleo de Saúde Coletiva – NUSC -UEFS – Seminario aps 2021-NUSC

Grupo de estudos e Pesquisa em Saúde – GEPS – UNISC – Seminário APS -grupo de estudos e pesquisa em saúde – geps (2)

Observatório Baiano de Redes de Atenção à Saúde – OBRAS-UFBA – Seminario(1) Grupo de Pesquisa 4 out 2021

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16h – 17hPlenária e encerramento – assista pelo YOUTUBE – https://www.youtube.com/watch?v=TcyKkd1kuOA

Coordenação: Lígia Giovanella e Luiz Augusto Facchini – Coordenadores Rede APS

 

 

 

 

 

 

 

 

Infecção e transmissão por SARS-CoV-2 em crianças: evidência disponível

Quando comparadas com os adultos, as crianças são geralmente menos afetadas pelas formas mais graves de Covid-19. No entanto, com o retorno às atividades presenciais nas escolas, cresce a preocupação sobre o risco de infecção e transmissão do SARS-CoV-2 em crianças. Por isso, neste boletim apresentamos algumas evidências disponíveis sobre a infecção e transmissão do vírus neste grupo etário.  

Em estudo de coorte prospectivo envolvendo 1236 participantes de 310 famílias, desenvolvido de agosto de 2020 a abril 2021 nos estados de Utah e Nova York, encontrou-se que adultos e crianças de qualquer idade, inclusive bebês, foram submetidos a risco similar de infecção por SARS-CoV-2. A taxa de incidência de infecção entre adolescentes de 12 a 17 anos foi de 6,0 por 1000 pessoas-semana (IC de 95%, 3,0-11,7); em crianças de 5 a 11 anos foi de 4,4 por 1000 pessoas-semana (IC de 95%, 2,5-7,5); em crianças de até 4 anos foi de 6,3 por 1000 pessoas-semana (IC de 95%, 3,6-11,0); e em adultos de 18 anos ou mais foi de 5,1 por 1000 pessoas-semana (IC de 95%, 3,3-7,8).

Além disso, os casos de infecção assintomática foram mais comuns em crianças de até 4 anos (52%) e de 5 a 11 anos (50%). Nos adolescentes de 12 a 17 anos, os casos assintomáticos alcançaram 45% e nos adultos de 18 anos ou mais, 12%. Os autores também estimaram que, nos domicílios com pelo menos um caso de infecção por Covid-19 em crianças, o risco médio de infecção intradomicílio foi elevado (52%, variação, 11% -100%). (Dawood et al., 2021).

Resultados similares foram encontrados em outro estudo de coorte realizado em Ontário, Canadá, no período de junho a dezembro de 2020, abrangendo 6.280 famílias com casos de Covid-19 em crianças menores de 18 anos. Observou-se que as crianças de até 3 anos de idade tiveram maior chance (OR 1,43; IC 95%, 1,17-1,75) de transmissão de SARS-CoV-2 para os contatos domiciliares quando comparados com adolescentes de 14 a 17 anos. (Paul et al., 2021)

Em pesquisa realizada com 192 pessoas de até 22 anos com infecção por SARS-CoV-2 atendidas no Hospital Geral de Massachusetts, encontrou-se que a carga viral na nasofaringe detectada nas participantes nos dois primeiros dias de sintomas foi mais alta do que em adultos hospitalizados com doença grave (P = 0,002). Também, observou-se que os sintomas em crianças e adultos jovens são muito inespecíficos, podendo ser facilmente confundidos com manifestações clínicas de outras doenças. Somente 51% dos casos com Covid-19 agudo apresentaram febre. (Yonker et al, 2020)

Os resultados das pesquisas sugerem que os casos de Covid-19 em crianças podem estar sendo subestimados devido ao fato de grande parte deles ser assintomático. Questão preocupante, porque, como mostram as pesquisas, as crianças, ainda que assintomáticas, podem ter elevadas cargas virais e transmitir o vírus. Portanto, é necessário que as medidas de prevenção e controle da Covid-19 – como distanciamento e isolamento social, uso adequado de máscaras, lavagem frequente das mãos e vacinação – devem ser promovidas e fortalecidas tanto em adultos como em crianças (Dawood et al., 2021; Paul et al., 2021; Leal et al, 2020; Munoz et al, 2021). Além disso, Yonker et al. (2020) destacam a importância de realizar ações de rastreamento de rotina com todas as crianças nas escolas a fim de evitar a disseminação do vírus nos domicílios para pessoas mais susceptíveis, levando em conta que a maioria dos casos neste grupo é assintomático ou apresenta sintomas inespecíficos.

Diana Carolina Ruiz, doutoranda que contribui com a Rede APS

Referências

Dawood  FS, Porucznik  CA, Veguilla  V,  et al.  Incidence rates, household infection risk, and clinical characteristics of SARS-CoV-2 infection among children and adults in Utah and New York City, New York.  JAMA Pediatr. Published online October 8, 2021. doi:10.1001/jamapediatrics.2021.4217 Acesso: 14 out 2021

Munoz FM. If Young Children’s Risk of SARS-CoV-2 Infection Is Similar to That of Adults, Can Children Also Contribute to Household Transmission? JAMA Pediatr. Published online October 08, 2021.  doi:10.1001/jamapediatrics.2021.4225 Acesso: 14 out 2021

Paul  LA, Doneman  N, Scwartz  KL,  et al.  Association of age and pediatric household transmission of SARS-CoV-2 infection.   JAMA Pediatr. Published online August 16, 2021. doi:10.1001/jamapediatrics.2021.2770 Acesso: 14 out 2021

Yonker LM, Neilan AM, Bartsch Y, et al. Pediatric Severe Acute Respiratory Syndrome Coronavirus 2 (SARS-CoV-2): Clinical Presentation, Infectivity, and Immune Responses. The Journal of pediatrics. Vol 227, p 45-52. Published online August 19, 2020. DOI: https://doi.org/10.1016/j.jpeds.2020.08.037 Acesso: 14 out 2021

 

 

Chamada Pública: ProfSaúde 2021

O ProfSaúde, programa de pós- graduação Stricto sensu em Saúde da Família, divulgou a Chamada Pública do Processo Seletivo do Curso de Mestrado Profissional em Saúde da Família- Turma Multiprofissional (Edital nº 01/2021- SESU/MEC). O período de inscrição será de 1º de dezembro de 2021 a 14 de fevereiro de 2022, e podem participar do processo seletivo pessoas com diploma em Medicina, Enfermagem ou Odontologia.

O ProfSaúde foi apresentado à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) pela Abrasco e aprovado em 2016. Para 2022, são 237 vagas distribuídas em todas as 26 instituições públicas de ensino superior e pesquisa, lideradas pela Fiocruz, que compõem a rede ProfSáude.

Confira o edital completo.

Ágora Abrasco debate os caminhos abertos para a privatização do SUS pela ADAPS – 16/11

Grande penetração no território brasileiro, reconhecimento nacional e internacional e uma verdadeira transformação na prestação do cuidado em saúde à população. As conquistas materializadas na Estratégia Saúde da Família e na Política Nacional de Atenção Básica (PNAB), exemplos vivos de que um SUS universal, com equidade e integralidade é viável, vêm sofrendo um desmonte de proporções drásticas pelo governo de Jair Bolsonaro. Para fazer essa denúncia e ao mesmo tempo construir alternativas, a Abrasco realiza mais uma Ágora Abrasco – ADAPS: caminho para a privatização da APS no SUS? – na próxima terça-feira, dia 16, com a participação da ABEn – Associação Brasileira de Enfermagem, da SBMFC – Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade e da Rede de Pesquisas APS/Abrasco.

Em novembro de 2019, por meio da Portaria 2.979, o Ministério da Saúde lançou uma nova política, batizada de “Previne Brasil”. Em oposição à construção de cerca de 25 anos de ações na Atenção Básica, a nova formulação modificou, entre outras questões, o modelo de financiamento. Antes com base de cálculo o número de moradores nas cidades e a quantidade de equipes de Estratégia Saúde da Família (ESF) organizadas, passaram a ser calculadas a partir do número de pessoas cadastradas nos serviços de saúde de APS e por resultados alcançados sobre um grupo selecionado de indicadores.

Junto com as mudanças no modelo de financiamento que, comprovadamente, estrangulam o princípio da universalidade do SUS, esvaziam a capacidade de acesso e coordenação do cuidado da APS e favorecem barreiras a determinados grupos populacionais, a portaria também estabeleceu uma Agência para o Desenvolvimento da Atenção Primária (Adaps). Em outubro passado,  cinco resoluções foram publicadas dispondo sobre o estatuto, o regimento interno, estrutura de cargos, regulamento para licitações e contrato de gestão. Criada como pessoa jurídica de direito privado, a Adaps poderá realizar a compra e a venda de serviços de saúde, tanto para indivíduos, grupos e/ou coletividades e regiões e entes federados, como a própria União, numa arquitetura claramente desenhada para atender o mercado da saúde e desmontar a prestação pública.Resistir e denunciar são ações fundamentais, bem como a construção de estratégias alternativas, o que destaca a importância dessa Ágora Abrasco.

Ágora Abrasco
Painel: ADAPS: caminho para a privatização da APS no SUS?
Data16/11 – terça-feira
Horário16 h

Convidadas:
Ligia Giovanella – Ensp/Fiocruz e Rede de Pesquisa APS
Zeliete Linhares Leite Zambon – Presidente da SBMFC
Sonia Acioli – Presidente da ABEn
Liane Righi – UFSM

Coordenação:
Rosana Onocko: FCM/Unicamp e Presidente da Abrasco

Notas Técnicas – preparação para a Agenda política estratégica para a APS no SUS

Para contribuir para elaboração da agenda política estratégica os integrantes do comitê gestor produziram 14 notas técnicas apresentadas e discutidas durante o 3º Seminário 2021 Rede APS realizado no dia 5 de novembro de 2021. Abaixo os documentos:

 

 

Atenção Primária: Seminário da Abrasco contribui com debate preparatório para a 17ª Conferência de Saúde

O presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Fernando Pigatto, pediu nesta sexta-feira (5/11), durante a terceira edição do seminário “Uma Agenda Estratégica Política e de Pesquisa para a APS no SUS”, para que o encontro seja considerado como atividade preparatória para a 17ª Conferência Nacional de Saúde, que será realizada de 2 a 5 de julho de 2023.

Pigatto foi um dos participantes do seminário desta sexta, que debateu a consolidação da Estratégia Saúde da Família como modelo de Atenção Primária à Saúde (APS) integral e de orientação comunitária representou um dos avanços mais significativos do SUS, enquanto política pública e sistema de saúde universal. Para o presidente do CNS, a consolidação da estratégia de saúde da família significou um dos mais importantes avanços do Sistema Único de Saúde (SUS) no país.

“Estamos em processo da 17º Conferencia Nacional de Saúde e gostaria de pedir que esse seminário já fosse considerado como etapa preparatória para a conferência”, disse Pigatto, que complementou.

“O tema dessa conferência é garantir direitos saúde, à vida e à democracia. O que está acontecendo neste seminário, sendo tratado aqui, contribui  para a gente saber o que aconteceu, mas principalmente para apontar caminhos de que amanhã vai ser outro dia”.

O seminário desta sexta foi organizado pela Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco). O propósito do encontro foi debater o desafios que envolvem a saúde pública, agravados pela atual crise sanitária, política e social, especialmente devido à pandemia da Covid-19. O professor Luiz Augusto Facchini, coordenador da Rede APS, que mediou o  seminário, defendeu o debate sobre o tema.

“É extremamente necessário que essa agenda seja discutida. A agenda da saúde da família é quase como um ato de resistência”, disse.

A 17ª Conferência Nacional de Saúde será precedida por etapas municipais, que deverão acontecer entre novembro de 2022 e março de 2023, e etapas estaduais e do Distrito Federal, que serão realizadas de abril a maio de 2023. Também devem acontecer diversas atividades preparatórias para a conferência nacional, como a 5ª Conferência Nacional de Saúde Mental (5ªCNSM), que será realizada em maio do ano que vem, e a 6ª Conferência Nacional de Saúde Indígena, ainda sem data prevista.

Veja  o seminário na íntegra

Foto: Everson Bressan/SMCS (foto de 2016, antes da Pandemia)

Ascom CNS – http://www.susconecta.org.br/atencao-primaria-seminario-da-abrasco-contribui-com-debate-preparatorio-para-a-17a-conferencia-de-saude/