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Um mundo em busca do desenvolvimento sustentável

As palestras do seminário de Saneamento e Saúde Ambiental: reflexões sobre a Rio+20 têm enfatizado a importância da participação popular para o desenvolvimento das ações de saneamento, e as mesas apresentadas durante a quarta-feira (13/6) não foram diferentes. A parte da manhã debateu a economia verde e destacou que este conceito atualmente é visto como uma manobra para promover o crescimento da demanda mundial por tecnologias ambientais e não enfrenta a lógica de produção capitalista. Já a mesa da tarde, Cidade e Habitação Saudável, contou com apresentações de quatro palestrantes que se complementaram ao destacar a importância do papel dos indivíduos na construção de um ambiente saudável e a necessidade de a habitação atuar como um agente da saúde de seus moradores e usuários.

Economia Verde: um conceito controverso

Paulo Buss comentou que, segundo muitos acordos internacionais, o desenvolvimento sustentável é formado por três pilares: econômico, ambiental e social. Mas envolve também o pilar político, que é o responsável pela articulação dessas esferas. “O desenvolvimento sustentável é aquele que atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade das futuras gerações de atender às suas próprias. A questão é que hoje existem múltiplas crises mundiais decorrentes do modo estrutural de produção e consumo ecoagressivo, desigual e excludente do capitalismo global. Para Buss, em apresentação baseada no documento Saúde Rio+20: Desenvolvimento sustentável, ambiente e saúde – Documento para discussão, não se trata de uma crise conjuntural euro-americana. Essa crise estrutural se expressa em subcrises econômicas, sociais, alimentares, de emprego, energéticas e também, ambiental, sanitária e, em especial, ética. “O conceito e as práticas da economia verde foram apropriados pelos interesses do capital. O ‘esverdeamento’ das estratégias do capital não enfrenta o modelo vigente. É preciso ressaltar que outra economia é possível, desde que países ricos e desenvolvidos reduzam padrões de consumo, e países em desenvolvimento tenham metas também sustentáveis e responsabilidades diferenciadas”, apontou ele.

O documento desenvolvido pelo grupo de trabalho liderado por Paulo Buss está disponível no site sauderio20.fiocruz.br e ainda aceita contribuições. Ele já foi apresentado de forma preliminar em uma apresentação na ENSP e agora neste seminário, mas a ideia é que, assim como os documentos criados para a Eco-92, ele seja transformado em uma publicação.

 Leia mais em

http://www.ensp.fiocruz.br/portal-ensp/informe/site/materia/detalhe/30484

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