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Arquivo Mensal novembro 2014

Nova edição do Guia Alimentar da População Brasileira valoriza a Promoção da Saúde

Mais do que um guia, um instrumento de educação em saúde e uma ferramenta capaz de multiplicar conhecimentos científicos e populares em um dos espaços sociais mais importantes para uma efetiva promoção da saúde: a mesa. Lançado ao na manhã de desta segunda-feira, dia 05 de novembro, durante a 263º Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Saúde (CNS), a segunda edição do Guia Alimentar da População Brasileira traz avanços significativos na apresentação e na discussão de uma alimentação adequada e saudável. A Abrasco, por meio do seu Grupo Temático em Alimentação e Nutrição em Saúde Coletiva (GT ANSC/Abrasco), saúda o enfoque pioneiro da publicação que busca articular conhecimento científico, saberes tradicionais, cultura e compromisso com o meio ambiente.

Remoçado, o Guia chega ao seu lançamento com 158 páginas e uma tiragem inicial de 60 mil exemplares, que terá sua primeira distribuição entre os estabelecimentos da rede de atenção básica à saúde, centros de formação e universidades e, posteriormente, entre as instituições de ensino que compõem o programa Saúde na Escola. A versão eletrônica já está disponível no Portal Saúde.

Na coletiva de imprensa organizada para o lançamento, o ministro da Saúde Arthur Chioro destacou um dos principais objetivos da publicação. “Trata-se de um guia bastante completo em um momento em que a obesidade se transforma, não só no Brasil, mas em todo o mundo, em um problema de saúde pública”, concluiu. Dados da pesquisa Vigitel 2013 (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) indicam que atualmente 50,8% dos brasileiros estão acima do peso ideal e 17,5% são obesos. Os percentuais são 19% e 48% superiores que os registrados em 2006 – quando a proporção de pessoas acima do peso era de 42,6% e de obesos era de 11,8%.

Junto com o enfrentamento do diabetes, da hipertensão e de outros agravos e consequências advindos da transição do padrão alimentar da população, Patrícia Jaime, da Coordenação-Geral de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde (CGAN/MS), falou que a publicação não tem o intuito de prescrever ou normatizar a alimentação da população. “Nosso objetivo maior é ampliar a autonomia do sujeito frente às práticas alimentares em cima de dois direitos básicos: à saúde e à alimentação.”

A coordenadora frisou ainda que, como todo e qualquer produto intelectual de qualidade, o Guia buscou estar em sintonia com o seu tempo e partir de um diagnóstico do momento em que vivemos. É nessa perspectiva que a publicação traz uma nova forma de classificação dos alimentos, a partir de seu processamento ao invés da segmentação por nutrientes. “O Guia é um instrumento de educação em saúde, voltado para o apoio aos profissionais da rede de atenção do SUS e todos aqueles envolvidos com educação alimentar e nutricional, na abordagem desse conjunto de mensagens presentes na publicação.” O trabalho contou com o apoio e a parceria de instituições como o Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo (NUPENS/USP); a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS), além de pesquisadores, profissionais de saúde, educadores e representantes de organizações da sociedade civil que participaram com críticas e propostas na etapa da consulta pública online.

Conhecimento comprometido: Em nome da Abrasco, Maria Angélica Tavares de Medeiros, coordenadora do GT ANSC, saúda a publicação por trazer para a população esse novo olhar sobre a classificação dos alimentos a partir do seu grau de processamento que se vincula mais à promoção de uma alimentação adequada e saudável, deixando para trás a tradicional abordagem da distribuição de nutrientes pelas refeições. “Essa proposta carrega também o respeito à cultura e à comida e, na sua redação, o Guia é claro na recomendação de consumo preferencial de alimentos in natura, sem conservantes. Nesse sentido, essa proposta tem potencial estratégico no cenário dos planos nacionais de enfrentamento das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), como o diabetes e a hipertensão”.

Professora do Instituto Saúde e Sociedade da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP-Baixada Santista), Maria Angélica destaca que todas as pesquisas apontam a ligação direta entre uma alimentação baseada nos produtos ultraprocessados e prontos para consumo e os riscos à saúde, como a obesidade e suas consequências. Logo, é louvável que um importante aspecto da política de promoção da saúde, como a Alimentação e Nutrição, traga uma leitura crítica e valorize a cultura alimentar e os saberes tradicionais de cada parte e comunidade do país, frente ao sistema agroalimentar hegemônico que se volta às necessidades do capital.

“Contribuir com a produção do conhecimento comprometida com as necessidades da saúde dos brasileiros, em articulação com uma ação política envolvendo universidades, sociedade civil e movimentos sociais são questões centrais próprias da missão da nossa Associação. O campo ocupado pelo GT ANSC e por tantos outros parceiros é estratégico dentro da Saúde Pública. A Abrasco se coaduna às políticas públicas que valorizem a dimensão da alimentação e da nutrição como elemento essencial da produção e da reprodução da vida humana”, concluiu a coordenadora.

Nota publicada site ABRASCO – http://www.abrasco.org.br/sit

 

Residência em MFC e em Enfermagem em SF do Rio de Janeiro

Programa de Residência em Medicina de Família e Comunidade (PRMFC) do município do Rio de Janeiro

A Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro lançou o edital para a Residência em Medicina de Família e Comunidade. Serão 80 vagas para bolsas no valor de R$10.000,00 (valor líquido). As inscrições vão até o dia 13 de novembro de 2014 pelo site http://concursos.rio.rj.gov.br

Algumas vantagens de fazer a residência:

Com a Residência em MFC do rio após a titulação, o profissional passará a receber R$1.600,00 (valor atual ) como gratificação por formação em qualquer ESF no município;

Todos os residentes terão um preceptoria de um médico de família com treinamento e habilidades em atenção primária e ferramentas de Medicina de Família e Comunidade;

Habilidades específicas em pequenos procedimentos , urgência, emergência e parto, dentre outras. Serão preferencialmente oferecidas em estágio na própria área de planejamento, compondo uma rede docente assistencial;

Estágios optativos no exterior (Espanha, Portugal, Uruguai, Peru, Itália);

Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail rmfcsmsdc.rj@gmail.com  ou pelo telefone (21) 9-9675-1438

Blog – http://www.rmfcrio.org/

 

Programa de Residência em Enfermagem em Saúde da Família (PRESF)do município do Rio de Janeiro

Também f oi publicado o Edital de seleção do Programa de Residência em Enfermagem em Saúde da Família (PRESF).O PRESF é uma parceria firmada por meio de Convênios entre a Secretaria Municipal  de Saúde do Rio de Janeiro e as Universidades UFRJ e UNIGRANRIO. Ao total são 36 vagas destinadas as(os) enfermeiras(os) que pretendem se especializar em Saúde da Família por meio de treinamento em serviço com direito a uma bolsa mensal no valor de R$ 2.976,26.

Edital disponível em: http://concursos.rio.rj.gov.br

Para conhecer um pouco da Reforma da Atenção Primária na cidade do Rio de Janeiro acessar o link: http://www.youtube.com/watch?v=39y71w_ETDY

Especialistas discutem estratégias de acesso e qualidade da atenção básica

Mais de oito milhões e meio de quilômetros quadrados, 200 milhões de habitantes, incontáveis etnias, línguas, biomas e modos de vida: eis um possível resumo dessa parte do planeta a que convencionamos chamar Brasil. As dimensões da quinta maior e mais populosa nação do mundo revelam, ao menos em parte, o tamanho do desafio a que se propôs o Programa Nacional de Melhoria do Acesso a Qualidade da Atenção Básica, o Pmaq, na tentativa de diagnosticar as ações de atenção primária realizadas em todo o território nacional. Alguns resultados do 2º ciclo do programa foram apresentados no último Ceensp, o Centro de Estudos Miguel Murat, da ENSP.

Durante a apresentação, a pesquisadora da Escola Márcia Fausto contou alguns dos obstáculos que se apresentaram ao longo  da coleta de dados. Carros atolados, longas viagens de barco, locais acessíveis apenas com motos ou mesmo a pé fizeram parte do dia a dia das equipes do Pmaq.  O programa é composto de quatro fases. Na primeira delas, os gestores municipais e as equipes de atenção básica formalizam com o Ministério da Saúde sua adesão. Na segunda fase, de desenvolvimento, gestor e equipes trabalham para reconhecer necessidades e melhorar a atenção básica. Em diversos momentos, antes das visitas das equipes de avaliação externa, o que constitui a fase 3 do programa, observa-se um processo de ‘maquiagem’ da realidade vivenciada no dia a dia. Mesmo assim, Márcia Fausto explica que é possível obter resultados positivos: “Muitas vezes, ao se reunirem para avaliar o trabalho que vem sendo feito, ainda que surjam ações para maquiar uma determinada situação, essas reuniões acabam gerando mobilização e mudanças na unidade básica, já que suas equipes começam a perceber outras formas de organização”. Na quarta fase, chamada recontratualização, são propostos novos padrões e indicadores de qualidade aos municípios, estimulando a sistematização do processo de avaliação, que se propõe a ser permanente.
O trabalho da ENSP se dá, sobretudo, na fase 3, a de avaliação externa das equipes. A Fiocruz ficou responsável por coordenar essa avaliação no Paraná, Roraima, Amapá, Rio de Janeiro, ES, Pernambuco, Tocantis, Rio de Janeiro (capital e estado avaliados separadamente) e Alagoas. O trabalho de campo durou cinco meses. Comparando o segundo com o primeiro ciclo do Pmaq, houve aumento considerável da participação dos municípios. Em 2011/2012,  72% das cidades brasileiras estiveram presentes no programa. Em 2013/2014, foram 93%, totalizando 1.035 municípios.
A pesquisadora da ENSP Ligia Giovanella mostrou alguns dos dados coletados nesse último ciclo. Segundo ela, o resultado é mais positivo do que a realidade pode fazer supor. Entre os problemas encontrados, porém, está a dificuldade de as equipes de atenção básica facilitarem o agendamento de consultas. Em 55,1 % delas, o usuário que quer marcar uma consulta tem de comparecer na unidade num dia e horário específico. Com isso, a velha fila para as senhas continua sendo a praxe em muitos lugares. Outra reclamação, encontrada em metade das unidades básicas, é a de que não é oferecida a coleta de material para exames. Fala-se ainda na escassez de medicamentos e do baixo número de acompanhamento pré-natal.
A presidente do Cebes, Ana Costa, descreveu uma espécie de cíclo vicioso das reclamações. “O usuário fala do mal atendimento, os trabalhadores reclamam da ausência de  vínculo, e o gestor justifica os problemas relatando falta de verbas”. Ana também é crítica a diversos programas que criam uma fragmentação, classificada por ela como perversa: “Tem o dia do hipertenso, o dia do diabético. Isso cria barreiras ao processo de atenção básica. Não podemos ter uma rede operando dentro de uma rede que se propõe integral”.  A pesquisadora reconhece os avanços apresentados pelos indicadores, como o aumento do atendimento de doentes crônicos, mas lembra que estamos em “estado de conferência”, uma vez que a 15ª Conferência Nacional de Saúde se aproxima, e os desafios são grandes: “Ainda nos anos de 1970, já fazíamos uma abordagem crítica da atenção primária e dizíamos que ela não deveria ser um atendimento de segunda para pessoas de segunda. Na 10º Conferência de Saúde, quando surge a Estratégia de Saúde da Família, a atenção básica já era foco do setor privado. Os alertas dos tempos primeiros ainda estão postos. A atenção primária não se consolidou como a grande ordenadora da rede. Isso é um grande desafio.”
Nota publicada no site  ENPS –http://www.ensp.fiocruz.br/portal-ensp/

Unicamp vai mapear uso de práticas integrativas e complementares em Campinas e região

Representantes de 20 secretarias municipais de saúde e dos governos Federal e Estadual participam do lançamento do projeto de pesquisa na macrorregião de Campinas sobre as Práticas Integrativas e Complementares (PIC) nos serviços de Atenção Primária, como: homeopatia, acupuntura, fitoterapia, práticas corporais, práticas meditativas e outras. A pesquisa será conduzida pelo Laboratório de Práticas Alternativas Complementares e Integrativas em Saúde (Lapacis) da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp e terá duração de aproximadamente dois anos.

O lançamento oficial do projeto acontece no dia 4 de novembro, às 14 horas, no Salão Nobre da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp durante o evento “Política Nacional e Regional de Práticas Integrativas e Complementares na Região Metropolitana de Campinas”. (Veja programação).

No mesmo evento será assinado um memorando de colaborações em pesquisa, ensino e extensão em PIC entre o Grupo Temático de Racionalidades Médicas e Práticas Integrativas e Complementares, da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO), e o Centro Australiano de Pesquisa em Medicina Integrativa e Complementar, da Associação Australiana de Saúde Pública. No dia 3 de novembro,  como preparação dos trabalhos e debates do dia 4, será desenvolvido o mini-curso “Práticas Integrativas e Complementares na Australásia: pesquisa, ensino e extensão”, também na FCM.

De acordo com o sociólogo e coordenador do Lapacis, Nelson Filice de Barros, “esse processo colaborativo pode auxiliar no desenvolvimento de políticas públicas de saúde em PIC em ambos os continentes. Além disso, pode trazer novos elementos para essa primeira experiência nacional de construir a regionalização da política de PIC, que o projeto pretende desenvolver na Região Metropolitana de Campinas, no âmbito da Atenção Primária do Sistema Único de Saúde”.

Fonte – http://www.fcm.unicamp.br/fcm/noticias/2014/unicamp-vai-mapear-uso-de-praticas-integrativas-e-complementares-em-campinas-e-regiao

Abrasco aponta como cumprir promessas de campanha na área de saúde no portal EBC

Com a reeleição da presidenta Dilma Rousseff, pesquisadores defendem que para o cumprimento das promessas de campanha é necessário assegurar a estabilidade financeira do Sistema Único de Saúde (SUS). A presidenta reeleita prometeu, durante a campanha eleitoral, mudar o patamar de qualidade e ampliar o atendimento dos serviços de saúde com a expansão do Programa Mais Médicos. Disse que também vai aumentar a rede de unidades de Pronto-Atendimento, estender as redes de atendimento especializado e qualificar os serviços hospitalares.

A diretora da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade de Brasília, Maria Fátima de Sousa, defende que o governo aproveite o apoio que tem no Congresso para aprovar o projeto de lei que destina 10% do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país) às ações de saúde. “A presidenta tem apoio, ela pode criar ainda outros meios de arrecadar fundos para a saúde, como, por exemplo, aumentar as taxas de produtos que sobrecarregam a saúde pública, como álcool e cigarros, e destinar claramente esse dinheiro para o financiamento da saúde”, defende.

Outro passo que a especialista considera importante para fortalecimento do SUS – outras das promessas – é priorizar o sistema. Segundo Maria Fátima, com o modelo de atendimento da atenção primária, por meio do Programa Saúde na Família, apenas cerca de 15% a 20% das demandas de saúde iriam para unidades mais complexas, de tratamento intensivo e especializado. “Precisamos ter clareza do modelo que iremos seguir para priorizar investimentos, e não fazer investimentos desordenados”, destacou.

Para que o modelo seja seguido, Maria Fátima defende a priorização de cursos voltadas para a saúde básica, tanto para médicos quanto enfermeiros, dentistas e outros profissionais de saúde, além da ampliação de vagas para estes profissionais nas faculdades. “A formação dos profissionais no Brasil não está voltada para o que o Brasil precisa, que é a atenção básica. Está voltada para o mercado. Precisamos mudar esse quadro”, diz ela.

Para a pesquisadora do Instituto de Estudos de Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio de Janeiro e conselheira da Associação Brasileira de Saúde Coletiva, Lígia Bahia, o governo deve fortalecer a rede de formação de recursos humanos na área de saúde, principalmente com investimento nos hospitais universitários das instituições federais de ensino. “Também é interessante aumentar os cursos privados, mas é nas universidades federais que há incentivo à pesquisa, e isso é que fortalece o setor”, sentenciou.

Lígia concorda que seria muito importante destinar 10% do PIB para a saúde pública, mas como a presidenta Dilma já sinalizou que isso é inviável, a pesquisadora considera que o governo deveria recorrer ao dinheiro aplicado nos planos de saúde, como subsídios e isenção de impostos, que somam R$ 20 bilhões, segundo ela. “Precisamos que o SUS seja prioridade, e que ele funcione para ricos e para pobres. Investir no sistema privado é reconhecer que o [sistema] público não funciona”, ressaltou.

Com esse dinheiro, segundo a pesquisadora, o governo poderia estruturar a atenção primária, que consiste no atendimento em postos de saúde, com médicos generalistas, e assim tornar esse tipo de formação atraente, em detrimento de outras especialidades. “Um sistema assim poderia evitar internações por complicações de problemas como diabetes, hipertensão. Mas, para essa atenção primária ser forte, ela precisa de locais decentes, limpos, com bons profissionais de saúde, e não instalações precárias como as que temos.”

A especialista reforça que o Brasil precisa também de mudança de cultura para que as pessoas tenham uma relação de confiança com seu médico generalista, para que ele encaminhe o paciente para especialistas apenas se necessário. Dessa forma, o atendimento de média e alta complexidade seria desafogado, e quem realmente precisa dele teria mais acesso.

Fonte site ABRASCO – http://www.abrasco.org.br/site/

Integralidade e Atenção Primária à Saúde: avaliação sob a ótica dos usuários

Autores: Carla Silvana de Oliveira e Silva , Adélia Dayane Guimarães Fonseca , Luís Paulo Souza e Souza , Leila das Graças Siqueira , Angélica Gonçalves Silva Belasco , Dulce Aparecida Barbosa

Resumo:Este estudo objetivou avaliar o processo de integralidade da Atenção Primária à Saúde (APS), sob o ponto de vista dos usuários da Estratégia Saúde da Família (ESF) e dos demais serviços da APS. Estudo transversal, analítico e quantitativo, realizado em Montes Claros, Minas Gerais, Brasil, que utilizou questionário validado Primary Care Assessment Tool, versão adulto, aplicado a 373 usuários adultos, sendo que 124 (33,6%) referiram atendimento pela ESF e 249 (66,4%) referiram atendimento por outros serviços. Atribuíram-se escores para as oito dimensões do instrumento, entretanto, o presente estudo trabalhou com apenas três: primeiro contato; acessibilidade; e, longitudinalidade. Em relação à integralidade da APS, houve melhor avaliação pela população que utiliza a ESF, comparando com a de quem utiliza outros serviços. Os atributos primeiro contato, acessibilidade e longitudinalidade obtiveram escores mais elevados na modalidade de ESF em comparação com outros serviços, com significância estatística para todos os domínios. Conclui-se que é de fundamental importância avaliar os atributos da APS, com vistas à melhoria da qualidade dos serviços prestados.

Leia artigo artigo03_11_2014

 

Artigo publicado no Caderno de Ciência & Saúde Coletiva -Vol.19 –

http://www.cienciaesaudecoletiva.com.br/index_interno.php