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Arquivo Diário 9 de novembro de 2012

Campanha sobre Aids mobiliza unidades de saúde

O Centro de Saúde Escola Germano Sinval Faria (CSEGSF/ENSP) será uma das unidades básicas de saúde do município do Rio de Janeiro que participarão da campanha Fique por Dentro. A atividade tem por objetivo realizar coleta de sangue para testagem de sífilis e HIV, coleta de exame ginecológico (Papanicolau), vacinação, prevenção de câncer de boca, com auxílio da Equipe de Saúde Bucal, e realizar atividades educativas de prevenção. Além do Centro de Saúde, a Clínica Victor Valla e o CSE Manguinhos – unidades que também integram o Território Escola Manguinhos – participarão da campanha. As unidades ficarão abertas das 8 às 17 horas durante todo o sábado (10/11) e contarão com a presença de vários profissionais de saúde que atenderão os pacientes. A atividade será aberta a todos os interessados.

De acordo com Claudia Costa, gerente do CSE Manguinhos, a dinâmica da atividade será voltada para o serviço específico que o usuário necessita. “Ao entrar na unidade, o usuário será recebido por uma equipe de recepção e será encaminhado aos serviços oferecidos de acordo com seu interesse. Teremos profissionais do CSE Manguinhos e do Centro de Saúde Escola Germano Sinval Farias realizando aconselhamento e pré-testagem ao exame de sífilis e HIV, assim como fornecendo informações sobre saúde”, explicou ela.

Durante todo o dia, as Equipes de Saúde da Família estarão disponíveis para coleta de preventivo, que tem o objetivo de prevenir o câncer de colo de útero. Além disso, as Equipes de Saúde Bucal, que também participam da ação, irão realizar atividades educativas voltadas para a prevenção do câncer de boca e orientações gerais sobre a saúde bucal. A sala de vacinas funcionará ao longo do dia atualizando esquemas vacinais e oferecendo a vacina contra hepatite B, foco dessa campanha para a faixa etária até os 29 anos.

Números de HIV/Aids no Brasil

Segundo dados do Boletim Epidemiológico das Infecções por HVI/Aids 2011, publicação do Ministério da Saúde, os números mostram avanços no combate à doença, reflexos dos investimentos em prevenção, diagnóstico e acesso ao tratamento. Mas, por outro lado, apontam que ainda há motivo para preocupação. A infecção atinge principalmente homens, mas tem crescido com maior velocidade nas mulheres. A cada ano, surgem 35 mil novos casos da doença. Um avanço foi a queda de 41% nas taxas de transmissão mãe-bebê.

Outra questão apontada no boletim são públicos específicos, que têm tido comportamento diverso e ampliado o número de casos. Ao longo dos últimos 12 anos, a porcentagem de casos na população de 15 a 24 anos caiu. Entre os gays, na mesma faixa, houve aumento de 10,1%. Em 2010, para cada 16 homossexuais dessa faixa etária vivendo com Aids, havia 10 heterossexuais. Essa relação, em 1998, era de 12 para 10. Na população de 15 a 24 anos, entre 1980 e 2011, foram diagnosticados 66.698 casos de Aids, sendo 38.045 do sexo masculino (57%) e 28.648 do sexo feminino (43%). O total equivale a 11% do total de casos de Aids notificados no Brasil desde o início da epidemia que ocorre entre os jovens.

Fonte site ENSP – www.ensp.fiocruz.br

III Congresso Paranaense de Medicina de Família e Comunidade

Saúde e fim da vida são dois conceitos amplos, cujas definições não possuem consenso no meio científico. Poderia, portanto, parecer contraproducente debatê-los num congresso, ainda mais juntos. Nós, entretanto, como médicos de família e comunidade e demais profissionais de saúde que atuam na atenção primária, sabemos o quanto lidar com questões relativas à saúde no fim da vida é uma realidade cuja demanda cresce.

A chamada transição epidemiológica, ainda em curso, traz diversos problemas associados ao envelhecimento da população, em especial a emergência das doenças crônicas não transmissíveis. Para ser capaz de oferecer a melhor qualidade de atendimento nesse contexto, espera-se que o profissional de saúde compreenda que uma nova assistência, agora muito mais voltada para o cuidado longitudinal e para a facilitação do empoderamento às pessoas, faz-se necessária.

Acrescenta-se que o período entendido como fim da vida não se restringe a idosos, mas também se aplica a pessoas com doenças consideradas graves e incuráveis, do ponto de vista científico, inclusive crianças acometidas por algumas neoplasias.

Pensar sobre esses problemas individualmente é um grande desafio; entendê-los e trabalhá-los no contexto familiar e social, com todas as suas potenciais implicações, é de uma complexidade ainda maior, enfatizando o importante papel do médico de família e comunidade como coordenador do cuidado, prestador de uma atenção longitudinal e conhecedor do paciente em sua integralidade. Estes são os principais objetivos deste congresso. Para alcançá-los, contamos com sua presença, profissional que espera atualizar-se sobre o tema e enriquecer este evento compartilhando de suas experiências. Será uma honra tê-lo conosco!

Bruno Guimarães Tannus – Presidente do Congresso

Local:Puc-PR

http://www.congressomfc.com.br/

I Fórum Nacional de RMs em MFC

O I Fórum Nacional de RMs em MFC realizado no Rio de Janeiro, pela SBMFC recebeu mais de 200 participantes entre coordenadores, preceptores e residentes que durante os dias 2 e 3 de novembro debateram a importância de fortalecer e promover esses programas. Também participaram o diretor substituto do DEGES/SGETES, Felipe Proenço e o subsecretário municipal de Saúde e Defesa Civil do RJ, Daniel Soranz.
Para o presidente da Sociedade, Nulvio Lermen Jr,. este foi um espaço para a discussão dos temas relativos à residência médica em MFC com o envolvimento de todos os envolvidos no processo. “Os objetivos do encontro foram atingidos e como efeito positivo também devemos contabilizar o fortalecimento do movimento dos residentes e o apontamento da criação de um grupo de jovens médicos de família e comunidade no Brasil, nos moldes do que já existe em outras regiões do mundo”, completou.

A atenção Primária à Saúde é uma só, mas as práticas da mesma variam intensamente. Isso é bom ou ruim para seus usuários?

Título: Family Medicine East of Eden  

Título traduzido: A Leste do Paraíso

Autor: Igor Švab (Professor and Chairman, Department of Family Medicine, University of Ljubljana, Slovenia and former President of WONCA-Europe)

Idioma: Inglês

Referência: Rev Port Med Geral Fam 2012;28:83-4

SÍNTESE:
O título do presente artigo remete ao famoso romance A Leste do Éden, do escritor americano John Steinbeck, que pelo conjunto de sua obra ganhou o Prêmio Nobel de Literatura em 1962. No livro, uma família californiana vive entre as glórias da riqueza e seus lados opostos: a depressão econômica e a desagregação familiar. Tudo isso bem próximo, “a Leste” do Paraíso…

O autor, Igor Svab, é docente do Departamento de Medicina de Família da Universidade de Ljubljana (Eslovênia) e apresenta interessantes reflexões sobre os modos diferenciados da prática da Medicina de Família na Europa atual, fazendo comparações entre o que acontece no Leste do continente e o que ocorre na sua parte ocidental mais desenvolvida e mais rica, chamando atenção para diferenças de qualidade entre uma realidade e outra, com prejuízo para quem se situa “a leste do paraíso”. São aspectos que têm especial importância na realidade brasileira, onde este tipo de dilema também está presente.

Inicia chamando atenção para a importância da questão da universalidade, que é intrínseca á Medicina de Família (MF) e já firmemente estabelecida há bastante tempo. Deplora, contudo, que quando se atravessa o continente europeu o que se vê são as marcantes diferenças que marcam tais práticas, em diferentes países. Neste aspecto, aponta que a MF é diferente de outras disciplinas médicas, nas quais práticas estabelecidas em determinadas realidades podem ser transferidas, sem grandes problemas, a outros ambientes. Isso poderia ser reconhecido como um sinal de valor para aquele campo de conhecimento, mas nem sempre é assim, pois a variabilidade pode não ter nada a ver com ciência.

Assim, variações em práticas clínicas podem significar que é muito difícil detectar melhorias nas mesmas, a não ser que se procure compreender não a disciplina em si, mas os contextos nos quais é praticada. Isso requer uma melhor apreensão da cultura, da história, da etnologia e da legislação de cada país. Indaga o autor: quando se quer uniformidade e padronização de tais práticas na Europa, o quanto a variação seria desejável? Se a Europa atual tem a marca da diversidade, quão esta seria benéfica ou não?

Conclui que na área de Medicina de Família, bem como na Atenção Primária á Saúde como um todo, os padrões europeus atuais são marcados por um laissez faire que não contribui para a qualidade das práticas vigentes, já que cada país tem a liberdade – a seu ver, excessiva – de fazer como quiser. O autor se revela, ainda, especialmente preocupado com tais questões, considerando que na maioria dos países do Mundo, com exceção dos EUA, o padrão de política de saúde, marcado pela MF/APS, praticado na Europa é quase sempre tomado como referencial, o que aumenta a responsabilidade de todos os componentes do Bloco, principalmente no que diz respeito à preparação formal de seus praticantes*.

ACESSE O TEXTO

*Nota produzida por Flávio Goulart para o Portal da Inovação na Gestão – http://apsredes.org/site2012/

Excelência acadêmica marca três décadas do CSP

 

 

Uma sessão especial do Centro de Estudos da ENSP, na quarta-feira (7/11), reuniu passado, presente e futuro de uma das principais fontes de informação da área científica em saúde pública editada na América Latina: a revista Cadernos de Saúde Pública. De 1985 (v. 1 n. 1 jan./mar. 1985), ano de sua fundação, até os dias de hoje (vol. 28 n. 10 out. 2012), a publicação reúne a trajetória da saúde coletiva em suas páginas disseminando-a para a comunidade científica, com mais de 21,2 milhões de acessos à base Scielo desde 1998. A atividade marcou a despedida do pesquisador Carlos Coimbra da editoria após vinte anos e o início de um novo ciclo com o trio de pesquisadoras Claudia Travassos (Icict/Fiocruz), Cláudia Medina Coeli (UFRJ) e Marilia Sá Carvalho (Procc/Fiocruz).

 
Aplaudido de pé. Essa foi a forma pela qual Coimbra, ex-editor do CSP, foi homenageado pela plateia depois da exposição sobre as conquistas e avanços do periódico durante o tempo que esteve à sua frente. “Meu nome está associado às conquistas da revista, mas jamais teria feito isso sozinho. Trata-se de um projeto totalmente coletivo. Hoje, a publicação reflete o amadurecimento de todo o corpo da Escola durante esses 30 anos”, garantiu após a bela homenagem.

E foi citando o momento de sua criação que o pesquisador do Departamento de Endemias iniciou sua fala, lembrando que o primeiro editorial da revista, assinado pelo diretor da ENSP na época, Arlindo Fábio Gómez de Souza, destacava a necessidade de a ENSP “divulgar com periodicidade seu pensamento, bem como o daqueles que trabalham na área social e aí, prioritariamente, no campo da saúde pública”.

A ocasião também foi lembrada pelo pesquisador Luiz Fernando Ferreira, editor do primeiro volume junto com o ex-diretor da Escola, Frederico Simões Barbosa, e pelo atual diretor, Antônio Ivo de Carvalho. “O Coimbra tem o maior mérito dessa história do CSP. A revista alcançou o nível de excelência, e agora as meninas têm uma grande responsabilidade”, acrescentou Luiz Fernando. Para Ivo, “Coimbra formou um patrimônio que não é só da ENSP, mas de toda a saúde pública e da ciência brasileira.”

A saúde coletiva nas páginas do CSP

A atuação de Carlos Coimbra como editor do CSP teve início no volume 8 (1992), após o comando dos pesquisadores Luiz Fernando, Frederico Simões Barbosa, Paulo Buss e Sergio Koifman, com a missão de expandir o periódico por todo o país. A partir daí, o trabalho para ampliar sua visibilidade teve início com a indexação ao Medline. “A indexação foi um momento decisivo para o CSP. Eu diria mágico, pois passamos a receber artigos de todo o Brasil. Além disso, tivemos a criação da biblioteca eletrônica SciELO, que, na época, representou a vanguarda dos ainda tímidos debates que se viam no Brasil sobre acesso aberto à informação científica.”

 

O aumento da visibilidade do CSP teve implicações diretas sobre o número de artigos publicados por volume. Em 1985, ano da fundação da revista, foram publicados 25 artigos. Ao longo de sua primeira década, a média de artigos por volume do CSP passou para 40. Hoje, CSP está publicando cerca de 250 artigos ao ano, selecionados a partir de aproximadamente 1.400 novas submissões anuais. “Não há estado do Brasil de onde não tenhamos publicado pelo menos um artigo. Tivemos uma predominância maior de autores da Região Sudeste nessas três décadas (60%) no território nacional, mas também recebemos uma fatia generosa de autores internacionais que escolhem nossa revista para publicar”, afirmou.

Coimbra ainda apresentou números sobre as estatísticas de acesso, os índices temáticos, o processo de internacionalização da revista e o lançamento dos suplementos especiais. “Ao longo dessa trajetória, tivemos mudanças de layout, o pioneirismo em abrir seções de debates, resenhas e a consolidação da política editorial dos suplementos temáticos. Durante essas três décadas, vi muita coisa acontecer na saúde coletiva por meio das páginas do CSP. A Direção da Escola sempre nos apoiou. Agradeço toda a equipe pelo apoio.”

O futuro do Cadernos

A apresentação seguinte foi do trio de editoras do CSP, cujas falas apontaram para a continuidade da linha editorial da revista. Cláudia Travassos, que faz parte do corpo editorial desde 1993, afirmou que o trabalho prosseguirá mantendo o compromisso de publicar sobre as diversas áreas que compõem a saúde coletiva, priorizando a diversidade e qualidade dos artigos do periódico. “O CSP tem uma história de sucesso, e a primeira característica da nossa gestão é a continuidade, manter a sensibilidade para absorver o que é novo, perceber as mudanças no contorno dessa área extremamente dinâmica que é a saúde coletiva e incorporá-las aos nossos fascículos.” Por fim, anunciou a primeira mudança da gestão do trio feminino no CSP para 2013: a capa cor rosa.

Coube à pesquisadora Marília Sá Carvalho apresentar algumas novas ideias do trio para o Cadernos de Saúde Pública. A primeira delas é a criação da seção Perspectivas, que abrirá espaço para debate de temas atuais no CSP. Além dessa, haverá a publicação do resumo e editorial do fascículo em três idiomas (português, inglês e espanhol) e a atualização da página eletrônica do CSP. “A última mudança na página faz quatro anos e está na hora de mudar, bem como promover maior integração da web com o texto e as redes sociais”, informou.

Claudia Medina Coeli disse ser uma honra participar de um projeto de sucesso e impacto para a saúde coletiva do Brasil e da América Latina, mencionando a ligação afetiva das editoras com a revista. “Foi a primeira revista na qual publiquei dois artigos da minha tese de doutorado que definiram a minha carreira”, afirmou. Por último, destacou o status do CSP. “Apesar de ser uma revista da Escola, ela sempre se colocou como uma publicação da saúde coletiva.”

 

 

Fonte site da ENSP – www.ensp.fiocruz.br

 

SUS oferece fitoterápicos como alternativa de tratamento

Os benefícios das plantas medicinais e de medicamentos fitoterápicos são reconhecidos em todo o mundo como elementos importantes na prevenção, promoção e recuperação da saúde. Para ampliar o acesso a esses medicamentos, o Ministério da Saúde disponibiliza a utilização de fitoterápicos na rede pública. Atualmente, 12 medicamentos são oferecidos pelo Sistema Único de Saúde. Entre eles, estão a Aloe vera (Babosa) para o tratamento de psoríase e queimaduras, o Salix Alba (Salgueiro) contra dores lombares e a Rhamnus purshiana (Cáscara-sagrada) para prisão de ventre.

Financiados com recursos da União, estados e municípios, os medicamentos podem ser manipulados ou industrializados, e devem possuir registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Os produtos são oferecidos em 14 estados: Acre, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Pará, Paraíba, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe, São Paulo, Tocantins e Distrito Federal.

São medicamentos que desempenham um papel importante em cuidados contra dores, inflamações, disfunções e outros incômodos, ampliando as alternativas de tratamento seguras e eficazes pelo SUS. Indicado para o alívio sintomático de doenças de baixa gravidade e por curtos períodos de tempo, os fitoterápicos podem ser produzidos a partir de plantas frescas ou secas e de seus derivados que ganham diferentes formas farmacêuticas, como xaropes, soluções, comprimidos, pomadas, géis e cremes.

O secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Carlos Gadelha, explica que os investimentos em pesquisas para a produção de medicamentos, a partir da flora brasileira, contribuem para o acesso da população e o seu uso racional. “O desenvolvimento dos fitoterápicos no Brasil incorpora as três dimensões do desenvolvimento sustentável: a econômica, a social e a ambiental, numa mesma iniciativa”, observa.

Como todo medicamento, o fitoterápico deve ser utilizado conforme orientação médica. Para ter acesso, o usuário tem que procurar um profissional – médico legalmente habilitado em prescrever fitoterápicos – em uma das unidades básicas de saúde dos 14 estados que disponibilizam esses medicamentos. Nessas unidades, o cidadão pode receber atendimento médico gratuito. Com um documento de identificação pessoal e a receita atualizada em mãos, o paciente pode retirar o medicamento em uma das farmácias dessas unidades básicas.

FITOTERÁPICOS NO SUS – A promoção do acesso aos medicamentos fitoterápicos teve início em 2007, com a disponibilização pelas secretarias estaduais e municipais de saúde da Maytenus ilicifolia (Espinheira-santa), utilizada no tratamento de úlceras e gastrites, e da Mikania glomerata (Guaco), indicada para os sintomas da gripe. Em 2008, o Governo Federal aprovou o Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos. O programa tem como objetivo garantir à população o acesso seguro e o uso racional a plantas medicinais e aos fitoterápicos.

São diretrizes do programa a promoção da pesquisa, desenvolvimento e inovação; a regulamentação e produção de fitoterápicos e insumos à base de plantas medicinais e o cultivo e manejo dessas plantas. Também integram essas diretrizes a distribuição pelo SUS; a comercialização pelo setor privado; a capacitação de recursos humanos e a orientação aos usuários. A iniciativa, além de melhorar o acesso da população a tratamentos integrativos e complementares – seguros e eficazes – promove o uso sustentável da biodiversidade brasileira, o fortalecimento da agricultura familiar e o desenvolvimento tecnológico e industrial da saúde.

Este ano, o programa ganhou reforço com o repasse pelo Ministério da Saúde de R$ 6,7 milhões a 12 municípios em sete estados, para apoiar o projeto Arranjos Produtivos Locais de Plantas Medicinais e Fitoterápicos no SUS. O montante visa o investimento na aquisição de equipamentos e materiais, contratação de pessoal e qualificação técnica para promover a interação e a cooperação entre os agentes produtivos, o desenvolvimento de toda a cadeia produtiva, a produção e a distribuição de plantas medicinais e fitoterápicos no SUS.

RELAÇÃO DE FITOTERÁPICOS OFERTADOS NO SUS

Nome popular Nome científico Indicação
Espinheira-santa Maytenus ilicifolia Auxilia no tratamento de gastrite e úlcera duodenal e sintomas de dispepsias
Guaco Mikania glomerata Apresenta ação expectorante e broncodilatadora
Alcachofra Cynara scolymus Tratamento dos sintomas de dispepsia funcional (síndrome do desconforto
pós-prandial) e de hipercolesterolemia leve a moderada. Apresenta ação colagoga e colerética
Aroeira Schinus terebenthifolius Apresenta ação cicatrizante, antiinflamatória e anti-séptica tópica, para uso ginecológico
Cáscara-sagrada Rhamnus purshiana Auxilia nos casos de obstipação intestinal eventual
Garra-do-diabo Harpagophytum procumbens Tratamento da dor lombar baixa aguda e como coadjuvante nos casos de osteoartrite. Apresenta ação anti-inflamatória
Isoflavona-de-soja Glycine max Auxilia no alívio dos sintomas do climatério
Unha-de-gato Uncaria tomentosa Auxilia nos casos de artrites e osteoartrite. Apresenta ação antiinflamatória e imunomoduladora
Hortelã Mentha x piperita Tratamento da síndrome do cólon irritável. Apresenta ação antiflatulenta e
Antiespasmódica
Babosa Aloe vera Tratamento tópico de queimaduras de 1º e 2º graus e como coadjuvante
nos casos de Psoríase vulgaris
Salgueiro Salix alba Tratamento de dor lombar baixa aguda. Apresenta ação antiinflamatória
Plantago Plantago ovata Forssk Auxilia nos casos de obstipação intestinal habitual. Tratamento da síndrome do cólon irritável

 Fonte site MS www.saude.gov.br