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Arquivo Mensal abril 2013

Brasil e Índia lançam chamadas voltadas ao desenvolvimento científico e tecnológico

O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), em parceria com o Ministério da Ciência e Tecnologia da Índia, pelos departamentos de Ciência e Tecnologia (DST) e de Biotecnologia (DBT), lançaram duas chamadas públicas destinadas ao apoio do desenvolvimento científico e tecnológico dos dois países. As chamadas concedem cotas de Bolsas Doutorado-Sanduíche no Exterior (SWE), Pós-Doutorado no Exterior (PDE), Desenvolvimento Tecnológico e Inovação no Exterior Júnior (DEJ) e Desenvolvimento Tecnológico e Inovação no Exterior Sênior (DES), conforme normas específicas de cada modalidade.

A chamada CNPq N º 12/2013 – Cooperação MCTI-CNPq/DBT (Índia) é voltada ao apoio de projetos conjuntos que envolvam os temas Biotecnologia e Saúde, especialmente produtos Biotecnológicos; e Agricultura, incluindo Bioenergia. O total de recursos destinado para essa chamada é de R$ 1,4 milhão – R$ 900 mil são oriundos do Programa Ciência sem Fronteiras (CsF) – e R$ 500 mil dos Fundos Setoriais, coordenados pelo MCTI. Cada proposta poderá ser contemplada com o financiamento de até R$ 400 mil, do recurso brasileiro.

Já a chamada Nº13/2012 – Cooperação MCTI-CNPq/DST (Índia) é voltada ao apoio de projetos conjuntos que envolvam os temas Tecnologias da Informação e Computação; Geociências, incluindo Oceanografia e Mudanças Climáticas; Engenharia, Ciência dos Materiais e Nanotecnologia; Ciências da Saúde e Biomédicas; Matemática; e Energias Renováveis, Eficiência Energética, e Tecnologias de Baixo Carbono.

Confira aqui a matéria na íntegra.

O total de recursos destinado é de R$ 6,7 milhões, sendo R$ 4,7 milhões do Programa Ciência sem Fronteiras (CsF) e R$ 2 milhões dos Fundos Setoriais. Cada proposta poderá ser financiada no valor máximo de até R$ 400 mil, do recurso brasileiro.

 

Ciclo de debates sobre ESF chega à oitava edição na ENSP

De 6 a 10 de maio, a Escola Nacional de Saúde Pública realizará a oitava edição do Ciclo de Debates – Conversando sobre a Estratégia de Saúde da Família. Em 2013, a atividade busca integrar os alunos do curso de Residência Multiprofissional em Saúde da Família às questões teóricas e políticas que envolvem a Estratégia Saúde da Família (ESF) no Rio de Janeiro. As palestras do Ciclo de Debates ocorrem sempre às 9 horas, no auditório térreo da ENSP, e são abertas a todos os interessados. As inscrições devem ser feitas no dia do evento.

A atividade é coordenada pela pesquisadora do Departamento de Ciências Sociais da ENSP Maria Alice Pessanha de Carvalho. Encerrando a edição 2013 do ciclo, haverá a solenidade de formatura dos 21 alunos da quinta turma do Curso de Residência Multiprofissional em Saúde da Família (2010), na sexta-feira (10/5), a partir das 14 horas.

Confira, a seguir, a programação completa.

Ciclo de Debates – 6 de maio


O primeiro tema em debate é Expansão da Saúde da Família – impacto na relação entre ampliação do acesso e a qualidade do cuidado, tendo como conferencista o representante do Ministério da Saúde Marcelo Pedra. O debatedor convidado é Gustavo Motta, da ENSP, e a coordenação desse dia fica a cargo do diretor da ENSP, Antônio Ivo de Carvalho.

Ciclo de Debates – 7 de maio

Metas e efetividade na avaliação de qualidade da ESF: e a promoção da saúde? é o tema do segundo dia de atividades, tendo como conferencista o representante da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro Daniel Soraz. O debatedor convidado para essa exposição é Carlos Eduardo Aguillera, da UFRJ, e a coordenação é da pesquisadora da ENSP Elyne Engstrom.

Ciclo de Debates – 8 de maio


O pesquisador da Unicamp Gastão Wagner é o conferencista convidado para apresentar o tema Como o NASF está sendo implantado? Desafios e possibilidades na ESF. Para debater a apresentação do palestrante, foi convidado o representante da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro Thiago Pithon. Ambos serão coordenados por Mirna Teixeira, da ENSP.

Ciclo de Debates – 9 de maio

Casos complexos: quem se implica no cuidado? é o quarto tema do Ciclo de Debates 2013, que tem como conferencista convidado o pesquisador da PUC Campinas Juares Soares Costa. O debatedor convidado é o professor da Universidade de Brasília Wanderley Codo, e a coordenação é de Valéria Romano, da UFRJ.

Ciclo de Debates – 10 de maio

Encerrando as exposições da edição 2013 do Ciclo de Debates, Edmar de Oliveira (Teias/Escola Manguinhos) é o conferencista no tema Consultório na Rua como dispositivo da política de redução de danos: o lugar da internação compulsória?. Para debatê-lo, foi convidada Cristiane Sampaio, também do Teias-Escola Manguinhos, e a coordenação será de Claudia de Paula, da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro.

Certificados do oitavo Ciclo de Debates – Conversando sobre a Estratégia de Saúde da Família serão entregues para aqueles que obtiverem o mínimo de 75% de frequência nas palestras. Confira a programação completa no site www.ensp.fiocruz.br

 

Fiocruz e Capes lançam programa especial de fomento para doutores

A Fiocruz vai inaugurar em 2014 o seu Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde (CDTS), novo espaço no campus Manguinhos destinado à produção de insumos. Trata-se de um parque estratégico para o desenvolvimento de produtos de saúde contra doenças de importância epidemiológica ou econômica para o Brasil, especialmente as doenças tropicais negligenciadas. Por isso, o Centro também tem o objetivo de encorajar parcerias entre os setores público e privado, estabelecendo trabalhos colaborativos com outros centros de excelência científica.

Uma das iniciativas para estabelecer esse fluxo colaborativo ganha corpo com o edital recém-lançado do Programa de Colaboração a Longo Prazo para Professor Visitante e Pós-Doutorado, resultado de uma parceria entre a Fiocruz e a Capes. O programa visa estabelecer parcerias sustentáveis entre a Fiocruz e outras instituições líderes, sejam públicas ou privadas, através de diferentes modalidades de bolsa.

Uma delas é o Programa de Pós-Doutorado, destinado a candidatos brasileiros, com título de Doutor (PhD/DSc), interessados em realizar treinamento em instituições públicas ou privadas no Brasil ou no exterior, com o compromisso de se integrar a projetos do Centro após a finalização do programa. Serão oferecidas até 20 bolsas de estágio pós-doutoral no Brasil para treinamento de jovens cientistas brasileiros em centros de excelência. E até 10 bolsas para o treinamento no exterior.

Já o Programa para Professor Visitante é destinado a cientistas ou profissionais da área de gerenciamento de tecnologia que tenham o título de Doutor (PhD/DSc) ou de nível equivalente, de instituições dos setores
público ou privado, com experiência comprovada e produção relevante em suas respectivas áreas de atuação. Cidadãos oriundos de países que mantenham relações diplomáticas com o Brasil são elegíveis. O programa oferece ao profissional a flexibilidade de permanecer na Fiocruz por períodos de uma semana a um ano, podendo o prazo ser prolongado através de visitas múltiplas e renovações. Serão oferecidas até 30 bolsas.

Os candidatos serão selecionados por um painel de experts composto por seis membros designados pela Fiocruz e pela Capes. O programa terá validade até 2016.

Veja o anúncio do edital.

A versão em inglês do edital foi publicado na Revista Science.

Equipes bem avaliadas no PMAQ do município do RJ terão mais R$ 90 mi

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, participou nesta sexta-feira (26) do Encontro com os Novos Prefeitos e Prefeitas, no Palácio Guanabara, na capital do Rio de Janeiro, estado que terá a disponibilização de recursos adicionais para a atenção básica. O recurso previsto é de R$ 90 milhões noPrograma Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ). Todos os 92 municípios do estado aderiram ao segundo ciclo do programa e estão aptos a receber os valores adicionais para ampliar e qualificar a atenção à saúde.

“O PMAQ é um programa que contribui com a melhoria da qualidade e da assistência nos municípios, além de ser uma forma de avaliar os serviços existentes”, destacou o ministro. “O Ministério da Saúde tem investido cada vez mais na Atenção Básica para ampliar o acesso da população aos serviços públicos de saúde”, completou Padilha.

No país inteiro, 5.213 municípios (o equivalente a 93,6%) aderiram ao PMAQ para o período 2013/2014. Ao todo, está previsto o investimento de R$ 1,7 bilhão pelo programa. Os recursos podem beneficiar até 38.390 Equipes de Atenção Básica (EAB), 27.159 Equipes de Saúde Bucal (ESB), 3.802 Núcleos de Atenção à Saúde da Família (NASF) e 1.276 Centros de Especialidades Odontológicas (CEO).

Já no estado do Rio de Janeiro, os recursos adicionais podem chegar até 2.027 Equipes de Atenção Básica, 909 Equipes de Saúde Bucal, 100 NASFs e 63 CEOs. A partir da adesão ao PMAQ, as equipes passam a receber 20% do recurso total designado a cada equipe participante. Após a avaliação externa, as equipes poderão perder o incentivo, mantê-lo ou ampliar para 60% ou 100%, de acordo com o desempenho.

Este ano, o PMAQ foi ampliado para todas as equipes de Atenção Básica (incluindo as equipes de Saúde da Família, equipes de atenção básica organizadas em outras modalidades e equipes de Saúde Bucal) dos municípios. Além disso, o programa incluiu os Núcleos de Atenção à Saúde da Família (NASF) e os Centros de Especialidades Odontológicas (CEO), que antes não faziam parte do programa.

O QUE É O PROGRAMA – O PMAQ é um programa de âmbito nacional que tem como objetivo promover a melhoria do acesso e da qualidade da atenção à saúde. Lançado em 2011, contemplou 4 mil municípios em seu primeiro ciclo (2011/2012). Um total de 17,5 mil equipes de Atenção Básica foram avaliadas e 16.938 equipes foram certificadas em mais de 70% dos municípios brasileiros habilitados a receber incentivos PMAQ, naquele período.

O programa está organizado em quatro fases complementares, que funcionam como um ciclo contínuo de melhoria do acesso e da qualidade da Atenção Básica: Adesão e Contratualização, Desenvolvimento, Avaliação Externa e Pactuação.

As equipes de Atenção Básica que recebem conceito muito acima da média na avaliação externa recebem adicional de R$ 8,5 mil por mês; conceito acima da média recebe um adicional de R$ 5,1 mil; e conceito mediano ou abaixo da média, recebe um adicional de R$ 1,7 mil. As equipes que não cumprem os requisitos mínimos – conceito insatisfatório – perderão recurso se não se adequarem aos requisitos mínimos de qualidade.

Ao todo, em 2012, o Ministério da Saúde investiu R$ 12,5 bilhões para custear o trabalho das equipes de Atenção Básica. Em 2013, estão previstos R$ 16,1 bilhões; destes, R$ 800 milhões devem ser destinados ao Estado do Rio de Janeiro.

Fonte site MS www.saude.gov.br

Trabalho em equipe na atenção primária: a experiência de Portugal

AutoresMarize Barros de Souza,1 Paulo de Medeiros Rocha,2 Armando Brito de Sá3 e Severina Alice da Costa Uchoa2

Objetivo. Analisar o trabalho em equipe na atenção primária em saúde em Portugal.

Métodos. Foi realizada uma pesquisa avaliativa de abordagem qualitativa, com desenho de estudo de caso. Os dados foram obtidos por entrevista semiestruturada, observação direta e análise documental. Foram entrevistados gestores, profissionais e usuários de 11 unidades de saúde familiar (USF) portuguesas, totalizando 71 participantes. Utilizou-se a técnica de análise de conteúdo na interpretação das entrevistas.


Resultados. Cada equipe era constituída por médico, enfermeiro e funcionário adminis- trativo, atendendo entre 1 250 e 2 060 usuários. Uma característica marcante da experiência portuguesa foi a formação das equipes nas USF de forma voluntária, por meio de afinidades pessoais, com autonomia de composição. Observou-se nessas USF o desenvolvimento de “carteira básica de serviços” juntamente com intervenções de vigilância, promoção da saúde e prevenção de doença, cuidados em situação de doença aguda, acompanhamento clínico de doença crônica e de patologia múltipla, cuidados domiciliares, interligação e colaboração em rede com outros serviços (cuidados hospitalares). Foram relatadas dificuldades no atendimento domiciliar. A informatização era ampla nas USF. De acordo com os entrevistados, as mudan- ças advindas da implementação das USF foram maior acessibilidade dos usuários aos serviços, maior qualidade do cuidado prestado e trabalho em equipe com objetivos e metas, além da existência de um plano de ação.


Conclusões. Mesmo não tendo assumido um papel de coordenação da rede de cuidados, a atenção primária em saúde organizada a partir de equipes foi avaliada positivamente em Por- tugal, como promotora de maior acesso, continuidade e humanização dos serviços.

 

Leia artigo completo _Trabalhoemequipe

Encontro realizado na ENSP define estratégias para divulgação de dados do PMAQ

Nos dias 25 e 26 de março, no auditório internacional da ENSP,estiveram  reunidos o DAB/MS e as instituições de pesquisa que participaram da avaliação da atenção básica para discutir estratégias e iniciativas para análise e divulgação dos dados coletados no PMAQ, assim como o planejamento para a implementação do segundo ciclo, previsto para acontecer ainda em 2013.

Na abertura do encontro, relizada por Marcia Fausto coordenadora do PMAQ da ENSP deu as boas vindas a todos e propos um cronograma de atividades para os dois dias. Durante sua fala reiterou a importante participação da Rede APS na realização do PMAQ e a necessidade de tê-la como parceira nos próximos passos do programa.Maria Guadalupe Medina, da UFBA e integrante do comitê coordenador também defendeu o apoio a manutenção dos trabalhos da Rede e sua importante contribuição para a APS brasileira. O ex-presidente da Abrasco Luis Augusto Fachini  reforçou o trabalho da rede durante os 3 anos de atividades e destacou:

“A Rede de Pesquisa em APS, iniciativa liderada pela ABRASCO e Ministério da Saúde, dispõe hoje de 4.235 participantes inscritos, mostrando uma grande capilaridade para difundir pesquisas e temas de interesse de gestores, trabalhadores de saúde, pesquisadores e população. A realização de eventos nacionais e a agilidade na divulgação através da página na Internet www.rededepesquisaaps.org.br destacam sua relevância social. Além disso, a Rede foi fundamental para mobilizar e envolver cerca de 40 instituições acadêmicas na Avaliação Externa do PMAQ, apoiando a realização de reuniões e debatendo os desafios e potencialidades de estudos sobre acesso e qualidade da rede básica de saúde. Essas razões devem ser suficientes para mobilizar o apoio do Ministério da Saúde à continuidade do trabalho da Rede.”

O  representante presente do DAB/MS e coordenador de Avaliação e Acompanhamento, Allan Nuno Alves de Sousa comprometeu-se em  levar o assunto ao gabinete do departamento na próxima reunião de gestão e posicionará a Abrasco sobre a possibilidade de manutenção com recursos para a REDE APS.

e-SUS Atenção Básica Coleta de Dados Simplificada

No dia 24 de abril o Ministério da Saúde disponibilizou a versão de produção do e-SUS Atenção Básica Coleta de Dados Simplificada (e-SUS AB Coleta Simplificada). Esta é a versão que os municípios deverão utilizar para digitação das informações coletadas usando as fichas do novo sistema de informação.

Conforme divulgado, as versões anteriores eram de apresentação, isto é, tinham como objetivo apenas permitir testes e apresentações do novo sistema. Desse modo, os dados digitados em versões anteriores não poderão ser transmitidos ao Ministério da Saúde. A transmissão dos dados poderá ser realizada a partir do dia 03 de maio quando estará disponível uma atualização do e-SUS AB Coleta Simplificada. Esta versão terá a funcionalidade de consolidar e enviar os arquivos sem prejuízo ou perda de informações previamente digitadas. Vale destacar que, neste primeiro momento, a transmissão será efetuada sem a necessidade da instalação de uma versão do e-SUS AB Prontuário Eletrônico no município.

A utilização do e-SUS Atenção Básica é obrigatória para as equipes que realizaram atividades vinculadas à Semana Saúde na Escola (do Programa Saúde na Escola – PSE) e para as equipes com profissionais do Programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica (PROVAB). Entre as informações coletadas pelo novo sistema, estão os registros individualizados dos atendimentos realizados pelas equipes de Atenção Básica.

O e-SUS Atenção Básica (e-SUS AB) faz parte da estratégia do Ministério da Saúde para reestruturar as informações da atenção básica no país, entendendo que a qualificação da gestão da informação é fundamental para ampliar a qualidade no atendimento à população.

Para mais informações, clique aqui ou acesse o service desk do e-SUS AB ligando para o Disque Saúde 136.

 

Fonte site DAB/MS www.saude.gov.br/dab

MS inicia segunda etapa de recontratualização do PMAQ – encerramento 31/05/2013

O Ministério da Saúde iniciou nesta segunda-feira (22/04) a segunda etapa de recontratualização do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade (PMAQ).

Nesta etapa – que se encerra no dia 31 de maio – o gestor municipal deverá indicar quais as equipes de Atenção Básica e Saúde Bucal que irão participar do Programa. Essas equipes farão a contratualização, fase que significa pactuar os compromissos entre a gestão municipal, as equipes e o Ministério da Saúde.

Uma vez realizada a pactuação, as equipes devem se organizar para desenvolver as ações que deem conta de atingir as metas estabelecidas, contando com o apoio da gestão municipal no que se refere ao apoio institucional e à educação permanente. Importante destacar que entre as ações elencadas pelas equipes poderão constar algumas relacionadas à Rede Cegonha, ao Programa Nacional de Controle do Tabagismo e ao Programa Nacional de Banda Larga.

Durante a avaliação externa, terceira fase do PMAQ, serão avaliados os padrões de acesso a qualidade a esses programas atingidos pelas ações das equipes que aderiram ao PMAQ.

Termo de Compromisso
Tanto a gestão municipal quanto as equipes assinam um termo de compromisso nesta fase do PMAQ. A importância dessa ação está no comprometimento coletivo pela melhoria da qualidade dos serviços de saúde oferecidos à população local.

À gestão municipal cabe, entre outros compromissos, a obrigação de garantir a composição mínima das equipes, com seus profissionais devidamente cadastrados no Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde (CNES); ofertar ações de saúde para a população coberta por cada equipe, de acordo com a Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) e traduzidas nos indicadores e padrões de qualidade definidos pelo Programa; aplicar os recursos em ações que promovam a qualificação da Atenção Básica; realizar ações para a melhoria das condições de trabalho das equipes; implantar apoio institucional e matricial às equipes; e implantar processo regular de monitoramento e avaliação, para acompanhamento e divulgação dos resultados da Atenção Básica no município.

Já entre as equipes, o termo de compromisso estabelece: organizar o processo de trabalho em conformidade com os princípios da atenção básica previstos e na PNAB; implementar processos de acolhimento à demanda espontânea para a ampliação, facilitação e qualificação do acesso; alimentar o Sistema de Informação da Atenção Básica de forma regular e consistente; instituir espaços regulares para a discussão do processo de trabalho da equipe e para a construção e acompanhamento de projetos terapêuticos singulares; e instituir processos autoavaliativos como mecanismos disparadores da reflexão sobre a organização do trabalho da equipe, com participação de todos os profissionais.

Para mais informações, clique aqui .

Fonte site DAB/MS www.saude.gov.br/dab

Tese relaciona telessaúde e melhoria da rede de atenção

“A telessaúde tem ajudado a estruturar a rede de atenção e as ferramentas de monitoramento e avaliação do Sistema Único de Saúde (SUS). A regulamentação dos serviços de telessaúde, teleconsultoria, segunda opinião formativa, tele-educação e telediagnóstico, tem sido o grande impulso de informatização do setor saúde no território brasileiro”. A opinião é de Angélica Baptista Silva, que apresentou sua tese de doutorado no Programa de Saúde Pública da ENSP em 22 de março. Intitulada Política pública, educação, tecnologia e saúde articuladas: como a telessaúde pode contribuir para fortalecer o SUS?, a tese de Angélica aborda a necessidade de inclusão digital e de aproximação da rede de atenção com a pesquisa em saúde.

De acordo com o histórico, o Programa Telessaúde Brasil Redes surgiu em 2007 com o projeto piloto em apoio à Atenção Básica. Ele envolvia nove núcleos localizados em universidades nos estados do Amazonas, Ceará, Pernambuco, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, tendo por meta qualificar aproximadamente 2.700 equipes da Estratégia de Saúde da Família em todo o território nacional.

Para Angélica, porém, a literatura mostra o uso do termo telessaúde desde os anos de 1980. A definição clássica, adotada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), registra telessaúde como uso de tecnologias de informação e comunicação para oferecer serviços e cuidados em saúde a distância. “É nessa década que aparecem iniciativas pontuais no Brasil de telessaúde, executadas por universidades públicas e com envolvimento de setores diversos da administração pública, como, por exemplo, a Agência Nacional de Telecomunicações no fim dos anos de 1990. No entanto, de acordo com o experimento apresentado, há várias definições de telessaúde: pode ser sinônimo de videoconferência, de sistema de informação, de organização de serviço, entre outros”, esclareceu a pesquisadora.

Em sua concepção, telessaúde é toda atividade em rede, que promove a translação do conhecimento entre a pesquisa e o serviço de saúde. Para justificar essa ressignificação da telessaúde, Angélica utilizou um modelo conceitual da pesquisa translacional. “A pesquisa translacional pode ser definida também como um processo que parte da prática baseada em evidências em direção a soluções sustentáveis para problemas de saúde da comunidade”, ressaltou.

Quanto aos entraves para articular política pública, educação, tecnologia e saúde, Angélica identifica, no caso brasileiro, “3 is” que podem comprometer a qualidade dos serviços de telessaúde: inclusão digital do setor saúde, interoperabilidade dos sistemas de informação em saúde e integração entre inovação e assistência à saúde. Para validar os 3is, ela fez uma pesquisa de campo e consultou vários especialistas, os quais, ao mesmo tempo, foram coordenadores dos primeiros projetos da Rute. Também participaram do projeto piloto do atual Programa Nacional Telessaúde Brasil Redes, e suas instituições fizeram parte da Rede Nacional de Pesquisa Clínica.

Angélica demonstrou interesse pelo tema em 2004, quando apresentou sua dissertação de mestrado profissional na ENSP. Ela foi convidada pela Presidência da Fiocruz a escrever um projeto de telemedicina, representando a instituição num novo projeto da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa à época: a Rede Universitária de Telemedicina (Rute). O grupo que fundou a Rute era composto de hospitais universitários, e suas discussões eram eminentemente clínicas. Naquela época, como coordenadora de Tecnologia da Informação do Canal Saúde, ela começou a pesquisar sobre telessaúde.

A pesquisadora não aponta perspectivas para o Programa Telessaúde Brasil Redes, mas para toda atividade de telessaúde no SUS. “Há várias iniciativas de avaliação e monitoramento de telessaúde, inclusive propostas por pesquisadores brasileiros. No âmbito do Telessaúde Brasil Redes, destaco a liderada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e desenvolvida pelos coordenadores dos nove estados, que compuseram o projeto piloto do Ministério da Saúde.” Sua pesquisa é voltada justamente para as lacunas na perspectiva da Saúde Coletiva, que é mais ampla que a da Clínica.

A Telessaúde está regulamentada por uma série de portarias do Ministério da Saúde. A primeira delas de n° 561, de 16/3/6, institui, no âmbito do Ministério da Saúde, a Comissão Permanente de Telessaúde. A última publicada, de 14/9/12, institui um grupo de trabalho, no âmbito do Ministério da Saúde, com a finalidade de avaliar, discutir e propor critérios e ações para expansão do Programa Nacional Telessaúde Brasil Redes (Telessaúde Brasil Redes).

Angélica Baptista Silva teve como orientadora principal da sua tese a pesquisadora da ENSP Ilara Hämmerli Sozzi de Moraes e como segundo orientador Carlos Medicis Morel, coordenador do Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde.

Publicado pela ENSP www.ensp.fiocruz.br

MS destina R$ 1,7 bilhão para equipes bem avaliadas no PMAQ

Serviços de atenção básica de todo o país terão recursos adicionais disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O valor total previsto é de R$ 1,7 bilhão no Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ). No Brasil inteiro, 5.213 municípios (o equivalente a 93,6%) aderiram ao segundo ciclo do programa, relativo ao período 2013/2014, e estão aptos a receber os valores adicionais para ampliar e qualificar a atenção à saúde.

O anúncio ocorreu nesta quinta-feira (18) na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. “O PMAQ é um programa criado exatamente para buscar ajudar o município a melhorar a saúde local, o atendimento da população, os cuidados das pessoas com doenças crônicas não transmissíveis, e a manter bons serviços mais perto da casa das pessoas. É justamente para reforçar a atuação da atenção básica”, destacou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, durante o evento.

No Brasil, os municípios que aderiram têm 38.390 Equipes de Atenção Básica (EAB), 27.159 Equipes de Saúde Bucal (ESB), 3.802 Núcleos de Atenção à Saúde da Família (NASF) e 1.276 Centros de Especialidades Odontológicas (CEO). Todas essas equipes e serviços poderão ser habilitados para participar do programa e a receber os recursos.

A partir da adesão ao PMAQ, as equipes passam a receber 20% do recurso total designado a cada equipe participante. O prazo de adesão encerrou-se no último dia 5 de abril. A portaria que homologa os municípios e equipes que aderiram ao PMAQ e poderão contratualizar foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira (18).

Este ano, o PMAQ foi ampliado para todas as equipes de Atenção Básica (incluindo as equipes de Saúde da Família, equipes de atenção básica organizadas em outras modalidades e equipes de Saúde Bucal) dos municípios. Além disso, o programa incluiu os NASF e os CEO, que antes não faziam parte do programa.

“Com este programa, damos a oportunidade para que cada prefeito cadastre suas equipes de médicos, enfermeiros, nutricionistas e outros profissionais de saúde, que são acompanhadas pelo Ministério da Saúde mensalmente e depois são avaliadas em parceria com as universidades locais”, afirmou o ministro. “Com as equipes que melhorarem o atendimento, o ministério pode até dobrar o recurso que passa para o município”.

O QUE É O PROGRAMA – Lançado em 2011, contemplou 4 mil municípios em seu primeiro ciclo (2011/2012). Um total de 17,5 mil equipes de Atenção Básica foi avaliada e 16.938 equipes foram certificadas em mais de 70% dos municípios brasileiros habilitados a receber incentivos PMAQ, naquele período.

A partir da adesão ao programa, as equipes passam a receber 20% do recurso total designado a cada equipe participante. Após a avaliação externa, as equipes poderão perder o incentivo, mantê-lo ou ampliar para 60% ou 100%, de acordo com o desempenho. O programa está organizado em quatro fases complementares, que funcionam como um ciclo contínuo de melhoria do acesso e da qualidade da Atenção Básica: Adesão e Contratualização, Desenvolvimento, Avaliação Externa e Pactuação.

As equipes de Atenção Básica que recebem conceito muito acima da média na avaliação externa recebem adicional de R$ 8,5 mil por mês; conceito acima da média recebe um adicional de R$ 5,1 mil; e conceito mediano ou abaixo da média, recebe um adicional de R$ 1,7 mil. As equipes que não cumprem os requisitos mínimos – conceito insatisfatório – perderão recurso se não se adequarem aos requisitos mínimos de qualidade.

Ao todo, em 2012, o Ministério da Saúde investiu R$ 12,5 bilhões para custear o trabalho das equipes de Atenção Básica. Em 2013, estão previstos R$ 16,1 bilhões.

Fonte site MS www.saude.gov.br