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Arquivo Diário 10 de dezembro de 2013

Homeopatia, outra forma de cuidar da saúde

O Dia Nacional da Homeopatia é celebrado em 21 de novembro. A data serve para lembrar da prática terapêutica criada no final do século XVIII pelo médico alemão Samuel Hahnemann. Palavra que significa “a cura pelos semelhantes”, a homeopatia está presente em 355 estabelecimentos só da atenção básica do Sistema Único de Saúde (SUS). Chamada de Prática Integrativa, ela compõe o grupo de terapias que abordam a saúde com outra lógica, junto com a acupuntura, a medicina tradicional chinesa, as plantas medicinais e fitoterápicos, a medicina antroposófica e o termalismo social ou crenoterapia.

O princípio básico da homeopatia, a “lei da similitude ou da semelhança”, diz que cada tratamento deve ser feito em semelhança com o quadro clínico daquele momento do paciente, individualizando cada processo. A homeopatia acredita que cada pessoa tem um padrão particular de adoecimento, e esse padrão influencia na cura ou na prevenção da doença, determinando o medicamento e a dose a ser usada.

“A forma como uma pessoa gripa é única. Se outra pessoa gripar, ela vai ter sintomas semelhantes, mas algumas características serão diferentes entre as duas pessoas. Essas diferenças para o homeopata são muito importantes”, relata Ana Rita Novaes, homeopata que já atendeu pelo SUS e hoje coordena as práticas integrativas do estado do Espírito Santo.

Ana lembra que homeopatia não é só para curar doenças, mas também é usada como prevenção para evitar que elas adoeçam. Essa lógica contraria o costume de muitos em buscar um serviço de saúde apenas quando ficam enfermos. “É muito comum buscar o tratamento como forma de não adoecer. No tratamento homeopático, se a pessoa estiver bem, se estiver com o sistema imunológico funcionando, ela não adoece”, relata Ana Rita.

Práticas Integrativas – As práticas integrativas são assim chamadas porque elas encaram a saúde humana de forma integral. Cada prática desta é completa na abordagem aos problemas do corpo. “Surgiu, a partir da 8ª Conferência Nacional de Saúde, uma demanda dos usuários para que eles escolham as praticas curativas que vão usar. Escolhendo como se tratar, como querem ser vistos e cuidados pelo SUS”, conta Daniel Amado, consultor da Coordenação-Geral de Áreas Técnicas do Ministério da Saúde que trabalha com as práticas integrativas. Ele explica que essas terapias surgiram desta demanda dos usuários.

“O interessante dessas praticas é que elas reforçam um olhar mais completo sobre o individuo. O Programa Saúde da Família (PSF), que está dentro das comunidades, já busca essa visão mais completa ao enxergar o paciente no seu território, na sua família. Essas práticas ampliam essa visão, reforçam essa ideia”, comenta Daniel. Entre os anos de 2007 e 2010 houve um crescimento de 20,99% de consultas homeopáticas pelo SUS. De 257.508 consultas realizadas passou para 311.560.

Fonte: Blog da Saúde

Programa Saúde na Escola firma novas parcerias

O mês de novembro foi de celebrações para a equipe do Programa Saúde na Escola (PSE). Além do pagamento de todos os municípios que aderiram ao PSE em 2013/2014 e levantamento dos registros da Semana Saúde na Escola de mais de 950 municípios (via e-SUS-AB), foi apresenta a experiência brasileira no 3° Encuentro Nacional ProSanE – “Promoviendo y fortaleciendo la Salud Escolar” –, realizado entre os dias 27 e 28, em Buenos Aires, Argentina.

Entre os debates ocorridos no encontro, destacaram-se as estratégias para garantir o direito à saúde das crianças e adolescentes e a responsabilidade compartilhada do cuidado à saúde dos educandos. Verónica Lucconi Grisolía, representante do Programa de Sanidad Escolar (ProSanE) no Ministério da Saúde argentino, agradeceu a participação brasileira e mostrou-se entusiasmada com a iminente parceria. “Queremos, desde aqui, agradecerles de corazón que hayan participado en el encuentro nacional y estamos muy felices de poder iniciar un camino juntos, compartiendo experiencias, desafíos y logros de nuestro andar”.

Para março, está sendo articulada uma visita da equipe argentina a fim de conhecer o modelo de gestão brasileiro, envolvendo sistema de monitoramento, articulação com a atenção básica, comunidade de práticas, ações desenvolvidas, bem como a aplicação prática do programa nos municípios e no Distrito Federal.

Agenda concorrida

Ainda em novembro, outra parceria em articulação foi iniciada com Cabo Verde. Em evento ocorrido no início do mês para elaboração de um Plano de Ação para a Implementação da Estratégia “Escolas Promotoras de Saúde”, em virtude do sucesso da experiência brasileira o Ministério da Saúde cabo-verdiano convidou a equipe do PSE/Brasil para visitar o país e apoiar a construção de uma iniciativa semelhante com seus educandos.

Thais Severino, coordenadora do PSE na equipe do Ministério da Saúde, acredita que as parceiras são bem-vindas e trarão contribuições valiosas. “É um grande avanço. Nós temos, hoje, um modelo na América Latina que envolve a prática da promoção da saúde muitas vezes desconectada com a Rede de Atenção à Saúde no território, o que implica em dificuldade de garantia na continuação da atenção dada aos educandos. No Brasil, mesmo que isso ainda seja um desafio, já existe uma estrutura que garante um fluxo desses estudantes nas Redes de Atenção à Saúde. Nenhum país no mundo tem um programa de saúde escolar com a magnitude que o Brasil tem. Atualmente, nós atendemos um público de mais de 18 milhões de educandos”, frisa a coordenadora.

Fonte DAB/MS – http://dab.saude.gov.br