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Arquivo Diário 29 de abril de 2013

Fiocruz e Capes lançam programa especial de fomento para doutores

A Fiocruz vai inaugurar em 2014 o seu Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde (CDTS), novo espaço no campus Manguinhos destinado à produção de insumos. Trata-se de um parque estratégico para o desenvolvimento de produtos de saúde contra doenças de importância epidemiológica ou econômica para o Brasil, especialmente as doenças tropicais negligenciadas. Por isso, o Centro também tem o objetivo de encorajar parcerias entre os setores público e privado, estabelecendo trabalhos colaborativos com outros centros de excelência científica.

Uma das iniciativas para estabelecer esse fluxo colaborativo ganha corpo com o edital recém-lançado do Programa de Colaboração a Longo Prazo para Professor Visitante e Pós-Doutorado, resultado de uma parceria entre a Fiocruz e a Capes. O programa visa estabelecer parcerias sustentáveis entre a Fiocruz e outras instituições líderes, sejam públicas ou privadas, através de diferentes modalidades de bolsa.

Uma delas é o Programa de Pós-Doutorado, destinado a candidatos brasileiros, com título de Doutor (PhD/DSc), interessados em realizar treinamento em instituições públicas ou privadas no Brasil ou no exterior, com o compromisso de se integrar a projetos do Centro após a finalização do programa. Serão oferecidas até 20 bolsas de estágio pós-doutoral no Brasil para treinamento de jovens cientistas brasileiros em centros de excelência. E até 10 bolsas para o treinamento no exterior.

Já o Programa para Professor Visitante é destinado a cientistas ou profissionais da área de gerenciamento de tecnologia que tenham o título de Doutor (PhD/DSc) ou de nível equivalente, de instituições dos setores
público ou privado, com experiência comprovada e produção relevante em suas respectivas áreas de atuação. Cidadãos oriundos de países que mantenham relações diplomáticas com o Brasil são elegíveis. O programa oferece ao profissional a flexibilidade de permanecer na Fiocruz por períodos de uma semana a um ano, podendo o prazo ser prolongado através de visitas múltiplas e renovações. Serão oferecidas até 30 bolsas.

Os candidatos serão selecionados por um painel de experts composto por seis membros designados pela Fiocruz e pela Capes. O programa terá validade até 2016.

Veja o anúncio do edital.

A versão em inglês do edital foi publicado na Revista Science.

Equipes bem avaliadas no PMAQ do município do RJ terão mais R$ 90 mi

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, participou nesta sexta-feira (26) do Encontro com os Novos Prefeitos e Prefeitas, no Palácio Guanabara, na capital do Rio de Janeiro, estado que terá a disponibilização de recursos adicionais para a atenção básica. O recurso previsto é de R$ 90 milhões noPrograma Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ). Todos os 92 municípios do estado aderiram ao segundo ciclo do programa e estão aptos a receber os valores adicionais para ampliar e qualificar a atenção à saúde.

“O PMAQ é um programa que contribui com a melhoria da qualidade e da assistência nos municípios, além de ser uma forma de avaliar os serviços existentes”, destacou o ministro. “O Ministério da Saúde tem investido cada vez mais na Atenção Básica para ampliar o acesso da população aos serviços públicos de saúde”, completou Padilha.

No país inteiro, 5.213 municípios (o equivalente a 93,6%) aderiram ao PMAQ para o período 2013/2014. Ao todo, está previsto o investimento de R$ 1,7 bilhão pelo programa. Os recursos podem beneficiar até 38.390 Equipes de Atenção Básica (EAB), 27.159 Equipes de Saúde Bucal (ESB), 3.802 Núcleos de Atenção à Saúde da Família (NASF) e 1.276 Centros de Especialidades Odontológicas (CEO).

Já no estado do Rio de Janeiro, os recursos adicionais podem chegar até 2.027 Equipes de Atenção Básica, 909 Equipes de Saúde Bucal, 100 NASFs e 63 CEOs. A partir da adesão ao PMAQ, as equipes passam a receber 20% do recurso total designado a cada equipe participante. Após a avaliação externa, as equipes poderão perder o incentivo, mantê-lo ou ampliar para 60% ou 100%, de acordo com o desempenho.

Este ano, o PMAQ foi ampliado para todas as equipes de Atenção Básica (incluindo as equipes de Saúde da Família, equipes de atenção básica organizadas em outras modalidades e equipes de Saúde Bucal) dos municípios. Além disso, o programa incluiu os Núcleos de Atenção à Saúde da Família (NASF) e os Centros de Especialidades Odontológicas (CEO), que antes não faziam parte do programa.

O QUE É O PROGRAMA – O PMAQ é um programa de âmbito nacional que tem como objetivo promover a melhoria do acesso e da qualidade da atenção à saúde. Lançado em 2011, contemplou 4 mil municípios em seu primeiro ciclo (2011/2012). Um total de 17,5 mil equipes de Atenção Básica foram avaliadas e 16.938 equipes foram certificadas em mais de 70% dos municípios brasileiros habilitados a receber incentivos PMAQ, naquele período.

O programa está organizado em quatro fases complementares, que funcionam como um ciclo contínuo de melhoria do acesso e da qualidade da Atenção Básica: Adesão e Contratualização, Desenvolvimento, Avaliação Externa e Pactuação.

As equipes de Atenção Básica que recebem conceito muito acima da média na avaliação externa recebem adicional de R$ 8,5 mil por mês; conceito acima da média recebe um adicional de R$ 5,1 mil; e conceito mediano ou abaixo da média, recebe um adicional de R$ 1,7 mil. As equipes que não cumprem os requisitos mínimos – conceito insatisfatório – perderão recurso se não se adequarem aos requisitos mínimos de qualidade.

Ao todo, em 2012, o Ministério da Saúde investiu R$ 12,5 bilhões para custear o trabalho das equipes de Atenção Básica. Em 2013, estão previstos R$ 16,1 bilhões; destes, R$ 800 milhões devem ser destinados ao Estado do Rio de Janeiro.

Fonte site MS www.saude.gov.br

Trabalho em equipe na atenção primária: a experiência de Portugal

AutoresMarize Barros de Souza,1 Paulo de Medeiros Rocha,2 Armando Brito de Sá3 e Severina Alice da Costa Uchoa2

Objetivo. Analisar o trabalho em equipe na atenção primária em saúde em Portugal.

Métodos. Foi realizada uma pesquisa avaliativa de abordagem qualitativa, com desenho de estudo de caso. Os dados foram obtidos por entrevista semiestruturada, observação direta e análise documental. Foram entrevistados gestores, profissionais e usuários de 11 unidades de saúde familiar (USF) portuguesas, totalizando 71 participantes. Utilizou-se a técnica de análise de conteúdo na interpretação das entrevistas.


Resultados. Cada equipe era constituída por médico, enfermeiro e funcionário adminis- trativo, atendendo entre 1 250 e 2 060 usuários. Uma característica marcante da experiência portuguesa foi a formação das equipes nas USF de forma voluntária, por meio de afinidades pessoais, com autonomia de composição. Observou-se nessas USF o desenvolvimento de “carteira básica de serviços” juntamente com intervenções de vigilância, promoção da saúde e prevenção de doença, cuidados em situação de doença aguda, acompanhamento clínico de doença crônica e de patologia múltipla, cuidados domiciliares, interligação e colaboração em rede com outros serviços (cuidados hospitalares). Foram relatadas dificuldades no atendimento domiciliar. A informatização era ampla nas USF. De acordo com os entrevistados, as mudan- ças advindas da implementação das USF foram maior acessibilidade dos usuários aos serviços, maior qualidade do cuidado prestado e trabalho em equipe com objetivos e metas, além da existência de um plano de ação.


Conclusões. Mesmo não tendo assumido um papel de coordenação da rede de cuidados, a atenção primária em saúde organizada a partir de equipes foi avaliada positivamente em Por- tugal, como promotora de maior acesso, continuidade e humanização dos serviços.

 

Leia artigo completo _Trabalhoemequipe