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Arquivo Diário 24 de maio de 2012

Prorrogadas as inscrições para o XXVIII Congresso do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde

Prorrogadas as inscrições para o XXVIII Congresso do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde e o IX Congresso Brasileiro de Saúde, Cultura de Paz e Não Violência até segunda-feira, dia 28 de maio de 2012. As inscrições poderão ser realizadas na página eletrônica do Congresso, no  endereço: http://congresso.conasems.org.br/2012

A expectativa é reunir cinco mil participantes, entre gestores, técnicos, usuários e pesquisadores do SUS, para debater e mapear os desafios da saúde pública brasileira para os próximos anos.O Congresso do Conasems acontecerá entre os dias 11 e 14 de junho, no Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso, na capital alagoana. Para o presidente do Conasems, Antônio Figueiredo Nardi, a participação de todos é fundamental para o bom andamento do SUS nos municípios brasileiros. “O encontro é uma oportunidade para todos que vivem o Sistema Único de Saúde, pela diversidade de informações sobre as diretrizes e políticas do governo federal, estados e municípios, aplicadas atualmente no país. Presente nos debates, mesas, oficinas e palestras o gestor fica munido de conhecimento tem autonomia para apresentar soluções aos desafios impostos na saúde pública de sua cidade”, ressaltou o presidente. Pedro Madeiro, presidente do Cosems de Alagoas, acredita que Congresso em Maceió vai entrar para a história dos grandes eventos do Conasems. “Teremos a participação ativa do Ministério da Saúde, de autoridades de todas as esferas de governo, além dos secretários de saúde de todo o país, todos fazendo um importante debate sobre as políticas do SUS. Estamos honrados em sediar este Congresso em nossa capital e acreditamos que ele vai nortear muitos gestores sobre as boas práticas de saúde”, enfatizou. www.conasems.org.br

ENSP participa de Mostra de APS no Paraguai

Como marco do processo de implementação da Estratégia de Saúde da Família no Paraguai, foi realizada nesse país a I Mostra Nacional de Atenção Primária de Saúde. A ENSP, que participou dessa trajetória como parceira e assessora técnica, também esteve presente no encontro e expôs diversas experiências de sucesso, como o Território Integrado de Atenção à Saúde (Teias-Escola Manguinhos), o trabalho dos Agentes Comunitários de Saúde e boas práticas de Saúde da Família.Segundo a coordenadora da Cooperação Internacional da ENSP, Erica Kastrup, este movimento vivido no Paraguai teve início com a posse do presidente Fernando Lugo e da nova ministra da Saúde, Esperanza Martinez, em 2008. No âmbito da Unasul, Esperanza, que foi aluna da ENSP no curso de Especialização em Saúde Pública, solicitou ao então ministro da Saúde, Jose Gomes Temporão, apoio para implantar a Estratégia de Saúde da Família no Paraguai.A partir disso, a ENSP passou a dar assessoria técnica ao projeto já no ano de 2008, com apoio da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas/Brasil). Desde então, esta equipe técnica é coordenada pelo professor convidado da Residência Multiprofissional em Saúde da Família da ENSP/Fiocruz e coordenador da Residência e Internato em Medicina de Família e Comunidade da UFRJ, Carlos Eduardo Aguilera Campos.A I Mostra foi promovida pelo Ministério da Saúde e do Bem-Estar Social do Paraguai como resultado da implementação desta política de atenção primária em saúde. De acordo com Marília Araújo, representante da CCInt/ENSP no evento, o mais interessante é que a mostra foi organizada nos moldes de conferência e proporcionou um fórum para discussões locais e troca de experiências sobre a estratégia de saúde da família dentro da atenção primária. Por fim, cada região do país levou suas experiências para a mostra. “A mostra deu voz aos trabalhadores da Saúde Pública no país, algo nunca antes visto no Paraguai. Foi realizada em uma tenda aberta ao público, na principal praça da cidade. O Ministério está preocupado com a promoção da saúde, mas também com o fortalecimento da participação social”, explicou Marilia.“Tivemos a oportunidade de ver o resultado de um projeto que presenciamos o nascimento, apoiamos e participamos desde o começo: a implantação da Estratégia de Saúde da Família com base na experiência brasileira” revelou Erica, que completou dizendo que a mostra foi interessante, pois mostrou o sucesso dessa prática e apoiada pelo trabalho da ENSP no país, principalmente porque se tratou de um processo democrático em torno da implantação da Estratégia de Atenção Primária.Marília completou dizendo que, em 2008, eram apenas quatro pessoas trabalhando na atenção primária no Ministério e duas equipes de saúde da família. Hoje, eles têm 700 equipes atuando no país. “A ENSP esteve lá apresentando suas experiências como participante, pois agora eles já andam com as próprias pernas. E a atual preocupação é que este seja de fato um projeto de estado, de governo e não de governantes”.Dentre os participantes da ENSP estavam a coordenadora do Teias-Escola Manguinhos, Elyne Engstron, o médico do Centro de Saúde Escola Germano Sinval Faria da ENSP, Marcos Besserman, o enfermeiro da Clínica Victor Valla, Marcelo Costa, a agente de saúde, Wanessa Araújo Pereira, além de Marilia Araujo, da Coordenação de Cooperação Internacional, e a equipe de gestão do projeto, o coordenador Carlos Eduardo Aguilera Campos e as assessoras Ana Laura Brandão e Letícia Milena Silva.A Coordenadora do Teias-Escola Manguinhos, Elyne Engstron, destacou que a mostra foi uma oportunidade de troca de experiências e saberes, desde a forma de gestão compartilhada, a processos de trabalho e o dia a dia das equipes. “Vimos e nos emocionamos com o compromisso e disposição dos paraguaios de aprender com os acertos e erros da experiência brasileira e do Teias. E o relato da Equipe Consultório na Rua, com atenção aos usuários de álcool e drogas, foi muito requisitado, sendo esse um problema e talvez uma ferramenta de cuidado aplicável à realidade do Paraguai.”

Fonte site ENSP www.ensp.fiocruz.br

 

 

 

Workshop amplia debate sobre Comunidades de Prática e Saúde

A Escola de Saúde Pública (ESP-CE) realizou, em sua sede, o primeiro Workshop Internacional sobre Comunidades de Prática e Saúde. Durante os três dias de eventos, médicos, estudantes, servidores da saúde, agentes comunitários e da saúde da família, gestores hospitalares puderam aplicar a discussão do tema com a participação do antropólogo, pesquisador e mentor dos conceitos sobre Comunidades de Prática, Etienne Wenger (Califórnia, EUA), do pesquisador da Universidade de Montreal (Canadá), Francisco Antônio Loiola, do secretário de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde (SGTES) do Ministério da Saúde, Mozart Sales, entre outros.
Para Mozart Sales, é importante a experiência que a Escola de Saúde Pública do Ceará promoveu, ao trazer para o Ceará, especialistas internacionais para difundir essa técnica de Comunidade Práticas. “É a oportunidade para que eles possam aprofundar os seus conhecimentos e trocar experiências. A participação desses especialistas na discussão aqui no Ceará é fundamental, uma vez que essa técnica congrega o aprendizado dos profissionais de saúde, os usuários e comunidade em geral”, explicou.
Ainda segundo o representante do Ministério da Saúde, a partir da suas experiências, com a intervenção em seus territórios e acumulando o aprendizado ao longo dos anos, profissionais da saúde e comunidade poderão fazer uma interface completa aliando o conhecimento técnico aos valores culturais, história da comunidade, construindo de um raciocínio e um juízo de valor para a solução dos problemas daquela comunidade.
Para o pesquisador da Universidade de Montreal (Canadá), Francisco Antônio Loiola, a avaliação que ele faz do encontro em Fortaleza é bastante positiva. Segundo ele, as pessoas estão interessadas nessa estratégia de articulação. Na impressão dele, falta apenas um pouco dos fundamentos teóricos da proposta.
“Pelo que eu notei, conversando com os profissionais de Fortaleza, as pessoas estão muito dedicadas em discutir essa ideia que é muito antiga. O que se fez no workshop através do professor Etienne Wenger é dar um corpo teórico para algo que muito antigo: a troca de experiências. Isso as pessoas aprendem socialmente”, finaliza.
Para a superintendente da Escola de Saúde Pública do Ceará, Ivana Cristina Barrêto, o evento foi um importante espaço para aprofundar o debate com autoridades internacionais e nacionais, dando a oportunidade de profissionais, professores e estudantes da saúde e de outras áreas a compreendê-lo e aplicá-lo em sua prática diária. “A sua expectativa é que de agora em diante a discussão sobre o tema possa ser amplificado entre as comunidades e profissionais de saúde”, destacou.

www.saude.ce.gov.br

 

Brasil compartilha avanços em Atenção Básica na assembléia da OMS

O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, apresentou nesta quarta-feira as experiências do Brasil na gestão da Atenção Básica. A palestra foi realizada no terceiro dia da 65ª Assembleia Mundial da Saúde promovida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), e expôs o modelo brasileiro de assistência ativa por meio das Equipes de Saúde da Família (ESF). Na ocasião, China e Índia – países que integram o bloco dos Brics juntamente com Brasil, Rússia e África do Sul – também apresentaram seus progressos na área de assistência, com destaque para o acesso da população rural.
O secretário destacou os resultados positivos da adoção de um modelo ativo de atenção em que o sistema de saúde vai ao usuário. “Estudos mostraram que essa forma de acesso à atenção primária tem melhores resultados do que a forma mais tradicional de assistência – observou-se, por exemplo, a redução da mortalidade infantil e da hospitalização por doenças cardiovasculares e respiratórias”, pontuou Jarbas Barbosa.
Os dados do Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) destaca que a mortalidade infantil no Brasil reduziu praticamente pela metade (47%) na última década. Em 2000, 29,7 a cada mil crianças nascidas vivas não completavam o primeiro ano de vida. Em 2010, o índice reduziu para 15,6/1.000. O Brasil já alcançou os índices de redução definidos pelas metas dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, acordo internacional, que prevê uma taxa de mortalidade infantil de 15,7/1.000 nascidos vivos no país, para 2015, além de reforçar a política social que vem sendo conduzida pelo governo.
“O sucesso da estratégia Saúde da Família nos mostrou que essa é a melhor forma de dar à população brasileira acesso aos serviços de atenção primária. Por isso, tornou-se uma das prioridades do Ministério da Saúde consolidar este modelo junto às gestões municipais e estaduais, além de expandir a cobertura do programa” declarou o secretário.
Em 2003, o percentual de cobertura da população pelas equipes Saúde da Família era de 59,7%. E, desde 2010, o alcance supera os 100% da população alvo.
QUALIDADE – O Ministério da Saúde criou ainda no ano passado, o Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ), com objetivo de ampliar o acesso e melhorar o atendimento na Atenção Básica, garantindo aos serviços um padrão nacional de qualidade. O objetivo do programa, que integra a política Saúde Mais Perto de Você, é elevar os recursos para as Unidades Básicas de Saúde (UBS) que cumprem metas na qualificação do trabalho das equipes de saúde para incentivar um atendimento de maior qualidade.O secretário Jarbas Barbosa destacou a importância também de erradicar a oncocercose, doença infecciosa que atinge parte da população brasileira. Ressaltando a importância de uma atenção redobrada à população indígena. “Estamos dando uma atenção a mais para a população indígena, com destaque para os Yanomamis. Essa parcela da população é uma das mais vulneráveis a esta doença, explicou. Ele alega que o ministério está no caminho certo. “Estamos muito perto. É um desafio prioritário para o Brasil eliminar a circulação da oncocercose em seu território, bem como ajudar outros países a fazê-lo”, completou secretário.

 Fonte site MS www.saude.gov.br