Faça parte da rede aqui!
Fique por dentro das últimas notícias, eventos, debates e publicações científicas mais relevantes.

Arquivo Mensal agosto 2015

Programa Mais Médicos – Governo Federal oferta mais três mil novas bolsas de residência médica

Os profissionais graduados em Medicina terão mais oportunidades para se especializar. O governo federal anuncia nesta terça-feira (4) a criação de mais três mil bolsas de residência médica no país. Das novas vagas, 75% são para ampliar a formação de médicos especialistas em Medicina Geral de Família e Comunidade, que atuam mais perto da população. As regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste terão prioridade nas bolsas para corrigir o déficit histórico de profissionais nessas regiões. A medida integra o Programa Mais Médicos, voltado à expansão e à melhoria da formação médica.

Confira aqui a apresentação

Entre as bolsas criadas, duas mil serão financiadas pelo Ministério da Saúde e mil pelo Ministério da Educação. A oferta é feita por meio do Programa Nacional de Apoio à Formação de Médicos Especialistas em Áreas Estratégicas – Pró-Residência, que estimula a expansão de vagas da residência médica, com foco nas especialidades estratégicas para o Sistema Único de Saúde (SUS). As instituições interessadas em ampliar suas vagas poderão se inscrever entre 10 de agosto e 4 de outubro de 2015. Também foi autorizada a contratação de 880 professores para atuar nas universidades federais que abriram novas vagas nos cursos de Medicina ou que criaram novas faculdades.

Além das bolsas e das vagas docentes, as políticas voltadas à formação de profissionais especialistas ganham mais um impulso com a regulamentação do Cadastro Nacional de Especialistas, que reunirá informações de todos os médicos especialistas registrados no país. As diretrizes do banco inédito serão definidas em Decreto assinado pela presidenta Dilma Rousseff.

“A parceria entre Saúde e Educação tem sido expressiva para consolidar o nosso Sistema Único de Saúde. O Mais Médicos vai além de atender as pessoas, o programa tem outros dois eixos tão importantes, como a melhoria do SUS e a formação qualificadas dos novos profissionais de medicina. Com o andamento do programa, ja estamos conseguindo alguns indicadores como a redução da mortalidade infantil, mas queremos ampliar os impactos.” destacou a presidenta.

Previsto na Lei do Mais Médicos, o cadastro vai englobar as informações do Ministério da Educação, do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde, da Agência Nacional de Saúde Suplementar, da Associação Médica Brasileira e no Conselho Federal de Medicina. O principal objetivo é aprimorar o planejamento para formação e distribuição de novos especialistas, o que subsidiará a criação de novas políticas na área. Permite saber onde o médico se formou, qual sua especialidade e onde atua.

A universalização da residência médica integra as ações do Mais Médicos, que prevê, até 2018, para cada médico formado uma vaga de residência. Desde 2013, já foram autorizadas 4.742 vagas (38%) dentre as 12,4 mil previstas para formação de especialistas. Com as novas 3.000 vagas chega-se a 62% da meta. A ampliação das oportunidades para formação de médicos de família também cumpre à legislação do Programa que transformou a especialização nesta área em pré-requisito para a formação em outras especialidades.

IMPACTOS DO PROGRAMA – Também foi apresentado pelo Ministério da Saúde resultados dos avanços conquistados pelo Programa, que completa dois anos este ano. Dados inéditos da Rede Observatório do Programa Mais Médicos (14 instituições, incluindo 11 universidades) mostram que houve aumento de 33% no número de consultas realizadas nos municípios que participam do Mais Médicos, contra apenas 15% observado em cidades que não aderiram à ação.

Já a quantidade de internações em hospitais apresentou redução, o que aponta para a maior resolubilidade da Atenção Básica, de forma que muitos pacientes tiveram seu problema de saúde resolvido na Unidade Básica de Saúde sem necessidade de ir a um hospital. Nos municípios do Programa, entre 2013 e 2014, o número de internações caiu 4% a mais que nas demais cidades. Esse índice chegou a 8,9% nas cidades em que o Saúde da Família, com Mais Médicos, cobre mais de 36% da população. A expectativa é que em 2015 mais de 91 mil brasileiros deixem de ser internados.

Estudo da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe), encomendado pelo Ministério da Saúde, aponta que a melhoria dos serviços também foi sentida pela própria população e pelos gestores locais. Entre os 14 mil entrevistados em 2014, 55% deram nota 10 ao Programa Mais Médicos, e a média geral foi 9. Além disso, 85% disseram que a qualidade do atendimento médico está melhor ou muito melhor, 87% apontaram que a atenção do profissional durante a consulta melhorou e 82% afirmaram que as consultas passaram a resolver melhor os problemas de saúde. Os gestores deram nota 8,4 para a assistência à saúde em seus municípios e 91% acharam que os serviços melhoraram.

Para o ministro da Saúde Arthur Chioro “O Programa é o resultado da consolidação de uma política de estado. Após 27 anos da criação do SUS, estamos conseguindo garantir o direito a atenção básica para todos os brasileiros. São 63 milhões de brasileiros beneficiados com o Mais Médicos e 134 milhões com atendimento básico em todo o país. Essa presença dos profissionais já traz resultados, com aumento do número de consultas e redução das internações nos municípios com médicos do programa.”

A infraestrutura na Atenção Básica também mostrou avanços significativos: 91% dos municípios do Brasil receberam repasse de recursos do Ministério da Saúde para construir novas UBS e qualificar a rede de unidades existentes através de obras de reforma e ampliação. Do total de 38 mil UBS avaliadas pelo Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ), ou seja, mais de 90% do total de unidades do Brasil, 71% passaram ou estão passando por obras de qualificação, sendo 77% com financiamento do Governo Federal.

QUALIDADE NA FORMAÇÃO – Também foram lançadas diretrizes para orientar as relações entre escolas de Medicina e gestões locais e estaduais do SUS, de modo a garantir a qualidade das atividades práticas de ensino executadas nos serviços de saúde. Essas relações serão formalizadas por meio do Contrato Organizativo de Ação Pública Ensino-Saúde (COAPES), como parte das ações do Mais Médicos para viabilizar as mudanças no ensino da Medicina no país. As regras foram definidas em Portaria, após consulta pública que recebeu 125 contribuições dos cidadãos e setores interessados.

O Mais Médicos prevê que os estudantes de Medicina deverão cursar pelo menos 30% do internato – parte prática do curso – na Atenção Básica e nos serviços de urgência e emergência do SUS. A iniciativa também está expandindo a formação médica no país. Dentre as 11,4 mil vagas de graduação que serão criadas até 2017, 5.306 (46%) já foram autorizadas em 82 municípios, dos quais 27 não tinham graduação em medicina. Além disso, estão em curso editais para criar outras 4.447 vagas em universidades privadas em 63 cidades que não são capitais e não possuem faculdades de medicina.

“O Brasil, com base em critérios técnicos, está fazendo a expansão dos cursos de medicina com qualidade. A ampliação de vagas é um momento fundamental no programa e deve ser visto como uma ação estruturante para a educação médica. Juntamente com a chegada de médicos, as políticas do governo para a formação de mais médicos vão atender ao objetivo de longo prazo” finalizou o Ministro da Educação, Renato Janine.

Nota publicada site MS – http://portalsaude.saude.gov.br/

O que ocupa os médicos de família portugueses?

O presente estudo, multicêntrico e de grande dimensão, focaliza a situação de Portugal, país em que a atenção primária à saúde ou Medicina de Família vem assumindo grande importância. Ele tem caráter pioneiro, ao caracterizar e quantificar a diversidade de tarefas executadas pelos Médicos de Família, em processo realizado por observadores externos. Mostram-se evidências de que a carga de trabalho extra, em relação às consultas presenciais tradicionais, ocuparia quase a quarta parte das tarefas diárias de tais profissionais.

O-QUE-OCUPA-OS-MÉDICOS-DE-FAMÍLIA

Governo Federal apresenta balanço do Programa Mais Médicos

O Ministério da Saúde, juntamente com o Ministério da Educação, apresenta, nesta terça-feira (4/8), em Brasília, balanço de dois anos do Programa Mais Médicos. Além dos resultados, também serão divulgadas as próximas etapas da iniciativa.

A cerimônia em comemoração aos dois anos do Mais Médicos será transmitida ao vivo pela TV NBR, Web Rádio Saúde (webradio.saude.gov.br/radio) e pelo Twitter @minsaude.

Celebração de 2 anos do Programa Mais Médicos 
Data: 4 de agosto (terça-feira)
Horário: 11h
Local: Salão Nobre, 2º andar, Palácio do Planalto – Brasília/DF

Pesquisa com 65 mil participantes define o último Retrato da Atenção Básica

 

Já está disponível on-line o último Retrato da Atenção Básica. A publicação é resultado da coleta de dados da terceira etapa da avaliação externa do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (Pmaq – AB). Assim, o Departamento de Atenção Básica (DAB) torna públicos os resultados do primeiro ciclo do Pmaq-AB, a partir de um conjunto de relatórios temáticos, com base na avaliação das equipes no programa.

A produção do material contou com a parceria de 45 instituições de ensino e pesquisa (IEPs) brasileiras de reconhecida experiência em pesquisas avaliativas. Foram realizadas 65.391 entrevistas com cidadãos brasileiros que utilizam os serviços de saúde ofertados pelas equipes de Atenção Básica que aderiram ao primeiro ciclo do programa, que teve início em 2011 e foi concluído em 2013, obtendo a adesão de 17.482 equipes de saúde do Brasil.

A divulgação dos resultados do primeiro ciclo do Pmaq-AB inicia-se com o relatório referente à Satisfação do Usuário da Atenção Básica, dividido em dois volumes. O primeiro está relacionado ao acesso aos serviços, ações de saúde e participação do usuário, enquanto o segundo aborda os programas e as redes prioritárias do Ministério da Saúde (MS).

A publicação do relatório faz parte das ações do MS para garantir a transparência dos resultados alcançados, a participação e o controle social. Além de promover a responsabilidade sanitária dos trabalhadores e gestores de saúde com a melhoria das condições de saúde e a satisfação dos usuários, o relatório permite o acompanhamento das ações e dos resultados do Pmaq-AB pela sociedade.

O objetivo da divulgação do material, portanto, é auxiliar e subsidiar gestores e trabalhadores da Saúde no planejamento de ações e nas reflexões de seus processos de trabalho, contribuindo assim para o fortalecimento da Atenção Básica, no seu papel protagonista de produção e gestão do cuidado integral em rede.

As publicações já estão disponíveis no site do DAB:

Retratos da Atenção Básica nº 1 – Satisfação dos Usuários da Atenção Básica / Volume 1 – Acesso aos Serviços, Ações de Saúde e Participação do Usuário

Retratos da Atenção Básica nº 1 – Satisfação dos Usuários da Atenção Básica / Volume 2 – Programas e Redes Prioritárias do Ministério da Saúde

 

Fonte site DAB/MS – http://dab.saude.gov.br/portaldab/

Consumo de frutas e hortaliças e as condições de saúde de homens e mulheres atendidos na atenção primária à saúde

Estudo transversal com o objetivo de analisar as associações entre as condições de saúde e a inadequação do consumo de frutas e hortaliças (FH) de 1.255 homens e mulheres atendidos em Unidades Básicas de Saúde de Belo Horizonte (MG). A coleta de dados contemplou o consumo de FH, a situação socioeconômica e as condições de saúde. Os resultados foram apresentados em razão de prevalência (RP) e intervalo de confiança de 95% (IC 95%). Verificou-se 77,5% (IC 95%: 75,1%-79,8%) de inadequação do consumo de FH (< 5 porções diárias) e esta foi superior entre os homens (83,8%, IC 95%: 79,0%-88,5% vs. mulheres: 76%, IC 95%: 73,4%-78,6%). Para as mulheres, o consumo inadequado de FH foi maior entre aquelas com percepção muito ruim da qualidade de sua saúde (RP: 1,37; IC 95%: 1,19-1,59) e entre as que consideraram a sua alimentação não saudável (RP: 1,15; IC 95%: 1,07-1,24). Para os homens, o consumo inadequado de FH foi superior entre os que referiram de 2 a 4 visitas ao médico no ano anterior à entrevista (RP: 1,21; IC 95%: 1,06-1,37). Concluiu-se que o consumo de FH na amostra encontra-se aquém das recomendações e que as condições de saúde se associaram de maneira distinta entre os sexos.

Autor: Marina da Silva Oliveira 1 Leysse Náthia Lourenço Lacerda 1 Luana Caroline dos Santos 1 Aline Cristine Souza Lopes 1 Ana Maria Chagas Sette Câmara 1 Hans-Joachim Karl Menzel 1 Paula Martins Horta 1

 

Artigo – artigo

Artigo publicado na Revista Ciência & Saúde Coletiva – http://www.abrasco.org.br/site/revistas/revista-ciencia-saude-coletiva/

Plataforma de Conhecimento do Programa MM: Uma rápida leitura sobre o publicado em revistas de divulgação científica.

Conhecer e debater o que está sendo publicado em revistas de divulgação científica em torno ao Programa Mais Médico é mais que um exercício acadêmico, é parte da própria política e da natureza da autoridade pública que necessita avaliar os resultados e a sustentabilidade de suas ações. Além disso, a política de saúde está feita de conhecimentos, argumentos e palavras e a discussão pública informada “mobiliza o conhecimento, a experiência e o interesse de muitas pessoas” podendo “produzir resultados que estão mais além dos métodos autoritários ou tecnocráticos de elaboração e operação das políticas” (Aguilar L. 2000:36). O diálogo permanente entre os produtores do conhecimento científico, os gestores e trabalhadores da saúde e a comunidade usuária dos serviços de saúde é hoje parte da agenda setorial que tem promovido a construção de redes colaborativas e observatórios com o claro propósito de produzir evidência que permitam entender como se comportam efetivamente os programas, se os resultados são os esperados, como melhorá-los e explicitar as diferentes e múltiplas avaliações que se pode fazer em torno a uma política ou programa.

Neste sentido, a organização do acervo de publicações em torno ao programa MM resultante de uma ação conjunta entre OPAS Brasil, a Rede de Pesquisa em Atenção Primaria a Saúde da ABRASCO e o Ministério da Saúde Brasil é parte estratégica da própria política pública para “remover de forma progressiva obstáculos e ataduras do pensar e do fazer social” (Idem:29).

Nessa perspectiva o acervo foi pensando para:

  1. Abarcar o maior número possível de teses, artigos, livros, capítulos de livros, documentos, apresentações em seminários realizadas no território nacional e fora do Brasil,
  2. Ser um polo aglutinador de informação de qualidade sobre o Programa “Mais Médicos”,
  3. Garantir a transparência dos resultados das pesquisas,
  4. Socializar o conhecimento,
  5. Um serviço à comunidade acadêmica, gestores, trabalhadores da saúde e de todos interessados nos resultados do programa MM.

A proposta é construir o acervo em duas etapas. A primeira inicia com o surgimento das primeiras publicações em torno ao Programa com um critério de seleção o mais amplo possível. Foram incluídos estudos publicados em base de dado bibliográficas informatizadas -Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde- LILACS; Scientific Electronic Librry Online –Scielo, e google acadêmico-, utilizando “Programa Mais Médicos” como descritores  em português e seu correlato em inglês e espanhol. Também pesquisamos no Banco de teses da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior- CAPES. O critério de inclusão foi o programa propriamente dito e neste sentido foram incluídos estudos empíricos, ensaios conceituais e de revisão quando especificamente dirigidos a dialogar com o programa, e trabalhos de opinião sobre este.

Até o momento temos identificado entre teses, artigo de revista, apresentações em congressos, informe ou documentos de pesquisa e livros um total de 90 títulos. As teses são principalmente de bacharelato, especialização e mestrado. Os artigos em sua grande maioria são de opinião, ou editorias, ou de revisão conceitual ou das políticas implementadas pelo governo brasileiro para dar conta do problema da má distribuição dos médicos.

Consideramos que, a partir do segundo semestre, o acervo entra em sua segunda fase e que coincide como o início da publicação dos resultados dos trabalhos de pesquisa com foco direto no Programa Mais Médicos. Espera-se que aumente o número de teses de doutorado e o fluxo de informação e que seja então possível passar a uma fase de especialização do acervo, com uma definição mais fina com referência aos temas e questões mais afins ao programa e de interesse dos atores envolvidos. Também de definição de formato, classificação e linguagem para armazenar e para divulgar. Consideramos que a partir de este momento teremos uma vigorosa atividade de publicação dos resultados de pesquisa que retroalimentará o debate poderá oferecer evidencias e experiências, constituindo assim em mais um resultado –indireto- do Programa Mais Médicos.

Inscreva sua pesquisa ou visite o nosso acervo na página da Rede

http://www.rededepesquisaaps.org.br/mais-medicos/

 

Raquel Abrantes Pego- Consultora OPAS/OMS – Brasil

Referencia Bibliográfica.

Aguilar Luis F. 2000. Estudio Introductorio. Em: Evidencia, argumentación y persuasión en la formulación de políticas de Giandomenico Majone. Colegio Nacional de Ciencias Políticas y Administración Pública, Fondo de Cultura Económica, México.