A APS em Revista chega ao seu terceiro número de 2021 e com mais de 160 mil acessos registrados 1em sua plataforma, e ainda reverbera fortemente os efeitos da maior tragédia sanitária que se abateu sobre a humanidade nos últimos séculos. A pandemia da COVID-19, que completa dois anos desde o primeiro caso identificado 2, trouxe inúmeros desafios ao modus operandi dos sistemas de saúde. Com efeito, as consequências devastadoras causadas pela rápida disseminação do vírus colocaram em evidência a necessidade de uma ampla coordenação e solidariedade que pudessem preservar vidas e garantir a saúde de todos e todas. A divulgação de mais de 120 mil artigos científicos voltados ao tema, bem como o desenvolvimento de inúmeras vacinas, proporcionaram uma poderosa barreira de contenção, associadas às medidas de distanciamento social, uso de máscaras e higienização permanentes, trazendo alívio e esperança às pessoas que tiveram acesso a essas medidas. Neste contexto, a Atenção Primária à Saúde, para além de sua permanente preocupação com a prestação de serviços essenciais de saúde para a população, teve que lidar também com os efeitos da pandemia sobre sua prática cotidiana e estratégica.Por causa disso, este número busca retratar em um primeiro bloco experiências vivenciadas nesta pandemia quanto à sua lógica e ação.
O primeiro artigo aborda as atividades e serviços realizados pelos profissionais do NúcleoAmpliado de Saúde da Família e Atenção Básica em Belo Horizonte, Minas Gerais, durante a pandemia.
O segundo artigo aborda o controle glicêmico à distância dos idosos diabéticos insulinizados através da atuação do Núcleo de Apoio à Saúde da Família em , setembro de 2021Recife, Pernambuco.
O terceiro artigo, por sua vez, discute o incentivo à prática da atividade física e as estratégias do NASF em meio à Pandemia de Covid-19 em Londrina, Paraná.
O segundo bloco trata, no quarto artigo, da caracterização e perfil do desenvolvimento de crianças em puericultura de uma Estratégia de Saúde da Família em Sapucaia do Sul, Rio Brande do Sul.
Na sequência, é discutida no quinto artigo a construção de uma linha guia para hipertensos e diabéticos na Atenção Primária à Saúde em Camaçari, Bahia.
O sexto artigo trata da hipertensão arterial como precedente a ocorrência de doenças cardiovasculares em uma região popular de Salvador, Bahia.
A sessão Debates e Discussões traz dois artigos (um deles denominado Notas Técnicas), convidados para apresentar pontos de vista sobre a APS em um contexto de formulação de posições de natureza estratégica e aplicada. Nesta linha, o sétimo artigo traz um debate sobre o trabalhador comunitário de saúde e suas ações em resposta aos novos desafios enfrentados para dar continuidade à atenção à saúde das pessoas assistidas.
Por fim, o oitavo artigo apresenta e descreve a iniciativa “APS Forte”, realizada em 2020 e dedicada a mapear o enfrentamento à pandemia da COVID-19 na APS no Brasil na geração de conhecimento para o aumento da cooperação e solidariedade entre os trabalhadores, gestores, usuários e especialistas da APS.
Ao finalizar este ano, a Editoria Cientifica da APS em Revista, em um momento de expectativas e esperanças, deseja a todos e todas um ano de 2022 de superação e conquistas.
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