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Arquivo Diário 12 de junho de 2012

Abrascão 2012 – últimos dias para envio dos trabalhos

 

O prazo para as inscrições para o envio de trabalhos científicos para o 10° Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva vão até o dia 15 de junho. O congresso que será realizado de 14 a 18 de novembro de 2012 em Porto Alegre (RS) terá como tema central “Saúde é Desenvolvimento: Ciência para a cidadania”.Parte das Comunicações Coordenadas está destinada exclusivamente para a ABRASCO Jovem, facilitando a divulgação da produção científica e o intercâmbio de alunos dos Cursos de Graduação e Pós-Graduação em Saúde Coletiva. Para saber mais sobre as inscrições e instruções para o envio de trabalhos acesse o site www.saudecoletiva2012.com.br.

Edital – Primeiro Exame de Suficiência em Medicina Paliativa

Médicos de todo o País, portadores de título de especialista em Anestesiologia (SBA/AMB); ou Pediatria (SBP/AMB); ou Cancerologia (SBC/AMB); ou Clínica Médica (SBCM/AMB); ou Geriatria (SBGG/AMB) ou Medicina de Família e Comunidade (SBMFC/AMB), por no mínimo cinco anos, podem participar enviando um requerimento à AMB até o dia 20/07. O exame será dirgido pela Comissão de Medicina Paliativa da Associação Médica Brasileira.

Edital em Medicina Paliativa – 1ª prova

PROVAB -MS divulga selecionados aos cursos de especialização

O Ministério da Saúde divulgou nesta segunda-feira (11) a relação de profissionais selecionados como bolsistas no curso de especialização oferecido pelo Programa de Valorização dos Profissionais na Atenção Básica (Provab). A Portaria Nº 7, publicada nesta segunda-feira (11), Diário Oficial da União, traz a lista dos 1.614 profissionais de saúde que receberão bolsa para participar do curso e dos 480 municípios onde vão atuar. O Provab foi criado para incentivar médicos, enfermeiros e cirurgiões-dentistas a atuarem na Atenção Básica de municípios onde existe falta desses profissionais, geralmente em áreas de extrema pobreza e em periferias de regiões metropolitanas.O profissional participante do Provab, que ainda não tenha sido contratado pelas secretarias de saúde, terá direito a bolsa mensal, custeada integralmente pelo Ministério da Saúde, no valor de R$ 2.384,82. O trabalhador-estudante deverá cumprir, semanalmente, 32 horas de atividades práticas nas unidades básicas de saúde e na gestão da atenção básica do município, além de oito horas em atividades acadêmicas. Os participantes serão supervisionados por instituições de ensino superior, hospitais de ensino e programas de residência. Para ter direito à bolsa, o profissional não pode ter vínculo empregatício com a Atenção Básica.O curso de especialização será ministrado à distância e terá duração de um ano, de 19 de junho deste ano a 30 de junho de 2013. As atividades em serviço terão início em 20 de junho e, as atividades acadêmicas, em 1º de julho. A aula inaugural do curso está marcada para o dia 19 deste mês e será ministrada, via videoconferência, pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha. “Além de contribuir para a oferta de um melhor atendimento nas regiões mais carentes, a especialização vai ajudar a formar profissionais familiarizados com as demandas do Sistema Único de Saúde (SUS)”, avalia o ministro. Segundo ele, a especialização permitirá a integração entre ensino e serviço.O programa prevê supervisão presencial e à distância, curso de especialização em Atenção Básica e pontuação adicional de 10% em provas de acesso à residência médica. O Provab promove a integração ensino–serviço–comunidade, além de trabalhar no sentido de tornar o SUS mais universalizado. “É mais um dos programas do Ministério da Saúde que visa reduzir as desigualdades regionais existentes em nosso país, especialmente no que diz respeito ao acesso à saúde”, ressaltou o secretário de Gestão do Trabalho e Educação em Saúde, Mozart Salles. Ele explica que o programa oferece aos profissionais participantes a oportunidade de conhecer diferentes realidades e de exercer a profissão onde a população mais necessita, fortalecendo a dimensão da relevância social de sua atuação.
O cronograma completo das atividades do Provab e outras informações podem ser encontradas no site do programa.

Fonte site MS www.saude.gov.br

 

 

Ministério inicia avaliação de equipes em Minas Gerais

O Ministério da Saúde lançou, nesta segunda-feira (11), em Governador Valadares (MG), a terceira etapa do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ), em Minas Gerais. O objetivo do programa é avaliar equipes que prestam atendimento à população por meio de um questionário, que será aplicado a gestores de unidades de saúde, profissionais e usuários. Equipes bem avaliadas terão aporte adicional de recursos de até 100%.Para o diretor do Departamento de Atenção Básica do Ministério da Saúde, Heider Pinto, que participou do lançamento regional da terceira etapa do programa, a medida representará na melhoria do atendimento na atenção básica no estado. “Minas Gerais foi um dos estados com maior participação no programa, o que é muito bom para a população mineira. Esse movimento de qualificação da Atenção Básica vai estabelecer um padrão de qualidade. A tendência é que os municípios sigam esse padrão, o que vai resultar na melhoria do atendimento do Sistema Único de Saúde e na satisfação dos usuários”, explica Heider Pinto. Em Minas Gerais, serão avaliadas 2.954 equipes que se inscreveram no PMAQ. No município de Governador Valadares, foram inscritas 34 equipes. Em todo o país, serão avaliadas 17,5 mil equipes, o equivalente a 53,3% do total de equipes de saúde da família (32.809) que aderiram ao programa em 3.972 municípios brasileiros. Serão investidos R$ 800 milhões neste ano para elevar os recursos somente às equipes integrantes do programa. Para custear o trabalho de todas as equipes de atenção básica do país, o Ministério da Saúde investirá R$ 7,2 bilhões em 2012.Criado em 2011, o PMAQ busca ampliar o acesso do cidadão aos serviços de saúde e melhorar o atendimento na atenção básica, garantindo um padrão nacional de qualidade por meio da avaliação de equipes de saúde. O programa eleva os recursos para as Unidades Básicas de Saúde (UBS) que cumprem metas na qualificação do trabalho das equipes de saúde.A Universidade Federal de Minas Gerais é a instituição responsável pelo processo de avaliação no estado, sendo que a equipe de avaliação conta com um supervisor e até quatro avaliadores, dependendo do tamanho da unidade a ser visitada. Para realizar o questionário, os membros estarão uniformizados e portarão tablets, nos quais serão respondidas as perguntas. Após a coleta das respostas, os dados são exportados para um banco do Ministério da Saúde. São quase 800 avaliadores em todo país, de 38 instituições de ensino e pesquisa.As equipes que serão avaliadas são compostas por médico, enfermeiro, técnico ou auxiliar de enfermagem e agentes comunitários de saúde. Há equipes que também oferecem assistência odontológica e são formadas por dentistas, auxiliar de consultório dentário e/ou técnico em saúde bucal.Equipes bem avaliadas em indicadores como atendimento pré-natal, acompanhamento de doentes crônicos, tempo de espera por consulta e adequada atenção à saúde do idoso poderão receber o teto de R$ 11 mil por mês. Hoje, cada equipe recebe do governo federal de R$ 7,1 mil a R$ 10,6 mil conforme critérios socioeconômicos e demográficos. A ação do governo federal visa incentivar os municípios a se esforçarem na melhoria do atendimento aos usuários do SUS.
RECURSO ADICIONAL – O processo de avaliação é realizado pelo Ministério da Saúde com o apoio de 38 Instituições de Ensino e Pesquisa de todas as regiões do país. Ao todo, serão aplicados questionários a 70 mil brasileiros (usuários do SUS) de todos os estados. Esta avaliação será finalizada em julho deste ano. Além do processo de avaliação, as equipes de saúde receberão educação permanente e apoio institucional do ministério.Equipes que forem consideradas ótimas na avaliação terão aporte mensal adicional de R$ 11 mil. As que tiverem bom desempenho, receberão R$ 6,6 mil. Se a avaliação for regular, o recurso mensal será elevado em R$ 2,2 mil.
O PMAQ está organizado em quatro fases que se complementam e formam um ciclo contínuo de melhoria do acesso e da qualidade da Atenção Básica: Adesão e Contratualização; Desenvolvimento; Avaliação Externa (que está em curso); e Recontratualização. O programa integra a política Saúde Mais Perto de Você, lançada em 2011 pelo governo federal, cujo objetivo é incentivar os gestores locais (secretarias municipais e estaduais de saúde) a melhorar o padrão de qualidade da assistência oferecida aos usuários do SUS nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e por meio das equipes de A tenção Básica a Saúde.

 Fonte Site MS www.saude.gov.br

 

Os desafios aos sistemas de saúde no século XXI

O século XXI, no final de sua primeira década, anuncia grandes desafios para o campo da saúde, de diversas naturezas e soluções nem sempre simples. Os últimos 20 anos, aliás, revelaram questões e problemas que nos levam a refletir sobre “como sair do século XX”, na expressão utilizada por Edgar Morin, com melhores condições de saúde para todos ou, talvez fosse melhor expressá-lo de forma diferente: “como deixar o século XIX, de fato, para trás”?
OS DESAFIOS AOS SISTEMAS DE SAÚDE NO SÉCULO XXI

Executivos empreendedores: algo de novo no cenário da saúde

O cotidiano da política de saúde tem mostrado, sem dúvida, que um processo de canalização de demandas pela burocracia estatal parece continuar na realidade brasileira de modo bastante pulsante. Percebe-se, assim, um segmento de gerentes e técnicos – típico quanto a alguns aspectos, embora atípico com relação a outros – na dianteira da condução do processo de formulação e implementação dos programas de governo, tanto em nível nacional, como estadual e municipal. É preciso compreender melhor o papel de tal burocracia, aqui representada por um ator considerado novo na realidade brasileira: o Executivo Empreendedor em Saúde. O texto pretende se pautar em uma postura crítica, mas sem resvalar para teorias conspiratórias ou satanizadoras da burocracia pública, que parecem ainda frequentes na realidade nacional.

Leia texto

Executivosempreendedores

 

Carta de Niterói

Aos gestores de Saúde, Educação, Ciência & Tecnologia; redes e movimentos
sociais, população em geral; organizações, pesquisadores, docentes e profissionais de saúde:
Reunidos no I Fórum Nacional de Racionalidades Médicas e Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (RM e PICS), entre 25 e 28\04\2012, no Campus do Gragoatá da Universidade Federal Fluminense – UFF, os participantes discutiram e partilharam resultados de pesquisa, experiências exitosas de ensino, de ações profissionais e de gestão nos serviços de saúde concernindo às RM e PICS. Foram debatidos também os desafios e perspectivas relativos ao avanço e sustentabilidade destas práticas. Ao reconhecer a contribuição das RM e PICS para agregar qualidade no cuidado em saúde, nos vários níveis de atenção, os participantes entenderam que a expansão sustentável destas práticas no SUS necessita ser priorizada na agenda das políticas públicas, com investimentos assegurados em pesquisa, ensino, extensão e atenção à saúde. Na pesquisa, é fundamental a abertura de editais que contemplem a investigação de temas relativos ao acesso com qualidade, segurança, eficácia e efetividade às RM e PICS.
No ensino, os participantes consideraram estratégica a proposição de diretrizes para a formação em RM e PICS, em cursos livres, de graduação e pós-graduação lato sensu (especialmente residências multiprofissionais) e stricto sensu, incentivando as experiências já existentes e consolidadas; bem como o estímulo à oferta de novos cursos nas diversas formações profissionais em saúde e na educação permanente. Na extensão, foi destacada a necessidade de projetos financiados que incluam as RM e PICS e estimulem a integração de profissionais da universidade, dos serviços, da comunidade e da gestão em saúde.
I Fórum Nacional de Racionalidades Médicas e
Práticas Integrativas e Complementares em Saúde
25 a 28 de Abril de 2012
Intercâmbio Solidário de Saberes e Práticas
Nos serviços de saúde, os participantes ressaltaram a contribuição das RM e PICS para a qualidade do cuidado e promoção da saúde, nas diferentes redes de atenção. A manutenção e expansão desta contribuição dependem, entretanto, da abertura de concursos públicos, com a contratação estável de profissionais para atuarem nestas práticas, bem como a formação de núcleos e coordenações de RM e PICS nos âmbitos federal, estadual e nas secretarias municipais de saúde. A valorização desses profissionais, com a garantia de recursos necessários para a sua integração no SUS, contribuirá para a ampliação do acesso a essas práticas e à qualificação do cuidado em termos de segurança, eficácia e efetividade. Finalmente, os participantes manifestaram sua disposição em manter o compromisso com o intercâmbio solidário de saberes e práticas em saúde, por meio das RM e PICS e sua integração no ensino, na pesquisa, na extensão e nos serviços de saúde em sintonia com os princípios e diretrizes do SUS e da OMS.

Niterói (RJ), 28 de Abril de 2012.

I Muestra Nacional de Atención Primária de Salud

I Muestra Nacional de Atención Primária de Salud y II Foro Nacional de Atención Primária de Salud y Participacion Comunitaria

 

A I Mostra Nacional de APS do Paraguai foi realizada nos dias 10, 11 e 12 de maio de 2012 e contou com o apoio da cooperação TC41 BRA-PAR, OPAS-Fiocruz, sob a coordenação de técnicos da ENSP e da UFRJ. Após eventos preparatórios regionais, os mais de seiscentos participantes se reuniram durante três dias na Praça da Democracia e no Hotel Guarani representando as 704 equipes de saúde da família implantadas nos últimos três anos e meio.Os eixos temáticos foram 1-a APS como eixo estruturador da reorganização do sistema de saúde, 2-a participação comunitária como estratégica para cumprir os princípios de um sistema universal e equânime 3- os determinantes sociais e a promoção da saúde.A abertura contou com a participação do Presidente da República e toda a equipe do MSPyBS. Estes enfatizaram a necessidade de garantir o direito à saúde a toda população. Com seis milhões de habitantes o governo prevê a implantação de 1.000 equipes de saúde da família para cobrir prioritariamente a população excluída do sistema de saúde. A partir das conferências e painéis considerados eixos do evento a Mostra garantiu uma ampla participação em suas mais distintas atividades: apresentação de pôster, feira da saúde com divulgação de experiências e serviços à população, estandes, conversatórios, mesas redondas, oficinas, painéis debate, apresentações de teatro, exposições fotográficas, de vídeos etc. Foram apresentados 140 trabalhos sendo 27 premiados, incluindo viagens de intercambio com as equipes brasileiras. Uma missão brasileira participou ativamente da Mostra de forma destacada em todos os níveis. Estiveram presentes representantes do nível de gestão federal e municipal, coordenadores, médicos, enfermeiros, agentes comunitários, acadêmicos. Assim foram cerca de 20 integrantes distribuídos em grande número de atividades. O envolvimento da cooperação TC-41 Bra-Par na I Mostra Nacional de Saúde da Família do Paraguai foi uma das atividades realizadas em conjunto com o governo do Paraguai desde 2008. Neste período a cooperação pode contribuir com a implantação das 704 equipes de SF naquele país desde o começo de sua implantação. Foram várias as ações de assessoria técnica, missões de técnicos paraguaios ao Brasil, elaboração conjunta de manuais e protocolos, eventos e oficinas técnicas e científicas, etc.

 

Carlos Eduardo Aguilera Campos – Professor Adjunto- FM-UFRJ e integrante do comitê coordenador da Rede APS

 

 

Mais informações http://www.mspbs.gov.py/v2/10409-DESDE-ESTE-JUEVES-10-Muestra-Nacional-de-APS-reunira-a-protagonistas-de-mas-de-700-Unidades-de-Salud-de-la-Familia-en-Asuncion

 

Um mundo em busca do desenvolvimento sustentável

As palestras do seminário de Saneamento e Saúde Ambiental: reflexões sobre a Rio+20 têm enfatizado a importância da participação popular para o desenvolvimento das ações de saneamento, e as mesas apresentadas durante a quarta-feira (13/6) não foram diferentes. A parte da manhã debateu a economia verde e destacou que este conceito atualmente é visto como uma manobra para promover o crescimento da demanda mundial por tecnologias ambientais e não enfrenta a lógica de produção capitalista. Já a mesa da tarde, Cidade e Habitação Saudável, contou com apresentações de quatro palestrantes que se complementaram ao destacar a importância do papel dos indivíduos na construção de um ambiente saudável e a necessidade de a habitação atuar como um agente da saúde de seus moradores e usuários.

Economia Verde: um conceito controverso

Paulo Buss comentou que, segundo muitos acordos internacionais, o desenvolvimento sustentável é formado por três pilares: econômico, ambiental e social. Mas envolve também o pilar político, que é o responsável pela articulação dessas esferas. “O desenvolvimento sustentável é aquele que atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade das futuras gerações de atender às suas próprias. A questão é que hoje existem múltiplas crises mundiais decorrentes do modo estrutural de produção e consumo ecoagressivo, desigual e excludente do capitalismo global. Para Buss, em apresentação baseada no documento Saúde Rio+20: Desenvolvimento sustentável, ambiente e saúde – Documento para discussão, não se trata de uma crise conjuntural euro-americana. Essa crise estrutural se expressa em subcrises econômicas, sociais, alimentares, de emprego, energéticas e também, ambiental, sanitária e, em especial, ética. “O conceito e as práticas da economia verde foram apropriados pelos interesses do capital. O ‘esverdeamento’ das estratégias do capital não enfrenta o modelo vigente. É preciso ressaltar que outra economia é possível, desde que países ricos e desenvolvidos reduzam padrões de consumo, e países em desenvolvimento tenham metas também sustentáveis e responsabilidades diferenciadas”, apontou ele.

O documento desenvolvido pelo grupo de trabalho liderado por Paulo Buss está disponível no site sauderio20.fiocruz.br e ainda aceita contribuições. Ele já foi apresentado de forma preliminar em uma apresentação na ENSP e agora neste seminário, mas a ideia é que, assim como os documentos criados para a Eco-92, ele seja transformado em uma publicação.

 Leia mais em

http://www.ensp.fiocruz.br/portal-ensp/informe/site/materia/detalhe/30484