Faça parte da rede aqui!
Fique por dentro das últimas notícias, eventos, debates e publicações científicas mais relevantes.

Arquivo Mensal junho 2021

Saúde em Territórios de Fronteira será o tema do encontro do dia 7/07 às 19h

Os profissionais de saúde que trabalham na Atenção Primária precisam lidar com demandas agudas, condições crônicas, ações de promoção e prevenção à saúde, cuidados paliativos, saúde mental e outras situações que requerem atenção. Os que trabalham em regiões de fronteiras o trabalho torna-se mais complexo, precisam lidar com outras culturas, com problemas de saúde que ocorrem nos países fronteiriços e que não fazem parte do seu território.

O encontro Saúde em Territórios de Fronteira abordará os aspectos políticos e sanitários das fronteiras, a vigilância em saúde e organização da atenção à saúde na fronteira.

Também reforça a importância da participação dos profissionais da enfermagem na pesquisa sobre as “Estratégias de enfrentamento à pandemia da Covid-19, conhecimentos, percepções e condições de trabalho e saúde dos profissionais de enfermagem na APS nas cidades-gêmeas nacionais”.
O evento terá certificação mediante inscrição na hora.

📆 07 de julho de 2021
🕖19h
📌 youtube.com/UnasusUFPEL

Programa PACK Brasil Adulto- Ferramentas para profissionais de saúde

O Programa PACK Brasil tem o prazer de disponibilizar gratuitamente para uso de profissionais de saúde da APS/AB os ebooks do PACK Brasil Adulto e do suplemento PACK Brasil Adulto COVID-19.

O PACK é uma ferramenta point-of-care para ser usada na avaliação e manejo do paciente na APS. Todas as recomendações encontradas nesse guia estão baseadas em evidências científicas robustas e alinhadas aos protocolos nacionais.

O PACK é um programa de melhoria dos sistemas de saúde projetado para apoiar o trabalho dos profissionais de saúde da atenção primária, fortalecendo os serviços de saúde nos quais eles funcionam e, assim, alcançam os melhores resultados possíveis para o paciente. Além do guia, o Programa PACK engloba uma estratégia de treinamento para os profissionais de saúde.

Ele é desenvolvido pela Knowledge Translation Unit da University of Cape Town Lung Institute.

No Brasil ele é representado pela Fundação PROAR e vem sendo adaptado e implementado pela Secretaria Municipal de Saúde de Florianópolis.

Mais informações sobre o Programa PACK: https://knowledgetranslation.co.za/

 Acesse os ebooks em: bit.ly/programapackbrasil

Coleção COVID-19 – Coletânea de artigos

O Conass e Organização Pan-Americana de Saúde lançaram a Coleção Covid-19, uma coletânea de artigos preparados por integrantes de diversas áreas do conhecimento para discutir as lições, perspectivas e efeitos da pandemia para o SUS e para o País.

Dividida em seis volumes, a obra aborda desde as respostas à pandemia, os desacertos e as implicações jurídicas até o impacto social provocado pela doença, que enfrenta agora um recrudescimento no País.

Para fazer essa ampla reflexão, foram convidados mais de 190 autores. Na lista, encontram-se ex-ministros da Saúde, parlamentares, juízes, professores, jornalistas, representantes de órgãos de controle e integrantes de instituições internacionais.

Os textos produzidos pelos colaboradores da Coleção Covid-19 foram respeitados na íntegra. “As análises representam um valioso instrumento para analisar a pandemia sob seus mais variados aspectos e certamente vão auxiliar a gestão estadual do SUS na tomada de decisão”, afirmou o presidente do Conass, Carlos Lula.

No primeiro volume, foram reunidos textos que abordam os principais temas relacionados à pandemia. O leitor encontra as reflexões sobre as desigualdades no Brasil no período da pandemia, a análise sobre a política de isolamento e suas consequências político-sanitárias e um mergulho no projeto Inumeráveis, uma homenagem à memória das vítimas de Covid-19.

O segundo volume traz um olhar mais aprofundado sobre a perspectiva do Planejamento e Gestão. Textos ali reunidos analisam medidas não farmacológicas, comitês científicos, as contribuições da pesquisa e da geração de evidências, além de  instrumentos de planejamento na área da saúde pública.

O terceiro volume é dedicado à discussão sobre as competências e regras a que se submetem os entes federados e as diferentes instituições. Também são analisadas as estratégias de saúde digital e da comunicação em saúde, a transparência de informações e as transferências de recursos federais para Estados. Entre os  temas abordados estão a requisição administrativa em tempos de pandemia e regulação sanitária.

Profissionais de saúde e cuidados primários são os temas centrais do quarto volume da coleção. Os textos trazem reflexões sobre as questões relacionadas à qualidade do cuidado, atenção primária, além da atenção dedicada para pessoas com diabetes, gestantes, idosos e indígenas, o ordenamento do SUS e a planificação.

Os 21 artigos do quinto volume são dedicados ao acesso e cuidados especializados. Autores ali reunidos fazem reflexões sobre a saúde pública e privada em tempos de pandemia, sobre o cuidado do paciente e a atenção hospitalar, telemedicina, a atuação das comissões de controle de infecção hospitalar, medidas paliativas e as diretivas antecipadas de vontade.

O sexto volume reúne artigos dedicados a uma reflexão sobre as lições aprendidas e com perspectivas. Questões ambientais, urbanas, os desafios da Vigilância Sanitária e aprendizados de outros países que, a exemplo do Brasil, têm sistema de saúde pública universal.  É abordada também a relação entres saúde pública e privada e a atenção especializada.

Quando a coleção começou a ser organizada, em agosto de 2020, a expectativa era a de que, na ocasião do lançamento, os indicadores da doença já estivessem em pleno declínio. Essa esperança, no entanto, não se concretizou. Dados mostram que a pandemia está num patamar alto e neste momento, as atenções se voltam para efetividade das vacinas. Diante deste panorama, organizadores não descartam futuros complementos para a coleção.

Acesse gratuitamente na Biblioteca Digital do Conass.

Iniciativa global HEARTS nas Américas

A iniciativa global HEARTS é liderada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e envolve vários atores mundiais, incluindo os Centros para Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) e a Iniciativa Resolve to Save Lives, entre outros. O Departamento de Doenças Não Transmissíveis e Saúde Mental da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) lidera a implementação da HEARTS nas Américas, garantindo que as ações de implementação estejam alinhadas às prioridades estratégicas da Região, particularmente com a resolução da cobertura universal de saúde, o fortalecimento dos sistemas de saúde com base na atenção primária e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável para 2030, especificamente aqueles relacionados à prevenção e controle de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT).

HEARTS nas Américas é uma iniciativa dos países da região, liderada pelos Ministérios da Saúde com a participação de atores locais e a cooperação técnica da OPAS. A iniciativa busca se integrar de forma contínua e progressiva aos serviços de saúde já existentes para promover a adoção das melhores práticas globais na prevenção e controle de doenças cardiovasculares e melhorar o desempenho dos serviços por meio de um melhor controle da hipertensão e da promoção de prevenção secundária com ênfase na atenção primária à saúde. A HEARTS está sendo implementada e expandida em 12 países da Região para incluir 371 centros de saúde que implementam a iniciativa – juntos, esses países cobrem aproximadamente 6 milhões de adultos em suas respectivas áreas de abrangência. 

Acesse – https://www.paho.org/pt/hearts-nas-americas

 

Financiamento do SUS e garantia dos direitos -Orientação técnica e produção de dados na garantia de direitos no contexto da pandemia Covid-19

Esta publicação produzida pelo LASCOL-Unifesp merece leitura cuidadosa, e além de apontar os problemas encontrados, apresenta diversas recomendações valiosas para encontramos o rumo correto em defesa do SUS e da vida dos brasileiros. Ele é fruto de uma cooperação entre Universidade Pública e Ministério Público para a garantia de direitos. Esperamos que sua divulgação colabore para as ações de procuradores, congressistas, juízes, mídia e sociedade organizada para reverter o quadro apresentado. Ou salvamos o SUS, as Universidades e a Ciência no Brasil ou passaremos por um longo período de trevas. Novas primaveras virão, mas neste caso, precisamos agir, elas não serão trazidas apenas pelo ciclo natural da vida.

Autores:

Pesquisadores Arthur Chioro (coordenador) Bruno Moretti (bolsista) Jorge Harada Larissa Maria Bragagnolo Lumena Almeida Castro Furtado Mariana Alves Melo (bolsista)

Alunos de doutorado Ana Paula Menezes Sóter (bolsista) Andre Luiz Bigal Elaine Maria Giannotti (bolsista) Luis Tofani

Alunos de graduação (EPM) Daniele Vieira Passos (bolsista) Deize Graziele Conceição Ferreira Feliciano Fernanda Souza Lopes de Camargo (bolsista) Gabriela Rodrigues da Silva (bolsista) João Vitor Chau Bernardino

ebook- ebook

Vacinação contra Covid-19 na gravidez e no pós-parto: evidências disponíveis

Inicialmente, como medida de precaução padrão, as mulheres grávidas e que estão amamentando foram excluídas dos estudos de fase III das vacinas contra Covid-19. Porém, isso ocasionou limitadíssimos dados sobre a eficácia e segurança desses imunobiológicos nessa população. (Brillo et al., 2021)

Segundo os dados disponíveis, as mulheres grávidas não apresentam maior susceptibilidade à infecção por Covid-19 do que a população em geral e a maioria das gestantes infectadas com o vírus apresentam casos leves e moderados. No entanto, estudos apontam que a gravidez é um fator de risco para Covid-19 grave (Vousden et al., 2021; Martinez-Portilla et al., 2021; Zambrano et al., 2020). Além disso, mulheres grávidas com Covid-19 apresentam maior risco de parto prematuro do que grávidas sem Covid-19. Portanto, esta população precisa ser considerada no processo de vacinação contra Covid-19, (CDC, 2021; Brillo, 2021), mas a pouca evidencia disponível sobre a segurança e eficácia das vacinas nas gestantes dificulta essa decisão.

Diversas agências governamentais de saúde pública, agências reguladoras de medicamentos e organizações de saúde de diferentes países e regiões do mundo (OMS, CDC, FDA, Comitê Conjunto de Vacinação e Imunização – JCVI do Reino Unido, dentre outras) coincidem atualmente em que apesar da limitada quantidade de dados clínicos para análise nessa população, grande parte das vacinas é recomendada nas mulheres grávidas, quando os benefícios superam os riscos potenciais. Segundo as evidencias atuais, o único risco teórico para o feto poderia estar associado a vacinas vivas, no entanto, nenhuma das vacinas aprovadas até agora contra a Covid-19 são desse tipo. (CDC, 2021; Brillo et al., 2021; OMS, 2021a).

A vacina de Pfizer-BioNTech e a vacina de Moderna são baseadas em RNA mensageiro, que se degrada em poucos dias e não afeta o DNA do receptor, portanto não causa alterações genéticas. A vacina de Oxford-AstraZeneca, a de Janssen, e Sputnik V usam um vetor de adenovírus. A vacina de Janssen usa o mesmo vetor de outras vacinas, por exemplo contra o Ebola, que já foram utilizadas em grande escala em mulheres grávidas e não foram encontrados resultados adversos para o recém-nascido associados à vacinação (CDC, 2021; Brillo et al., 2021). A vacina de Sinopharm é uma vacina inativada com um coadjuvante já utilizado em outras vacinas e que tem um perfil de segurança adequado em mulheres grávidas. (OMS, 2021a).

Os estudos de toxicologia do desenvolvimento e da função reprodutiva (DART sigla em inglês) realizados em animais com a vacina de Pfizer-BioNTech COVID-19 não mostraram efeitos nocivos na gravidez. Estudos DART preliminares em animais com as vacinas de Moderna, Janssen e Oxford-AstraZeneca também não mostraram efeitos prejudiciais na gestação. (OMS, 2021; Brillo, 2021; CDC, 2021)

Segundo os dados disponíveis, não se esperaria nenhum efeito adverso específico para mulheres grávidas. Unicamente, poderiam se esperar os efeitos já observados em não grávidas. Além disso, estudos que acompanharam casos de gravidez acidental em mulheres vacinadas como parte dos ensaios clínicos das vacinas Pfizer-BioNTech, Moderna e Oxford-AstraZeneca não encontraram diferenças nas taxas de aborto espontâneo entre as mulheres vacinadas e as que receberam placebo. (FDA, 2020; 2020a; MHRA, 2020).

Atualmente estão em desenvolvimento diferentes estudos observacionais e ensaios clínicos em grávidas com diferentes vacinas contra Covid-19. (Brillo, 2021; CDC, 2021). Os resultados preliminares de um estudo que usou os dados de sistemas de vigilância ativa e passiva administrados pelo CDC e pela FDA não encontraram sinais de afetações de segurança associadas as vacinas entre as gestantes que receberam vacinas de Pfizer ou Moderna (Shimabukuro et al., 2021; CDC, 2021). Um estudo de coorte prospectivo (publicado em preprint) realizado com 131 pessoas em idade reprodutiva (84 grávidas, 31 lactantes e 16 não grávidas) que receberam a vacina (de Pfizer ou de Moderna) encontrou que as vacinas de ARNm contra Covid-19 usadas geraram imunidade humoral em mulheres grávidas, lactantes e não grávidas e não foi observada nenhuma diferença nas reações adversas entre os três grupos (Gray et al., 2021)

No que diz respeito às mulheres que estão amamentando, o que se sabe pela experiência com outras vacinas é que a eficácia não teria diferença nenhuma ao restante da população. Além disso, não existiria um mecanismo biológico plausível pelo qual as vacinas aprovadas afetariam o recém-nascido. Por outro lado, em alguns estudos foram encontrados anticorpos contra SARS-CoV-2 no leite materno, que poderiam gerar imunidade passiva nos bebês. Esses resultados são promissores, mas outras pesquisas precisam ser desenvolvidas para verificar isso. (Beharier et al., 2021; Gray et al., 2021; Pace et al., 2021).

De acordo com a informação disponível diferentes agências recomendam o uso das vacinas contra Covid-19 em mulheres grávidas e que estão amamentando, quando os benefícios superem os riscos potenciais da vacinação, seguindo os critérios do plano de imunização de cada local e levando em conta a informação disponível para avaliar a segurança de cada vacina: características e mecanismo de ação das vacinas; dados de segurança obtidos nos ensaios clínicos realizados na população não grávida, nos estudos realizados em animais, dos casos de gravidez acidental nos ensaios clínicos, dos estudos realizados a partir dos dados de sistemas de vigilância e estudos observacionais. (Brillo et al., 2021). O CDC (2021) recomenda às mulheres grávidas e aos profissionais da saúde levar em conta, além dessas evidencias, o risco de exposição ao Covid-19, os riscos de doenças graves e os benefícios conhecidos da vacinação.

No Brasil, após um caso de evento adverso grave possivelmente associado à aplicação da vacina AstraZeneca/Oxford/Fiocruz em uma gestante, o Programa Nacional de Imunizações orientou interromper a imunização de gestantes e puérperas com essa vacina. Além disso, recomendou a interrupção da vacinação a gestantes e puérperas sem fatores de risco. As gestantes e puérperas com fatores de risco poderão ser vacinadas com os outros imunobiológicos disponíveis no país (Sinovac/Butantan ou Pfizer/Wyeth). (Brasil, 2021). A decisão de restringir o acesso às vacinas contra Covid-19 unicamente para gestantes com fatores de risco foi uma recomendação de precaução feita inicialmente (dezembro 2020 – janeiro 2021) por algumas agências de saúde pública internacionais, como a OMS e o Comitê Conjunto de Vacinação e Imunização JCVI do Reino Unido, mas já foi deixada de lado por considerar que isso poderia deixar as gestantes em desvantagem pelo acesso limitado às vacinas (Brillo, 2021). Atualmente, agências como o JCVI do Reino Unido e a Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia (FIGO), dentre outras, recomendam oferecer as vacinas (preferencialmente de Pfizer e Moderna) a mulheres grávidas e puérperas no mesmo momento que as pessoas não grávidas, de acordo ao grupo de idade ou priorização. (Gov.uk, 2021, Brillo, 2021)

Por: Diana Ruiz, doutoranda que contribui com a Rede APS e revisado pela Dra. Claunara S. Mendonça (UFRGS/GHC).

 

Referências

Beharier et al. Efficient maternal to neonatal transfer of antibodies against SARS-CoV-2 and BNT162b2 mRNA COVID-19 vaccine. J Clin Invest. 2021. Disponível em: https://doi.org/10.1172/JCI150319 Acesso: 03.06.2021

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis. Coordenação-Geral do Programa Nacional de Imunizações. NOTA TÉCNICA Nº 651/2021-CGPNI/DEIDT/SVS/MS. 19 may 2021. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/media/pdf/2021/maio/19/nota-tecnica-651-2021-cgpni-deidt-svs-ms.pdf  Acesso: 03.06.2021

Brillo et al. COVID-19 vaccination in pregnancy and postpartum. The Journal of Maternal-Fetal & Neonatal Medicine. 16 May 2021. Disponível em: https://doiorg.ezproxy.unal.edu.co/10.1080/14767058.2021.1920916 Acesso: 03.06.2021

CDC Centers for Disease Control and Prevention. COVID-19 Vaccines While Pregnant or Breastfeeding. 14 may 2021. Disponível em: https://www.cdc.gov/coronavirus/2019-ncov/vaccines/recommendations/pregnancy.html Acesso: 03 may 2021

FDA US. United States Food and Drug Administration Pfizer-BioNTech COVID-19 vaccine (BNT162, PF-07302048). Vaccines and related biological products advisory committee briefing document. 10 dez 2020; Disponível em: https://www.fda.gov/media/144246/download Acesso: 03.06.2021

FDA US United States Food and Drug Administration. Moderna COVID-19 vaccine. Vaccines and related biological products advisory committee briefing document. 17 dez 2020; Disponível em: https://www.fda.gov/media/144434/download Acesso: 03.06.2021

Gov.uk. Promotional material COVID-19 vaccination: a guide for all women of childbearing age, pregnant or breastfeeding. Public Health England. 19 may 2021. Disponível em: https://www.gov.uk/government/publications/covid-19-vaccination-women-of-childbearing-age-currently-pregnant-planning-a-pregnancy-or-breastfeeding/covid-19-vaccination-a-guide-for-women-of-childbearing-age-pregnant-planning-a-pregnancy-or-breastfeeding Acesso: 03.06.2021

Gray et al. COVID-19 vaccine response in pregnant and lactating women: a cohort study. MedRxiv CSH BMJ Yale. Disponível em: https://doi.org/10.1101/2021.03.07.21253094. Acesso: 03.06.2021

Martinez-Portilla et al. Pregnant women with SARS-CoV-2 infection are at higher risk of death and pneumonia: propensity score matched analysis of a nationwide prospective cohort (COV19Mx). Ultrasound Obstet Gynecol. 2021;57(2):224–231. Disponível em: DOI: 10.1002/uog.23575 Acesso: 03.06.2021

MHRA Medicines and Healthcare products Regulatory Agency. Public assessment report authorisation for temporary supply. COVID-19 vaccine AstraZeneca, solution for injection in multidose container COVID-19 vaccine (ChAdOx1-S [recombinant]). Disponível em: https://assets.publishing.service.gov.uk/government/uploads/system/uploads/attachment_data/file/963928/UKPAR_COVID_19_Vaccine_AstraZeneca_23.02.2021.pdf Acesso: 03.06.2021

OMS. The Sinopharm COVID-19 vaccine: What you need to know. 10 may 2021a. Disponível em:

 https://www.who.int/news-room/feature-stories/detail/the-sinopharm-covid-19-vaccine-what-you-need-to-know Acesso: 03.06.2021

OMS. Recomendaciones provisionales para utilizar la vacuna contra la COVID-19 elaborada por Pfizer y BioNTech, BNT162b2, en el marco de la lista de uso en emergencias. Orientaciones provisionales. 8 jan 2021. Disponível em: https://apps.who.int/iris/handle/10665/338849 Acesso: 11.06.2021

Pace RM, Williams JE, Järvinen KM, et al. Characterization of SARS-CoV-2 RNA, antibodies, and neutralizing capacity in milk produced by women with COVID-19. mBio. 2021;12(1):20. Disponível em: https://doi.org/10.1128/mBio.03192-20 Acesso: 03.06.2021

Peng S, Zhu H, Yang L, et al. A study of breastfeeding practices, SARS-CoV-2 and its antibodies in the breast milk of mothers confirmed with COVID-19. The Lancet Regional Health Western Pacific. 2020;4:100045. Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.lanwpc.2020.100045 Acesso: 03.06.2021

Shimabukuro et al. Preliminary Findings of mRNA Covid-19 Vaccine Safety in Pregnant Persons. The New England Journal of Medicine. 21 abr 2021. Disponível em: DOI: 10.1056/NEJMoa2104983 Acesso: 03.06.2021

Vousden et al. The incidence, characteristics and outcomes of pregnant women hospitalized with symptomatic and asymptomatic SARS-CoV-2 infection in the UK from March to September 2020: A national cohort study using the UK Obstetric Surveillance System (UKOSS). PLoS ONE 2020, 16(5): e0251123. Disponível em: https://doi.org/10.1371/journal.pone.0251123 Acesso: 03.06.2021

Zambrano et al. Update: characteristics of symptomatic women of reproductive age with laboratory-confirmed SARS-CoV-2 infection by pregnancy Status – United States, January 22–October 3, 2020. MMWR Morb Mortal Wkly Rep. 2020;69(44):1641–1647. Disponível em: DOI: 10.15585/mmwr.mm6944e3. Acesso: 03.06.2021

Luto: perdemos Antônio Ivo

Colegas é uma lástima a perda de Antonio Ivo, amigo querido, profissional competente e parceiro dedicado em defesa do SUS e do direito à saúde.
Durante minha gestão na presidência da ABRASCO, Ivo era diretor da ENSP e conselheiro da diretoria, representando a FIOCRUZ.

Companheiro de abraço fácil e sorriso largo foi mestre e orientador de nossa diretoria.
Sempre foi solidário com os problemas de nossa entidade. Seu empenho foi essencial na obtenção de um espaço mais adequado para a sede da ABRASCO, em meio à escassez de área física comum às nossas instituições públicas de ensino e pesquisa.

Seu apoio perpassou os desafios conceituais e práticos da saúde coletiva, do SUS e da democracia no Brasil.
Era um entusiasta da forte articulação da formação profissional com o SUS, em seus espaços de gestão e de prática profissional.

Neste Brasil da pandemia sem controle e sem vacina, do assalto tosco do neoliberalismo, Antonio Ivo já faz muita falta.
Um abraço solidário e carinhoso a familiares, amigos e colegas de Antonio Ivo neste momento de tanta dor.

Luiz Augusto Facchini
Professor do DMS-UFPEL; coordenador da Rede de Pesquisa em APS da ABRASCO; Presidente da ABRASCO 2009-2012

2ª Marcha Pela Vida: um ano de luto e luta

Perto de alcançar a triste marca de quase 500 mil mortes e quase 17 milhões de casos, a Frente Pela Vida relembra e retoma sua mobilização de lançamento com a realização da 2ª Marcha Pela Vida, na próxima quarta-feira, 9 de junho. Será um dia de atividades virtuais promovidas por diversas entidades e organizações, culminando num ato político às 17 horas e que reunirá lideranças políticas, científicas e culturais.

Lançada em maio de 2020 por entidades científicas nacionais da Saúde Coletiva, Bioética, Ciência e Tecnologia e outras, a Frente Pela Vida vem promovendo posicionamentos com embasamento científico e social para auxiliar uma melhor resposta da sociedade brasileira à pandemia do SARS-CoV-2.

Se na sua declaração inicial a Marcha destacou o direito à vida como bem mais relevante e inalienável da pessoa humana; o estabelecimento de medidas de prevenção e controle com base na ciência; a defesa do SUS; e valores como solidariedade, preservação do meio ambiente e da biodiversidade e democracia, passado um ano o quadro da pandemia se agravou, mas a sociedade civil não ficou inerte.

Em julho de 2020, a Frente pela Vida lançou o “Plano Nacional de Enfrentamento à Pandemia de Covid-19”, redigido por cerca de 60 especialistas representantes de 15 associações científicas da saúde. Em outubro, elaborou o Manifesto “Ocupar Escolas, Proteger Pessoas e Valorizar a Educação”, numa ação conjunta com entidades da Educação e que resultou mais recentemente no documento “Saúde, Educação e Assistência Social em defesa da democracia e da vida”, com a adesão das entidades da Assistência e militantes do SUAS, lançado em fevereiro deste ano.

Para esta 2ª Marcha, a Frente Pela Vida exige vacina no braço, comida no prato e auxílio emergencial de R$ 600, bandeiras que unem brasileiros e brasileiras em todo o país. Conclama também por uma ampla mobilização nacional para exigir a aceleração da vacinação; a retomada do valor do auxílio emergencial de 2020; medidas robustas de proteção social e contra fome, e o reforço das medidas de saúde pública, com fortalecimento do SUS, da educação e ciência e tecnologia públicas. Para viabilização dessas políticas é indispensável a revogação da EC 95 que asfixiou o Estado brasileiro, congelando investimentos por 20 anos. A Frente reforça também a palavra de ordem do Fora Bolsonaro, por total compreensão de que só poderemos vencer a pandemia com o fim de seu governo genocida.

Clique e acesse o link do Manifesto no site da Frente Pela Vida

Vacina no braço, comida no prato e Fora Bolsonaro!
Auxílio emergencial de R$ 600, em defesa da vida e do SUS!

Programação:

Pela manhã, as entidades farão atividades virtuais e organizativas próprias. A sociedade será convocada a fazer uso do aplicativo Maniff (https://manif.app/) realizando assim uma manifestação virtual em Brasília. Junto ao aplicativo, um tuitaço chamará a atenção da sociedade. O Ato virtual final está marcado às 17 horas, gerado pela TV Abrasco e com retransmissão das demais entidades.

Compartilhe o link da transmissão: https://www.youtube.com/watch?v=qnuEEZPV5eY

Recomendações da SBMFC para a APS durante a Pandemia de COVID-19

Documento que responde questões e emite recomendações para que a APS brasileira possa, de forma rápida, receber a melhor síntese científica possível sobre o momento atual de Pandemia de COVID-19.

O Brasil neste mês de maio de 2021 chegou a triste marca de 450 mil vítimas da COVID19, novamente alcançando uma média de mais de 2 mil mortes por dia nesta última semana do mês. A maioria das capitais e grandes centros voltam a ter uma ameaça de colapso dos seus sistemas de saúde. Infelizmente o ritmo de vacinação segue muito lento, impedindo o melhor nível de proteção da nossa população. Sabemos que milhares de mortes poderiam ter sido evitadas se medidas governamentais de combate à pandemia, com devida atenção às iniquidades sócio-raciais que estruturam o país, fossem adotadas ainda em 2020.

Neste cenário, médicas e médicos de família e comunidade e demais colegas profissionais de saúde há mais de um ano seguem buscando ofertar o cuidado necessário nas Unidades Básicas de Saúde, apesar de tantos cortes de Recomendações da SBMFC para a APS durante a Pandemia de COVID-19 Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade recursos para o Sistema Único de Saúde em 2020 e 2021. Neste momento, maior investimento e maior agilidade devem ser prioridade para garantir a vacinação (onde o Brasil tem se mostrado de uma ineficiência atroz) acelerando o seu ritmo principalmente para as populações dos grupos de risco e mais vulneráveis, buscando promover equidade sócioracial. Vale lembrar que a vacina não impede a transmissão de vírus de uma pessoa para outra, mas sim o agravamento dos casos.

Assim, é necessário, em paralelo, reforçar as ações de isolamento social, o uso de máscaras e voltar a ampliar a realização de testes diagnósticos. Fundamental também são as ações das equipes de saúde da família/atenção primária à saúde em parceria com a vigilância epidemiológica Apresentação 6 nos territórios. Além disso, garantir o pagamento do auxílio emergencial até o final da pandemia, evitando assim a ampliação desta tragédia social que o Brasil já vivência.

Buscando seguir apoiando as equipes que atuam na Atenção Primária à Saúde, a SBMFC lança a 4º edição revisada das Recomendações para a APS durante a pandemia de COVID19. Estas recomendações foram pesquisadas e elaboradas com o apoio de todos os Grupos de Trabalho da SBMFC. Mais uma vez agradecemos a todos os envolvidos neste novo esforço de revisão e atualização. Seguiremos em constante processo de revisão e atualização e em breve lançaremos uma nova edição com recomendações inéditas. Reiteramos que o momento é de buscar a união do nosso país para o enfrentamento desta maior tragédia sanitária de nossa história.

A vida está em primeiro lugar! O Brasil precisa do SUS!

Recomendações da SBMFC para a APS durante a Pandemia de COVID-19 Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade.

Leia documento 4_edição_recomendaçõesSBMFC_FINAL