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Arquivo Mensal setembro 2013

MS investe R$ 57,4 mi na Atenção Básica de São Paulo

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anuncia, nesta sexta-feira (20), em São Paulo, novos recursos para o estado no fortalecimento da atenção básica, num total de R$ 57,4 milhões. Serão R$ 54,4 milhões para reforma, ampliação e construção de Unidades Básicas de Saúde (UBS), além de R$ 1,7 milhão a mais por ano no incentivo financeiro da Saúde Bucal para a capital paulista. Também serão entregues 211 novos equipamentos odontológicos para o município, ao custo de R$ 1,3 milhão. O anúncio foi feito durante visita do ministro ao Centro de Especialidades Odontológicas (CEO) Cidade Tiradentes, com o prefeito Fernando Haddad.

Durante a visita ao CEO, o ministro assina quatro portarias com aporte de recursos que serão publicadas na próxima semana. Com o ato, o Ministério da Saúde vai repassar R$ 287,1 milhões para 26 estados referente ao segundo ciclo do PAC 2 para construção de UBS, beneficiando 273 municípios. Desse total, o estado de São Paulo receberá R$ 17,4 milhões para 18 municípios. Em outras duas portarias, estão sendo destinados R$ 113,2 milhões para 26 estados, referente à ampliação e R$ 120,6 milhões para reforma em 25 estados. Somente no estado de São Paulo, os recursos de ampliação chegam a R$ 7,3 milhões distribuídos em 46 municípios e R$ 29,6 milhões para reforma de UBS em 52 municípios paulistas.

A iniciativa dos Laboratórios Regionais de Próteses (LRPD) faz parte do Programa Brasil Sorridente, que já atende 1.429 municípios e destina R$ 170,2 milhões em todo o país.  “O Brasil Sorridente hoje é o maior programa de saúde pública odontológica do mundo. Temos hoje mais de 22 mil equipes espalhadas em todo o Brasil. Desde 2011, além da oferta de prótese dentária passamos a oferecer aparelho de graça para a população. No ano passado, beneficiamos a população com a oferta de quase 400 mil próteses, e queremos chegar a 2014 em 700 mil”, afirmou Alexandre Padilha que também ressaltou os investimentos na atenção básica. “Estamos ofertando mais recursos para reformar e ampliar as UBS, além de outras que já estão sendo construídas. Sabemos que uma boa unidade de saúde é muito importante para a saúde da população. Mas a alma do posto de saúde são os profissionais. Por isso, criamos o Mais Médicos, para levar bons profissionais nas regiões onde a população mais precisa”, completou.

“Com esses novos equipamentos, tenho certeza que daremos um impulso no tratamento odontológico da população de São Paulo. Nós aproveitaremos todas as oportunidades que tivermos de fazer convênio com o governo federal. Nenhum recurso será desperdiçado”, disse o prefeito Fernando Haddad.

O reajuste dos recursos de custeio mensal do ministério – repassados de acordo com a faixa de produção – para os laboratórios credenciados do município de São Paulo será de 238%. O município, que recebe R$ 61.652 de custeio por mês passará a receber R$ 208.333 mensais (R$ 2,5 milhões ao ano). Com a ampliação dos recursos, a produção, que chega em média a 500 próteses dentárias por mês, passará a produzir três vezes mais, cerca de 1.500 próteses por mês. Em 2012, o município produziu 7.077 próteses e, de janeiro deste ano até o momento, 4.059 já foram produzidas.

Os 211 novos equipamentos odontológicos entregues também ao município compreendem um equipo odontológico completo (composto por uma cadeira odontológica, um equipo odontológico, uma unidade auxiliar odontológica, um refletor odontológico e um mocho) e um kit de peças de mão (composto por um micromotor, uma peça reta, um contra-ângulo e uma caneta de alta rotação).

A cidade conta, ao todo, com 263 equipes de Saúde Bucal incluídas na Estratégia Saúde da Família. Em 2012, o Ministério da Saúde repassou ao município para custear essas equipes R$ 7,2 milhões, e, desde janeiro deste ano, R$ 5,4 milhões já foram repassados. Além disso, existem 29 Centros de Especialidades Odontológicas, dos quais 28 aderiram, no início de setembro, à Rede de Cuidados à Pessoa com Necessidades Especiais, que vai disponibilizar além dos procedimentos normais, no mínimo, 40 horas semanais para atendimento exclusivo a pessoas com deficiência.

Em todo o estado de São Paulo, existem 1.843 equipes de Saúde Bucal que fazem cobertura em 413 municípios. Cerca de R$ 49 milhões foram repassados pelo ministério ao estado para as equipes em 2012 e R$ 30 milhões desde o início do ano. O estado conta, ainda, com 178 CEO em 138 municípios. Em 2012, os laboratórios do estado produziram 109.912 próteses dentárias e 41.079 em 2013.

BRASIL SORRIDENTE –O Brasil Sorridente beneficia, atualmente, 94,5 milhões de brasileiros. Hoje, são 22.630 equipes de Saúde Bucal no país, que cobrem 4.935 municípios. Em 2012, o Ministério da Saúde investiu no programa R$ 720 milhões e, desde janeiro até setembro, o investimento foi de R$ 427 milhões. Atualmente, o Brasil conta com 981 Centros de Especialidades Odontológicas – presentes em 795 municípios brasileiros –, que oferecem serviços especializados como tratamento endodôntico (canal); cirurgia oral menor; periodontia (tratamento de gengiva); diagnóstico bucal, com ênfase ao diagnóstico de câncer bucal, podendo ainda oferecer a colocação de implantes e o tratamento ortodôntico.

Em relação às próteses dentárias, o Brasil ampliou em aproximadamente 80% a sua produção nacional. Foram mais de 302 mil próteses em 2011 e 183 mil em 2010. Em 2012, foram produzidas 408.107 unidades de próteses. Hoje existem 1.397 municípios realizando a produção de próteses dentárias, contra 674 no final de 2010. Por conta da grande demanda por próteses dentárias, o Ministério da Saúde aumentou, no último ano, os recursos de incentivo para a confecção dos produtos de R$ 100 para R$ 150 por unidade.

Em 2011, o Ministério da Saúde também passou a financiar duas novas opções de tratamento odontológico: ortodontia e implante dentário. Na área de implantes, foram realizados 2.254 procedimentos em 2011. No ano passado, foram feitos 5.680 implantes, ou seja, houve um crescimento de 52% de implantes realizados em apenas um ano. Em 2011, foram instalados 7.688 aparelhos de ortodontia.  E em 2012 foram 9.159, representando um crescimento de aproximadamente 20%.

NOVOS INVESTIMENTOS –Este ano, o Ministério da Saúde vai investir R$ 6 milhões para formar 2 mil técnicos em próteses dentárias do Programa de Formação Profissional de Nível Médio para a Saúde (PROFAPS), e até 2014, o ministério fará a entrega de mil Unidades Odontológicas Móveis (UOMs) para municípios de grande extensão rural e integrantes do Plano Brasil Sem Miséria. As novas unidades móveis vão aumentar em mais de cinco vezes a capacidade atual de atendimento, que é feito por 160 veículos atualmente.

Nota publicada no site do MS www.saude.gov.br

Trabalho em equipe na APS – fundamentos histórico-políticos

Autor: Marcelo Dalla Vecchia

O livro tenta compreender, por meio de uma abordagem histórica e política, as contradições e os dilemas que enfrentam os trabalhadores da área de saúde pública. Eles se formam geralmente em meio a modelos biomédicos e individualistas, mas nesse segmento da medicina predomina um candente discurso em defesa do trabalho em equipe e multidisciplinar.

Conforme diz o autor, mesmo esse discurso está impregnado de abordagens com viés simplesmente organizativo ou tecnicista. Além disso, confunde o processo de trabalho médico com o processo de trabalho em saúde. Em tal contexto, saem do foco as necessidades sociais em saúde da população e dos próprios trabalhadores e, ainda, a necessidade de se criar espaços coletivos, onde as práticas das equipes possam ser compartilhadas, debatidas e transformadas.

O pesquisador discorre também sobre algumas políticas de saúde no Brasil ao longo da história, enfatizando especialmente o período pós-regime militar (1964-1985), em que os movimentos sociais, em particular o da Reforma Sanitária Brasileira, tiveram papel central nas mudanças empreendidas na área. Ele cita, por exemplo, a implantação do Sistema Único de Saúde (SUS) e a Estratégia de Saúde da Família, modelo adotado posteriormente e hoje priorizado nas políticas.

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Reciis: artigos apresentam tecnologias de informação que podem melhorar o dia a dia do SUS

Está no ar o suplemento da Revista Eletrônica Reciis dedicado ao tema “As Tecnologias de Informação e Comunicação (TICS) no Setor Saúde”. Em suas páginas, artigos bilíngues apresentam estudos e pesquisas que buscam soluções para o apoio à gestão e à análise epidemiológica. Em outras palavras: apontam e avaliam inovações que podem melhorar o dia a dia do Sistema Único de Saúde.

Um dos artigos apresenta, por exemplo, a experiência da Secretaria Municipal de Saúde de Maceió com um sistema chamado BioSUS, que consolida e dá transparência às informações da rede de saúde pública. Para isso, a ferramenta web usa a biometria digital para confirmar, em tempo real, os atendimentos realizados. Outro texto avalia o uso de dispositivos móveis como uma alternativa de comunicação entre o paciente em cuidados intensivos – impossibilitado de se comunicar de forma oral – e o profissional de saúde.

Já a telessaúde é objeto de um estudo de caso sobre a estruturação da Rede de Banco de Leite Humano (RBLH) no Amazonas, que usou esta tecnologia para apoiar a estratégia de educação continuada da equipe. Outro estudo descreve a experiência do Hospital Universitário Onofre Lopes na utilização do Sistema de Comunicação e Arquivamento de Imagens Médicas (PACS) que apóia a gestão hospitalar através da redução dos custos e auxílio o gerenciamento dos dados dos pacientes,além de permitir diagnósticos a distância. A resenha desta edição é dedicada ao livro Que é informação? A propagação da organização da biosfera, na simbolosfera, na tecnosfera e na econosfera, de Robert K. Logan (2012).

Sobre a revista

A publicação – de responsabilidade do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz) – é uma revista pluralista, bilíngue e não doutrinária, que publica produtos do trabalho científico voltados para a compreensão da dinâmica da arena da saúde nas diversas sociedades contemporâneas e suas relações e interrelações com as áreas da informação, comunicação e inovação tecnológica, econômica, institucional, social e de políticas públicas. Visa incentivar e ampliar a produção técnico-científica sobre essa temática ao discutir os dilemas e as perspectivas da subárea de informação e informática em saúde, contribuindo para o seu desenvolvimento teórico como um dos campos da saúde coletiva, e ainda debater os desafios da formação de trabalhadores para a área de Informações em saúde do SUS, incluindo o uso de novas tecnologias de informação e comunicação.

Acesse a edição na íntegra.

Nota publicada no site da Fiocruz – www.fiocruz.br

Abertas as inscrições para residência multiprofissional em saúde da família

Os candidatos deverão preencher o formulário eletrônico de inscrição disponível na Plataforma Siga, o qual deverá ser impresso, assinado e encaminhado, via Correios por Sedex, juntamente com os documentos listados no edital.

O curso busca capacitar profissionais de nível superior (enfermeiros, cirurgiões-dentistas, psicólogos, nutricionistas e assistentes sociais) na organização do processo de trabalho, cuidado à saúde (individual, familiar e coletivo) e nos processos de educação e formação em saúde.

A residência é uma parceria com a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro (SMS/RJ)e o Núcleo do Estado do Rio de Janeiro do Ministério da Saúde (Nerj/RJ).

Leia mais no Informe Ensp.

Inscrições de relatos da IV Mostra foram prorrogadas até 30/09

O Departamento de Atenção Básica do Ministério da Saúde está organizando a IV Mostra Nacional de Experiências em Atenção Básica / Saúde da Família, a ser realizada em março de 2014, com público previsto de 10.000 pessoas. O período para inscrição de relatos de experiência (trabalhos) foi prorrogado até dia 30 de setembro de 2013. Do público total, cerca de 3000 participantes de nível técnico e médio terão hospedagem e alimentação financiados pelo Ministério da Saúde, sendo a inscrição de relatos um dos critérios favoráveis para serem contemplados com o financiamento.

Um dos princípios mais importantes da IV Mostra é “Todo trabalhador tem muito a ensinar e a aprender”. O formato tradicional de eventos científicos (introdução, justificativa, objetivos, metodologia…) tem seu valor e ajuda a organizar a narrativa com um certo fim mas não ajuda quando o que se quer é colocar a experiência como foco, evidenciar o modo como o trabalho é tecido no cotidiano, isto é, como os trabalhadores – em equipe e em relação com gestores e usuários – produzem o cuidado no dia-a-dia. Um artesanato delicado que faz toda diferença na vida dos serviços e dos usuários do Sistema Único de Saúde.

Cada participante poderá inscrever até 2 relatos de experiências. Entre no site da Mostra http://www.atencaobasica.org.br/mostra   vá até a página dos eixos temáticos, escolha o eixo em que deseja inscrever seu relato e clique em “inscrever neste eixo” para inscrever seu relato de experiência.

Participe! Compartilhe sua experiência de trabalho, ensina e aprenda com outros trabalhadores!

Acesse o edital e saiba mais detalhes sobre todo o processo.

Veja o vídeo  http://www.youtube.com/watch?v=q0L5t64tICw

Brasil registra maior queda da mortalidade infantil entre os países da América Latina

Nos últimos 10 anos, o Brasil reduziu 40% a taxa de mortalidade na infância (menores de cinco anos). O número caiu de 28,4 mortes por mil crianças nascidas vivas, em 2002, para 16,9 óbitos por mil nascidos vivos em 2012. Em relação aos últimos 22 anos, a queda ainda mais expressiva: 68,5%, passando de 54 mortes por mil nascidos vivos em 1990 para 16,9 para 2012 (dados preliminares). Na divulgação do Relatório de Progresso 2013 sobre o Compromisso com a Sobrevivência Infantil: Uma Promessa Renovada, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) destacou o Brasil e suas ações para o combate aos fatores que contribuem para a mortalidade na infância. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, participou nesta sexta-feira (13), em Brasília, do evento de lançamento da Unicef e da Organização Panamericana de Saúde (Opas), que lembra a conquista brasileira, além de apresentar dados inéditos de mortalidade na infância em todo o mundo.

Confira apresentação

“É uma conquista importante, mas não podemos apenas comemorar. Os números mostram que ainda precisamos avançar dando continuidade ao nosso compromisso de reduzir ainda mais as taxas de mortalidade neonatal, infantil e na infância”, afirmou o ministro chamando atenção os fatores que contribuíram para a queda. Somente nos últimos três anos, a queda da taxa de mortalidade na infância foi de 9%, caindo de 18,6 mortes por cada mil crianças nascidas viva em 2010 para 16,9 em 2012. ”Sabemos que a redução desses índices começa com a qualidade na assistência à saúde da mãe e do bebê no pré-natal e com a ampliação do acesso à atenção primária de saúde. Assim, por meio do programa Mais Médicos, vamos garantir essa expansão com médicos especializados na Atenção Básica para todo o Brasil, especialmente nas áreas mais remotas e de mais difícil acesso. Vamos priorizar as regiões indígenas e periféricas e, em especial, as regiões Norte e Nordeste”, acrescentou.

De acordo com os dados da ONU, que utiliza uma metodologia de comparação internacional, a redução da taxa no país foi de 77%, passando de 62 mortes a cada mil nascidos vivos para 14 óbitos por mil nascidos vivos. O percentual de redução da taxa de mortalidade na infância no Brasil é superior à taxa mundial que foi de 47% de queda e da América Latina e Caribe que foi de 65%. Além disso, o País conseguiu alcançar o Objetivo do Milênio para redução da taxa de mortalidade na infância (ODM 4) quatro anos antes do prazo estabelecido.

“A vantagem política brasileira deve influenciar outros países. O Brasil é observado por outros países aqui na América Latina. A linha de cooperação técnica internacional na qual o Ministério da Saúde, o Unicef e a OPAS se colocam é um futuro para o Brasil dar essa demonstração de que tudo é possível apesar de sua grande complexidade”, relata Cristina Albuquerque, representante do Unicef no Brasil.

Na análise de 1990 a 2012, pelos dados do Ministério da Saúde, o Nordeste foi a região com o maior percentual de queda: 77,5%, passando de 87,3 por 1000/NV para 19,6 por 1000/NV. Os estados que se destacam Alagoas (-83,9%), Ceará (-82,3), Paraíba (-81), Pernambuco (-80,9) e Rio Grande do Norte (-79,3).

A queda do índice no Brasil pode ser explicada por uma série de fatores, entre eles, o foco na atenção primária de saúde, melhoria no atendimento materno e ao recém-nascido, promoção do aleitamento materno, expansão da imunização e criação de iniciativas de proteção social como o programa de transferência de renda Bolsa Família.

NORTE E NORDESTE Pacto de Redução de Mortalidade Infantil na Amazônia Legal e Nordeste, desenvolvido pelo Ministério da Saúde entre 2009 e 2010, teve grande impacto, comprovável pelo fato de que a maior redução da mortalidade ocorrida no país no período de 2000 a 2010 se deu justamente nas regiões Norte e no Nordeste, especialmente. Além disso, políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doenças e outros agravos, a diminuição da pobreza obtida pelo maior programa de transferência de renda do mundo, o Bolsa Família, foi também um forte fator para a redução dos óbitos na infância.

REFORÇO NA ATENÇÃO BÁSICA E NOS CUIDADOS COM A MÃE E O BEBÊ

Um dos mais importantes avanços na área da sobrevivência infantil foi a ampliação do acesso da população

serviços de atenção básica de saúde que, por meio da cobertura das Equipes de Saúde da Família (ESF), e da melhoria dos cuidados da assistência às mães e aos bebês, no pré-natal, no parto e nos primeiros momentos após o parto foi decisiva para a redução da mortalidade materna e infantil no país.

Segundo a Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher (PNDS, 2009), do Ministério da Saúde, a cobertura da ESF está diretamente associada com a melhoria da saúde da criança. Em municípios com mais de 70% de cobertura de ESF existem 34% menos crianças com baixo peso e cobertura vacinal duas vezes melhor do que municípios com baixa cobertura. O programa teve início em 1994 e alcança, atualmente, 55,4% da população do país, por meio do trabalho de 34.185 equipes, o que representa atendimento ao total de 108 milhões de cidadãos.

REDE CEGONHA – Outra iniciativa importante é a Rede Cegonha, estratégia criada em 2011 para ampliar a assistência integral à saúde de mães e bebês desde o pré-natal, e puerpério até os primeiros dois anos da criança. Atualmente, a estratégia está presente em 5.009 municípios do país, atendendo 2,3 milhões de mulheres. Até 2014, serão R$ 9,4 bilhões de investimentos, sendo que, deste total, R$ 3,6 bilhões já foram destinados. O programa também possibilitou a ampliação dos leitos neonatais. Desde então, já foram criados 825 leitos neonatais e mais 4.011 leitos neonatais receberam custeio para qualificação do cuidado neonatal até o momento. A previsão é habilitar outros 326 novos leitos de UTI e 716 novos leitos de UCI ainda este ano.

Nos leitos de UTI Neonatal houve um aumento no número de internações, decorrente justamente da criação de novos leitos. Este número representa a estratégia de ampliar leitos de UTI em todo o SUS. As internações em UTI neonatal passaram de 59.819, em 2008, para 81.095, em 2012, aumento de 36%. Até junho de 2013, foram registradas 41.778 internações. Já no caso das internações em UTI pediátrica, houve uma redução de 4,1% no mesmo período passando de 1.338.728, em 2008, para 1.284.217, em 2012. Até junho de 2013, foram registradas 633.332 internações. Atualmente, existem 4.241 leitos de UTI neonatal no país e 2.301 leitos de UTI pediátrico. Em relação aos leitos de UTI neonatal, houve um aumento de 23% em relação a 2010 (3.451 leitos de UTI neonatal).

ESTÍMULO AO ALEITAMENTO MATERNO E IMUNIZAÇÃO CONTRA AS PRINCIPAIS DOENÇAS

Também é destaque entre as ações do governo a Política Nacional de Aleitamento Materno, que contempla uma série de outras estratégias coordenadas pelo ministério, como a Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil, que capacita profissionais de saúde da Atenção Básica para o aconselhamento e orientação em amamentação e alimentação complementar saudável.

É possível destacar ainda as campanhas nacionais alusivas à Semana Mundial da Amamentação e ao Dia de Doação de Leite Humano; e a Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano, a maior e mais complexa do mundo, com 212 bancos de leite e 128 postos de coleta no país. Nas capitais brasileiras e no DF, o tempo médio de aleitamento materno aumentou em um mês e meio entre 1999 e 2008.

Por meio do Brasil Carinhos, o Ministério da Saúde expandiu a distribuição de doses de vitamina A para crianças entre 6 meses e 5 anos nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e em campanhas de vacinação. A medida previne a deficiência dessa vitamina, que acomete 20% das crianças menores de 5 anos e, quando severa, provoca deficiência visual (cegueira noturna), aumenta o risco de morbidades e mortalidade e o risco de as crianças desenvolverem anemia.

O Brasil Carinhoso também aumenta a oferta de sulfato ferroso na Rede de Atenção Básica de Saúde, além da distribuição gratuita, nas unidades do “Aqui Tem Farmácia Popular”, de medicamentos para asma – a segunda maior causa de internação e óbito de crianças – completa o pacote da Ação Brasil Carinhoso na Saúde.

IMUNIZAÇÕES – O Brasil já erradicou a poliomielite, em 1989, e eliminou da circulação do vírus autóctone do sarampo, desde 2000, e da rubéola, desde 2009. Também foi registrada queda acentuada nos casos e incidências das doenças imunopreveníveis, como as meningites por meningococo, difteria, tétano neonatal, entre outras.

Em 2006, o Programa Nacional de Imunização (PNI) incluiu, em 2006, a vacina de Rotavírus Humano (causador mais frequente de diarreia aguda, uma das principais causas de morte infantil pelo mundo), no calendário de vacinação. Em 2010, foram incluídas as vacinas Pneumocócica (conjugada) e a meningocócica C (conjugada).

O calendário básico infantil oferece 12 vacinas que previnem mais de 20 doenças – BCG, hepatite B, penta, inativada poliomielite (VIP), oral poliomielite (VOP), rotavírus, pneumocócica 10 valente, meningocócica C conjugada, febre amarela, tríplice viral (sarampo, rubéola e caxumba), tetra viral (sarampo, rubéola, caxumba e varicela) e DTP (difteria, tétano e coqueluche). Nos últimos três anos, o PNI incluiu seis novas vacinais ao Calendário Nacional de Vacinação, incluindo a Varicela. A cobertura vacinal, nos últimos dez anos, foi de 95%, na média, para a maioria das vacinas do calendário infantil e em campanhas de vacinação.  Para 2014, o Ministério da Saúde espera oferecer mais três vacinas no calendário nacional de vacinação: hepatite A, vacina dTpa (difteria, tétano e pertussis acelular) para gestantes e HPV.

COMPROMISSO RENOVADO E NOVOS DESAFIOS

Na última quinta-feira, no encerramento da Conferência da OMS “Uma Promessa Renovada para as Américas”, realizada na Cidade do Panamá, no Panamá, o governo brasileiro assinou a Declaração do Panamá para redução da mortalidade materna e infantil até 2035. O documento foi chancelado por 26 países latino-americanos e do Caribe e sete parceiros internacionais, que reafirmaram o compromisso de ampliar o acesso e de estabelecer alianças estratégicas para melhoria do atendimento às populações desfavorecidas. O Brasil se prontificou a realizar ações de cooperação internacional com outros países do mundo que ainda não conseguiram cumprir o ODM.

Pós-cumprimento do ODM 4, o principal desafio do Ministério da Saúde é conseguir adesão total de estados e municípios para atuarem diretamente no enfrentamento à taxa de mortalidade neonatal no país. Além disso, o ministério concentrará esforços na redução da desigualdade nos valores da mortalidade na infância e infantil entre as regiões do país e nas populações mais vulneráveis, como indígenas, quilombolas, ribeirinhas da Amazônia, entre outras.

Este ano, o governo federal investiu ainda mais no fortalecimento da atenção básica com o lançamento do programa Mais Médicos. A iniciativa faz parte de um amplo pacto de melhoria do atendimento aos usuários do SUS, com objetivo de acelerar os investimentos em infraestrutura nos hospitais e unidades de saúde e ampliar o número de médicos nas regiões carentes do país.

Pelo programa, o Governo Federal está investindo, até 2014, R$ 15 bilhões na expansão e na melhoria da rede pública de saúde de todo o Brasil. Deste montante, R$ 7,4 bilhões já estão contratados para construção de hospitais, Unidades de Pronto Atendimento (UPAs 24h) e Unidades Básicas de Saúde. Outros R$ 5,5 bilhões serão usados na construção, reforma e ampliação desses estabelecimentos e saúde, além de R$ 2 bilhões para 14 hospitais universitários. Na primeira etapa do programa, 1.096 médicos brasileiros (com diplomas do Brasil) e 682 médicos estrangeiros (com diplomas do exterior) confirmaram sua participação. Eles vão atender 519 municípios e 16 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI).

Nota publicada no site do MS www.saude.gov.br

Percepção de familiares e profissionais de saúde sobre os cuidados no final da vida no âmbito da atenção primária à saúde

Autores:

Ana Helena Araújo Bomfim Queiroz; Ricardo José Soares Pontes; Ângela Maria Alves e Souza; Thamy Braga Rodrigues

 

O objetivo deste estudo é refletir sobre os cuidados às pessoas com doenças em fase terminal na atenção primária à saúde (APS). Esta pesquisa torna-se relevante no contexto atual de transição demográfica e epidemiológica, na qual há um crescente envelhecimento populacional e um aumento da prevalência de doenças crônico-degenerativas. Por meio de pesquisa qualitativa sob o enfoque hermenêutico-crítico, foram realizadas entrevistas individuais com sete familiares, três profissionais da Estratégia Saúde da Família (ESF) e dois profissionais do Programa de Assistência Domiciliar. A análise ressaltou duas categorias empíricas: cuidados no final da vida na percepção dos familiares; e na dos profissionais de saúde. Os resultados evidenciaram que, apesar do discurso de humanização, refletida na prerrogativa de viver os últimos momentos de vida com a família, esconde-se um grave problema de descontinuidade dos cuidados. Concluiu-se que, apesar dos esforços, pouco se logra de melhoria na qualidade de vida de quem morre por uma doença em fase terminal no domicílio, sob os cuidados do Sistema Único de Saúde (SUS) em municípios distantes dos grandes centros.

Leia artigo completo percepcaodefamiliares

Abrasco apresenta projeto de disseminação do conhecimento científico

O presidente da Associação Brasileira em Saúde Coletiva (Abrasco), Luiz Eugenio Portela, apresentou ao secretário de Gestão Estratégica e Participativa, Luiz Odorico Monteiro, um projeto de apoio à difusão e disseminação do conhecimento científico para a gestão do Sistema Único de Saúde (SUS). O encontro aconteceu no início da tarde da quarta (dia 11) no gabinete do secretário.

“A área de Saúde Coletiva tem próximo de 35 revistas científicas. São revistas que contém informações muito úteis, que podem subsidiar a formulação e implantação de políticas de saúde do país. Essas revistas, no entanto, não tem uma estrutura que lhes assegure uma maior agilidade na sua publicação e difusão. Então, esse projeto visa apoiar as revistas na difusão dessas informações”, explicou Luiz Eugênio.

O projeto prêve a construção de uma plataforma eletrônica em que todos os autores possam submeter seus artigos de forma mais ágil. Além disso, prevê também a construção de um blog para facilitar o acesso a essas informações. Para que essas produções ganhem destaque internacional, o projeto solicita a tradução dos artigos para a língua inglesa. “Há ainda uma estratégia de capacitação dos editores das revistas, de cursos que permitam tornar a editoração mais profissional”, reforçou o presidente da Abrasco.

“Essas iniciativas são importantes para que a pesquisa de Saúde Coletiva ganhe destaque. Acredito que muito do que é produzido pode ajudar nas formulações de políticas importantes para o SUS”, opinou o secretário Odorico.

O assessor de Informação e Comunicação em Ciência da Fundação de Apoio à Universidade Federal de São Paulo e coordenador do Programa SciELO/FAPESP (Scientific Electronic Library Online), Abel Packer, também participou do encontro.

(Com informações de Paloma Abdallah – Núcleo de Comunicação da SGEP)

CONASS Debate – Caminhos da Saúde no Brasil

O Sistema Único de Saúde (SUS) completa, em 2013, 25 anos de existência. E a sua trajetória, desenhada por sonhos, conquistas e muitos desafios, desperta para a necessidade da reflexão a respeito do seu futuro.

Políticas públicas de saúde como os programas nacionais de Imunizações; de Transplantes de Órgãos e Tecidos; e de DST e Aids, reconhecidos e referenciados internacionalmente e com padrão de qualidade e excelência que a população brasileira almeja e reivindica, reforçam que a saúde pública brasileira tem muito o que comemorar.

O SUS foi concebido constitucionalmente para ser um sistema público universal, financiado por impostos gerais, à semelhança dos sistemas canadense, português, espanhol, italiano e sueco. Trata-se da maior política de inclusão social do país. No entanto,  não conseguiu constituir-se enquanto tal por várias razões, sendo a principal delas o subfinanciamento que hoje configura-se como seu problema central e do qual os demais são derivados.

Entre as razões para este cenário está o fato de que a generosidade da Constituinte de 1988 não foi acompanhada da criação de uma base material que sustentasse um sistema público universal. Devemos levar em conta que, na experiência internacional, os sistemas universais de saúde têm o gasto público, como percentual do gasto total, de no mínimo de 70%. No Brasil, esse gasto é de 47%.

Diferentemente do que foi idealizado e conquistado pelo movimento sanitário e pelos constituintes, após 25 anos a prática social do SUS não é de um sistema único de saúde, tendo em vista que ele convive com dois sistemas privados, ou subsistemas (a saúde suplementar e o desembolso direto), compondo, no Brasil, o que se encontra internacionalmente com o nome de “sistemas segmentados”.

Este é o dilema que o seminário CONASS Debate – Caminhos da Saúde no Brasil quer discutir. Há caminhos alternativos para a organização do sistema de saúde no Brasil em geral e no SUS em particular? É possível que o sonho do SUS universal se concretize nos próximos anos? Se sim, como? O SUS está fadado a ser um sistema público destinado para os setores mais pobres da população? Estas e outras questões que serão abordadas durante o evento pretendem responder se haverá, nos próximos anos, o aprofundamento da segmentação do sistema de saúde pública no Brasil e se há uma outra via para se alcançar a cobertura universal em saúde no país.

CONASS Debate

Por meio do projeto CONASS Debate, que configura-se como uma nova linha de atuação do conselho, o CONASS busca fomentar a discussão de temas importantes para o setor saúde, tendo como mote dos debates a sustentabilidade do SUS, a partir da expressão de pensamentos, de estudos e de opiniões, mesmo e, principalmente, divergentes, que contribuam para o desenho de caminhos seguros para o sistema. O projeto contempla também o objetivo de tratar questões estratégicas para a saúde pública brasileira com visão de futuro, sem se ater aos problemas pontuais ou operacionais do SUS.

“O CONASS espera que os debates apontem caminhos sustentáveis para o sistema de saúde e nos ajude a consolidá-lo”, destaca o presidente do CONASS, Wilson Duarte Alecrim. E completa: são inegáveis avanços da saúde pública obtidos com a implantação do SUS, mas ainda persistem situações que comprovam que ele precisa ser revisto”.

 

O EVENTO SERÁ TRANSMITIDO AO VIVO PELO PORTAL DO CONASS NA INTERNET WWW.CONASS.ORG.BR/CONASSDEBATE

 

SEMINÁRIO CONASS DEBATE – CAMINHOS DA SAÚDE NO BRASIL

Data: 25 de setembro de 2013

Horário: das 9h às 17h

Local: Hotel Mercure Brasília Eixo Monumental

Setor Hoteleiro Norte (SHN), quadra 5, bloco G (acesso via N2, em frente ao Brasília Shopping)

Telefone: (61) 3424-2000

Contatos: Assessoria de Comunicação Social do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS)

Adriane Cruz (61) 3222-3000 e 9609-8365

Tatiana Rosa (61) 3222-3000 e 9249-7850

Ana Luiza Wenke (61) 9970-5735

Pesquisa propõe certificação de sites de saúde

A ENSP vem estudando, há cerca de cinco anos, as transformações que o acesso à internet pode causar na relação médico-paciente. O responsável pela empreitada é o coordenador do Laboratório Internet, Saúde e Sociedade (Laiss), do Centro de Saúde Escola Germano Sinval Faria (CSEGSF/ENSP), André Pereira. Como mais um fruto desse trabalho, na próxima quinta-feira (12/9), serão apresentados na Escola os resultados da avaliação sobre a qualidade das informações disponíveis em 18 sites sobre dengue. Informações sobre outras doenças disponíveis na web, entre elas a tuberculose, serão foco de futuras avaliações. O encontro também proporá a elaboração do Selo Fiocruz, para atestar a qualidade de informação em sites de saúde. Aberta aos interessados, a atividade iniciará às 14 horas, no salão internacional da Escola, com transmissão, em tempo real, pelo Portal ENSP.

 A análise contou com a participação de 20 moradores das comunidades de Manguinhos e de 10 médicos de diferentes unidades da Fiocruz. Para tanto, foram criados 5 critérios com mais de 50 indicadores. Segundo André, a preocupação nasceu da dúvida. “Quem escreveu aquilo? Quem disse que aquela informação é de qualidade? Quem disse que a informação postada é atual e cientificamente correta?”, indagou ele.
Foram avaliados sites de iniciativa pública e privada. Entre eles, estão os do Ministério da Saúde, Wikipédia, G1 e Dráuzio Varella. De acordo com André Pereira, no geral, nenhum deles alcançou 70% de resultados positivos em relação aos critérios de abrangência, técnica, interatividade, legibilidade e acurácia. Do ponto de vista institucional, André ressaltou que desconhece qualquer pesquisa brasileira sobre o tema.
Recentemente, André orientou a dissertação Uma proposta de critérios de avaliação da qualidade para sites de saúde, desenvolvido por Ana Paula Bernardo Mendonça, analista de sistemas e tecnologista da Coordenação de Comunicação Institucional da Escola. A proposta do estudo, realizado no âmbito do mestrado profissional em Política e Gestão de Ciência, Tecnologia e Informação em Saúde da ENSP, foi a criação de um sistema de acreditação que forneça o Selo Fiocruz de qualidade para sites de saúde brasileiros. Na pesquisa, Ana Paula fez um levantamento sobre como as várias agências internacionais avaliam os seus sites e sugeriu uma proposta de avaliação.
Segundo André, a proposta do Selo Fiocruz de qualidade nasceu da integração de todos esses saberes e experiências. Os envolvidos no projeto participaram ativamente da elaboração e adaptação de critérios internacionais utilizados na pesquisa. Para a avaliação sobre dengue, André Pereira estabeleceu uma parceria com o médico Rogerio Valls de Souza, do Instituto de Pesquisas Clínicas Evandro Chagas (Ipec/Fiocruz), que auxiliou a pesquisa em questões técnicas referentes à área estudada. A vice-presidência de Ambiente, Atenção e Promoção à Saúde (VPAAPS/Fiocruz) apoiou o projeto e concedeu bolsas de pesquisa aos 20 moradores de Manguinhos envolvidos no processo.
Sites sobre tuberculose serão o próximo foco da avaliação sobre a qualidade das informações em saúde. Para tanto, André Pereira já se articulou com pesquisadores do Centro de Referência Professor Hélio Fraga (CRPHF/ENSP).
Fonte site da ENSP – www.ensp.fiocruz.br